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AUTOMOBILISMO

Para Hamilton, batida é prova de que Vettel 'está sentindo a pressão'

Para Hamilton, batida é prova de que Vettel 'está sentindo a pressão'

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Lewis Hamilton acabou saindo no prejuízo após toda a confusão no GP do Azerbaijão. O inglês viu o rival Sebastian Vettel ser punido depois de um toque intencional durante a prova, mas um erro da Mercedes, que deixou seu apoio de capacete solto após um período de bandeira vermelha, obrigou o piloto a uma parada adicional e, com isso, Hamilton acabou atrás de Vettel, que agora tem 14 pontos de vantagem no campeonato.

Mas Hamilton optou por ver o lado positivo e acredita que a reação de Vettel ao que acreditou ser um brake test (quando um piloto aciona os freios para que quem vem atrás bata de propósito) só mostra que a Ferrari está sentindo a pressão, depois de ser inferior por dois finais de semana seguidos.

"Honestamente, nunca pensaria que isso aconteceria, mas como equipe acho que podemos entender como algo positivo para nós. Colocamos muita pressão na Ferrari, ele está sob pressão e isso não é ruim. Isso mostra que a pressão pode afetar até os melhores".

Hamilton disse ainda que o comportamento de Vettel não o surpreende. "Isso já é óbvio há algum tempo", afirmou quando perguntado sobre a fraqueza mental do rival. "É só lembrar ano passado, das coisas que ele falou no rádio. Sabemos como ele pode se comportar".

O próximo embate dos rivais será no GP da Áustria, dia 9 de julho.

Edição 2025

Fórmula Truck terá etapa no Autódromo Internacional em Campo Grande

O Autódromo Internacional Orlando Moura receberá a 5ª etapa da competição, que contará com a participação de um piloto sul-mato-grossense que iniciou na categoria neste ano

25/12/2024 11h30

Veículo do piloto sul-mato-grossense, Fabrício Berton

Veículo do piloto sul-mato-grossense, Fabrício Berton Divulgação Assessoria

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A Fórmula Truck divulgou o pré-calendário da competição para a temporada de 2025, que inclui uma pista internacional e o retorno dos competidores ao Autódromo Internacional Orlando Moura, em Campo Grande.


O autódromo está localizado na BR-262, na saída para Três Lagoas, a cerca de 15 quilômetros do centro da Capital.


Nesta edição, serão 10 etapas realizadas em oito municípios no Brasil e uma etapa fora do país, em Rivera, no Uruguai. Além disso, a competição contará com a participação do piloto sul-mato-grossense Fabrício Berton, que iniciou na modalidade neste ano.

Veículo do piloto sul-mato-grossense, Fabrício BertonReprodução Redes Sociais

Piloto sul-mato-grossense

No dia 30 de julho, o empresário Fabrício Berton, estreante na modalidade, disputou a 4ª etapa da Fórmula Truck deste ano, realizada pela primeira vez no Autódromo Internacional Orlando Moura.

 

 

O empresário, que atua no ramo de reciclagem, foi o único sul-mato-grossense a disputar a prova. Apaixonado pela modalidade, sempre acompanhou as competições no autódromo local sempre que a categoria passava pela região. Assim que surgiu a oportunidade de estar entre os pilotos, ele não a deixou passar.

“Passei um ano me preparando. Fiz a Escolinha do Césinha, em Londrina, e tenho treinado muito para conhecer o caminhão. Terei muitas provas de adaptação pela frente, mas sinto que estou evoluindo a cada vez que vou à pista. Em Campo Grande será uma corrida muito melhor do que foi a de Cascavel”, disse Fabrício ao Jornal do Oeste.

Temporada


A temporada terá início no dia 16 de fevereiro, em Interlagos, na cidade de São Paulo (SP), com encerramento no dia 7 de dezembro, em Cascavel (PR). A maior parte das disputas ocorrerá nos estados do Rio Grande do Sul e do Paraná.

De acordo com o Agora Informa, a organização do evento está a cargo da GT Truck Eventos e conta com o apoio das federações de automobilismo de Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.

O presidente da GT Truck Eventos, Gilberto Hidalgo, ressaltou que a preparação para a abertura do evento está em andamento. A expectativa para a corrida em Interlagos é de um grande público, o que representará um marco na história da Fórmula Truck.

Veículo do piloto sul-mato-grossense, Fabrício Berton

Pista


A pista do circuito, em sentido anti-horário, tem 3.433 metros de extensão, com três curvas para a direita e seis para a esquerda. O traçado dispõe de uma das maiores retas do Brasil, com 960 metros.

Calendário da Fórmula Truck 2025

  • 16 de fevereiro – São Paulo (SP)
  • 16 de março – Rivera (Uruguai)
  • 13 de abril – Guaporé (RS)
  • 18 de maio – Cascavel (PR)
  • 15 de junho – Campo Grande (MS)
  • 3 de agosto – Local a definir
  • 14 de setembro – Santa Cruz do Sul (RS)
  • 12 de outubro – Tarumã (RS)
  • 9 de novembro – Londrina (PR)
  • 7 de dezembro – Cascavel (PR)

 

 

 

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VELOCIDADE

Aos 6 anos, Helena já é piloto de kart e não tem medo de acelerar nas pistas

A pequena campo-grandense mostra que, com coragem e habilidade, o céu é o limite para as meninas no automobilismo

24/12/2024 09h45

A piloto de 6 anos treina feito gente grande, mas ainda não tem idade para competir: só a partir dos 8 anos ela passa a participar de provas

A piloto de 6 anos treina feito gente grande, mas ainda não tem idade para competir: só a partir dos 8 anos ela passa a participar de provas Fotos: Mariana Moreira

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Na vida, há quem encontre a felicidade nas linhas de um livro, em cima dos palcos ou no campo durante uma partida de futebol. A campo-grandense Helena Moreira, aos 6 anos, descobriu que a sua alegria está no ronco do motor e no vento que corta o capacete.

Entre tantas opções para brincar e sonhar, ela escolheu o kart – e com ele encontrou na velocidade uma maneira de ser criança de forma plena, desafiando curvas, tempos e até os próprios medos.

O amor de Helena pelas pistas não surgiu por acaso: ele está no DNA da família. Inspirada pela paixão da mãe, a cirurgiã-dentista Caroline Moreira, 33 anos, a pequena piloto encontrou todo o incentivo necessário para acelerar em busca de seus sonhos.

Caroline sempre acreditou na importância da prática esportiva na infância e estimulou Helena a explorar diferentes atividades.

“Tentamos balé, mas a Nena [apelido dado à filha] não achou interessante. Com a ginástica artística foi a mesma coisa. Então, por amar acompanhar a Fórmula 1, sugeri para ela o kart. Mostrei vídeos de como seria, e ela topou na hora”, conta.

O primeiro contato de Helena com o kart ocorreu em agosto de 2023, durante o curso de pilotagem infantil dos Fittipaldi Brothers, em Blumenau (SC).

“Fomos sem colocar nenhuma pressão. Se ela gostasse e se sentisse confiante para pilotar, seria ótimo. Caso contrário, já tínhamos o plano reserva: uma visita ao Beto Carrero para ela brincar”, conta a mãe.

No início do curso, Helena percebeu que era a única menina, o que trouxe à tona pela primeira vez a barreira de atividades ainda “separadas por gêneros”. Caroline relata que esse foi um momento importante para a filha. 

“Os professores foram muito acolhedores desde o início, respeitaram a forma de como ela estava se sentindo e reforçaram que o essencial era ela aproveitar a experiência. Helena estava acompanhada de sua madrinha e da minha irmã, e conversamos bastante com ela e explicamos que ela podia ser o que quisesse e fazer o que desejasse”, disse a cirurgiã-dentista.

Após o impacto inicial, Helena conseguiu fazer amizades e deixou de lado o peso de ser a única menina, tornando-se apenas mais uma criança pronta para acelerar. 

“Todos nós da família temos a consciência de que essa é uma barreira que ela terá que enfrentar constantemente no automobilismo, uma vez que ainda há pouco incentivo para que as meninas entrem nesse esporte, e isso se reflete em todas as competições”, reitera Caroline.

Responsável pelo curso de pilotagem infantil e campeão em várias categorias e provas no kartismo brasileiro e americano, Pedro Jacobsen, 41 anos, avalia que Helena sempre foi muito atenciosa em todas as aulas teóricas e que, no decorrer do curso, ela foi se desenvolvendo na prática em cima das quatro rodas.

“Ela nos chamou atenção, e notamos muito o controle de pedais e de mão. A Helena havia esquecido os óculos [durante a prática], e no fim, quando descobrimos que ela tinha um grau altíssimo de miopia e ainda tinha ido muito bem, [isso] nos despertou o alerta de que seria possível desenvolver ela muito rápido [no esporte]”, salientou o treinador.

PRIMEIRO KART

De volta à cidade de Campo Grande, o entusiasmo de Helena pelo kart se tornou ainda mais evidente, e a família decidiu investir para manter a pequena nas pistas.

“Eu achei nas redes sociais o piloto Fabinho Bianchi, e a família dele nos ajudou a achar o Michel, hoje responsável pelos treinos da Helena no kartódromo nas Moreninhas”, explicou a mãe.

Com o pé no acelerador e as mãos no volante, Helena rapidamente mostrou que coragem e habilidade não têm idade.

“Quando eu piloto, parece que estou voando, sinto muita adrenalina! É a coisa que 
eu mais gosto de fazer”, conta a pequena, com o entusiasmo de quem encontrou na velocidade o seu espaço de liberdade e felicidade.

A dedicação da família foi além da busca por treinos. 

Todos se uniram para garantir os equipamentos necessários, e o maior presente chegou em fevereiro deste ano, quando Helena completou seis anos: o primeiro kart, o qual foi comprado pela mãe.

“Ela ficou radiante quando viu o seu próprio kart. Foi o início de um sonho que estamos construindo juntas”, diz Caroline. Com o novo equipamento, Helena passou a treinar regularmente, mostrando cada vez mais vontade de dominar as curvas da pista.

PRIMEIRA MENINA

Ao Correio do Estado, o presidente da Federação de Automobilismo de Mato Grosso do Sul (Fams), Wagner Coin, relatou que o Estado ainda não teve nenhuma representante feminina em competições de kart durante as disputas nacionais.

“A Fams já teve muitas mulheres piloto, mas nas áreas de rali arrancada e algumas até em velocidade no asfalto. Especificamente no kart, tivemos algumas pilotos que correram de motor quatro tempos e dois tempos [em competições locais], e agora temos a Helena, que tem um grande futuro pela dedicação que vem demonstrando”, destacou Coin.

Ele reiterou que a Fams tem interesse em incentivar e prestigiar a participação feminina no kartismo.

“Estamos agora com uma nova direção no Kartódromo [Ayrton Senna] e que vai dar uma ênfase especial a todas que quiserem ingressar e participar do kart”, disse.

Treinador de Helena em Mato Grosso do Sul, Michel Mesquita pontuou que um dos grandes destaques da menina é o seu lado competitivo.

“Quando colocamos algum outro aluno para treinar junto, ela se transforma. Quer acelerar e não aceita ser superada na pista por nenhum deles. Ela não gosta de perder de jeito nenhum, e isso é muito bom, pois acredito que todo piloto que tem isso dentro de si tende a ir longe”, salientou.

Atualmente, Helena treina com mais dois meninos, um de 9 anos e outro de 10 anos.

DESAFIOS

O automobilismo, especialmente o kartismo, ainda é predominantemente masculino, e as meninas enfrentam diversos desafios para se destacarem nesse ambiente competitivo.

Além de lidar com a barreira do gênero, elas frequentemente se deparam com a dura realidade da falta de apoio e incentivo para ingressar nesse esporte que demanda um grande aporte financeiro.

No entanto, ações estão sendo tomadas para mudar esse cenário, como o apoio de federações e cursos especializados que visam promover a participação feminina. 

A exemplo disso, o curso de pilotagem infantil do qual a jovem Helena participou busca acolher meninas e incentivá-las a desenvolver suas habilidades no esporte, mostrando que, com bastante dedicação, elas têm espaço nas pistas e um grande futuro pela frente.

Jacobsen destacou que a entrada de meninas no esporte deve ser cada vez mais incentivada e que a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), em conjunto com Susie Wolff – ex-piloto e ex-chefe de equipe da Venturi na Fórmula E –, desenvolveu uma categoria para formar jovens pilotos mulheres, a F1 Academy.

“Nós sabemos que a Fórmula 1 é um esporte de alto desempenho, rendimento físico e técnico do ser humano, e como diversos outros esportes é difícil as mulheres terem a chance de chegarem lá. Mas, essa é uma realidade que eu acredito que vai mudar. Aqui na escola, temos sete pilotos mulheres, o que enriquece muito as nossas aulas. Sou um dos apoiadores e faço de tudo para levar elas para as grandes competições de kartismo do mundo”, frisou.

Piloto desde os 6 anos e com mais de 23 anos de experiência na formação de jovens no kart, Jacobsen complementou que, “sem dúvidas, uma piloto como a Helena tem todas as chances de chegar à categoria máxima do automobilismo internacional”.

“Ela tendo desenvolvimento, apoio e estrutura, com certeza conseguirá trazer muitos incentivos e diferenciais para o nosso esporte”, descreveu o instrutor de kart.

Para o próximo ano, o Brasil contará com uma representante da F1 Academy, a jovem piloto de 19 anos Rafaela Ferreira. A catarinense disputará a F1 Academy 2025 pela Visa Cash App RB Formula One Team (VCARB).

A piloto se tornou a primeira mulher a vencer na F4 nacional e será a segunda brasileira a pilotar na F1 Academy. Na temporada deste ano, o País contou com Aurélia Nobels, que faz parte da academia de pilotos da Scuderia Ferrari.

Saiba

Helena compartilha os treinos nas pistas e na academia e as aventuras da vida de pequena pilota em seu perfil no Instagram @racerhelena.

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