Economia

AUMENTO

Preço do arroz deve continuar em alta, alertam economistas de Mato Grosso do Sul

Aumento registrado pela indústria chega a 118%; na Capital, pacote varia entre R$ 14,99 e R$ 25,90

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A base da alimentação do brasileiro ficou mais cara. Depois do aumento do feijão e do óleo de soja, o arroz passou a ser o “vilão” na hora das compras. Conforme pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o arroz aumentou 34,73% entre janeiro e agosto. 

O quilo saiu do preço médio de R$ 2,85 para R$ 3,84 no período, ou seja, o pacote de 5 kg saiu de R$ 14,25 em janeiro para R$ 19,20 em agosto. Economistas apontam que os preços devem permanecer em alta.  

De acordo com a supervisora técnica do Dieese, Andreia Ferreira, os preços devem se manter altos por algum tempo. 

“No que depender dos produtores, não baixa tão cedo. A Tereza Cristina [ministra da Agricultura] disse que os preços podem se estabilizar, mas pode ser como no caso do feijão, que estabilizou em patamares elevados”, considerou.  

Andreia ainda ressalta que os aumentos percebidos pelos consumidores vêm em toda a cadeia produtiva, desde o campo até os supermercados. 

“Observamos uma conjunção de fatores, redução da área plantada – o que já diminuiria o volume ofertado pelos produtores; orientação da produção para exportação, estimulada pela demanda externa aquecida e dólar (porque os produtores poderiam até exportar menos, mas, com a diferença cambial, ganham mais); e a demanda interna se mantém aquecida”, afirma, dizendo ainda que há outro fato preponderante.  

“Um complicador importante nisso tudo é a diminuição dos armazéns da Conab [Companhia Nacional de Abastecimento], que conseguia estocar o cereal e outros grãos para manter os preços e a segurança alimentar”, reforçou Andreia.

O governo federal anunciou na quarta-feira (9) que vai zerar a tarifa de importação do produto para países de fora do Mercosul. 

Conforme divulgado pelo Estadão Conteúdo, o presidente da Câmara Setorial do Arroz do Ministério da Agricultura, Daire Paiva Coutinho Neto, disse que “não deve alterar muito os preços para o consumidor final. Não vai trazer nenhum benefício imediato”, considerou Coutinho, que ainda reforçou que o produto asiático não tem como chegar com preços menores que do nacional.  

A isenção da Tarifa Externa Comum (TEC), que antes era de 12%, “não é tão significativa e não trará diferença ao preço do arroz para o consumidor”, disse Coutinho.

A ministra Tereza Cristina disse que Tailândia e Estados Unidos devem enviar o produto para o Brasil. 

“Agora, é claro que o arroz demora um pouco para entrar. Ele vem basicamente dos Estados Unidos e Tailândia, que são os países que podem exportar porque é o mesmo tipo de arroz. Nós temos outros países produtores, mas é de outro tipo”, ressaltou nesta quinta-feira (10) a ministra.

Para a economista Daniela Dias, a questão dos preços vai depender muito do equilíbrio de mercado.

 “Se de repente teremos uma demanda mais equilibrada em relação a antes da pandemia da Covid-19. E a depender da própria produção, se o clima vai colaborar. E também tem as exportações do produto e importação dos insumos. Tudo vai depender disso", disse.

"Temos algumas iniciativas voltadas para tentar equilibrar esse preço, porque entende-se que nesse momento conturbado as pessoas estão com dificuldades, e para comprar o alimento básico acaba sendo mais difícil. Então preço pode reduzir até o fim do ano, mas dependerá desses fatores”, destacou a economista, reforçando que o dólar alto tem influenciado diretamente no aumento.  

“Um dos principais pontos que deve ser levado em consideração é o câmbio, e as projeções são de que continue elevado até o fim do ano e até o próximo ano. E isso interfere diretamente no preço do arroz, porque os preços são ditados pelo mercado internacional”, concluiu.  

Preços

Levantamento realizado pela Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon-MS) na última semana de agosto aponta que o pacote com 5 kg de arroz (tipo 1) varia entre R$ 14,99 e R$ 25,90 em Campo Grande.  

O pacote com 5 kg da marca Dallas foi encontrado entre R$ 14,99 e R$ 17,99 nos supermercados da Capital, sendo o valor mais baixo aferido. Já o mais caro foi o arroz tipo 1 Prato Fino, que chegou a R$ 25,90 no maior valor e a R$ 19,98 no local mais em conta.  

A superintendência também comparou os preços entre maio e agosto. O produto com a menor variação entre os meses foi o pacote com 5 kg do arroz Guacira Speciale, que saiu de R$ 17,04 em maio e passou a ser comercializado a R$ 19,44, variação de 12,3%, enquanto a maior alta foi identificada na marca Camil – o pacote com 5 kg custava R$ 15,07 em maio e passou a ser comercializado a R$ 18,22, aumento de 17,2%. 

O arroz Tio Lautério passou de R$ 14,25 a R$ 16,73; o Prato Fino tipo 1 custava R$ 19,68 em maio e passou a R$ 22,64 em agosto; o Tio João com 5 kg saiu de R$ 20,09 para R$ 23,07; e o Tio Urbano custava R$ 15,43 e chegou a R$ 17,86.

Supermercados

Segundo a Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados (Amas), o aumento no valor do produto foi de 118% nas indústrias. 

“Os supermercados de MS não são os responsáveis pelo aumento de preços nos principais itens da cesta básica. Tivemos produtos com aumento de preço superior a 100% nos últimos 12 meses, que é o caso do arroz. A matéria prima está concentrada em poder de poucos produtores, o que faz encarecer este produto”, informou em nota.

LOA

Câmara de Campo Grande aprova orçamento de quase R$7 bilhões para 2026

O valor representa um aumento de 1,49% com relação ao orçamento do ano de 2025

16/12/2025 15h30

Câmara Municipal de Campo Grande

Câmara Municipal de Campo Grande FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A Câmara Municipal de Campo Grande aprovou nesta terça-feira o Projeto de Lei 12.049/25 que estima a receita e fixa o orçamento financeiro para o ano de 2026 na Capital. 

O documento prevê que o valor disponível para o próximo ano seja de R$ 6,974 bilhões, um aumento de 1,49% no comparativo ao do ano de 2025, que foi de R$ 6,871 bilhões. 

No relatório final da Lei Orçamentária Anual (LOA), foram inseridas 731 emendas dos vereadores, todas aprovadas em sessões, e contemplam investimentos na saúde, com destaque para o Hospital Municipal, recursos para contratação de mais profissionais da área, casa de parto humanizado, além da área de bem-estar animal com Hospital Veterinário.

Há ainda emendas para investimentos em asfalto, ampliação de ciclovias e drenagem e contenção de enchentes, preservação de parques, recursos para inclusão, educação, habitação e segurança.

O projeto segue agora para aprovação ou veto da prefeita Adriane Lopes.

Caso alguma emenda seja vetada, ela deve retornar para a Câmara, que pode manter o que foi vetado ou derrubar o veto e garantir que a emenda seja aprovada, com a promulgação. 

Para o vereador Otávio Trad (PSD), presidente da Comissão de Finanças e Orçamento e relator da LOA, o documento contempla um número recorde de emendas. 

Das 736 emendas, 731 foram consideradas aptas para a discussão e votação, sendo 317 emendas impositivas, ou seja, indicadas pelos vereadores e que, obrigatoriamente, precisam ser executadas pela prefeitura. 

Cada vereador destinou R$ 830 mil na modalidade, sendo metade do recurso destinado exclusivamente para a área da saúde. 

“Nós andamos a cidade diariamente, sabemos das necessidades. A população vem nos cobrar infraestrutura, saúde pública e estamos refletindo essas cobranças na peça orçamentária, para que possa ser investida a arrecadação nos locais de maior necessidade”, ressaltou o vereador Otávio Trad. 

Apenas o vereador Marquinhos Trad (PDT) votou contrário ao Projeto de Lei. 

FOLHA DE PAGAMENTO

Câmara Municipal de Campo Grande

Como já adiantado pelo Correio do Estado, a Prefeitura de Campo Grande vai comprometer mais da metade do orçamento de 2026 com despesas de pessoal e encargos sociais. 

Dos R$ 6,97 bilhões, R$ 3,9 bilhões, o equivalente a 56% da Receita Corrente Líquida (RCL), serão destinados para pagamento da folha do funcionalismo, aposentadorias e encargos.

O porcentual é maior que o observado na LOA 2025, quando o gasto com pessoal representou cerca de 52% da RCL, segundo levantamento feito pelo Correio do Estado.

Apesar do crescimento, o índice permanece dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabelece teto de 54% para o Poder Executivo e até 60% para o conjunto dos Poderes.

A maior parte dos recursos para 2026 continua concentrada em despesas correntes (93,35%), enquanto apenas 6,55% estão reservados para investimentos e amortização da dívida. 
Neste ano, o porcentual de investimentos foi de aproximadamente 9%, o que indica retração da capacidade de obras e novos projetos no próximo ano. 

 

 

*Colaborou Súzan Benites

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LOTERIAS

Resultado da Super Sete de ontem, concurso 785, segunda-feira (15/12): veja o rateio

A Super Sete tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 21h; veja quais os números sorteados no último concurso

16/12/2025 08h30

Confira o rateio da Super Sete

Confira o rateio da Super Sete Foto: Super Sete

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 785 da Super Sete na noite desta segunda-feira, 15 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 500 mil.

Premiação

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - Não houve ganhadores
  • 5 acertos - 19 apostas ganhadoras, (R$ 1.562,45)
  • 4 acertos - 365 apostas ganhadoras, (R$ 81,33)
  • 3 acertos - 3.498 apostas ganhadoras, (R$ 6,00)

Confira o resultado da Super Sete de ontem!

Os números da Super Sete 785 são:

Verifique sua aposta e veja se você foi um dos sortudos deste concurso.

  • Coluna 1: 5
  • Coluna 2: 2
  • Coluna 3: 4
  • Coluna 4: 9
  • Coluna 5: 2
  • Coluna 6: 9
  • Coluna 7: 8

O sorteio da Dupla Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Super Sete 786

Como a Super Sete tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na quarta-feira, 17 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 786. O valor da premiação está estimado em R$ 600 mil.

Para participar dos sorteios da Super Sete é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

Como jogar na Super Sete

Os sorteios da Super Sete são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 20h (horário de MS).

O Super Sete é a loteria de prognósticos numéricos cujo volante contém 7 colunas com 10 números (de 0 a 9) em cada uma, de forma que o apostador deverá escolher um número por coluna.

Caso opte por fazer apostas múltiplas, poderá escolher até mais 14 números (totalizando 21 números no máximo), sendo no mínimo 1 e no máximo 2 números por coluna com 8 a 14 números marcados e no mínimo 2 e no máximo 3 números por coluna com 15 a 21 números marcados.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6,  9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

O valor da aposta é R$ 2,50.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas sete dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 158.730, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 21 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 280, ainda segundo a Caixa.

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