Economia

INCERTEZA

Taxação deve inviabilizar geração de energia solar

Quem apostou na energia renovável, pode perder investimento

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou consulta pública para alterar as regras sobre a energia solar fotovoltaica que o consumidor gera a mais ao longo do dia e joga na rede da distribuidora de energia. 

Pela regra atual, a energia que o consumidor gera a mais é devolvida pela distribuidora praticamente sem custo para que ele consuma quando não está gerando energia. 

Com a mudança proposta, o consumidor passará a pagar pelo uso da rede da distribuidora e também pelos encargos cobrados na conta de luz. 

A cobrança incidirá sobre a energia que ele receber de volta da distribuidora, medida que está gerando reclamações de quem investiu na instalação de painéis geradores e que pode inviabilizar a expansão da energia renovável. 

O texto original é de 2012, mas passou por uma revisão em 2015 e voltou à tona este ano. 

A proposta apresentada pela agência no dia 15 deste mês pode inviabilizar a modalidade que permitiu aos brasileiros gerar e consumir a própria eletricidade. 

A agência reguladora alega que o pequeno gerador de energia não paga as tarifas quando há a compensação de fornecimento de energia em momentos de oscilação. 

De acordo com o secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), a proposta de alteração nas regras de geração distribuída, feita pela Aneel, com a taxação da microgeração de energia solar fotovoltaica contraria os acordos internacionais já firmados pelo governo brasileiro em promover a ampliação do uso de fontes renováveis na geração de energia elétrica. 

Conforme a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a taxação deve encarecer em 68% o valor pago pelo consumidor sobre a parte que é enviada para a distribuidora de energia elétrica. Atualmente, o consumidor residencial tem quase 100% da energia que envia de volta à rede volta como crédito para sua conta de luz.

“Antes funcionava assim, aquelas pessoas ou comércios que geravam energia, se gerassem 100 kwh de energia, recebiam desconto de 100 kwh na conta. A partir de agora, a ideia é você receber de volta 37% do que você gerar, e os outros 63% serão distribuídos no custo. Então as pessoas vão se desinteressar em fazer geração distribuída. Existe um encarecimento tanto para as pessoas físicas quanto para os empresários que fizeram investimento". 

"Nossa preocupação é que haverá uma interrupção, hoje temos uma política pública de energias renováveis em que a solar é a principal, e com isso interrompemos esse processo. Isso é válido para Espanha, Alemanha, quando você chega a uma matriz solar que representa 10% do gerado no País. No Brasil ainda não representa nem 1%, então, temos um grande espaço para avançar sem custos para a população para depois pensar nisso”, explicou Verruck.

INSEGURANÇA JURÍDICA

Com as mudanças, a principal preocupação tanto do governo estadual quanto dos empresários é a desestimulação da instalação de novas placas. Segundo o diretor (CEO) da Solar Energy em Mato Grosso do Sul, Hewerton Martins, o número de instalações vai para zero. 

“Teremos demissão em massa em um setor que já gerou mais de 100 mil empregos distribuídos em todos os municípios do Brasil. Há grande frustração do pequeno empresário, que mediante apoio do próprio Sebrae viu a energia solar para redução de custos em seus estabelecimentos e isso vai frustrar todas suas projeções. O principal impacto será na inviabilidade aos novos interessados em usar energia solar e na redução da rentabilidade estimada dos projetos já em funcionamento, pois a agência deu prazo até 2030, logo, em 11 anos, todos os usuários atuais terão apenas 37% dos seus créditos de energia. Isso gera insegurança jurídica para quem decidiu investir na energia solar para livrar dos altos custos de energia e bandeiras tarifárias. Basicamente o retorno do investimento não existirá, pois, um sistema que tem vida útil de 25 anos terá seu retorno em 26 anos, não fazendo nenhum sentido o investimento privado para contribuir na geração de energia”. 

Dados da Aneel apontam que atualmente a geração distribuída solar fotovoltaica  chega a menos de 146 mil brasileiros, 0,18% dos mais de 84,2 milhões de consumidores cativos brasileiros.

O deputado federal Beto Pereira (PSDB) apresentou requerimento convidando o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o diretor-geral da Aneel, André Pepitone da Nobrega, a explicarem a possível taxação de produtores de energia solar. “A proposição vai tornar o mercado de energia uma alternativa inviável”, disse o deputado federal. 

Investimento de R$ 700 mil agora virou tiro no escuro. 

A supervisora Cassiane Biondo conta que há pouco mais de um ano fez um alto investimento de R$ 700 mil em energia solar para diminuir a conta de luz do posto de combustíveis.

“As placas não ficam no posto de gasolina porque o teto não suportaria o peso, por isso ficam em uma cidade solar. Fazemos todo um planejamento com o banco, com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), em quantos anos vamos parcelar isso, quanto gastávamos com a conta de luz, é feito todo estudo em volta desse trabalho por isso investimos. Para nós, era vantajoso porque a conta de luz era de R$ 15 a R$ 17 mil por mês”. 

Cassiane ainda reforça que todo o planejamento foi quebrado com as mudanças anunciadas pela Aneel.

 “Toda a programação foi por água abaixo, esperávamos pagar todo o investimento em 12 anos, agora nem sei quanto tempo vai demorar para termos, retorno. O ramo dos combustíveis já está complicado, nós fizemos um investimento certeiro em energia sustentável que acabou virando um tiro no escuro. [Essa taxação] é deplorável, eles querem colocar taxa até no sol, que nasce para todos. O justo seria fazer essa mudança para quem vai colocar placa solar, e não para quem já tem”, defendeu.

O empresário Hewerton Martins explica que há diversas, categorias de investimentos na geração da energia.

 “Para casas populares, a partir de R$ 4,5 mil. Uma casa de classe média, com cinco pessoas, o investimento é, em média, de R$ 15 mil. Já para empresas depende do consumo de cada negócio, mas hoje, para os pequenos e médios negócios, são extremamente viáveis na redução do custo fixo de energia, basicamente quem adquire geralmente financia com uma parcela inferior ao gasto da conta de luz. Há também a modalidade chamada autoconsumo remoto, as placas são instaladas em uma espécie de condomínio de placas, os créditos atendem quem está em um edifício ou prédio alugado sem área de telhado para instalação das placas fotovoltaicas”, explicou.

 

campo grande

Comércio tem horário de funcionamento diferenciado na semana do Natal; Confira

Horário será estendido na segunda e terça-feira, com horário diferenciado na véspera e dia de Natal

21/12/2025 17h31

Comércio tem horário diferenciado nesta semana

Comércio tem horário diferenciado nesta semana Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O comércio de Campo Grande está funcionando em horário estendido desde o dia 9 de dezembro,para atender a demanda de clientes, que tradicionalmente aumenta no período de fim de ano. Nesta semana de Natal, o comércio também ficará aberto mais tarde, dando chance para quem deixou para comprar os presentes em cima da hora.

A decisão do horário estendido foi tomada com o fechamento da convenção trabalhista entre o Sindicato do Comércio Varejista de Campo Grande (Sindivarejo CG) e o Sindicato dos Empregados do Trabalhadores do Comércio, estabelecendo, entre outros pontos, o horário especial de funcionamento do comércio.

Conforme a Fecomércio, nesta semana, segunda e terça-feira o comércio ficará aberto até às 22h, com horário diferenciado na véspera e no dia de Natal, dias 24 e 25, respectivamente. Na sexta-feira (26), o funcionamento volta ao normal.

A exceção será nos estabelecimentos comerciais localizados em hipercentes e nos shoppings, onde o horário será diferenciado.

Confira o horário do comércio na semana do Natal

  • Dias 22 e 23 de dezembro - até às 22h
  • Dia 24/12 - Até as 17h (das 9h às 19h em shoppings e hipercenters). 
  • Dia 25 de dezembro - comércio não abre

Reajuste salarial

A convenção só foi fechada após a definição de reajuste salarial de 7% para empregados que recebem acima do piso, além de atualizar os valores dos pisos da categoria, que passam a ser de R$ 1.960,00 para empregados em geral e para a função de caixa, R$ 2.151,00 para comissionados e R$ 1.767,00 para auxiliares do comércio, office boys e trabalhadores de serviços gerais.

O vale-alimentação também foi reajustado e passa a ser de R$ 25,00, com a garantia de que não poderá ser suprimido em caso de dispensa e recontratação pelo mesmo empregador ou grupo econômico, evitando alterações contratuais lesivas previstas na CLT.

Um dos pontos centrais da negociação foi quanto à aplicabilidade da CCT em casos de terceirização.

"Coibimos de nosso ordenamento a pejotização nas empresas. Algumas empresas estavam admitindo trabalhadores como pessoas jurídicas, o que é proibido e foge da normalidade do vínculo de emprego”, disse o gerente de Relações Sindicais da Fecomércio MS, Fernando Camilo.

 Além disso, foram aprovados novos benefícios para a categoria, como a inclusão do Benefício Social Familiar, obrigatório a todos os trabalhadores, com contribuição mensal entre R$ 10 e R$ 20 por colaborador, e a criação do convênio odontológico mediante adesão, com custo aproximado de R$ 23,20, dos quais R$ 6,00 serão custeados pelas empresas.

Movimentação financeira

O comércio de Mato Grosso do Sul deve encerrar o ano com expectativas retraídas para o Natal e Ano-Novo.

Pesquisa divulgadas pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio de Mato Grosso do Sul (IPF-MS), em parceria com o Sebrae-MS, indica queda de 38% na movimentação financeira do fim de ano, que deve alcançar R$ 824 milhões, ante R$ 1,27 bilhão no ano passado. 

O movimento econômico geral segue expressivo, mas a contração, considerada a mais responsável pela série recente, revela um consumidor mais seletivo, cauteloso e com crédito mais restrito. 

Do montante, estima-se que R$ 226 milhões serão destinados à compra de presentes, R$ 243 milhões às confraternizações de Natal e R$ 354 milhões às festas de Ano-Novo. 

Mesmo com menos dinheiro por compra, 69% dos entrevistados dizem que vão presentear no Natal, porém, com gasto médio menor, de R$ 217,36 por pessoa.

Os itens mais buscados seguem o apelo do afeto e do cotidiano, como brinquedos, roupas, eletrônicos e cosméticos. A maioria (78%) pretendem comemorar o Natal, quase sempre em encontros íntimos, com gasto médio de R$ 206,35 com alimentação feita em casa. 

Já na virada, 80% dizem que vão celebrar o Ano-Novo, com gasto médio de R$ 294,19, também centrado em comida, encontros familiares e viagens curtas, uma vez que 64% dos que vão viajar permanecerão no Estado.

A economista do IPF-MS e coordenadora da pesquisa, Regiane Dedé de Oliveira, avalia que o afeto se mantém, mas sem exageros.

“Percebemos um consumidor mais prudente, que busca equilibrar o orçamento sem abrir mão das tradições. O aumento do número de pessoas que pretendem presentear indica o sentimento de afeto, mas com escolhas mais calculadas e foco em gastos essenciais”.

O analista técnico do Sebrae-MS Paulo Maciel fala sobre os desafios dos negócios menores.

“A maioria dos clientes, 55%, prioriza a qualidade e busca o benefício para pagamento à vista para economizar. As empresas precisam preparar estoques e melhorar as condições de pagamento”.

Loterias

Resultado da Dia de Sorte de hoje, concurso 1155, SÁBADO (20/12)

A Dia de Sorte realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

20/12/2025 20h28

Confira o resultado do Dia de Sorte

Confira o resultado do Dia de Sorte Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 1154 da Dia de Sorte na noite desta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 2 milhões. 

Confira o resultado da Dia de Sorte de hoje!

Os números da Dia de Sorte 1155 são:

  • 19, 14, 13, 07, 08, 28 02, 
  • Mês da sorte: 10 - outubro

O sorteio da Dia de Sorte é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 1156

Como a Dia de Sorte tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sábado, 20 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 1155. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dia de Sorte é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 7 dente as 31 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Como apostar na Dia de Sorte

Os sorteios da Dia de Sorte são realizados às terças, quintas e sábados, sempre às 20h (horário de MS).

O apostador marca entre 7 e 15 números, dentre os 31 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 7 números, custa R$ 2,50.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

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