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Sem Neymar, Casemiro tira seleção do sufoco e faz o gol da vitória sobre a Suíça

Ele acertou chute cruzado, de dentro da área, como se fosse um camisa 9, aos 37 do 2º tempo

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Para aproveitar o aumento do número de convocados, Tite encheu a seleção brasileira de atacantes. Foram chamados nove para a Copa do Mundo. Mas quando a situação apertou de verdade no Qatar, foi o volante defensivo Casemiro, 30, quem resolveu.

Ele acertou chute cruzado, de dentro da área, como se fosse um camisa 9, aos 37 do 2º tempo. Foi o lance que classificou o Brasil de forma antecipada para as oitavas de final da Copa do Mundo e decretou o 1 a 0 sobre a Suíça, nesta segunda-feira (28), no estádio 974, em Doha.

Com seis pontos, a equipe só precisa do empate contra Camarões na próxima sexta-feira (2), para terminar na primeira posição do Grupo G.

Foi apenas o sexto gol de Casemiro em 67 jogos com a camisa amarela. E o mais importante.
A equipe viveu quatro dias com a lembrança que, pelos números, não é mais tão dependente de Neymar quanto antes. Tite teria as peças ofensivas para suprir a ausência de um dos jogadores do mundo. Mas diante do bem armado sistema defensivo do adversário e sem seu camisa 10, o Brasil sofreu.

Neymar sequer veio com a delegação para o estádio. Ficou no hotel onde a delegação está hospedada. Ele se recupera de lesão no ligamento do tornozelo direito. A previsão inicial era que ele voltaria apenas nas oitavas de final. Com a qualificação assegurada antes da última rodada, fica mais sossegado esperar pelo seu retorno.

O resultado serve de vingança da Copa de 2018, na Rússia, quando a mesma Suíça parou o Brasil na estreia e ficou no empate em 1 a 1. Vitória contra Camarões representaria o primeiro Mundial, desde 2006, em que a equipe termina a fase de grupos com 100% de aproveitamento.

O Brasil teve ainda mais dificuldades nos primeiros 45 minutos do que as que enfrentou na primeira rodada, diante da Sérvia, quando também não marcou, mas venceu por 2 a 0 com gols no segundo tempo.

Diante de um rival fechado, com dez jogadores atrás a linha da bola, não achava espaço. A melhor chance aconteceu em lançamento pelo alto que Vinicius Junior completou para o gol, mas Sommer defendeu.
Se Raphinha havia sido ineficiente no primeiro tempo da estreia, Vinicius havia sido uma válvula de escape, levando vantagem sobre a marcação. Contra a Suíça, ambos foram igualmente bem marcados.

Parte da etapa inicial foi gasta com os meias brasileiros rodando a bola de um lado para o outro, à espera da chance de um passe mais incisivo. Foi quando ficou clara o peso que tem a ausência de Neymar. Sem o atacante, lesionado, a seleção se torna mais previsível e o adversário pode se concentrar mais em anular as jogadas pelas pontas.

A estratégia da Suíça se resumiu a tentar achar uma saída em velocidade e encontrar Embolo na frente. O atacante nascido em Camarões, autor do gol da vitória no primeiro jogo e contra seu país natal, é capaz de prender a marcação, é forte e sabe fazer o pivô. Mas não teve oportunidade para colocar isso em prática.

Cansado do que viu em campo, Tite mandou Rodrygo aquecer um minuto antes do intervalo. A aposta mais esperada era a saída de Fred. Mas o escolhido foi Lucas Paquetá, justamente quem deveria fazer a função de Neymar em campo. Depois entrou Bruno Guimarães para dar ainda mais força ofensiva.

Tudo parecia que se resolveria aos 18 com um belo gol de Vinicius Junior, mas o VAR anulou por causa de impedimento de Fred.

Com o passar do tempo, a Suíça chegou a até achar espaços para contra-atacar. Ameaçou com inversões de bola, especialmente para o lateral Widmer. O empate começou aparecer uma realidade que incomodaria bastante Tite. Ele sabe que veria o fantasma da necessidade de ter Neymar contra Camarões atormentá-lo.
Alguém teria de aparecer para salvar a seleção.

Casemiro, um meia que se tornou primeiro volante no Real Madrid, não parece avesso a mudanças. Saiu da zona de conforto da capital espanhola para defender uma equipe em transição na Inglaterra, o Manchester United. Acho ser um clube que precisava mais dele.
Como o Brasil necessitou nesta sexta-feira. Ele apareceu com um arremate que deixaria Neymar orgulhoso para tirar a seleção do sufoco em Doha.
*
BRASIL
Alisson, Militão, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro (Alex Telles); Casemiro, Fred (Bruno Guimarães) e Lucas Paquetá (Rodrygo); Raphinha (Antony), Vini Jr e Richarlison (Gabriel Jesus). T.: Tite

SUÍÇA
Sommer; Widmer (Frei), Schar, Akanji e Rodriguez; Freuler, Xhaka; Rieder (Steffen), Sow (Aebischer) e Vargas (Edimilson Fernandes); Embolo (Seferovic). T.: Murat Yakin

Estádio: 974, em Doha (Qatar)
Quando: Às 13h (de Brasília) desta segunda-feira (28)
Árbitro: Ivan Barton (El Salvador)
Assistentes: David Moran e Zachari Zeegelaar (Suriname)
VAR: Drew Fischer (Canadá)
Público: 43.649
Gols: Casemiro, aos 37 minutos do 2T (Brasil)
Cartões amarelos: Fred (Brasil) e Rieder (Suíça)

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Futebol

Corinthians vence Vasco e conquista tetracampeonato da Copa do Brasil

Título garantiu ao Timão uma vaga na Copa Libertadores de 2026

21/12/2025 19h16

Corinthians venceu o Vasco por 2 a 0 e conquistou o título da Copa do Brasil

Corinthians venceu o Vasco por 2 a 0 e conquistou o título da Copa do Brasil Foto: Rodrigo Coca / Corinthians

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O Corinthians é campeão da Copa do Brasil 2025. Depois do empate sem gols no jogo de ida, na Neo Química Arena, o time alvinegro foi cirúrgico jogando Maracanã, aproveitando as poucas chances que teve — finalizou somente duas vezes em direção à meta — para vencer o Vasco por 2 a 1, neste domingo, e ficar com a taça. Yuri Alberto e Memphis Depay fizeram os gols do time paulista. Nuno Moreira marcou para a equipe cruz-maltina.

Trata-se do quarto título conquistado pelo Corinthians na Copa do Brasil. Os paulistas também venceram em 1995, 2002 e 2009. Dorival Júnior, por sua vez, igualou Luiz Felipe Scolari, também com quatro taças, e se tornou o técnico que mais venceu o torneio.

Pela conquista do título, o Corinthians vai receber uma premiação de R$ 77,1 milhões, encerrando a participação com um acumulado de R$ 109,1 milhões, e também garante uma vaga na Copa Libertadores 2026. Já o Vasco recebe R$ 33 milhões pelo vice-campeonato e fecha o torneio com um total de R$ 53,5 milhões.

Diferentemente do primeiro duelo, em Itaquera, o Corinthians foi para o jogo com o meio-campo modificado. O volante Maycon ganhou a vaga do Rodrigo Garro, que vive mau momento, e o jovem Breno Bidon, também volante, assumiu a função de jogar mais adiantado.

A ideia era reforçar o setor e impedir o Vasco de trabalhar a bola livremente, como aconteceu no jogo de ida.

Empurrado por um Maracanã abarrotado, com torcedores fazendo muito barulho, o Vasco tentou adotar uma postura de protagonismo no começo do jogo. O time de Fernando Diniz ficou mais com a bola e pressionou a defesa corintiana quando não tinha a posse.

Para sair de trás, a equipe de Dorival Júnior buscou jogadas pelos lados. Aos 18 minutos, Matheuzinho recebeu ótimo passe, de Raniele, nas costas da defesa e fez lançamento preciso para Yuri Alberto, que ficou cara a cara com o goleiro Léo jardim e balançou as redes.

A jogada do gol pareceu ter demonstrado o caminho para o Corinthians, que continuou apostando nas bolas esticadas. Yuri Alberto teve chance clara para ampliar aos 25, mas desta vez o camisa 9 finalizou mal quando ficou frente a frente com Léo Jardim e desperdiçou a oportunidade de deixar os visitantes mais confortáveis no placar.

Bem posicionado atrás, os paulistas deram pouco espaço para os cariocas realizarem tramas com qualidade. Porém, quando Raniele errou passe no meio-campo, o Vasco não perdoou.

Andrés Gómez recebeu livre na esquerda e fez cruzamento na medida para Nuno Moreira empatar, de cabeça, aos 40. A torcida cruz-maltina fez grande festa nas arquibancadas e o coro de “time da virada” foi entoado. A igualdade no placar fez justiça ao equilíbrio da partida na etapa inicial.

O Vascou voltou melhor após o intervalo. O time de Fernando Diniz empurrou o Corinthians para o campo de defesa e passou a rondar a área adversária, mas sem levar perigo imediato à meta defendida por Hugo Souza. A equipe de Dorival Júnior apelou para os chutões em direção a Yuri Alberto, que, encaixotado, não conseguiu fazer muita coisa.

Aos 17 minutos, os paulistas aproveitaram a primeira chance clara que tiveram em um contra-ataque para marcar. Bidon deu um lindo drible da vaca em Barros e a jogada terminou com Yuri tocando para Memphis só empurrar para as redes.

Logo após o gol corintiano, Diniz tirou o volante Barros para colocar o centroavante Pablo Vegetti, artilheiro do País em 2025, com 27 gols. A ideia era clara: aproveitar o faro apurado do argentino para converter a pressão em bola na rede.

Os cariocas começaram a cruzar bolas na área e a defesa corintiana precisou se desdobrar para evitar chances perigosas. Dorival, diferentemente de Diniz, teve opções melhores para oxigenar o time e colocou Carrillo e Garro no segundo tempo para tentar fazer o time sair de trás.

Conforme o jogo foi se aproximando dos minutos finais, Dorival fez substituições para “fechar a casinha”, ou seja, fortalecer o sistema defensivo para segurar o resultado até o fim — Yuri Alberto, com sangramento no nariz, foi tirado para a entrada do zagueiro João Pedro.

Diniz empilhou o Vasco com atacantes: Rayan, Vegetti, David e Gómez... O time corintiano sofreu no fim, mas conseguiu assegurar o a vitória para ficar com o título.

VASCO 1 X 2 CORINTHIANS

VASCO - Léo Jardim; Paulo Henrique, Carlos Cuesta (David), Robert Renan e Puma Rodríguez (Matheus França); Cauan Barros (Vegetti), Thiago Mendes e Philippe Coutinho (Tchê Tchê); Andres Gómez, Nuno Moreira (GB) e Rayan. Técnico: Fernando Diniz

CORINTHIANS - Hugo Souza; Matheuzinho, André Ramalho, Gustavo Henrique e Matheus Bidu (Angileri); Raniele (Carrillo), José Martínez, Maycon (Maycon) e Breno Bidon (Rodrigo Garro); Memphis Depay e Yuri Alberto (João Pedro Tchoca). Técnico: Dorival Júnior.

ÁRBITRO - Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO)

GOLS - Yuri Alberto, aos 18, e Nuno Moreira, aos 40 minutos do primeiro tempo; Memphis Depay, aos 17 do segundo tempo

CARTÕES AMARELOS - Carlos Cuesta, Thiago Mendes e Vegetti (Vasco); Yuri Alberto, Carrillo, Matheuzinho e João Pedro Tchoca (Corinthians)

PÚBLICO - 67.111

Declaração

Neymar promete fazer o 'impossível' para conquistar a Copa e manda recado: 'Alô, Ancelotti!'

pesar do discurso confiante, a presença de Neymar na próxima Copa do Mundo ainda é incerta

21/12/2025 09h45

Neymar Júnior

Neymar Júnior Foto: Lucas Figueiredo / CBF

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Neymar voltou a falar sobre Copa do Mundo e deixou claro que mantém o objetivo de disputar o Mundial de 2026 com a seleção brasileira. Neste sábado, durante um show do cantor Thiaguinho, em São Paulo, o camisa 10 do Santos prometeu "fazer o impossível" para buscar o hexacampeonato e aproveitou o momento para mandar um recado ao técnico Carlo Ancelotti.

"Vamos fazer o impossível para trazer a Copa para o Brasil. O possível e o impossível. Em julho, vocês podem me cobrar. Alô, Ancelotti, ajuda nós!", disse o atacante, no palco do show. O camisa 10 do Santos esteve no evento "Tardezinha" acompanhado da esposa, Bruna Biancardi, do filho Davi Lucca, da irmã Rafaella e do cunhado Gabigol.

Apesar do discurso confiante, a presença de Neymar na próxima Copa do Mundo ainda é incerta. O jogador não foi convocado por Ancelotti desde a chegada do treinador à seleção brasileira, e o italiano já afirmou em mais de uma ocasião que só pretende chamá-lo quando estiver em plenas condições.

No Santos, o camisa 10 tem convivido com limitações físicas ao longo da temporada. Até aqui, disputou 28 partidas, com 11 gols e quatro assistências. O contrato com o clube termina em dez dias, e as partes negociam uma renovação por mais seis meses.

Antes de qualquer definição sobre o futuro, porém, Neymar será submetido a uma cirurgia no joelho esquerdo para corrigir um esgarçamento no menisco. O procedimento está previsto para ocorrer nesta semana, com prazo estimado de recuperação de cerca de um mês.

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