Esportes

SUL-AMERICANO SUB-20

Atleta de MS é titular na vitória que coloca Brasil no Mundial Sub-20

Após cumprir suspensão, Arthur Dias foi titular pela 6ª vez na competição, desta vez na lateral-direita, ou seja, ocupou todas as posições defensivas durante o torneio

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Cumprindo suspensão na última rodada por ter sido expulso contra o Uruguai, o campo-grandense Arthur Dias voltou ao time titular e participou da vitória que colocou, de forma oficial, a seleção brasileira sub-20 na Copa do Mundo da categoria.

Pela 3ª rodada do hexagonal final do Sul-Americano Sub-20, o Brasil enfrentou o Paraguai. Com 100% de aproveitamento em dois jogos, a seleção precisava vencer os paraguaios para garantir a classificação no mundial, do qual apenas os quatro melhores colocados asseguram vaga na competição que acontece em setembro e outubro no Chile.

O multifunções Arthur, que já atuou como zagueiro e lateral-esquerdo durante o torneio, pode adicionar mais uma posição na sua lista: lateral-direito. Ramon Menezes, treinador da seleção brasileira sub-20, escalou o campo-grandense no lugar que era de Igor Serrote, que foi expulso na vitória contra a Colômbia na última rodada.

Porém, o defensor não ficou muito tempo em campo, sendo substituído no intervalo pelo lateral-direito de origem Paulinho, da base do Vasco da Gama (RJ). Durante os 45 minutos que ficou em campo, o sul-mato-grossense efetuou dois cortes, duas interceptações, um desarme e acertou 79% dos passes (15 dos 19 tentados), recebendo uma nota 6,6 no Sofascore, site especializado em estatísticas esportivas.

Com gols de Gustavo Prado, Rayan e Alisson Santana, a seleção brasileira venceu por 3x1 e garantiu a classificação antecipada para a Copa do Mundo sub-20. Porém, ainda há dois jogos a serem feitos para decidir o título da competição: contra a Argentina, na quinta-feira (13), às 22h; e diante do Chile, no próximo domingo (16), ainda sem horário definido pela Conmebol.

Mundial sub-20

A Copa do Mundo da categoria acontece entre os dias 27 de setembro e 19 de outubro, no Chile, país que já está classificado automaticamente para a competição por ser país-sede.

Além do Chile e Brasil, outras 11 seleções já estão garantidas no torneio: Nova Caledônia, Nova Zelândia, Espanha, França, Itália, Noruega, Ucrânia, Cuba, Estados Unidos, México, Panamá.

A seleção brasileira tem cinco títulos mundiais da categoria, conquistados em 1983, 1985, 1993, 2003 e 2011. Este último, erguido há 14 anos, contava com um elenco recheado de jogadores que viriam a ser destaque na seleção principal no futuro, como: Philippe Coutinho, Casemiro, Oscar, Danilo e Alex Sandro.

Na última edição, disputada em 2023 e vencida pelo Uruguai, o Brasil decepcionou e foi eliminado por Israel, pelo placar de 3x2, nas quartas de final. Marcos Leonardo, revelado pelo Santos e atualmente no Al-Hilal (ARA), venceu a chuteira de prata, prêmio dado ao vice-artilheiro da competição.

Porém, mesmo com cinco títulos, a seleção brasileira não é a maior vencedora da Copa do Mundo Sub-20. Com seis títulos, a Argentina lidera este quesito, o último conquistado há 18 anos, em 2007, geração que tinha Aguëro, Dí Maria, Romero e Banega.

Campeões do Mundial Sub-20 por edição:

1977: União Soviética (Brasil ficou com o 3º lugar)
1979: Argentina
1981: Alemanha Ocidental
1983: Brasil
1985: Brasil

1987: Iugoslávia
1989: Portugal (Brasil ficou com o 3º lugar)
1991: Portugal (Brasil foi vice-campeão)
1993: Brasil
1995: Argentina (Brasil foi vice-campeão)
1997: Argentina
1999: Espanha
2001: Argentina
2003: Brasil
2005: Argentina (Brasil ficou com o 3º lugar)
2007: Argentina
2009: Gana (Brasil foi vice-campeão)
2011: Brasil
2013: França
2015: Sérvia (Brasil foi vice-campeão)
2017: Inglaterra
2019: Ucrânia
2023: Uruguai

VS PARAGUAI

Antes de a bola rolar em Caracas, o técnico Ramon Menezes pregou total respeito ao Paraguai tentando evitar a euforia na seleção brasileira. Queria a equipe concentrada e sem clima de "já ganhou". No discurso, alertou sobre a campanha de superação semelhante dos rivais, que também passaram aperto na fase de classificação.

Depois de levar 4 a 0 da Colômbia na estreia do hexagonal, os paraguaios se reabilitaram diante do Chile e queriam superar os brasileiros na tabela. Para isso, necessitavam ganhar a partida

Postados mais à frente e pressionando a saída brasileira, deram trabalho para Felipe Longo logo no início, com roubada de bola e batida forte de Aguayo. O goleiro espalmou, evitando que o Brasil levasse seu primeiro gol no hexagonal.

O jogo ficou alguns minutos parado por causa de lesão séria do paraguaio Max Duarte - acabou substituído chorando com problema não joelho - e o retorno veio com gol brasileiro. Gustavo Prado brigou com os marcadores e bateu sem ângulo. O goleiro aceitou.

A seleção ainda vibrava quando saiu o segundo. Contragolpe em velocidade, Wesley toca para Rayan ampliar em batida entre as pernas do goleiro. Com apenas 17 minutos, a esquadra verde e amarela tinha vantagem gigante.

Mas os valentes paraguaios não se abateram e descontaram de imediato. Cobrança de escanteio, a defesa deu mole e Aguayo surgiu livre, para descontar de cabeça. O jogo era repleto de chances de gols pela carência de marcação de ambos os lados. Rayan, cara a cara, mandou para o alto, enquanto a cobertura de Pedrinho passou raspando, e Felipe Longo fez milagre na cabeçada de León.

Mais adiantados pela necessidade da igualdade, os paraguaios assumiram o risco dos contra-ataques e viram o Brasil criar e desperdiçar boas chances na etapa final. Pedrinho parou no goleiro, Jair errou a cabeçada e Wesley optou por cruzamento ruim.

A resposta veio com Alfonso carimbando o travessão e depois em cobrança de falta nas mãos de Longo. O Paraguai ainda investia nos chuveirinhos, sem sucesso. Sem "fome" para buscar o gol do alívio, como já visto em todo o Sul-Americano, o Brasil se postou todo na defesa, passando por um sufoco desnecessário.

Já na reta final, porém, uma saída em velocidade definiu o jogo e a vaga. Pedrinho passou pelo marcador e bateu forte, o goleiro espalmou para a área e Alisson deslizou para fechar a conta. Ramon Menezes ainda trocou dois atacantes por defensores para segurar o resultado.

Classificação de momento

  • 1º - Brasil (9 pontos - 3 PJ)
  • 2º - Argentina (9 pontos - 3 PJ)
  • 3º - Colômbia (3 pontos - 3 PJ)
  • 4º - Paraguai (3 pontos - 3 PJ)
  • 5º - Uruguai (1 pontos - 3 PJ)
  • 6º - Chile (1 pontos - 3 PJ)

*PJ = Partidas Jogadas
** Em negrito = aqueles que, por enquanto, estão se classificando ao Mundial Sub-20 (Chile já está classificado por ser país-sede da competição)

JOGOS DA PRÓXIMA RODADA

  • Paraguai x Uruguai | 13/02 | às 16h
  • Chile x Colômbia | 13/02 | às 18h30
  • Brasil x Argentina | 13/02 | às 21h

Saiba

A seleção brasileira é a maior e atual campeã do Sul-Americano Sub-20. Ao todo, já foram 12 taças da competição conquistadas (1974, 1983, 1985, 1988, 1991, 1992, 1995, 2001, 2007, 2009, 2011 e 2023).

*Com algumas informações do Estadão Conteúdo

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Esportes

Leila vai à Fifa contra dirigente da Conmebol: 'Não sabem sobre racismo, como vão combatê-lo?'

A ação ocorre após Alejandro Domínguez, mandatário da Conmebol, usar a expressão "Tarzan sem Chita"

18/03/2025 23h00

Foto: Reprodução

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Leila Pereira, presidente do Palmeiras, afirmou nesta terça-feira que, juntamente com a Libra (Liga do Futebol Brasileiro) e a Liga Forte União (LFU), enviou uma carta à Fifa pedindo providências e apontando a necessidade de penas mais rigorosas em episódios de racismo no futebol.

A ação ocorre após Alejandro Domínguez, mandatário da Conmebol, usar a expressão "Tarzan sem Chita" ao comentar a possibilidade de os clubes brasileiros boicotarem a Libertadores e se filiarem à Concacaf por causa dos frequentes casos de discriminação contra os times do País em competições sul-americanas, sugestão da executiva palmeirense.

"Não é possível que, mesmo após o caso de racismo do qual os atletas do Palmeiras foram vítimas no Paraguai, o presidente da Conmebol faça uma comparação abominável como a que ele fez. Parece até uma provocação ao Palmeiras e aos demais clubes brasileiros", disse Leila, em nota enviada ao Estadão.

"A declaração do presidente Alejandro demonstra, mais uma vez, a dificuldade da Conmebol em compreender o que é racismo. Se as pessoas que comandam o futebol sul-americano nem sequer sabem o que é racismo, como serão capazes de combatê-lo?", continuou

A fala acontece uma semana depois do caso de racismo contra Luighi, do Palmeiras, em partida da Libertadores sub-20. Alejandro Domínguez falou sobre o tema em discurso na Conmebol, durante evento que definiu os grupos da Libertadores e Copa Sul-Americana. O dirigente afirmou que a entidade não é indiferente ao tema e toma todas as medidas que estão ao seu alcance para inibir casos de discriminação.

O Estadão apurou que o dirigente preferiu discursar em português em vez de espanhol ao falar sobre o tema como uma maneira de se dirigir ao público do Brasil. Por questões de agenda, ele não se encontrou com membros da comissão palmeirense para tratar especificamente do assunto, assim como não se reuniu separadamente com qualquer membro de outro clube. Leila Pereira, em forma de protesto, não compareceu ao evento. O clube foi representado pelo vice Paulo Buosi.

Após a repercussão negativa, Alejandro Domínguez se manifestou publicamente pedindo desculpas e reforçando o compromisso da entidade na luta contra a discriminação. "Em relação a minhas recentes declarações, quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém. A Conmebol Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos dez países membros", disse Domínguez.

"Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a Conmebol. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de descriminação", concluiu o dirigente.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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RACISMO

Presidente da Conmebol diz que Libertadores sem brasileiros é 'Tarzan sem Chita'

Na última semana, Leila Pereira, presidente do Palmeiras, sugeriu a saída dos clubes brasileiros da Conmebol para se juntarem à Concacaf, motivados pelos recentes casos de racismo que ficam impunes

18/03/2025 12h00

Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol

Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol Foto: Divulgação/Conmebol

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Uma fala de Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, gerou polêmica no Brasil nesta terça-feira. O dirigente afirmou que a ausência de brasileiros em na Libertadores é algo impossível, como "Tarzan sem Chita". A fala ocorreu após o sorteio dos grupos da competição continental, nesta segunda, na sede da entidade, em Luque, no Paraguai. O vídeo do momento viralizou nas redes sociais. A entidade deve se manifestar sobre o assunto ainda nesta terça.

"Em relação a minhas recentes declarações, quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém. A Conmebol Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos dez países membros", disse Domínguez.

"Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a Conmebol. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de descriminação", concluiu o dirigente.

Domínguez usou a expressão ao questionado pelos repórteres na zona mista sobre a sugestão de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, de os clubes brasileiros se filiarem à Concacaf em resposta às ações da Conmebol contra o racismo. "Isso seria como Tarzan sem Chita. Impossível", disse Domínguez, em tom descontraído.

A fala acontece uma semana depois do caso de racismo contra Luighi, do Palmeiras, em partida da Libertadores sub-20. Alejandro Domínguez falou sobre o tema durante o evento desta segunda, afirmando que a Conmebol não é indiferente ao tema e toma todas as medidas que estão ao seu alcance para inibir casos de discriminação.

O Estadão apurou que o dirigente preferiu discursar em português em vez de espanhol ao falar sobre o tema como uma maneira de se dirigir ao público do Brasil. Por questões de agenda, ele não se encontrou com membros da comissão palmeirense para tratar especificamente do assunto, assim como não se reuniu separadamente com qualquer membro de outro clube.

Tarzan é um personagem fictício, criado por Edgar Rice Burroughs, em 1912. Ganhou popularidade na década de 1930, com a série televisiva, no qual contracenava com Chita, um chimpanzé macho, mas que interpretou uma fêmea na série.

Na última semana, o Palmeiras, clube de Luighi, iniciou o movimento dos clubes brasileiros contra o racismo, logo após o episódio envolvendo o jovem na disputa da Libertadores sub-20, em partida contra o Cerro Porteño. Além disso, o time alviverde entendeu que as punições aos paraguaios foram brandas.

O Cerro Porteño foi multado em US$ 50 mil (cerca de R$ 289 mil em conversão direta) e penalizado com portões fechados, medidas que, segundo o Palmeiras fazem a entidade ser "conivente" com as agressões. Além da nota contra a decisão da Conmebol, Leila Pereira se recusou a ir ao sorteio nesta segunda-feira. Paulo Buosi, vice-presidente, representou o clube no Paraguai.

O discurso de Domínguez se referiu à luta contra o racismo e ao caso de Luighi.

"Não posso seguir sem falar de racismo. Um problema muito grande que o futebol enfrenta. Gostaria eu também de abordar uma questão que nos desafia. O racismo é um flagelo que não tem origem no futebol, na sociedade. Mas afeta o futebol A Conmebol é sensível a essa realidade. Como pode não ser? À dor do Luighi", disse o mandatário antes do sorteio.

O discurso foi realizado em português. Esta foi uma forma que o presidente da Conmebol encontrou para se dirigir aos brasileiros, em especial após os movimentos contra a Conmebol e o racismo ao longo da última semana.

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