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Inglaterra goleia o Irã, e protestos entram em campo no Qatar

O confronto marcou, também, a primeira vez desde o Mundial de 1950 que o hino oficial da Inglaterra tocado no torneio foi "God Save the King"

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Primeira seleção campeã mundial a entrar em campo nesta Copa do Mundo, a Inglaterra fez valer as expectativas em torno da partida tanto no aspecto esportivo quanto no político.
Momentos antes de a bola rolar para o confronto contra o Irã, no estádio internacional Khalifa, em Doha, os jogadores ingleses ajoelharam-se em campo em um protesto contra o racismo.
Quando a bola rolou, a seleção europeia dominou a partida e goleou o adversário por 6 a 2, com cinco gols marcados por jogadores negros: Jude Bellingham, Saka (duas vezes), Sterling e Rashford. Grealish fechou a goleada. Mehdi Taremi marcou os dois do Irã.
Os jogadores iranianos também protestaram. Eles optaram por não cantar o hino nacional do país, em uma aparente demonstração de apoio aos manifestantes em seu território. Os protestos foram desencadeados pela morte de uma jovem sob custódia da polícia moral.
Já os jogadores ingleses se ajoelham, como fazem antes de todas as partidas desde o assassinato de George Floyd, em junho de 2020, nos EUA. A morte do homem negro, asfixiado por agentes policiais, impulsionou uma série de protesto ao redor do mundo, sob a bandeira do movimento "Black Lives Matter".
Na Inglaterra, os times também fazem protestos antes dos jogos da Premier League, assim como atletas ingleses de outros esportes, como o piloto de F1 Lewis Hamilton.
Em março deste ano, a seleção inglesa recebeu um relatório com acusações de abusos e desrespeitos cometidos contra mulheres, a comunidade LGBTQIA+ e trabalhadores imigrantes no país-sede do Mundial. Na ocasião, o volante Jordan Henderson, vice-capitão do elenco, disse que a situação era "horrenda".
A partir daí, o time inglês já começou a traçar os planos para os protestos que faria durante o torneio. Um deles, no entanto, acabou sendo vetado pela Fifa.
O capitão Harry Kane foi expressamente proibido pela entidade de usar uma braçadeira com as cores do arco-íris e o slogan "One Love", de apoio aos membros da comunidade LGBTQIA+. A determinação ocorreu após um encontro entre representantes da Fifa e da seleção inglesa, segundo jornal The Telegraph.
Ao todo, 10 das 32 seleções que estão na Copa pretendiam usar a braçadeira, mas foram alertadas de que isso poderia resultar em punições, como cartão amarelo para os seus jogadores. Na Copa do Mundo, com dois cartões acumulados, um atleta já deve cumprir um jogo de suspensão.
Nesta segunda (21), sete dessas equipes anunciaram que seus capitães não usariam mais a braçadeira.
"Como federações nacionais, não podemos colocar nossos jogadores em uma posição na qual poderiam enfrentar sanções esportivas, incluindo cartões", disseram em nota conjunto as seleções da Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Holanda e Suíça.
Pela seleção inglesa, o capitão Harry Kane jogou com uma braçadeira dada pela própria entidade máxima do futebol. A peça tinha a inscrição "no discrimination" ("não à discriminação").
O jogador teve boa atuação na partida, mas foram ingleses negros que tiveram o maior destaque.
Só no primeiro tempo, foram três gols. Jude Bellingham marcou aos 35 minutos, Saka fez o primeiro dele aos 43 e Sterling balançou a rede nos acréscimos.
A etapa inicial ficou marcada ainda pela primeira substituição extra da história das Copas do Mundo por concussão. A nova regra foi adotada pela Fifa justamente a partir desta edição. Em caso de substituições por suspeita de concussão, os técnicos podem fazer até uma substituição sem descontar das cinco que eles têm direito.
A regra foi usada pelo Irã, que precisou substituir o goleiro Beiranvand após ele se chocar com o zagueiro e companheiro de time Majid Hosseini.
O goleiro caiu no gramado, ficou sangrando e precisou ser atendido por médicos. O jogador ainda tentou continuar na partida, mas acabou substituído por Hossein Hosseini.
Depois do intervalo, a Inglaterra ampliou aos 17 minutos, novamente com Saka. O Irã conseguiu fazer um gol com Mehdi Taremi, aos 20, mas Rashford, aos 26, e Jack Grealish, aos 45, ampliaram para os ingleses na sequência.
Antes do fim, já no minuto final, o zagueiro Stones cometeu um pênalti. O árbitro brasileiro Raphael Claus conferiu o lance no VAR (árbitro de vídeo) e Mehdi Taremi converteu a cobrança.
O confronto marcou, também, a primeira vez desde o Mundial de 1950 que o hino oficial da Inglaterra tocado no torneio foi "God Save the King" ("Deus Salve o Rei"). A versão foi novamente mudada neste ano, após a morte da rainha Elizabeth 2ª, aos 96 anos. Até então, a versão tocada era "God Save the Queen" ("Deus Salve a Rainha")


INGLATERRA


Pickford; Trippier, Stones, Maguire (Dier) e Shaw; Rice e Bellingham; Saka (Rashford), Mount (Foden) e Sterling (Grealish); Kane (Wilson). T,: Gareth Southgate

 

IRÃ


Beiranvand (Hossein Hosseini); Moharrami, Pouraliganji, Majid Hosseini e Mohammadi (Tohabi); Cheshmi (Kanaani), Nourallahi (Azmoun) e Hajsafi; Karimi (Ezatolahi), Jahanbakhsh (Gholizadeh) e Taremi. T.: Carlos Queiróz.

 

Onde: Estádio Khalifa International, em Doha, no Qatar
Quando: Às 10h (de Brasília), desta segunda-feira (21)
Árbitro: Raphael Claus (BRA)
Assistentes: Rodrigo Figueiredo (BRA) e Danilo Manis (BRA)
Cartões amarelos: Jahanbakhsh e Pouraliganji (IRA)
Gols: Bellingham (ING), aos 35min, Saka (ING), aos 43min, e Sterling (ING), aos 46min do primeiro tempo; Saka (ING), aos 17min, Taremi, aos 20min, Rashford, aos 26min, Grealish, aos 45min, Taremi, aos 57min do segundo tempo

Esportes

Abel cita falta de consistência do Palmeiras no ano e prevê mudanças 'pontuais' no elenco

Técnico reconheceu que o Palmeiras pecou nos jogos diante de Vitória e Fluminense, no Allianz Parque, nas rodadas finais do Brasileirão

10/12/2025 23h00

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras Foto: Twitter

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O técnico Abel Ferreira analisou a temporada de 2025 do Palmeiras. Nesta quarta-feira, 10, o clube anunciou a renovação de contrato com o comandante até o final de 2027.

O treinador chegou ao Palmeiras em 2020. De lá para cá, tinha conquistado títulos em todas as temporadas, algo que não aconteceu esse ano. Abel Ferreira admitiu que faltou consistência à equipe na reta final para ter melhor sorte na Libertadores e no Campeonato Brasileiro.

"Esta equipe tem essa resiliência dentro dela, mas a verdade é que ainda não é consistente. Foi capaz de ter uma noite histórica, mágica, naquilo que é a Libertadores. Nunca na história nenhuma equipe tinha conseguido virar um jogo de 3 a 0 (contra a LDU, na semifinal do torneio continental)", lembrou Abel em entrevista à "TV Palmeiras".

"Claro que teve os seus custos depois, em termos emocionais, aquilo que foi o nosso desgaste. Mas a verdade é que as duas equipes que foram disputar a final da Libertadores (Palmeiras e Flamengo), naqueles dois últimos meses, perderam pontos (no Brasileirão). Mas a verdade é que foi apenas o nosso resultado que tivemos contra o Grêmio. Eu acho que fizemos uma bela partida, mas a forma como sofremos os gols... Nós sabemos os aspectos que temos de melhorar, que temos de corrigir. E, portanto, faltou um pouquinho desta consistência", repetiu.

Abel Ferreira reconheceu que o Palmeiras pecou nos jogos diante de Vitória e Fluminense, no Allianz Parque, nas rodadas finais do Brasileirão. O time alviverde empatou os dois duelos em casa por 0 a 0.

"Tivemos lesões, tivemos castigos. Temos que reconhecer. E tivemos jogos em que não fomos bons o suficiente. E, na minha opinião, olhando assim muito resumido, nós não lutamos ou nós perdemos o campeonato em casa com o Vitória e com o Fluminense", disse.

"Se nós quisermos ser muito sinceros, apesar das vezes que jogamos contra o nosso rival direto (Flamengo), estarmos numa delas quatro pontos à frente e, na segunda, três pontos à frente, antes do final do ano estar três pontos à frente e, mesmo assim, ter a possibilidade, em casa, de lutar pelo título estando à frente contra essas duas equipes, Vitória e Fluminense, não fomos consistentes o suficiente pelas expectativas que criamos de conseguir ser campeões. Este ano resume-se isso", lamentou.

"Passamos a jogar de forma consistente (depois do Mundial de Clubes da Fifa), mas, na fase final, não fomos consistentes o suficiente para lutar por este título de outra maneira", prosseguiu.

De contrato renovado por mais duas temporadas, Abel Ferreira explicou as razões que o fizeram permanecer na equipe paulista. Ele ainda citou um momento emblemático da temporada, que foi a eliminação para o Corinthians nas oitavas de final da Copa do Brasil.

"(Decidi renovar) Por duas grandes razões. Ao longo do ano fui falando com a presidente e ela me falou várias vezes da vontade que tinha que eu ficasse nesse projeto. Falei que era um treinador de projeto e realizações. Falei também que era uma decisão em família, eles estão no Brasil há quatro anos, então, com as conversas que tivemos ao longo deste período, a nossa presidente manifestando o desejo que eu continuasse, queria estabilidade, consistência. Fomos falando, eu dizendo que não tínhamos conquistado títulos e ela me disse que, aconteça o que acontecer, que eu continuasse", discursou.

"Há um momento aqui que marca tudo. Foi a derrota a seguir para um de nossos rivais, o Corinthians, na Copa do Brasil, quando a presidente me chama e me coloca o contrato à frente para assinar Quando você sente essa confiança do líder, essa inspiração, é difícil encontrar no futebol de hoje, não só o nacional, quando ouve sua presidente, no momento mais difícil, te colocar o contrato para assinar. Me marcou muito, falei com a minha esposa, disse que não iria assinar naquele momento, mas disse que, aconteça o que acontecer, vamos seguir juntos", complementou.

Abel Ferreira afirmou que o Palmeiras terá mudanças no elenco para a temporada de 2026. O planejamento já foi iniciado com a diretoria. No entanto, o português descartou uma grande reformulação na equipe.

"Esta temporada de 2026, nós estamos a trabalhar nela durante todo este período e, precisamente agora, que acabou também a época desportiva, estamos a trabalhar em cima dela e vamos precisar fazer pequenos ajustes", explicou.

"Sabemos aquilo que temos de corrigir, sabemos aquilo que temos de ajustar, sabemos, em termos de mentalidade e cultura, de cobrança, de exigência, que temos de implementar também, porque, como eu te disse anteriormente, durante o ano nós mostramos que fomos capazes de competir, mostramos que fomos capazes de estar à frente no campeonato e não fomos consistentes", enfatizou.

"Portanto, projetar o ano de 2026, isso está a ser feito, foi feito ao longo do ano de 2025 e está a ser feito neste momento, naquilo que tem a ver com estas correções, ajustes e melhorias que têm de ser feitas. Quando falamos em termos de elenco, não vai haver uma alteração tão significativa, são ajustes pontuais", disse.

Segundo Abel Ferreira, alguns reforços se adaptaram bem ao clube em 2025, como Andreas Pereira, Vitor Roque e Lucas Evangelista. Jogadores como Facundo Torres e Sosa ainda têm margem de crescimento. Outros atletas, porém, não ficarão no clube.

"Tem outros que temos que trocar, porque não se adaptaram. E essa é a minha função. Minha, do (Anderson) Barros (diretor-executivo) e da nossa presidente. Falarmos, sentarmos e percebermos os jogadores que nós temos que ter paciência", avisou.

 

ESPORTES

Após virar SAF, Operário anuncia jogador que atuou por Flamengo e Bahia

O último clube que o volante Jonas, de 34 anos, jogou foi o Retrô, de Pernambuco

10/12/2025 19h15

Jonas chega em um pacotão de reforços anunciado pelo Galo nos últimos dias

Jonas chega em um pacotão de reforços anunciado pelo Galo nos últimos dias Reprodução: Operário Futebol Clube / rede social

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O Operário Futebol Clube anunciou, na tarde desta quarta-feira (10), o reforço do volante Jonas, de 34 anos. O jogador chega com status de estrela no futebol sul-mato-grossense, já que em seu currículo há passagens por times de expressão, como Flamengo, Bahia, Coritiba e Dínamo Zagreb, da Croácia.

O último clube do volante foi o Retrô, de Pernambuco, onde jogou 55 partidas entre os anos de 2023 e 2025. Entre as principais conquistas de Jonas estão: Taça Guanabara, Campeonato Croata, Paranaense, Copa do Nordeste e a série D do Brasileiro. 

No próximo mês, o Galo participa do campeonato estadual Sul-Mato-Grossense, que está com data prevista para começar no dia 18 de janeiro. A competição garante duas vagas para a série D de 2027, duas para a Copa do Brasil e uma para a Copa Centro-Oeste. O jogo de abertura será entre as duas Sociedades Anônimas de Futebol (SAF) do Estado, Operário e FC Pantanal.

SAF do Operário

No dia 1 de dezembro, o Operário Futebol Clube deu um passo importante na sua história recente. Em Assembleia Geral Extraordinária, o Conselho Deliberativo aprovou por unanimidade o novo Estatuto da SAF, autorizando oficialmente a IM Global Sports, empresa da família Maluf, a assumir imediatamente a gestão do departamento de futebol profissional e de base do clube. 

Apesar do amplo apoio e da aprovação unânime, restam ainda os trâmites finais — diligências financeiras, definição do capital social inicial e formalização da constituição acionária.

IM Global Sports

Formada pelos empresários Ivando e Marcelo Mandu Maluf, com participação ativa de Eduardo Maluf, a IM Global Sports promete um modelo de investimento contínuo, profissionalização da gestão, fortalecimento da estrutura física e ampliação do alcance nacional do Operário. A prioridade é clara e transformar o Operário FC em protagonista nas competições da CBF e consolidar o clube entre os mais organizados do Centro-Oeste.

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