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Bola de Prata

Há 47 anos, goleiro do Operário era eleito o melhor do brasileirão

Campeão estadual em 1977, Manga é o único a vencer premiação por um clube de sul-mato-grossense

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Na semana em que os melhores jogadores desta edição do Campeonato Brasileiro foram agraciados com a Bola de Prata, honraria que premia anualmente os melhores do futebol brasileiro, o Correio do Estado relembra que apenas Haílton Corrêa de Arruda, o "Manga" venceu o prêmio - inicialmente articulado pela Revista Placar - enquanto competia em terras sul-mato-grossenses.

Goleiro de honra do Internacional de Porto Alegre, Manga desembarcou no Operário em 1977, aos 40 anos, após dexar o Colorado. O porteiro estreou na meta do Galo em setembro daquele ano, substituindo Rui.

À época, os comandados de Carlos Castilho sentiram-se honrados com a chegada do novo companheiro, inclusive o então titular, que tratou de acolhê-lo, além de botar "panos quentes" em uma possível disputa interna entre ambos.

"Não será nenhum demérito sair do time, sei que vinha correspondendo (...), sair do time nessas condições não é demérito, a presença de Manga só nos trará benefícios", destacou Rui. 

Sua estreia aconteceu fora de casa, confronto diante do Caxias pelo Brasileirão, empate em 3 a 3. Os gols do alvinegro foram marcados por Peri, Marinho e Everaldo. 

Manga estreou na meta operariana diante do Caxias do Sul, em Porto Alegre 

À frente da meta do Galo, Manga foi eleito o melhor goleiro do Brasileirão de 78, segunda vez que o goleiro venceu o prêmio Bola de Prata, já que 1976 levou a honraria enquanto vestia as cores do Internacional. 

Campanha do Operário

Após o 4° lugar do grupo C na primeira fase do campeonato brasileiro, com cinco vitórias, quatro empates e apenas duas derrotas, o Operário avançou à fase seguinte junto de Corinthians, Goiás, Mixto, Santos e Brasília. Na ocasião, os seis primeiros colocados seguiam.  

Na segunda fase, o Galo também se classificou após três vitórias, dois empates e três derrotas, chave com  Botafogo, Sport, Botafogo de Ribeirão Preto, Corinthians, América e Flamengo, além de Comercial (SP) e Juventude. 

Apesar do bom desempenho até aquele momento, na 3ª fase o Galo foi o 4° colocado geral em uma chave com Ponte Preta, Fluminense, Dom Bosco (MT), Volta Redonda, Santa Cruz e Sport, despedindo-se da competição com o oitavo lugar geral do certame. Aqui, os clubes nordestinos venceram a chave e carimbaram vaga às quartas de final da competição, vencida pelo Guarani.  

Cabe destacar que mesmo com o título, o "Bugre", assim como o São Paulo, campeão no ano anterior, não tiveram nenhum jogador na seleção Bola de Prata.

A nona edição da premiação teve como destaque principal o Internacional, que viu seus atletas levarem três dos 13 troféus distribuídos, entre eles o de melhor jogador do torneio, Falcão, que ficou com a Bola de Ouro.

Operário foi oitavo colocado naquela edição do Campeonato BrasileiroOperário foi oitavo colocado naquela edição do Campeonato Brasileiro (Foto: Operário FC / Divulgação)

Bola de Prata 1978

Goleiro: Manga (Operário-MS)

Lateral-direito: Rosemiro (Palmeiras)

Zagueiros: Rondinelli (Flamengo) e Deodoro (Coritiba)

Lateral-esquerdo: Odirlei (Ponte Preta)

Volante: Caçapava (Internacional)

Meias: Falcão (Internacional) e Adílio (Flamengo)

Atacantes: Tarcísio (Grêmio), Paulinho [Paulo Luiz Massariol] (Vasco) e Jésum (Bahia)

Bola de Ouro: Falcão (Internacional)

Artilheiro: Paulinho [Paulo Luiz Massariol] (Vasco)

Cabe destacar que a primeira vez que o prêmio Bola de Ouro foi entregue em 1973, única edição em que dois atletas - Cejas (Grêmio) e Ancheta (Santos) - foram premiados. Contudo, postariormente, os vencedores das edições de 1970 a 1972 foram escolhidos de forma retroatriva. 

Saiba

Seleção do Brasileirão 2025: Goleiro: Walter (Mirassol); Lateral-direito: Paulo Henrique (Vasco); Zagueiros: Léo Pereira (Flamengo) e Fabrício Bruno (Cruzeiro); Lateral-esquerdo: Reinaldo (Mirassol); Meio-campistas: Lucas Romero (Cruzeiro), Matheus Pereira (Cruzeiro) e Arrascaeta (Flamengo); Atacantes: Pedro (Flamengo), Kaio Jorge (Cruzeiro) e Vitor Roque (Palmeiras); Treinador: Rafael Guanaes (Mirassol). 

*Vítima de um câncer, Manga faleceu em março deste ano. Ele foi campeão estadual pelo Galo em 1977, Além de compor o elenco histórico que ficou em 3° no Brasileirão do mesmo ano. 

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Esportes

Abel cita falta de consistência do Palmeiras no ano e prevê mudanças 'pontuais' no elenco

Técnico reconheceu que o Palmeiras pecou nos jogos diante de Vitória e Fluminense, no Allianz Parque, nas rodadas finais do Brasileirão

10/12/2025 23h00

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras Foto: Twitter

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O técnico Abel Ferreira analisou a temporada de 2025 do Palmeiras. Nesta quarta-feira, 10, o clube anunciou a renovação de contrato com o comandante até o final de 2027.

O treinador chegou ao Palmeiras em 2020. De lá para cá, tinha conquistado títulos em todas as temporadas, algo que não aconteceu esse ano. Abel Ferreira admitiu que faltou consistência à equipe na reta final para ter melhor sorte na Libertadores e no Campeonato Brasileiro.

"Esta equipe tem essa resiliência dentro dela, mas a verdade é que ainda não é consistente. Foi capaz de ter uma noite histórica, mágica, naquilo que é a Libertadores. Nunca na história nenhuma equipe tinha conseguido virar um jogo de 3 a 0 (contra a LDU, na semifinal do torneio continental)", lembrou Abel em entrevista à "TV Palmeiras".

"Claro que teve os seus custos depois, em termos emocionais, aquilo que foi o nosso desgaste. Mas a verdade é que as duas equipes que foram disputar a final da Libertadores (Palmeiras e Flamengo), naqueles dois últimos meses, perderam pontos (no Brasileirão). Mas a verdade é que foi apenas o nosso resultado que tivemos contra o Grêmio. Eu acho que fizemos uma bela partida, mas a forma como sofremos os gols... Nós sabemos os aspectos que temos de melhorar, que temos de corrigir. E, portanto, faltou um pouquinho desta consistência", repetiu.

Abel Ferreira reconheceu que o Palmeiras pecou nos jogos diante de Vitória e Fluminense, no Allianz Parque, nas rodadas finais do Brasileirão. O time alviverde empatou os dois duelos em casa por 0 a 0.

"Tivemos lesões, tivemos castigos. Temos que reconhecer. E tivemos jogos em que não fomos bons o suficiente. E, na minha opinião, olhando assim muito resumido, nós não lutamos ou nós perdemos o campeonato em casa com o Vitória e com o Fluminense", disse.

"Se nós quisermos ser muito sinceros, apesar das vezes que jogamos contra o nosso rival direto (Flamengo), estarmos numa delas quatro pontos à frente e, na segunda, três pontos à frente, antes do final do ano estar três pontos à frente e, mesmo assim, ter a possibilidade, em casa, de lutar pelo título estando à frente contra essas duas equipes, Vitória e Fluminense, não fomos consistentes o suficiente pelas expectativas que criamos de conseguir ser campeões. Este ano resume-se isso", lamentou.

"Passamos a jogar de forma consistente (depois do Mundial de Clubes da Fifa), mas, na fase final, não fomos consistentes o suficiente para lutar por este título de outra maneira", prosseguiu.

De contrato renovado por mais duas temporadas, Abel Ferreira explicou as razões que o fizeram permanecer na equipe paulista. Ele ainda citou um momento emblemático da temporada, que foi a eliminação para o Corinthians nas oitavas de final da Copa do Brasil.

"(Decidi renovar) Por duas grandes razões. Ao longo do ano fui falando com a presidente e ela me falou várias vezes da vontade que tinha que eu ficasse nesse projeto. Falei que era um treinador de projeto e realizações. Falei também que era uma decisão em família, eles estão no Brasil há quatro anos, então, com as conversas que tivemos ao longo deste período, a nossa presidente manifestando o desejo que eu continuasse, queria estabilidade, consistência. Fomos falando, eu dizendo que não tínhamos conquistado títulos e ela me disse que, aconteça o que acontecer, que eu continuasse", discursou.

"Há um momento aqui que marca tudo. Foi a derrota a seguir para um de nossos rivais, o Corinthians, na Copa do Brasil, quando a presidente me chama e me coloca o contrato à frente para assinar Quando você sente essa confiança do líder, essa inspiração, é difícil encontrar no futebol de hoje, não só o nacional, quando ouve sua presidente, no momento mais difícil, te colocar o contrato para assinar. Me marcou muito, falei com a minha esposa, disse que não iria assinar naquele momento, mas disse que, aconteça o que acontecer, vamos seguir juntos", complementou.

Abel Ferreira afirmou que o Palmeiras terá mudanças no elenco para a temporada de 2026. O planejamento já foi iniciado com a diretoria. No entanto, o português descartou uma grande reformulação na equipe.

"Esta temporada de 2026, nós estamos a trabalhar nela durante todo este período e, precisamente agora, que acabou também a época desportiva, estamos a trabalhar em cima dela e vamos precisar fazer pequenos ajustes", explicou.

"Sabemos aquilo que temos de corrigir, sabemos aquilo que temos de ajustar, sabemos, em termos de mentalidade e cultura, de cobrança, de exigência, que temos de implementar também, porque, como eu te disse anteriormente, durante o ano nós mostramos que fomos capazes de competir, mostramos que fomos capazes de estar à frente no campeonato e não fomos consistentes", enfatizou.

"Portanto, projetar o ano de 2026, isso está a ser feito, foi feito ao longo do ano de 2025 e está a ser feito neste momento, naquilo que tem a ver com estas correções, ajustes e melhorias que têm de ser feitas. Quando falamos em termos de elenco, não vai haver uma alteração tão significativa, são ajustes pontuais", disse.

Segundo Abel Ferreira, alguns reforços se adaptaram bem ao clube em 2025, como Andreas Pereira, Vitor Roque e Lucas Evangelista. Jogadores como Facundo Torres e Sosa ainda têm margem de crescimento. Outros atletas, porém, não ficarão no clube.

"Tem outros que temos que trocar, porque não se adaptaram. E essa é a minha função. Minha, do (Anderson) Barros (diretor-executivo) e da nossa presidente. Falarmos, sentarmos e percebermos os jogadores que nós temos que ter paciência", avisou.

 

ESPORTES

Após virar SAF, Operário anuncia jogador que atuou por Flamengo e Bahia

O último clube que o volante Jonas, de 34 anos, jogou foi o Retrô, de Pernambuco

10/12/2025 19h15

Jonas chega em um pacotão de reforços anunciado pelo Galo nos últimos dias

Jonas chega em um pacotão de reforços anunciado pelo Galo nos últimos dias Reprodução: Operário Futebol Clube / rede social

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O Operário Futebol Clube anunciou, na tarde desta quarta-feira (10), o reforço do volante Jonas, de 34 anos. O jogador chega com status de estrela no futebol sul-mato-grossense, já que em seu currículo há passagens por times de expressão, como Flamengo, Bahia, Coritiba e Dínamo Zagreb, da Croácia.

O último clube do volante foi o Retrô, de Pernambuco, onde jogou 55 partidas entre os anos de 2023 e 2025. Entre as principais conquistas de Jonas estão: Taça Guanabara, Campeonato Croata, Paranaense, Copa do Nordeste e a série D do Brasileiro. 

No próximo mês, o Galo participa do campeonato estadual Sul-Mato-Grossense, que está com data prevista para começar no dia 18 de janeiro. A competição garante duas vagas para a série D de 2027, duas para a Copa do Brasil e uma para a Copa Centro-Oeste. O jogo de abertura será entre as duas Sociedades Anônimas de Futebol (SAF) do Estado, Operário e FC Pantanal.

SAF do Operário

No dia 1 de dezembro, o Operário Futebol Clube deu um passo importante na sua história recente. Em Assembleia Geral Extraordinária, o Conselho Deliberativo aprovou por unanimidade o novo Estatuto da SAF, autorizando oficialmente a IM Global Sports, empresa da família Maluf, a assumir imediatamente a gestão do departamento de futebol profissional e de base do clube. 

Apesar do amplo apoio e da aprovação unânime, restam ainda os trâmites finais — diligências financeiras, definição do capital social inicial e formalização da constituição acionária.

IM Global Sports

Formada pelos empresários Ivando e Marcelo Mandu Maluf, com participação ativa de Eduardo Maluf, a IM Global Sports promete um modelo de investimento contínuo, profissionalização da gestão, fortalecimento da estrutura física e ampliação do alcance nacional do Operário. A prioridade é clara e transformar o Operário FC em protagonista nas competições da CBF e consolidar o clube entre os mais organizados do Centro-Oeste.

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