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"Era meu sonho de vida e consegui realizar", diz Marcênio sobre Copa

Jogador de MS, que ficou de fora de dois mundiais, superou suas frustrações na seleção com o hexa

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Campeão de tudo no futsal, o campo-grandense Marcênio Ribeiro da Silva conquistou neste ano a última taça que faltava em sua carreira. Com 36 anos, o jogador ajudou a seleção brasileira a levantar o título mais cobiçado, o tão sonhado hexacampeonato da Copa do Mundo. “Era meu sonho de vida como atleta e consegui realizar”, disse.

Em entrevista ao Correio do Estado, o ala, que completou 14 anos de seleção neste ano, contou como foi difícil superar as frustrações de estar tão próximo de disputar o mundial e ficar de fora da lista final.

“Entre idas e vindas na seleção, cheguei a ficar nas listas de 20 convocados para as copas de 2016 e 2021, mas nas listas finais dos 14 fiquei de fora. Foi uma tristeza muito grande, mas em 2024 eu consegui realizar meu sonho”, enfatizou.

A primeira convocação de Marcênio para vestir a camisa da seleção foi em 2010 e sua primeira chance de participar da Copa do Mundo foi no ciclo 2012-2016, quando o jogador atuava pela equipe russa Gazprom.

Nesse período, o atleta sul-mato-grossense conquistou muitos títulos importantes, sendo eleito, em 2015, o terceiro melhor jogador de futsal do mundo. No entanto, sofreu o primeiro baque, ficando de fora da convocação para o mundial. 

“Uma tristeza muito grande, sofri, chorei, ali foi a minha primeira grande ferida no esporte”, acrescentou Marcênio.

No segundo ciclo (2016-2021), a seleção vivia um período de muitas mudanças, sem o craque Falcão, que se aposentou em 2018, e com uma nova geração se formando. Marcênio fez parte da preparação do Brasil e, mesmo vivendo seus melhores anos de carreira, jogando pelo Barcelona e conquistando a Champions League de futsal, o ala não foi convocado para mais uma Copa. 

“Fiquei três dias de luto chorando com minha família. Mais uma decepção na minha luta para conseguir ir para o mundial”, relatou o atleta, que não desistiu do seu sonho.

Na terceira tentativa, Marcênio esteve presente em toda a preparação para o ciclo da Copa do Mundo, mas, como nada na vida é fácil, o atleta ainda sofreu neste ano com quatro lesões musculares.

Lutando diariamente para se recuperar, Marcênio conseguiu jogar a Copa América, conquistando seu primeiro título com a seleção nesta competição, sendo finalmente convocado para a Copa do Mundo.

Mesmo após todas essas barreiras que o impediam de alcançar seu objetivo, o sentimento que ficou para o atleta após a conquista da Copa do Mundo, no início deste mês, foi de trabalho comprido. 

“Foi emocionante, passa um filme na cabeça, de um trabalho da vida toda que, graças a Deus, resultou neste título histórico do hexacampeonato”, descreveu. 

MOMENTOS DECISIVOS

A campanha da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2024, que começou em setembro e terminou no dia 6 de outubro, foi disputada sem a presença de Marcênio em quadra, nas primeiras fases.

O jogador estava se recuperando de uma lesão que sofreu no último amistoso disputado pelo Brasil antes do mundial.

Porém, o campo-grandense estreou em um momento decisivo, durante a semifinal da Copa, contra a seleção ucraniana, ajudando o Brasil a avançar com vitória, por 3 a 2.

Na grande final, contra a Argentina, saiu dos pés de Marcênio a assistência para o primeiro gol da seleção no jogo, marcado por Ferrão. Na segunda etapa, o Brasil ampliou a vantagem com gol de Rafa Santos, que consagrou a volta da seleção brasileira ao topo do futsal mundial.

“Jogar contra a Argentina é sempre especial, é um clássico com tradição e rivalidade enormes. Nem nos meus melhores sonhos eu imaginava jogar uma decisão de Copa do Mundo contra eles. Ser campeão em cima da Argentina tem um gosto ainda melhor”, relatou o jogador.

CARREIRA

A carreira de Marcênio começou em Campo Grande. Com 9 anos de idade, o atleta jogou na equipe Geração 2000, em 1997, e, posteriormente, passou pelo time do Colégio ABC, ficando até 2007.

“Meu avô e minha mãe me colocaram para jogar futsal na escolinha Geração 2000, do Bairro Santo Antônio. Comecei a jogar profissionalmente aos 17 anos, ganhei tudo no Estado, Copa Morena, Estadual, Metropolitano, Taça Canarinho, tudo”, contou o atleta.

Após o início no Estado, o ala foi jogar no Santa Fé Futsal (SP) e, de lá, transferiu-se para o Carlos Barbosa (RS), clube em que o jogador se destacou no futsal nacional.

Após ser bicampeão da Libertadores no clube gaúcho, Marcênio jogou por seis anos no clube russo Gazprom, equipe pela qual venceu a Champions League pela primeira vez, em 2016.

Da Rússia, Marcênio foi para um dos maiores clubes do mundo, o Barcelona, onde se tornou ídolo, conquistando 16 títulos, incluindo duas Champions League. Marcênio atualmente é jogador do Jaraguá (SC), pelo qual disputa a Liga Nacional de Futsal.

Títulos

2024 > Copa do Mundo e Copa América;
2014> Grand Prix de Futsal;
2012 > Mundial de Clubes;

OUTRAS TAÇAS

  • – Champions League (3);
  • – Copa Libertadores (2);
  • – Liga Nacional, Taça Brasil e Superliga (1); 
  • – Liga Espanhola (4);
  • – Superliga da Rússia (2).


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Futebol

Corinthians vence Vasco e conquista tetracampeonato da Copa do Brasil

Título garantiu ao Timão uma vaga na Copa Libertadores de 2026

21/12/2025 19h16

Corinthians venceu o Vasco por 2 a 0 e conquistou o título da Copa do Brasil

Corinthians venceu o Vasco por 2 a 0 e conquistou o título da Copa do Brasil Foto: Rodrigo Coca / Corinthians

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O Corinthians é campeão da Copa do Brasil 2025. Depois do empate sem gols no jogo de ida, na Neo Química Arena, o time alvinegro foi cirúrgico jogando Maracanã, aproveitando as poucas chances que teve — finalizou somente duas vezes em direção à meta — para vencer o Vasco por 2 a 1, neste domingo, e ficar com a taça. Yuri Alberto e Memphis Depay fizeram os gols do time paulista. Nuno Moreira marcou para a equipe cruz-maltina.

Trata-se do quarto título conquistado pelo Corinthians na Copa do Brasil. Os paulistas também venceram em 1995, 2002 e 2009. Dorival Júnior, por sua vez, igualou Luiz Felipe Scolari, também com quatro taças, e se tornou o técnico que mais venceu o torneio.

Pela conquista do título, o Corinthians vai receber uma premiação de R$ 77,1 milhões, encerrando a participação com um acumulado de R$ 109,1 milhões, e também garante uma vaga na Copa Libertadores 2026. Já o Vasco recebe R$ 33 milhões pelo vice-campeonato e fecha o torneio com um total de R$ 53,5 milhões.

Diferentemente do primeiro duelo, em Itaquera, o Corinthians foi para o jogo com o meio-campo modificado. O volante Maycon ganhou a vaga do Rodrigo Garro, que vive mau momento, e o jovem Breno Bidon, também volante, assumiu a função de jogar mais adiantado.

A ideia era reforçar o setor e impedir o Vasco de trabalhar a bola livremente, como aconteceu no jogo de ida.

Empurrado por um Maracanã abarrotado, com torcedores fazendo muito barulho, o Vasco tentou adotar uma postura de protagonismo no começo do jogo. O time de Fernando Diniz ficou mais com a bola e pressionou a defesa corintiana quando não tinha a posse.

Para sair de trás, a equipe de Dorival Júnior buscou jogadas pelos lados. Aos 18 minutos, Matheuzinho recebeu ótimo passe, de Raniele, nas costas da defesa e fez lançamento preciso para Yuri Alberto, que ficou cara a cara com o goleiro Léo jardim e balançou as redes.

A jogada do gol pareceu ter demonstrado o caminho para o Corinthians, que continuou apostando nas bolas esticadas. Yuri Alberto teve chance clara para ampliar aos 25, mas desta vez o camisa 9 finalizou mal quando ficou frente a frente com Léo Jardim e desperdiçou a oportunidade de deixar os visitantes mais confortáveis no placar.

Bem posicionado atrás, os paulistas deram pouco espaço para os cariocas realizarem tramas com qualidade. Porém, quando Raniele errou passe no meio-campo, o Vasco não perdoou.

Andrés Gómez recebeu livre na esquerda e fez cruzamento na medida para Nuno Moreira empatar, de cabeça, aos 40. A torcida cruz-maltina fez grande festa nas arquibancadas e o coro de “time da virada” foi entoado. A igualdade no placar fez justiça ao equilíbrio da partida na etapa inicial.

O Vascou voltou melhor após o intervalo. O time de Fernando Diniz empurrou o Corinthians para o campo de defesa e passou a rondar a área adversária, mas sem levar perigo imediato à meta defendida por Hugo Souza. A equipe de Dorival Júnior apelou para os chutões em direção a Yuri Alberto, que, encaixotado, não conseguiu fazer muita coisa.

Aos 17 minutos, os paulistas aproveitaram a primeira chance clara que tiveram em um contra-ataque para marcar. Bidon deu um lindo drible da vaca em Barros e a jogada terminou com Yuri tocando para Memphis só empurrar para as redes.

Logo após o gol corintiano, Diniz tirou o volante Barros para colocar o centroavante Pablo Vegetti, artilheiro do País em 2025, com 27 gols. A ideia era clara: aproveitar o faro apurado do argentino para converter a pressão em bola na rede.

Os cariocas começaram a cruzar bolas na área e a defesa corintiana precisou se desdobrar para evitar chances perigosas. Dorival, diferentemente de Diniz, teve opções melhores para oxigenar o time e colocou Carrillo e Garro no segundo tempo para tentar fazer o time sair de trás.

Conforme o jogo foi se aproximando dos minutos finais, Dorival fez substituições para “fechar a casinha”, ou seja, fortalecer o sistema defensivo para segurar o resultado até o fim — Yuri Alberto, com sangramento no nariz, foi tirado para a entrada do zagueiro João Pedro.

Diniz empilhou o Vasco com atacantes: Rayan, Vegetti, David e Gómez... O time corintiano sofreu no fim, mas conseguiu assegurar o a vitória para ficar com o título.

VASCO 1 X 2 CORINTHIANS

VASCO - Léo Jardim; Paulo Henrique, Carlos Cuesta (David), Robert Renan e Puma Rodríguez (Matheus França); Cauan Barros (Vegetti), Thiago Mendes e Philippe Coutinho (Tchê Tchê); Andres Gómez, Nuno Moreira (GB) e Rayan. Técnico: Fernando Diniz

CORINTHIANS - Hugo Souza; Matheuzinho, André Ramalho, Gustavo Henrique e Matheus Bidu (Angileri); Raniele (Carrillo), José Martínez, Maycon (Maycon) e Breno Bidon (Rodrigo Garro); Memphis Depay e Yuri Alberto (João Pedro Tchoca). Técnico: Dorival Júnior.

ÁRBITRO - Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO)

GOLS - Yuri Alberto, aos 18, e Nuno Moreira, aos 40 minutos do primeiro tempo; Memphis Depay, aos 17 do segundo tempo

CARTÕES AMARELOS - Carlos Cuesta, Thiago Mendes e Vegetti (Vasco); Yuri Alberto, Carrillo, Matheuzinho e João Pedro Tchoca (Corinthians)

PÚBLICO - 67.111

Declaração

Neymar promete fazer o 'impossível' para conquistar a Copa e manda recado: 'Alô, Ancelotti!'

pesar do discurso confiante, a presença de Neymar na próxima Copa do Mundo ainda é incerta

21/12/2025 09h45

Neymar Júnior

Neymar Júnior Foto: Lucas Figueiredo / CBF

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Neymar voltou a falar sobre Copa do Mundo e deixou claro que mantém o objetivo de disputar o Mundial de 2026 com a seleção brasileira. Neste sábado, durante um show do cantor Thiaguinho, em São Paulo, o camisa 10 do Santos prometeu "fazer o impossível" para buscar o hexacampeonato e aproveitou o momento para mandar um recado ao técnico Carlo Ancelotti.

"Vamos fazer o impossível para trazer a Copa para o Brasil. O possível e o impossível. Em julho, vocês podem me cobrar. Alô, Ancelotti, ajuda nós!", disse o atacante, no palco do show. O camisa 10 do Santos esteve no evento "Tardezinha" acompanhado da esposa, Bruna Biancardi, do filho Davi Lucca, da irmã Rafaella e do cunhado Gabigol.

Apesar do discurso confiante, a presença de Neymar na próxima Copa do Mundo ainda é incerta. O jogador não foi convocado por Ancelotti desde a chegada do treinador à seleção brasileira, e o italiano já afirmou em mais de uma ocasião que só pretende chamá-lo quando estiver em plenas condições.

No Santos, o camisa 10 tem convivido com limitações físicas ao longo da temporada. Até aqui, disputou 28 partidas, com 11 gols e quatro assistências. O contrato com o clube termina em dez dias, e as partes negociam uma renovação por mais seis meses.

Antes de qualquer definição sobre o futuro, porém, Neymar será submetido a uma cirurgia no joelho esquerdo para corrigir um esgarçamento no menisco. O procedimento está previsto para ocorrer nesta semana, com prazo estimado de recuperação de cerca de um mês.

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