Economia

SEM CRISE

Supermercados tem lucro maior mesmo com pandemia

Comportamento do consumidor e alta nos preços de alimentos básicos influenciaram no crescimento

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Em meio aos impactos da crise causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o setor supermercadista tem computado números positivos. 

Em Mato Grosso do Sul, o setor teve um incremento de mais de 5% nos ganhos nos seis primeiros meses do ano e lucrou R$ 144 milhões a mais que no ano passado. 

O saldo positivo é reflexo da mudança no comportamento do consumidor, que em muitos casos passou a se alimentar mais em casa, e do aumento dos preços dos alimentos básicos.

Dados da Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados (Amas) apontam que, mensalmente, a movimentação no segmento é de R$ 480 milhões. 

“Não temos mensalmente os números apurados, mas temos uma similaridade enorme com os números nacionais. O incremento de 5% nas vendas leva a um crescimento de R$ 144 milhões nas vendas nos seis primeiros meses do ano. Fizemos uma prévia e isto foi comprovado”, destacou o presidente da Amas, Edmilson Veratti.

O índice nacional de vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), demonstra que, em maio, o setor registrou crescimento de 11,93% em relação ao mesmo mês do ano anterior e alta de 3,75% na comparação com abril. 

Os valores são deflacionados pelo índice medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, entre janeiro e maio, o crescimento é de 5,63% na comparação com o mesmo período de 2019.

A mudança oficializada em decreto municipal, publicado na quarta-feira (15) no Diário Oficial de Campo Grande, que impõe medidas mais rígidas sobre a circulação de pessoas e funcionamento das atividades não essenciais, pode impactar positivamente no setor.  

“Não acreditamos em queda nas vendas pelas restrições. Nos preocupamos com aglomeração em função da restrição de horário, pois, quanto menos tempo as pessoas tiverem, mais clientes estarão nas lojas. Com o fechamento dos restaurantes no fim de semana, acaba aumentando o consumo nos supermercados”, considerou Veratti.  

Outro ponto positivo para o segmento é em relação à manutenção de empregos. De acordo com o presidente da Amas, o quadro de funcionários continua com a mesma média do pré-pandemia. Em todo o Estado, são 23 mil funcionários no setor.  

CONSUMIDOR

O perfil de consumo em Mato Grosso do Sul também mudou, o que acabou ajudando no aumento das vendas do setor. Segundo a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio-MS (IPF-MS), Daniela Dias, o principal reflexo é no número de pessoas em casa.  

“As pessoas estão preparando mais as suas refeições. Houve ainda a intensificação, principalmente quando a pandemia ficou mais evidente em março e abril, do reforço no abastecimento. Tivemos muitas pessoas comprando mais produtos, para durar mais tempo. Tivemos então essa alteração de comportamento, pessoas cozinhando mais e, por outro lado, dado o isolamento social, algumas pessoas compraram para um período maior. Então, temos esse reflexo”, considerou Daniela.

PREÇOS

Outra mudança no cenário foi o aumento dos preços da alimentação básica nos últimos meses. No primeiro semestre de 2020, a cesta básica vendida em Campo Grande acumula alta de 5,54%; em 12 meses, a variação é de 10,90%.

Em junho, o conjunto de alimentos básicos apresentou alta de 4,32% em Campo Grande. 

De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), entre os produtos que puxaram o aumento da cesta básica, o feijão carioquinha teve o maior peso, com aumento de 59,5%.  

Em maio, o preço médio do quilo do feijão custava R$ 6,08; em junho, o alimento passou a R$ 9,70.

As altas também foram registradas nos preços de banana (14,21%), arroz (13,82%), leite integral (11,10%), óleo de soja (11,05%), farinha de trigo (5,78%), carne bovina de primeira (3,25%), manteiga (2,31%) e café (1,54%).

O levantamento aponta ainda que a cesta individual teve custo de R$ 475,01 em junho, aumento de R$ 19,66 em relação ao valor desembolsado para aquisição dos alimentos no mês de maio, que foi de R$ 455,35. 

LOTERIA

Resultado da Timemania de ontem, concurso 2232, quinta-feira (17/04): veja o rateio

A Timemania realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

18/04/2025 08h49

Confira o resultado  da Timemania

Confira o resultado da Timemania Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 2232 da Timemania na noite desta quinta-feira, 17 de abril de 2025. A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 11,2 milhões. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 11,5 milhões.

  • 7 acertos - Não houve ganhadores; 
  • 6 acertos - 4 apostas ganhadoras, (R$ 37.760,22 cada);
  • 5 acertos - 116 apostas ganhadoras, (R$ 1.860,10 cada);
  • 4 acertos - 2.428 apostas ganhadoras, (R$ 10,50 cada); 
  • 3 acertos - 23.662 apostas ganhadoras, (R$ 3,50 cada). 

Confira o resultado da Timemania de ontem!

Os números da Timemania 2232 são:

  • 60 - 29 - 77 - 33 - 59 - 69 - 67
    Time do coração: Campinense (PB)

O sorteio da Timemania é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Timemania 2233

Como a Timemania tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sábado 19 de abril, a partir das 20 horas, pelo concurso 2233. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Timemania é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 10 dente as 80 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar de três a sete números, ou o time do coração;

Como jogar a Timemania

A Timemania é a loteria para os apaixonados por futebol. Além de o seu palpite valer uma bolada, você ainda ajuda o seu time do coração.

Você escolhe dez números entre os oitenta disponíveis e um Time do Coração. São sorteados sete números e um Time do Coração por concurso. Se você tiver de três a sete acertos, ou acertar o time do coração, ganha.

Você pode deixar, ainda, que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9, ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 10 dezenas, a probabilidade de acertar sete números ganhar o prêmio milionário é de 1 em 26.472.637, segundo a Caixa.

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Mato Grosso do Sul

Arroba do boi gordo dispara 43% em 2025 em meio a mercado conturbado

Cotação da arroba do boi gordo chegou a R$ 311 neste mês, mesmo período do tarifaço dos EUA a produtos brasileiros

18/04/2025 08h30

Preço da arroba do boi teve alta valorização neste mês, quando comparado com o mesmo período do ano passado

Preço da arroba do boi teve alta valorização neste mês, quando comparado com o mesmo período do ano passado GERSON OLIVEIRA

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A arroba do boi gordo alcançou o patamar de R$ 311,10 em Mato Grosso do Sul nas primeiras semanas deste mês, o que representa uma valorização de 43% em relação a abril do ano passado. 

A análise é do Sistema de Inteligência e Gestão Territorial da Bovinocultura de Corte de MS (Sigabov), da Famasul. Nos últimos 12 meses, o maior valor da arroba pago no Estado foi em novembro de 2024, chegando a R$ 319,67 – cerca de 42% superior ao pago em novembro do ano anterior.

Conforme dados divulgados pelo Sigabov, durante o mês de março foi possível observar a diminuição da escala de abate em MS. A escala é um termômetro de como está a oferta de animais para o abate, isto é, quando está baixa, é sinal de redução de oferta. Dessa forma, há um natural aumento no preço pago pela arroba, como forma de alongar a escala de abate por parte dos frigoríficos.

Em meio à disparada do preço do boi, há vários acontecimentos nos mercados mundiais. No primeiro trimestre, houve uma aceleração das compras dos Estados Unidos da carne brasileira, e em Mato Grosso do Sul as vendas quase dobraram, como divulgou o Correio do Estado em primeira mão. 
Além disso, o Brasil vem ganhando mercados na Ásia, no Oriente Médio e em países da América Latina. 

Bezerro valorizado 

Acompanhando o viés de valorização da arroba do boi gordo, o preço do bezerro também registra alta significativa em Mato Grosso do Sul. Apesar do cenário positivo para as cotações, o momento ainda exige cautela. O elevado número de abates de fêmeas sugere que não há, por agora, confirmação de uma transição para um novo ciclo de alta na pecuária de corte.

Segundo nota técnica distribuída pela Famasul, a redução na oferta de bezerros tende a se acentuar até 2026, o que, aliado à demanda aquecida por reposição, sustenta os preços em alta no curto e no médio prazos.
Na cotação da Scot Consultoria, o preço do bezerro macho da raça nelore de 12 meses, pesando 240 quilos, fechou esta quarta-feira cotado a R$ 3.372,60. Pelo Cepea, que tem MS como referência no mercado nacional, o bezerro de 12 meses, pesando 202 quilos, foi cotado na mesma data a R$ 2.824,30, a prazo. 

Pelo relatório do Sigabov, o primeiro trimestre deste ano apresentou o maior número de abate de fêmeas desde 2019. Cerca de 46% das fêmeas abatidas nos três primeiros meses deste ano tinham mais de 36 meses, de 25 meses a 36 meses eram 26% e de 13 meses a 24 meses, 28%. 

O abate de fêmeas neste ano é 22% maior do que a média de abate de fêmeas dos últimos cinco anos. O abate de fêmeas no primeiro trimestre foi 13% maior do que no primeiro trimestre do ano anterior (2024). Persistindo este quadro, o grande número de abates pode vir a influenciar a produção de bezerros nos próximos anos.

Abates crescem

No primeiro trimestre deste ano, foram abatidos em Mato Grosso do Sul cerca de 1.082.954 animais. Esse valor é 19% maior do que a média de animais abatidos nos últimos cinco anos e 9% superior ao mesmo período de 2024. 

Somente em 2014 foram abatidos mais animais no primeiro bimestre do que neste ano, cerca de 5% a mais. Quando consideramos o período de 2019 a 2025, este ano é o que apresenta o maior número de animais abatidos no primeiro trimestre.

Conforme já adiantado em reportagens anteriores pelo Correio do Estado, o crescimento das exportações de carne, para mercados já consolidados e para novos mercados abertos, tem sustentado o preço da arroba do boi gordo em Mato Grosso do Sul. O Estado exporta, em média, 22% da carne bovina produzida.

Cautela

Para a Famasul, embora os preços estejam em alta, o cenário ainda requer cautela. Fatores como a guerra tarifária entre Estados Unidos e China, as variações climáticas e as novas exigências ambientais por parte da União Europeia podem trazer volatilidade ao mercado. Por outro lado, o Brasil pode se beneficiar de possíveis redirecionamentos de compras internacionais, consolidando-se como fornecedor estratégico.

SAIBA

Abate de fêmeas neste ano cresceu 22% em relação aos últimos 5 anos e afetou a oferta de bezerros.

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