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Pernambuco

'Cidade da Copa' deve ficar pronta só em 2025

'Cidade da Copa' deve ficar pronta só em 2025

uol

25/08/2011 - 00h00
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A Arena Pernambuco, que está sendo construída no município de São Lourenço da Mata, no Grande Recife, para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014, é um estádio amplo, moderno e sustentável. Com 129 mil metros quadrados e capacidade para 46 mil pessoas, a arena terá estacionamento para 6.000 carros, sistema de reaproveitamento de águas pluviais, células fotovoltaicas de captação de energia solar e até quatro turbinas eólicas para suprir o sistema de ar condicionado.

NASCE UMA CIDADE

Mas é no terreno do entorno, de 240 hectares (equivalente a 300 campos oficiais de futebol) e cedido pelo governo pernambucano à Construtora Oderbrecht, que será erguido o mais ousado projeto urbanístico inspirado no evento internacional de futebol. Trata-se de uma espécie de bairro inteligente que, quando for concluído, terá 7.000 residências, um campus universitário, museu, teatro, um ginásio (arena indoor), hotéis, centro de convenções, shopping center e escritórios comerciais e empresariais. O nome do projeto: Cidade da Copa. O investimento: R$ 2 bilhões. O prazo de conclusão: 2025.

Em 2014, quando a Copa acontecer, espera-se que estejam prontos o estádio (a previsão é dezembro de 2012) e alguns "elementos âncora", como parte do centro de convenções, o shopping center e, havendo investidores interessados, um hotel com 300 quartos. "Mas o estádio não estará em meio a um canteiro de obras durante a Copa", garante Marcos Lessa, diretor-presidente do Consórcio da Cidade da Copa. Segundo ele, todas as atividades construtivas serão interrompidas durante o torneio, e não será perceptível que, naquela localidade, está-se construindo uma nova cidade. "O turista terá acesso a uma série de atrações que já estarão prontas, mas só tomará conhecimento da grandiosidade do investimento residencial e empresarial através dos stands que instalaremos", diz o executivo.

NASCE UM ESTÁDIO

O empreendimento está sendo construído em esquema de PPP (parceria público-privada) entre o governo pernambucano e o consórcio. Este, por sua vez, é formado pela construtora Oderbrecht e pela Odebrecht Participações e Investimentos, o braço incorporador da empreiteira baiana. É ela quem será responsável pelo loteamento do bairro e pela comercialização dos terrenos, casas e apartamentos residenciais e comerciais.

A empresa não divulga o VGV (Valor Geral de Vendas), mas apenas a venda dos imóveis residencias deve gerar R$ 400 milhões, considerando o preço médio do metro quadrado em Recife. Quanto ao estádio, o custo é de R$ 532 milhões, incluindo financiamento de R$ 280 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O restante do investimento (com exceção do terreno, cedido pelo poder público) será feito pela Oderbrecht e seus eventuais parceiros.

Segundo o consórcio, a área de aproximadamente 50 hectares onde está sendo construída a arena é uma concessão e volta ao Estado em 33 anos. Dos 240 hectares restantes, seis serão destinados à instalação futura de equipamentos do próprio governo do Estado. Já a área ocupada pela nova centralidade terá seu valor abatido das contraprestações anuais pagas pelo governo ao Consórcio, pela construção, operação e manutenção do novo estádio.

TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE

O projeto está dividido em quatro fases. A primeira é a única que estará pronta para a Copa. Nela serão consumidos os R$ 532 milhões do estádio e mais R$ 800 milhões em estrutura urbana e projetos âncora. Na segunda, serão construídas residências e prédios comerciais, ao custo estimado de R$ 300 milhões e prazo de conclusão em 2019. A partir daí, a Cidade da Copa ganha contornos de empreendimento imobiliário, e seu ritmo de construção seguirá o ritmo de vendas no mercado. A terceira e a quarta fase, que seguirão até 2025 ou mais, serão de ampliação das unidades habitacionais e comerciais, sempre ao gosto do mercado. Ao fim do processo, segundo a empreiteira, terá nascido a primeira "smart city" (cidade inteligente) da América Latina.

Segundo a construtora, o espaço terá como principais pilares o uso de tecnologias avançadas no monitoramento da segurança, no gerenciamento de energia e na adoção de sistemas integrados. Um grande complexo de entretenimento, com centros comerciais, cinemas, teatros e restaurantes ocupará, o “coração” do bairro-cidade. A nova localidade está sendo preparada para receber até 100 mil pessoas em seus complexos de lazer, variando de acordo com os eventos sediados. Toda a área do empreendimento foi planejada para ser percorrida, de sua região central aos diversos setores instalados, em menos de dez minutos a pé.

IGNORADA?

Abandonada pela CBF, Campo Grande permanece sem esperanças de receber jogo da seleção

Depois da Copa do Mundo no Brasil, a canarinho jogou 39 das 41 partidas em municípios que foram sedes daquele torneio, com apenas Belém e Goiânia como "foras da curva"

11/06/2025 10h30

Último jogo disputado no Morenão pelo Sul-Mato-Grossense ocorreu no dia 23 de maio de 2021

Último jogo disputado no Morenão pelo Sul-Mato-Grossense ocorreu no dia 23 de maio de 2021 Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Na estreia de Carlo Ancelotti em território tupiniquim, o Brasil venceu o Paraguai por 1 a 0, Neo Química Arena, em São Paulo, para mais de 46 mil torcedores, e reforçou a tendência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em escolher cidades sedes da Copa do Mundo de 2014 como casas da seleção brasileiro pós-Mundial no país.

Em outubro de 2009, pela última rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, o Estádio Morenão, em Campo Grande, recebeu o jogo entre Brasil e Venezuela, partida que terminou empatada sem gols. Quase 16 anos depois, a seleção brasileira não voltou a atuar em território sul-mato-grossense, e mantém a capital do estado pantaneiro sem esperanças de voltar.

Segundo levantamento da Folha de S. Paulo, o Brasil fez 41 partidas “em casa” de 2015 a 2024, mas 95% delas foram em cidades que sediaram estádios para a Copa do Mundo de 2014, que aconteceu em terras brasileiras. Apenas dois municípios fugiram do padrão e conseguiram sediar uma partida da seleção sem ter participado daquele Mundial: Belém (PA) e Goiânia (GO).

Esses números reforçam a tendência da CBF em utilizar arenas modernas, algumas construídas exclusivamente para a Copa de 2014, como é o caso da Neo Química Arena, palco da abertura daquele Mundial. Inclusive, desde então,o estádio do Corinthians recebeu quatro partidas da seleção brasileira, empatado com o Maracanã na “liderança”.

Outro dado que contribui para a entidade máxima do futebol brasileiro tomar essa posição é justamente o sucesso de venda de ingressos, mesmo sendo colocados a preços caros e exagerados. Desde as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002, essa é a maior média de público em jogos da seleção, com 51 mil.

Especificamente no caso de Campo Grande, o único estádio que poderia comportar a seleção brasileira seria o Morenão. Mas, um dos espaços mais icônicos do futebol sul-mato-grossense está há mais de quatro anos sem receber uma partida profissional do campeonato local e com polêmicas que seguem sem soluções.

Em janeiro deste ano, durante o lançamento oficial do Campeonato Sul-Mato-Grossense, Marcelo Miranda, titular da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc), afirmou que a concessão ao Estado estaria nas tratativas finais. Porém, cinco meses depois ainda não há um acordo assinado entre a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e o governo estadual, que seria por um período de 35 anos.

Por conta do descaso com o estádio e a má utilização do próprio para eventos esportivos ou de entretenimento, Campo Grande foi "deixada de lado" pela CBF e não deve voltar a receber partidas da seleção brasileira tão cedo.

À Folha de S. Paulo, Amir Somoggi, diretor da consultoria Sports Value, afirmou que a tendência da entidade é não colocar o Brasil em estruturas insuficientes e que não deem lucro, e por isso capitais e regiões brasileiras seguem sendo ignoradas pela canarinho.

“Qualquer estádio que seja escolhido hoje não será apenas por aspectos políticos. Vai ter também o aspecto econômico em primeiro lugar, quanto é possível faturar. Parece-me uma tendência irreversível, e quem não tiver estrutura não deverá receber mais jogos importantes", explicou Somoggi.

Tá complicado...

O processo de revitalização do Estádio Pedro Pedrossian seguiu ao longo destes três anos a passos lentos. Segundo o Governo do Estado, as obras foram divididas em três etapas, de estrutura e banheiros, parte elétrica e de acessibilidade e pânico para adequar o estádio às normas de segurança atuais. 

Em visitas na qual a reportagem do Correio do Estado realizou no local, foi observado que as rampas de acesso interno do gramado já estão concluídas e que os banheiros já foram reformados, sendo colocadas divisórias de mármore e até espelhos dispostos nas pias.

Já na entrada do estádio também foi pintado no chão indicativos de pista para corrida e caminhada, nos arredores do Morenão, além do escrito “Sou UFMS” pintado próximo à rampa principal.

Porém, na parte externa do Morenão, onde ficam as arquibancadas e o gramado do estádio, a situação é de total abandono.

Em uma das visitas, no inicio do ano passado, foi visto próximo ao gramado uma plantação de melancia, sinal claro que o Morenão não tem condições de receber nenhum evento esportivo.

Saiba

Durante a década de 90, Campo Grande recebeu duas partidas da seleção brasileira, ambas no Morenão. Em 1991, Brasil e Paraguai empataram em 1 a 1 em amistoso preparatório para a Copa América daquele ano.

Em dezembro de 1999, comandados por Vanderlei Luxemburgo, a seleção sub-23 enfrentou novamente os paraguaios em amistoso, e novamente ficaram no empate, desta vez por 3 a 3. Ao todo, 38 mil ingressos campo-grandenses assistiram o confronto.

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NOVOS RUMOS

Em busca de "milagre" na Série D, Operário anuncia novo técnico

Raphael Pereira foi anunciado na manhã desta terça-feira (10), em coletiva de imprensa, e terá a difícil missão de tirar o Galo da última colocação de seu grupo

10/06/2025 12h15

Raphael Pereira, novo treinador do Operário

Raphael Pereira, novo treinador do Operário Foto: Felipe Machado/Correio do Estado

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Com a corda no pescoço na Série D do Campeonato Brasileiro, o Operário anunciou Raphael Pereira como novo treinador para o restante da competição.

Com apenas uma vitória em oito jogos, ele chega para substituir o bicampeão estadual Leocir Dall'Astra, que pediu demissão no último final de semana após quatro revés consecutivos na quarta divisão nacional.

Até agora, o Operário tem a segunda pior defesa da competição, com 16 gols sofridos, e o novo treinador disse que o primeiro passo para melhorar os resultados é parar de tomar gols, para então focar na eficiência ofensiva.

"Na verdade, a defesa começa no ataque, a gente vai organizar em bloco baixo. Porém, pessoal da frente e pressão precisa ser feita. Então, a gente vai tentar sincronizar os setores, os setores da equipe, para poder se estruturar e começar a iniciar a construção, a marcação, independente da altura da bola", reforçou Raphael.

Ainda, o novo treinador disse que, antes de qualquer mudança tática, há a necessidade de implementar novos ânimos na equipe, para restaurar a confiança dos jogadores, a fim de melhorar postura e comportamento dentro de campo, mesmo com tempo curto de trabalho até o próximo jogo.

Sobre a classificação para a próxima fase e o "milagre" que precisa fazer para conquistá-la, Raphael disse que só depende do Operário.

"Não depende de ninguém, depende só de nós, da nossa atitude, o que a gente quer ir. Vamos conversar com os jogadores, a gente sabe que o futebol não tem longo prazo, é curto prazo, é pra agora, a gente sabe que a gente precisa de resultado, e isso a gente tá ciente, os jogadores têm que estar cientes disso", afirmou.

Acerca de novas contratações, o novo treinador "desconversou" e disse contar com um elenco de bons jogadores, mas confirmou estar conversando com a diretoria para buscar soluções para setores do campo que estão sofrendo no departamento médico.

Neste próximo sábado (14), às 15h, no Estádio Jacques da Luz, em Campo Grande, Raphael terá seu primeiro desafio como treinador do Operário, contra o Cascavel (PR), e convocou a torcida para ir em busca de uma vitória que pode reascender a chama do time na competição.

"Gostaria que dessem esse voto de confiança, eu sei que eles estão vindo, eu sei que estão apoiando e a gente não tá correspondendo. Apresentando bom futebol, apresentando vontade, disposição, e é isso que a gente pede para dar esse voto de confiança no sábado", disse o novo treinador.

Atualmente, o Operário ocupa a 8ª colocação do grupo G, com sete pontos conquistados. Já o Cascavel é o 3º, com 12 pontos. Lembrando que, apenas os quatro primeiros conseguem classificação para a fase de mata-mata da Série D.

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