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Ministério Público abre inquérito contra CBF e STJD por queda da Lusa

Ministério Público abre inquérito contra CBF e STJD por queda da Lusa

terra

09/01/2014 - 06h00
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O Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito civil para apurar a responsabilidade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pelo não cumprimento do Estatuto do Torcedor. De acordo com o capítulo 10 do estatuto, artigos 34, 35 e 36, toda e qualquer decisão dos tribunais desportivos devem ser divulgadas publicamente para que tenham validade e os torcedores possam saber antes da partida. A decisão deve sair em meados de fevereiro.

"Há fortes indícios de que houve a falha. Qualquer estudante de direito do primeiro semestre sabe que a lei federal prevalece sobre normas administrativa", disse o promotor de Justiça do Consumidor Roberto Senise Lisboa. Por conta da infração, a Portuguesa foi punida com a perda de quatro pontos, o que resultou no rebaixamento da equipe para a Série B em 2014. O time foi julgado duas vezes pelo STJD e nas duas ocasiões foi condenado por unanimidade.

O promotor afirmou que tanto a CBF quanto o STJD terão dez dias para apresentar os documentos solicitados. A Portuguesa também foi convocada para apresentar explicações sobre a escalação do jogador Héverton, que na última rodada da competição entrou aos 32min do segundo tempo da partida contra o Grêmio. Ele havia sido julgado na sexta-feira, por conta de uma expulsão contra o Bahia, e foi condenado a dois jogos de suspensão. Ele havia cumprido apenas uma partida contra a Ponte Preta. 

O promotor disse que o Ministério Público não atua em defesa de nenhuma equipe de futebol, mas na defesa dos direitos da sociedade. "São nulas as decisões proferidas que não observarem isso: os artigos 34, 35 e 36 do Estatuto do Torcedor", contou.

Segundo ele, a lei federal prevalece sobre o código desportivo. "O que estamos analisando aqui não diz respeito à má fé. É um caso de responsabilidade objetiva. Basta se observar o dano e quem causou o dano", explicou.​

Segundo o promotor, o futebol diz respeito não só à cultura do povo brasileiro, como é ganha pão de milhares de pessoas envolvidas. "Deve ser levado a sério e não como brincadeira como alguns deram a entender nos últimos dias", afirmou. Senise diz que apesar de o STJD ter nome de Justiça, o seu poder é apenas administrativo. "Ele não tem a força pública do poder judiciário", disse.

De acordo com o promotor, a CBF aceitou que o jogador Héverton fosse escalado na partida contra o Grêmio. "A CBF não impediu e aceitou o nome (de Héverton) na relação. Não se opôs e só publicou na segunda-feira. A responsabilidade é da CBF", cravou.

ATLETISMO

Alison dos Santos termina 2024 como bicampeão da Diamond League

Corredor brasileiro vence os 400 metros com barreiras em Bruxelas

14/09/2024 21h00

Foto: Reuters/Yves Herman

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Alison dos Santos (foto) termina 2024 em alta. Neste sábado (14), ele venceu a prova dos 400 metros com barreiras na etapa de Bruxelas da Diamond League e sacramentou o título da temporada.

É a segunda vez na carreira que o brasileiro conquista o principal circuito do atletismo mundial. Na final, ele registrou o tempo de 47s93, terminando à frente do catari Abderrahman Samba (48s20) e do estoniano Rasmus Magi (48s26).

Ao longo de 2024, Alison - medalhista de bronze em Paris - venceu cinco etapas da Diamond League nos 400 metros com barreiras. Com isso, ao final da temporada foi o atleta com mais pontos somados no circuito.

O brasileiro - que também foi campeão da liga em 2022 - não teve como adversários na final em Bruxelas os outros dois atletas que terminaram à sua frente na final olímpica no último mês: nem o americano Rai Benjamin (ouro na França), nem o norueguês Karsten Warholm (prata) correram na Bélgica.

Currículo

No geral, agora Alison tem no currículo dois títulos da Diamond League, dois bronzes olímpicos e um título mundial conquistado em 2022.

"Agora, é literalmente descansar. Tirar a cabeça do atletismo, do esporte e pensar como uma pessoa normal, que está de férias", disse Alison, em declaração enviada pelo Comitê do Olímpico do Brasil (COB).

Outro atleta brasileiro a competir neste sábado foi Almir dos Santos, que terminou em quarto lugar na final do salto triplo, com a marca de 16,79m.

CONQUISTA

Com virada no fim, Rayssa Leal é bicampeã mundial de skate street

Brasileira de 16 anos brilhou com grande performance em Roma

14/09/2024 18h30

Foto: Wander Roberto/COB/Direitos Reservados

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Duas vezes medalhista olímpica e agora duas vezes campeã mundial. Este é o currículo da maranhense Rayssa Leal, que conquistou o bi do mundo neste sábado (14), durante o campeonato mundial de skate street, em Roma, na Itália.

Para sair com o título, Rayssa precisou de uma grande manobra, que garantiu a virada no final da competição. A skatista de 16 anos competiu contra outras sete atletas na decisão, todas elas japonesas. A brasileira foi campeã do mundo também em 2022.

Agora, na primeira competição após os Jogos Olímpicos de Paris, Rayssa mostrou grande forma. No skate street, a disputa se inicia com cada atleta tendo direito a duas voltas dentro de um percurso, onde vale a melhor nota entre essas duas tentativas. A brasileira teve as duas melhores notas entre todas as competidoras, registrando primeiro um 86,44 e depois um 88,43 (nota que carregou para a continuação da final).

A segunda parte da competição consiste em manobras únicas. Cada atleta tem direito a cinco tentativas e as duas melhores notas entram para o somatório. Nesta fase, Rayssa encontrou uma adversária ferrenha: Momiji Nishiya - ouro nos Jogos de Tóquio - emendou boas manobras em sequência, alcançando a maior nota única entre todas as finalistas, um 94.88. Com isso, pulou para a liderança, já que Rayssa não conseguiu completar as manobras nas duas primeiras tentativas.

Pontuação

Nas duas seguintes, no entanto, a brasileira encaixou boas performances e pontuou alto, primeiro com um 88,14 e depois um 93,99, que a fez superar Nishiya em sua penúltima tentativa. Restando apenas uma tentativa para cada atleta, somente Nishiya ainda tinha chances de tirar o título de Rayssa. No entanto, ela falhou em sua última manobra e a brasileira confirmou a conquista.    

O feito de Rayssa chama a atenção porque ela competiu contra sete atletas do país considerado a maior potência na atualidade. Para se ter uma ideia, as duas edições do skate street em Jogos Olímpicos terminaram com vitória japonesa. Tanto em Tóquio quanto em Paris, Rayssa (prata em 2021 e bronze em 2024) foi a intrusa em pódios formados somente com atletas do Japão. Aliás, as quatro japonesas que estiveram nesses pódios (Momiji Nishiya, Funa Nakayama, Coco Yoshizawa e Liz Akama) também estavam presentes na final deste sábado.

Pouco depois da decisão feminina, houve a final entre os homens. O Brasil foi representado por Kelvin Hoefler, que, após sair mancando de sua segunda volta, acabou desistindo da competição, terminando em oitavo lugar.

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