Economia

NO ESTADO

Produção de soja, milho e cana deve crescer em média 60% em uma década

Levantamento do Ministério da Agricultura aponta crescimento de produtividade, áreas plantadas e diversificação

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O aumento na produção das três das principais culturas de Mato Grosso do Sul deve ser em média de 60% nos próximos 10 anos.

Esse é o resultado da pesquisa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançada nessa semana.

De acordo com o documento, a produção de cana-de-açúcar no Estado deve aumentar em 30 milhões de toneladas na próxima década.

Segundo a perspectiva mais otimista, a produção da atual safra, medida pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 51 milhões de toneladas, atingiria 82 milhões de toneladas na safra 2031/2032.

No caso do milho, a perspectiva é ainda maior. Com colheita recorde nesta segunda safra de 2022 e alta de mais de 90% em relação ao último período, a produção da cultura de inverno deve atingir a marca de 20 milhões de toneladas em 2031/2032. A alta prevista é de 74,78%.

Segundo o relatório da Associação dos Produtores de Milho e Soja (Aprosoja-MS) em parceria com a administração estadual e a Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), o Estado produziu 12,775 milhões de toneladas de milho no último ciclo.

A estimativa da Conab utilizada na pesquisa, no entanto, ainda utiliza dados de agosto deste ano, quando a estimativa contabilizava cerca de 1 milhão de toneladas a menos.

Por fim, e não menos importante, a soja deve se expandir ainda mais em MS. Para o principal produto da pauta de exportações do Estado, a expectativa do Mapa é de que a produção da oleaginosa atinja 16,596 milhões de toneladas até 2031/2032, alta de 46,84%.

De acordo com o superintendente federal do Ministério da Agricultura em Mato Grosso do Sul (SFA-MS), Celso de Souza Martins, o Estado tem uma trajetória de crescimento surpreendente. “Em um curto espaço de tempo, tivemos as terras ocupadas no Estado. O que antes era uma pecuária extensiva, para ocupação com a agricultura e o desenvolvimento desse processo agrícola”.

“[No período] de 30, 40 anos, saímos do nada na produção de soja e hoje temos uma importância muito significativa no Brasil, seja do ponto de vista de produção, seja do desenvolvimento tecnológico e de produtividade”, analisa o superintendente.

O agrônomo e consultor João Pedro Dias explica que ainda existem muitas variáveis a serem inseridas nesse cálculo.

Ele comenta que a expectativa do Mapa para MS está bem próxima ao que é esperado para o cenário nacional, mas a grande questão é se teremos um ambiente favorável à diminuição de custos e potencial de rentabilidade maior.

“Para haver esse aumento precisa gerar renda para produtor. A grande questão é saber como se comporta o câmbio, o preço dos grãos no mercado mundial e a qualidade logística, porque MS e MT estão afastados e sofrem com as estradas e a escassez de ferrovias. Isso tudo pesa para nós”, pondera.

Área

Para a expansão de terras é esperada maior utilização de espaços que hoje se encontram subutilizados ou são pouco rentáveis.

O superintendente do Mapa em MS destaca que hoje o momento é de ganho de produtividade, muito mais que de expansão da fronteira agrícola.

“A ocupação de novas áreas para os próximos anos não agride o meio ambiente. Nós não estamos falando de aberturas de novas áreas e, sim, de integração de agricultura com pecuária, com florestas e recuperação de pastagens para manutenção da alta produtividade da pecuária sul-mato-grossense”, considera Martins.

O consultor João Pedro Dias comenta que é preciso que o produtor utilize esses espaços e lance mão de tecnologias já conhecidas.

Ele diz que existem 8 milhões de hectares já antropizados, mas de baixa produtividade, que podem ser incorporados ao processo produtivo, tudo a depender dos custos.

“O custo para fazer um hectare ainda é alto, porque tem fertilizantes, óleo diesel, defensivos e inoculantes e subiram muito o preço”, comenta.

No mesmo sentido, o doutor em agronomia José Ubirajara Fontoura diz que o futuro aponta para uma alta complexidade de sistemas produtivos em MS, com integração de diferentes culturas e outras indústrias produtivas.

“O que mais influencia são os embalos na recuperação de pastagens degradadas, a forma mais viável de recuperar pastagem é fazer uma integração lavoura pecuária [ILP] e modo mais complexo, é a integração lavoura pecuária floresta [ILPF] que traz mais dificuldade no fator econômico, requer mais preparo do produtor e visa melhorar tanto produtividade como aproveitamento da qualidade do solo”, revela.

Outra produção de alta rentabilidade citada pelo ex-pesquisador da Embrapa é a cana-de-açúcar, que se aproveita de áreas consideradas frágeis e que requer uma rotatividade de cultura para garantir produtividade.

“Essas áreas marginais requerem uma realidade de restauração do solo, então a produção de grãos serve como recuperação da área de canavial. A plantação de cana tem uma vida útil de no máximo seis cortes, o que daria seis anos. Depois disso, a produtividade fica prejudicada”, explica Ubirajara.

Ainda segundo ele, a soja como cultura intermediária, reestabelece a produtividade da cana. “O produtor tem à disposição soja, milho, cana-de-açúcar, pastagem – que gera forragem e garante a alimentação do gado –, tecnologias cada vez melhores e pecuarista está até começando a entender que cultivo da pastagem é importante”, ressalta.

João Pedro adiciona ao debate que para a produção de grãos em MS há diversas alternativas que merecem ser exploradas.

Ele cita o calcário como uma fonte que pode ser produzida aqui mesmo em MS, o fosfato, fontes de silicato precisam de pesquisa, produtos de fixação biológica de nitrogênio, bactérias cada vez mais presentes na plantação, um leque tecnológico extenso.

“Aquele produtor que não acompanhar, em anos bons, ele mascara a deficiência do solo, mas, nos ruins, como foi em 2021, ele escancara os prejuízos”, aponta.

Nacional

A produção de grãos no Brasil vai crescer 36,8% nos próximos 10 anos e levará o País a um novo patamar de produtividade, chegando a um total de 370,5 milhões de toneladas na safra 2031/2032.

O acréscimo corresponde a uma taxa de crescimento de 2,7% ao ano. Algodão, milho de segunda safra e soja devem continuar puxando o crescimento da produção de grãos.

O levantamento do Mapa aponta ainda que o mercado interno, as exportações e os ganhos de produtividade deverão ser os principais fatores de crescimento na próxima década.

O estudo aponta uma tendência de crescimento com ganhos de produtividade, já que a área de grãos deve aumentar 17% entre 2021/2022 e 2031/2032, passando de 74,3 milhões de hectares em 2021/2022 para 86,9 milhões de hectares em 2031/2032, o que corresponde a um acréscimo anual de 1,6%.

Entre as regiões, Mato Grosso deve liderar a expansão da produção de milho na próxima década. Na soja, destacam-se como líderes de expansão da produção os estados de Mato Grosso, Pará, Rondônia e Mato Grosso do Sul.

36,8%

NOS PRÓXIMOS 10 ANOS

A produção de grãos no Brasil vai crescer 36,8% nos próximos 10 anos e levará o País a um novo patamar de produtividade, chegando a um total de 370,5 milhões de toneladas na safra 2031/2032. O acréscimo corresponde a uma taxa de crescimento de 2,7% ao ano. Algodão, milho de segunda safra e soja devem continuar puxando o crescimento da produção de grãos.

 

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campo grande

Comércio tem horário de funcionamento diferenciado na semana do Natal; Confira

Horário será estendido na segunda e terça-feira, com horário diferenciado na véspera e dia de Natal

21/12/2025 17h31

Comércio tem horário diferenciado nesta semana

Comércio tem horário diferenciado nesta semana Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O comércio de Campo Grande está funcionando em horário estendido desde o dia 9 de dezembro,para atender a demanda de clientes, que tradicionalmente aumenta no período de fim de ano. Nesta semana de Natal, o comércio também ficará aberto mais tarde, dando chance para quem deixou para comprar os presentes em cima da hora.

A decisão do horário estendido foi tomada com o fechamento da convenção trabalhista entre o Sindicato do Comércio Varejista de Campo Grande (Sindivarejo CG) e o Sindicato dos Empregados do Trabalhadores do Comércio, estabelecendo, entre outros pontos, o horário especial de funcionamento do comércio.

Conforme a Fecomércio, nesta semana, segunda e terça-feira o comércio ficará aberto até às 22h, com horário diferenciado na véspera e no dia de Natal, dias 24 e 25, respectivamente. Na sexta-feira (26), o funcionamento volta ao normal.

A exceção será nos estabelecimentos comerciais localizados em hipercentes e nos shoppings, onde o horário será diferenciado.

Confira o horário do comércio na semana do Natal

  • Dias 22 e 23 de dezembro - até às 22h
  • Dia 24/12 - Até as 17h (das 9h às 19h em shoppings e hipercenters). 
  • Dia 25 de dezembro - comércio não abre

Reajuste salarial

A convenção só foi fechada após a definição de reajuste salarial de 7% para empregados que recebem acima do piso, além de atualizar os valores dos pisos da categoria, que passam a ser de R$ 1.960,00 para empregados em geral e para a função de caixa, R$ 2.151,00 para comissionados e R$ 1.767,00 para auxiliares do comércio, office boys e trabalhadores de serviços gerais.

O vale-alimentação também foi reajustado e passa a ser de R$ 25,00, com a garantia de que não poderá ser suprimido em caso de dispensa e recontratação pelo mesmo empregador ou grupo econômico, evitando alterações contratuais lesivas previstas na CLT.

Um dos pontos centrais da negociação foi quanto à aplicabilidade da CCT em casos de terceirização.

"Coibimos de nosso ordenamento a pejotização nas empresas. Algumas empresas estavam admitindo trabalhadores como pessoas jurídicas, o que é proibido e foge da normalidade do vínculo de emprego”, disse o gerente de Relações Sindicais da Fecomércio MS, Fernando Camilo.

 Além disso, foram aprovados novos benefícios para a categoria, como a inclusão do Benefício Social Familiar, obrigatório a todos os trabalhadores, com contribuição mensal entre R$ 10 e R$ 20 por colaborador, e a criação do convênio odontológico mediante adesão, com custo aproximado de R$ 23,20, dos quais R$ 6,00 serão custeados pelas empresas.

Movimentação financeira

O comércio de Mato Grosso do Sul deve encerrar o ano com expectativas retraídas para o Natal e Ano-Novo.

Pesquisa divulgadas pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio de Mato Grosso do Sul (IPF-MS), em parceria com o Sebrae-MS, indica queda de 38% na movimentação financeira do fim de ano, que deve alcançar R$ 824 milhões, ante R$ 1,27 bilhão no ano passado. 

O movimento econômico geral segue expressivo, mas a contração, considerada a mais responsável pela série recente, revela um consumidor mais seletivo, cauteloso e com crédito mais restrito. 

Do montante, estima-se que R$ 226 milhões serão destinados à compra de presentes, R$ 243 milhões às confraternizações de Natal e R$ 354 milhões às festas de Ano-Novo. 

Mesmo com menos dinheiro por compra, 69% dos entrevistados dizem que vão presentear no Natal, porém, com gasto médio menor, de R$ 217,36 por pessoa.

Os itens mais buscados seguem o apelo do afeto e do cotidiano, como brinquedos, roupas, eletrônicos e cosméticos. A maioria (78%) pretendem comemorar o Natal, quase sempre em encontros íntimos, com gasto médio de R$ 206,35 com alimentação feita em casa. 

Já na virada, 80% dizem que vão celebrar o Ano-Novo, com gasto médio de R$ 294,19, também centrado em comida, encontros familiares e viagens curtas, uma vez que 64% dos que vão viajar permanecerão no Estado.

A economista do IPF-MS e coordenadora da pesquisa, Regiane Dedé de Oliveira, avalia que o afeto se mantém, mas sem exageros.

“Percebemos um consumidor mais prudente, que busca equilibrar o orçamento sem abrir mão das tradições. O aumento do número de pessoas que pretendem presentear indica o sentimento de afeto, mas com escolhas mais calculadas e foco em gastos essenciais”.

O analista técnico do Sebrae-MS Paulo Maciel fala sobre os desafios dos negócios menores.

“A maioria dos clientes, 55%, prioriza a qualidade e busca o benefício para pagamento à vista para economizar. As empresas precisam preparar estoques e melhorar as condições de pagamento”.

Loterias

Resultado da Dia de Sorte de hoje, concurso 1155, SÁBADO (20/12)

A Dia de Sorte realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

20/12/2025 20h28

Confira o resultado do Dia de Sorte

Confira o resultado do Dia de Sorte Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 1154 da Dia de Sorte na noite desta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 2 milhões. 

Confira o resultado da Dia de Sorte de hoje!

Os números da Dia de Sorte 1155 são:

  • 19, 14, 13, 07, 08, 28 02, 
  • Mês da sorte: 10 - outubro

O sorteio da Dia de Sorte é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 1156

Como a Dia de Sorte tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sábado, 20 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 1155. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dia de Sorte é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 7 dente as 31 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Como apostar na Dia de Sorte

Os sorteios da Dia de Sorte são realizados às terças, quintas e sábados, sempre às 20h (horário de MS).

O apostador marca entre 7 e 15 números, dentre os 31 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 7 números, custa R$ 2,50.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

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