Esportes

ELEFANTE DE CONCRETO

Morenão "aos cacos" e sem cuidados

UFMS empaca reforma mesmo com R$ 9 milhões parados nos cofres e agora permite shows que danificam estrutura local

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Por fora uma imponente estrutura, apesar de sua cor acinzentada e já desgastada com o tempo. 

Por dentro, um gigante com vários problemas estruturais e usados ao bel-prazer de seus administradores, sem levar em consideração a real função do espaço que, outrora, foi o maior estádio universitário da América Latina.

O Morenão, palco que tanto encantou nos anos 1970 e 1980 e foi símbolo do avivamento cultural e esportivo dos campo-grandenses – e de uma forma geral dos sul-mato-grossenses –, pede socorro há anos, mas soluções são apresentadas e praticamente nada é executado pelas autoridades.

Administrado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), o estádio agora sofre com o desvio de suas funções, passando a receber megashows musicais que deixam para trás um cenário de destruição do gramado e do entorno, os quais deveriam servir à promoção esportiva, real motivo para que aquilo fosse erguido por Pedro Pedrossian há 50 anos e mantido até hoje.

Uma semana e meia após o palco do esporte e do clássico Comerário – que precisou ser adiado pela falta de condições do gramado e do estádio – se tornar o famigerado Boteco do Gusttavo Lima, o local segue sem ter a estrutura totalmente desarmada, mesmo havendo várias partidas agendadas até o fim de abril.  

A tabela com tais duelos está desde janeiro confirmada, sendo assim de conhecimento dos gestores do estádio, mas nem assim a UFMS deixou de agendar para dia 19 de fevereiro o show do sertanejo, assim como o evento protagonizado pelo DJ Vintage Culture, no dia 11 de março.

Em rápida visita da reportagem do Correio do Estado ao estádio na manhã de ontem, facilmente foram encontrados objetos cortantes no gramado, como lacres de latinhas, cacos de vidro e até parafusos.

No mesmo instante, as equipes da Dut’s Produções desmontavam a estrutura, que será erguida novamente ainda este mês, enquanto colaboradores da Federação de Futebol e do Operário, que é mandante de duelo contra o União ABC hoje, faziam um pente fino no gramado, buscando tais objetos que ficaram para trás e tentando tampar o buracos.

Tudo ocorreu sob supervisão dos presidentes Francisco Cezário (FFMS) e Estevão Petrallás (Operário), além de Alberto Pontes, chefe do departamento responsável.

REFORMA QUE NÃO SAI

Prometida ainda em 2016 pelo governo estadual, a reforma do Morenão acabou se concretizando em apenas ações paliativas em 2017, como reparos e pintura que giraram entre R$ 150 mil e R$ 200 mil.

Contudo, a reforma seguiu sendo pleiteada pelos esportistas da cidade, e em 2021 o valor necessário para ela foi repassado para a UFMS, depois de muito estudo das equipes da universidade e do governo do Estado, que fecharam um convênio para tal obra.

Os problemas, porém, não acabaram por aí: o Morenão segue precário, liberado para apenas 7 mil torcedores e sem a possibilidade de receber grandes partidas de futebol.  

Nas cabines de imprensa e setor de cadeiras, o mau cheiro toma conta, já que é notório que a estrutura é a morada de vários morcegos, que aproveitam da fauna e da flora da Cidade Universitária para ali terem uma vida silvestre.

Além disso, os banheiros seguem sem água e com torneiras estragadas e algumas cabines sem luz e até com estruturas elétricas expostas.

Ao todo, o repasse promovido pelo governo estadual para a UFMS ultrapassa à casa dos R$ 9 milhões. 

A liberação aconteceu há quase quatro meses, mas os técnicos responsáveis da UFMS demoraram um mês para irem buscar a minuta do contrato na sede da Agesul, conforme apurado pela reportagem.

Agora, com o dinheiro já em conta, a UFMS segue inerte e sem sequer publicar edital para abrir a licitação da obra. Extraoficialmente, há a informação de que estão esbarrando em questões burocráticas que não são solucionadas, porém, do lado do governo é dito que já estaria tudo certo e o que falta mesmo é vontade de realizar.

O Correio do Estado entrou em contato com a universidade federal por meio telefônico e por e-mail com o departamento de comunicação, mas, após uma semana, não obteve retorno algum da instituição.

Gramado destruído e com vidros e lacres

Um show e um estrago que poucos podiam imaginar: vários cacos de vidro, além de pedaços de plástico, lacres de latas e outros objetos cortantes foram deixados no gramado do Estádio Morenão, colocando em risco os atletas que ali fossem jogar. 

Além disso, caminhões que entraram no campo e a estrutura do palco destruíram parte do gramado, precisando de areia para tampar os buracos ali criados.

ESPORTES

Judô brasileiro termina com cinco pódios em Grand Prix da Croácia

Seleção foi representada por atletas mais jovens, depois da participação histórica do judô brasileiro nos Jogos Olímpicos de Paris

15/09/2024 23h00

Reprodução/Emanuele Di Feliciantonio/IJF

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Para o judô brasileiro, o Grand Prix de Zagreb, na Croácia, rendeu três pódios neste domingo (15), sendo dois bronzes e uma prata conquistadas pelos atletas na competição, com o País saindo do evento com cinco medalhas totais. 

Marcelo Fronckowiak levou a prata na categoria peso médio (até 90 kg), enquanto Giovanna Santos (peso pesado feminino, mais de 78 kg) e Lucas Lima (peso pesado masculino, mais de 100 kg) saíram com o bronze.

Somadas às duas medalhas conquistadas na véspera; por Gabriel Falcão (prata na categoria meio-médio, até 81 kg) e Nauana Silva (bronze no meio-médio feminino, até 63 kg), o país fechou participação subindo ao pódio cinco vezes.

Histórico

Nessa competição, a seleção foi representada por atletas mais jovens, depois da participação histórica do judô brasileiro nos Jogos Olímpicos de Paris (quatro medalhas, sendo um ouro, uma prata e dois bronzes). Fronckowiak, por exemplo, tem 24 anos.

Ele avançou até a final, quando perdeu para húngaro Peter Safrany, campeão mundial júnior, que o derrotou por ippon. Foi o melhor resultado da carreira do brasileiro em edições de Grand Prix até o momento.

Lucas Lima, de 25 anos, foi até a semifinal, quando caiu para o polonês Grzergorz Teresinski. Na disputa do terceiro lugar, ele derrotou o holandês Jelle Snippe, que acabou desclassificado por uma manobra ilegal.

O caminho de Giovanna Santos, de 23 anos, foi o mesmo. Ela parou diante da israelense Yuli Alma Mishiner na semifinal e superou a austríaca Maria Hoelwartt na disputa pelo bronze, vencendo pelo acúmulo de punições da adversária.

A próxima grande competição no circuito da Federação Internacional de Judô será o Grand Slam em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, em outubro.

 

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Automobilismo

Em corrida emocionante, Piastri vence GP do Azerbaijão e segura Leclerc até o final

Na penúltima volta, Carlos Sainz e Sergio Perez brigavam pelo terceiro lugar e se chocaram em momento épico.

15/09/2024 12h32

Divulgação/ redes Sociais- Oscar Piastri

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O australiano Oscar Piastri, da McLaren, venceu o Grande Prêmio do Azerbaijão de Fórmula 1. Depois de largar na segunda posição, ele fez uma grande ultrapassagem sobre Leclerc para subir ao lugar mais alto do pódio.

Charles Leclerc, da Ferrari, que largou na pole position, terminou na segunda colocação. George Russell, da Mercedes, completou o pódio.

Primeiros colocados no Mundial de Pilotos, Max Verstappen, da Red Bull, e Lando Norris, da McLaren, terminaram na quinta e na quarta posições, respectivamente. O piloto britânico, teve motivos para comemorar, já que largou em 16º e fez grande corrida de recuperação.

Verstappen e Norris ganharam duas posições cada na última volta graças a um acidente envolvendo Carlos Sainz e Sergio Perez.

Esta foi a segunda vitória da carreira de Oscar Piastri, que também venceu GP da Hungria, nesta temporada. Curiosamente, ela veio na semana em que a McLaren admitiu que daria prioridade a Lando Norris na temporada.

Com o resultado, Norris tirou mais três pontos de diferença para Verstappen na disputa do título mundial. O britânico soma, agora, 254 pontos contra 313 do holandês. Ainda faltam sete provas para o fim da temporada.

A Fórmula 1 volta no próximo domingo (22). A próxima corrida é o GP de Singapura, no Circuito Urbano de Marina Bay, às 9h (de Brasília).

A CORRIDA
A largada foi boa para Charles Leclerc, que abriu vantagem de quase um segundo sobre Oscar Piastri ao fim da primeira volta. Na briga pelas primeiras posições, as Red Bull foram bem: Sergio Perez tomou a terceira posição de Carlos Sainz, da Ferrari, e Verstappen ficou com a quinta colocação, que estava com George Russell, da Mercedes.

O destaque da largada, no entanto, foi Lando Norris, da McLaren. Largado da 16ª posição, após um erro na classificação, o piloto britânico terminou a primeira volta no 12º lugar. Escalando rapidamente as posições, ele já era o oitavo colocado na volta 12.

Também no início da prova, os carros de Lance Stroll, da Aston Martin, e de Yuki Tsunoda, da Racing Bulls, tocaram. Pior para o piloto japonês, que teve que ir para os boxes, mas, sofrendo com um problema no assoalho, não conseguiu permanecer na pista depois da volta 15. Mais tarde, na volta 46, Lance Stroll também teve que abandonar.

A primeira rodada de paradas foi boa para Oscar Piastri, que conseguiu se aproximar de Leclerc. Na volta 20, depois de pulverizar a vantagem em relação ao monegasco, o piloto da McLaren assumiu a liderança com uma linda manobra.

Depois de ultrapassar Leclerc, Piastri não conseguiu abrir vantagem sobre Leclerc, e ainda viu Sergio Perez se aproximar. Na volta 35, a diferença entre os primeiro e o terceiro colocados era de pouco mais de 1s500.

Lando Norris fez a estratégia de apenas uma parada, e chegou a ocupar o quarto lugar enquanto esteve na pista. Depois, não conseguiu mais ultrapassagens e até perdeu posições - para Perez e Sainz. Ele parou apenas na volta 38, e voltou na sétima posição, imediatamente atrás de Max Verstappen. O britênico ainda conseguiu ultrapassar o holandêsn fim da corrida.

A briga pela liderança foi a mais emocionante da corrida até o fim. Em vários momentos, Charles Leclerc se aproximou muito e tentou a ultrapassagem, mas Oscar Piastri segurou bem a liderança para garantir o triunfo.

Na penúltima volta, Carlos Sainz e Sergio Perez brigavam pelo terceiro lugar e se chocaram. Em um episódio que quase envolveu Charles Leclerc, espanhol e mexicano abandonaram a prova e a corrida foi encerrada com safety car virtual. 

 

*Informação da Folhapress 
 

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