O preço do litro da gasolina poderá ficar mais alto em Mato Grosso do Sul nas próximas semanas. É que desde ontem, entrou em vigor uma medida do governo federal, que reduz de 25% para 20% a adição de álcool anidro à gasolina. E como o preço médio da gasolina no Estado, conforme dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), é cerca de 24% maior que o do álcool, a tendência é de que o combustível sofra reajuste a partir de hoje. Atualmente, o preço médio do litro de gasolina em Mato Grosso do Sul é de R$ 2,77, enquanto o do álcool é de R$ 2,11. Segundo o assessor de comunicação do Sindicato do Comércio Varejista de Petróleo e Lubrificantes (Sinpetro-MS), Mario César Neves, a tendência de alta é confirmada, porém, não há estimativa de qual será o percentual. “Como o álcool é mais barato que a gasolina, a retirada desses 5% vai fazer com que haja pressão nos preços, mas isso depende da movimentação das companhias. Temos que aguardar”, explicou. Em São Paulo, a redução deve significar acréscimo de 5% no preço da gasolina, segundo estimativa divulgada pelo Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro). O presidente, José Alberto Paiva, disse ainda não acreditar que a medida possa significar queda nos preços do álcool, como espera o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão. Especialistas da Fundação Getúlio Vargas (FGV ) acreditam num acréscimo nos preço da gasolina. Segundo a entidade, o derivado de petróleo deve subir cerca de 2%. Motivo Desde o ano passado, os preços do álcool não param de subir. Por conta das chuvas a produção ficou prejudicada e a redução da oferta, aliada ao preço vantajoso do açúcar no mercado internacional, aumentou a exportação e derrubou a fabricação do etanol no País. Por isso, o governo decidiu diminuir a adição de álcool à gasolina, aumentando a quantidade de etanol disponível no mercado. A estimativa do Ministério de Minas e Energia é de que sejam disponibilizados cerca de 100 milhões de litros de álcool nos próximos 90 dias – prazo para a medida terminar. (Com informações do Infomoney)