Anderson Silva se complicou e foi julgado culpado na audiência de seu doping, sendo condenado a um ano de suspensão. O julgamento ocorreu nesta quinta-feira e o brasileiro fica suspenso por esse período pela Comissão Atlética de Nevada (NAC). Além disso, o lutador terá que pagar 30% da bolsa recebida da luta no dia 31 de janeiro, contra Nick Diaz, de U$$ 600 mil, perdeu o bônus de U$$ 200 mil recebido pela vitória, além de ter que pagar os custos da investigação e advogados.
Como Díaz também foi flagrado no doping, a vitória de Silva também foi anulada e o resultado do confronto foi passado para “No Contest”, luta sem resultado. Com a suspensão vinda desde do dia 2 de fevereiro quando teve o resultado positivo divulgado, Anderson pode voltar ao octógono a partir do dia 1 de fevereiro de 2016. Para lutar, ele ainda precisará um exame que dê negativo para as substâncias que foram acusadas uma vez.
No julgamento, que durou cerca de quatro horas, o brasileiro se mostrou muito confuso em suas declarações e em momento algum foi consistente no depoimento. O semblante de Ed Soares, seu empresário, mostrava que o pior estava por vir para Spider, considerado um dos maiores nomes de todos os tempos do MMA mundial. Sobre o uso da drostanolona, encontrada em um medicamento para melhorar a performance sexual, o brasileiro contou que recebeu de um amigo da Tailândia, chamado Marcos Fernandes. Segundo ele, surgiu a possibilidade do uso em uma “conversa de homens” após um treinamento no Brasil.
— Tinha uma espécie de estimulante sexual, um amigo meu trouxe da Tailândia. Não fui no médico pedir uma autorização porque esse tipo de suplemento não tem nos EUA nem no Brasil— contou.
Quanto à androsterona, a defesa alegou que um dos suplementos que o lutador estava usando "poderia estar contaminado" com a substância. Anderson e a defesa bateram na tecla de que se foi consumido os anabolizantes foram sem consentimento e que não havia a consciência de que isso poderia estar em seu organismo. Como forma de defesa, o advogado do peso-médio tentou isentá-lo de culpa através do histórico limpo, sem problemas com doping.
A única substância que Spider alegou ter usado foi os ansiolíticos, que teria feito uso das substâncias depois de entregar o documento, devido a ansiedade que marcava a luta em seu retorno ao cage. Justamente por isso, ele afirma que não mentiu à Comissão sobre o uso dos ansiolíticos, pois teria feito uso das substâncias depois de entregar o documento.