Em noite fria em São Paulo e de pouca inspiração ofensiva, o Corinthians garantiu empate por 1 a 1 contra o Palmeiras, neste domingo, na Arena Corinthians, válido pela 13.ª rodada do Campeonato Brasileiro. A última vez que as equipes ficaram em igualdade no placar foi em 2015, há 12 partidas. Com o resultado, o time da casa chega aos 20 pontos, enquanto que rival soma 28 e se mantém na vice-liderança, mas vê o Santos abrir quatro na ponta da tabela de classificação.
A bola começou a rolar para os donos dos últimos quatro títulos do Brasileirão (Corinthians, em 2015 e em 2017, e Palmeiras, em 2016 e em 2018) em um horário pouco usual para clássicos: às 19 horas de domingo. Como jogou na última quinta-feira pela Copa Sul-Americana, às 21h30, o time alvinegro não podia voltar a atuar com um intervalo menor que 72 horas.
Já o Palmeiras chegou para o confronto pressionado. Nem mesmo a goleada por 4 a 0 sobre o Godoy Cruz e a classificação às quartas de final da Copa Libertadores acalmou os ânimos da torcida. No sábado, membros da principal organizada fizeram um protesto na Academia de Futebol, onde a equipe treinava, exigindo uma vitória no clássico. O principal alvo foi o técnico Felipão.
Dentro de campo, um roteiro já conhecido pelos torcedores das duas equipes dos últimos confrontos se repetiu. O Palmeiras começou dominando todas as ações nos 10 primeiros minutos e exigiu pelo menos uma boa defesa de Cássio. Mas no primeiro ataque de perigo do Corinthians, Manoel abriu o placar. O zagueiro aproveitou uma bola cruzada na área por Sornoza e cabeceou forte, no canto direito de Weverton. A bola ainda tocou na trave antes de entrar.
Com a vantagem no marcador, o Corinthians começou a jogar no melhor estilo Fábio Carille. Duas linhas bem fechadas na defesa e apenas um atacante isolado no ataque. Seguro atrás, o time alvinegro ainda conseguiu assustar algumas vezes no primeiro tempo em contra-ataques e nas bolas paradas, especialidade do equatoriano Sornoza.
Visivelmente irritados, principalmente com a grande quantidade de faltas marcadas pelo árbitro gaúcho Anderson Daronco, os palmeirenses não conseguiam se organizar para atacar, mesmo com mais tempo de posse de bola. Com Henrique Dourado e Borja no departamento médico, Deyverson foi escalado como centroavante, mas foi pouco acionado. E nas poucas vezes que conseguiu participar dos lances ofensivos, acabou errando. Outra aposta de Felipão que teve atuação apagada na primeira etapa foi Raphael Veiga, que acabou nem voltando para o segundo tempo, dando lugar para Gustavo Scarpa.
Antes mesmo da mudança ser sentida em campo, o Palmeiras conseguiu empatar. Dyeverson conseguiu recuperar uma bola cruzada errada e, da ponta esquerda, levantou para a área e encontrou Felipe Melo. Sem marcação, o volante só teve o trabalho de mandar a bola para o fundo do gol.
Com a igualdade no placar, os dois times passaram a atuar de forma mais cautelosa. As duplas de volantes Gabriel/Junior Urso e Felipe Melo/Bruno Henrique se preocupavam mais com as ações defensivas e deixavam os jogadores de ataque isolados.
Pelo lado corintiano, novamente a falta de poder ofensivo ficou evidenciada. Pedrinho, Clayson e Vagner Love pouco conseguiram assustar Weverton. Nem mesmo as entradas de Mateus Vital e Matheus Jesus, destaques nas últimas partidas, surtiram efeito.
Já o Palmeiras conseguiu assustar algumas vezes, principalmente com contra-ataques puxados por Dudu e Zé Rafael. Em uma das chances mais claras de gol, a defesa do Corinthians errou a tentativa de linha de impedimento e Gustavo Gómez apareceu sozinho na frente de Cássio, que conseguiu a defesa.
Nos acréscimos, o goleiro corintiano voltou a aparecer. Dudu acertou cruzamento para Deyverson, que cabeceou no ângulo direito. Cássio conseguiu buscar de forma espetacular no ângulo e impediu a virada.