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Endrick comanda maior virada do Brasileiro e leva Palmeiras ao título

Protagonismo do garoto começou na virada histórica do Palmeiras sobre o Botafogo, que terminou em 4 a 3

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O Palmeiras concluiu, na noite de quarta-feira (6), a maior virada da história do Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos, graças ao talento do jovem Endrick. Com um empate com o Cruzeiro, 1 a 1, no Mineirão, sacramentou o que havia deixado muito bem encaminhado no fim de semana e conquistou uma edição que esteve nas mãos do Botafogo.

Em uma era na qual o certame é associado a uma corrida de cavalinhos, o time de General Severiano refugou. Esteve por 30 rodadas consecutivas na liderança e chegou a abrir uma vantagem de 13 pontos em relação ao segundo colocado. A margem era ainda maior sobre o Palmeiras, que esteve 14 pontos atrás do primeiro colocado em duas ocasiões, ao fim da 15ª rodada e da 27ª.

Nunca houve, desde que o torneio passou a ser disputado no sistema de pontos corridos, em 2003, virada desse tamanho. Nem em 2009, quando o Flamengo esteve 13 pontos atrás do próprio Palmeiras antes de levantar a taça. Na ocasião, a maior frente do clube alviverde sobre o segundo colocado, que não era o Flamengo, foi de cinco pontos.

Nunca um líder que abriu sete pontos em relação ao segundo colocado havia ficado sem o título.

O máximo de gordura queimada foi de seis. Isso ocorreu em 2008, quando o Cruzeiro estava em primeiro lugar, na 24ª rodada, com essa vantagem sobre o Cruzeiro. Nenhum dos dois levou: o São Paulo foi o campeão.

Em 2018, o Flamengo abriu também seis pontos, mas ainda na 11ª rodada, com o Atlético Mineiro na segunda posição. O Palmeiras foi o campeão.

Grandes viradas também não são comuns nas disputas de pontos corridos pelo mundo, embora existam exemplos marcantes. Na temporada 2002/03, o campeão Manchester United estava cinco pontos trás do Arsenal a nove rodadas do fim. Em 2003/04, o vencedor Valencia estava a sete do Real Madrid a 12 jogos do término.

No caso alviverde, a reviravolta foi concluída com um empate, no Mineirão, gols de Endrick e Nikão. Apesar do resultado, acabaram as chances de Atlético e Flamengo, meramente matemáticas. O Atlético era o mais próximo, três pontos atrás, mas com enorme diferença no saldo de gols: 31 a 23.

Em Belo Horizonte, onde se fez presente, e nos arredores do Allianz Parque, onde fez uma grande festa, a torcida alviverde nem se preocupou com os rivais, que foram ficando pelo caminho desde domingo.

Até a penúltima rodada, quando o Palmeiras derrotou o Fluminense por 1 a 0 e praticamente selou o título, cinco clubes ainda estavam na briga. Foi o segundo maior número de postulantes na 37ª rodada desde 2009, quando seis clubes chegaram vivos a esse momento.

Desta vez, ainda que a edição fique marcada pelo fracasso botafoguense —que nem se quer terminou no G4 e fechou o torneio em quinto—, não são poucos os méritos da equipe alviverde em aproveitar o vacilo do adversário para conquistar o seu 12º título brasileiro. O jovem atacante Endrick e o técnico Abel Ferreira têm muito a ver com a virada.

O treinador soube preservar no primeiro semestre o garoto, que completou 17 anos em julho. O jovem teve fase irregular e acabou sacado do time. Mas Abel voltou a apostar nele para ocupar a vaga de Dudu, uma das maiores referências do elenco, abatido em agosto por lesão grave. Mesmo fora da reta final, ele agora chegou ao 12º título e igualou o recorde de Ademir da Guia.

Na ausência do camisa 7, Endrick mostrou personalidade para assumir o protagonismo, especialmente no no confronto que marcou a arrancada para o título, contra o Botafogo, no segundo turno.

Na ocasião, o time carioca chegou a abrir 3 a 0 ainda no primeiro tempo, mas o Palmeiras buscou a virada Depois de ter marcado o primeiro gol alviverde, no início da etapa final, o adolescente pediu aos companheiros: "Dá a bola em mim. Toca para mim".

Foi dele, também, o segundo do time, antes que Flaco López e Murilo decretassem a virada já nos acréscimos, em resultado determinante para derrubar o moral do adversário e encurtar a distância.

"Sou jogador que aparece na hora difícil", disse o garoto depois do triunfo, que, àquela altura, deixava o time paulista a apenas três pontos do líder.

Na 34ª rodada, depois de se recuperar de uma derrota para o Flamengo por 3 a 0 e aplicar o mesmo placar ao superar o Internacional, o Palmeiras assumiu a ponta da tabela e de lá não mais saiu.

Com o triunfo sobre o Cruzeiro, a formação comandada por Abel Ferreira chegou aos 70 pontos, com 20 vitórias, 10 empates e 8 derrotas. Com 64 gols marcados e 32 sofridos, teve o melhor ataque e o melhor saldo de gols.

Dez desses gols saíram dos pés de Endrick, o artilheiro do time na competição e quase um amuleto. Nos nove jogos em que ele balançou as redes, o time somou 76,67% dos pontos, com sete vitórias, um empate e uma derrota.

As atuações pelo Palmeiras renderam ao garoto a primeira convocação para a seleção brasileira. No mês passado, ele faz parte do grupo que enfrentou Colômbia e Argentina pelas Eliminatórias.

Ainda que o Brasil não tenha ido bem nesses jogos, com duas derrotas, a convocação fez bem para o jogador, que voltou ainda mais confiante.

Também aumentou seu prestígio na mídia internacional. Tem sido assim desde sua ascensão, no ano passado, e só aumentou após ele ter sido negociado com o Real Madrid, em dezembro, por € 72 milhões (R$ 381 milhões).

Endrick chegará ao Real em julho de 2024, mas só poderá treinar com a equipe no final do mês, depois do dia 21, quando completar 18 anos.

 

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Cruzeiro inicia reformulação e confirma saídas de Gamarra, Eduardo e Bolasie

Contratados para a temporada atual, os três atletas tiveram trajetórias distintas no clube mineiro

18/12/2025 23h00

Bolasie, Eduardo e Gamarra

Bolasie, Eduardo e Gamarra Montagem

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O Cruzeiro oficializou a saída de três jogadores do elenco principal e deu mais um passo no planejamento para a temporada de 2026, sob o comando do técnico Tite. Bolasie, Eduardo e Gamarra não seguem no clube, decisão que já vinha sendo indicada nos bastidores e foi confirmada por meio das redes sociais.

Contratados para a temporada atual, os três atletas tiveram trajetórias distintas no clube mineiro. O meia Eduardo foi quem mais atuou, sendo frequentemente utilizado como opção no banco de reservas ao longo do ano. Já o atacante Bolasie e o zagueiro Gamarra enfrentaram maior dificuldade para ganhar espaço entre os titulares.

Emprestado pelo Athletico-PR, Gamarra teve poucas oportunidades com o até então técnico Leonardo Jardim. Em outubro, o defensor chegou a revelar publicamente o desejo de deixar o Cruzeiro, mas acabou permanecendo até o fim da temporada. Agora, ele será repassado pelo clube paranaense ao Olimpia, do Paraguai, com contrato até dezembro de 2026.

Bolasie, por sua vez, alternou momentos de participação com longos períodos fora das partidas. O atacante chegou a ficar cerca de 45 dias sem entrar em campo entre agosto e setembro, retornando apenas nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro. Na temporada, contribuiu com quatro gols e três assistências.

Apesar da passagem curta, Bolasie ganhou identificação com a torcida pelas comemorações após as vitórias, frequentemente registradas em vídeos nas redes sociais. O atacante também protagonizou provocações ao Atlético-MG durante confrontos da Copa do Brasil, o que ajudou a ampliar sua visibilidade entre os torcedores.

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Jorginho elogia desempenho do Flamengo: 'Esse grupo merece não ser esquecido tão cedo

Substituído na etapa final, atleta não descartou a hipótese dos jogadores dos dois times terem sentido cansaço após a disputa bastante intensa durante os 120 minutos

17/12/2025 23h00

Adriano Chaves/Flamengo

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O volante Jorginho enalteceu o desempenho do time do Flamengo, apesar da derrota na final da Copa Intercontinental, nesta quarta-feira, em Al Rayyan, no Catar, após empate por 1 a 1 no tempo normal e nos pênaltis.

"Erros acontecem. Eu já errei pênalti, mas o sentimento é de orgulho. O time entregou tudo que tinha, deixou tudo em campo. Fica o gostinho amargo por ter chegado tão perto de uma vitória tão desejada. Esse grupo merece não ser esquecido tão cedo", disse o autor do gol do Flamengo, ao converter um pênalti no segundo tempo.

Jorginho, substituído na etapa final, não descartou a hipótese dos jogadores dos dois times terem sentido cansaço após a disputa bastante intensa durante os 120 minutos. "Pode ter sido. Na disputa de pênaltis é preciso ter lucidez, mas não são coisas que acontecem e ninguém tem nada a dizer."

Catarinense, de 33 anos, Jorginho chegou ao Flamengo este ano, cindo do Arsenal, da Inglaterra. Ele teve grande carreira na Europa e defendeu a seleção italiana.

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