Esportes

Jogos 2016

Zé Roberto vê EUA como principal potência do vôlei em 2016

Brasil segue na expectativa de aumentar o número de medalhas no torneio

GAZETA ESPORTIVA

05/08/2015 - 16h24
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A um ano do início das Olimpíadas de 2016, o Brasil segue na expectativa de aumentar o número de medalhas no torneio. O técnico da seleção feminina de vôlei, José Roberto Guimarães, afirmou que a cobrança pelas conquistas existe, mas que o país tem condições de figurar entre os melhores do mundo caso mantenha o mesmo foco apresentado nos Jogos Pan-Americanos de Toronto.

“A gente sabe que essa pressão existe. Vai ser uma Olimpíada difícil, mas o Brasil pode sim ficar entre os dez (melhores). Acho que algumas modalidades vão sofrer mais que outras. Não dá para comparar Pan-Americano com Olimpíadas, mas vi muita expectativa, muito foco. Vejo as meninas do handebol como candidatas à medalha de ouro. Vejo um time muito focado e com muita qualidade, e a gente tem também uma melhora no masculino. Tem algumas modalidades que a gente pode se surpreender. O judô sempre tem medalha, a natação”, disse em entrevista ao canal Sportv.

Para ele, a presença de grandes nomes de diversas modalidades é o que serve de incentivo para os atletas nos treinos. “Acho que o Brasil vai aproveitar muito com essa Olimpíada, vamos ver os melhores atletas do mundo em ação. Esse sim vai ser o grande legado da historia esportiva do Brasil”, comentou.

Ao observar as condições do país anfitrião nos Jogos, Zé Roberto relembrou a virada da equipe feminina de vôlei sobre os Estados Unidos na final de 2012, garantindo o ouro de forma dramática. “Olimpíada é o momento. Já enfrentamos momentos muito difíceis, 2008 foi tranquilo até. Já em Londres foi uma coisa mais afastada, mais difícil. Na final foi uma bola épica. Quando eu ouço a narração até hoje me dá vontade de chorar”.

As adversárias daquela ocasião são vistas pelo técnico como as rivais mais difíceis de se vencer na atualidade. Para o técnico, as americanas são favoritas ao ouro em 2016. “A minha preocupação é tanta que começamos a treinar na segunda feira e logicamente o treinamento tem uma importância muito grande, como treinamos pela manha e vamos treinar pela tarde. Faltam 365 dias, tem time na nossa frente, os Estados Unidos estão muito bem e temos que nos preparar para isso”, disse Zé Roberto, que explicou como a estrutura do país favorece os EUA na formação da seleção.

“Os Estados Unidos estão com um técnico muito bom. Ele tem recebido por ano informações de 600 jogadoras de universidades por ano. São 360 universidades fornecendo jogadoras. Então ele está bem servido. É um time que esta jogando muito veloz, com certeza à frente dos demais. Lógico que com certa diferença para a gente, sem parâmetro. Esse ano ficamos desfalcados com o Pan-Americano e o Grand Prix, estávamos sem a nossa força máxima. A gente sente como é que o grupo está vendo, acontecendo, jogando. E a gente vê que os Estados Unidos está com uma dinâmica de jogo a frente de todo o mundo”, contou.

A exemplo da seleção americana, o técnico ressalta a importância de investimentos na base dos esportes para formar bons atletas. “Meu sonho e minha grande expectativa é o Brasil mexer com a cabeça dessa criançada, dessa juventude que está surgindo, que sonha em ser um Guga da vida um dia, se espelhar em um grande ídolo para poder surgir jogadores novos e atletas novos. Realmente a base é o centro de tudo”, afirmou.

“A gente perdeu essa sequência num passado muito distante. Precisamos repensar os esportes brasileiros e como podemos melhorar esses serviços e ajudar essa base de tantas modalidades pra gente crescer e se tornar num futuro próximo uma potência olímpica”, completou Zé Roberto.

SOB NOVA ADMINISTRAÇÃO

Morenão sairá da mãos da UFMS e será concedido ao Estado

Secretario de Esporta e Cultura afirmou que a atual reitora da universidade concordou em ceder o estádio, que não recebe um jogo há quase três anos, por 35 anos

14/01/2025 13h00

Em obras desde 2022, o Morenão deve ter mudança de administração

Em obras desde 2022, o Morenão deve ter mudança de administração Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Parado há três anos, o Estádio Pedro Pedrossian, conhecido apenas como Morenão, deve sair do controle da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e ficar sob respondabilidade do Governo do Estado, segundo Marcelo Miranda, titular da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc).

O interesse foi formalizado em junho do ano passado, quando a Setesc apresentou o ofício ao reitor da UFMS na época, Marcelo Turine. Ainda, foi ressaltado que a administração do Estádio ficaria sob responsabilidade da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte).

Na manhã desta terça-feira (14), durante o lançamento oficial do Campeonato Sul-Mato-Grossense de 2025, Marcelo Miranda voltou a falar sobre o assunto e afirmou que a concessão está nas tratativas finais, mas ainda em conversas. Porém, salientou que o caso deve ser resolvido de forma definitiva em 15 dias, com provável final feliz para o Governo do Estado.

"Já tinhamos observado o interesse da reitora Camila e sua posição pessoal favorável. No entanto, era necessário passar pelo Conselho Universitário, que aprovou a proposta. Agora, já recebemos uma resposta oficial positiva e estamos em tratativas para definir os detalhes do período de concessão", disse.

"São questões simples, como a manutenção durante esse período em que trabalharemos na viabilidade técnica. Acredito que esses pequenos detalhes poderão ser resolvidos em 10 a 15 dias. Assim, poderemos finalmente iniciar o estudo técnico necessário para planejar uma PPP que transforme o Morenão em um grande centro de eventos e de futebol. Até fevereiro, tudo deve estar resolvido", acrescentou o secretário.

Em nota, a UFMS disse que foi aprovada no dia 5 de novembro de 2024 a possibilidade da assinatura do convêncio de delegação para a concessão do estádio para o Governo do Estado, por um período de 35 anos.

"Essa aprovação pavimentou o caminho para realização de estudos de viabilidade, seguida pela licitação de parceria público privada PPP), os quais serão conduzidos pelo Estado, mediante a assinatura do contrato", diz a nota.

A Universidade diz ainda que aguarda devolutiva do estado para assinatura do referido instrumento jurídico.

 

NASCE UMA JOIA

Brasileiro vence número 9 do mundo em estreia em Grand Slam

Uma das maiores promessas do tênis, João Fonseca, de apenas 18 anos, venceu Andrey Rublev no Australian Open

14/01/2025 10h15

João Fonseca, de 18 anos, venceu russo nono do mundo na estreia do Australian Open

João Fonseca, de 18 anos, venceu russo nono do mundo na estreia do Australian Open Foto: William West / AFP

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Com uma atuação sólida e arrasadora, João Fonseca derrubou o número nove do mundo, o russo Andrey Rublev, nesta terça-feira, em sua estreia numa chave principal de Grand Slam. A jovem promessa do Brasil avançou à segunda rodada do Aberto da Austrália com uma vitória contundente pelo placar de 3 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/1), 6/3 e 7/6 (7/5). O jogo, que durou 2h23min, era um dos mais aguardados pela imprensa mundial nesta rodada de abertura em Melbourne.

O triunfo sobre o rival de peso, que já foi número cinco do mundo, no ano passado, confirma o novo status do brasileiro, tido como promessa em nível mundial por diversos especialistas. Não por acaso Fonseca fez sua estreia logo na Margaret Court Arena, a segunda maior do complexo do aberto da Austrália, onde só costumam jogar os tenistas mais vitoriosos e bem ranqueados do circuito.

O carioca de apenas 18 anos não se deixou abater pelo nervosismo e vibrou com a torcida desde o primeiro set. Fonseca esbanjou recursos, exibindo seu repertório de bolas fortes do fundo de quadra (principalmente com sua poderosa direita), saque sólido, voleios e subidas à rede e deixadinhas. Acertou aces em momentos decisivos e não sentiu a pressão de jogar break points.

Com a confiança em alta, ele envolveu Rublev desde os primeiros games. Foram 14 aces e 51 bolas vencedoras, que castigaram o experiente russo nos dois últimos sets. A performance firme fez com que o brasileiro terminasse sua nona partida seguida sem perder sets - ele ainda não sofreu nenhuma quebra de saque nesta edição do Aberto da Austrália, desde o quali.

Ele soma agora 14 vitórias consecutivas. Não perde desde a surpreendente conquista do Torneio Next Gen, antes do Natal. Depois, ganhou embalou com o troféu do Challenger de Camberra, já na Austrália. E manteve as exibições de alto nível nas três partidas do qualifying, a fase preliminar que disputou para poder entrar na chave principal do Aberto da Austrália.

O triunfo desta terça foi o maior vitória de um tenista brasileiro num Grand Slam desde que Thiago Wild derrubou outro russo, Daniil Medvedev, então número dois do mundo, na primeira rodada de Roland Garros de 2023.

Na segunda rodada, ainda sem data e horários definidos, Fonseca vai enfrentar o italiano Lorenzo Sonego, atual 55º do mundo, mas que já foi o 21º, em 2021. Os dois tenistas já se enfrentaram no circuito. E o brasileiro levou a melhor, no ano passado, no saibro do Torneio de Bucareste, na Romênia.

O primeiro set de Fonseca numa chave principal de Grand Slam foi marcado pelo equilíbrio. Apesar do confronto entre um 112º do ranking e o atual nono colocado, o brasileiro jogou de igual para igual com o russo do primeiro ao último ponto.

A parcial contou bons saques de ambos os lados. Fonseca disparou sete aces e só teve o saque ameaçado uma única vez, sem ceder a quebra. Ao mesmo tempo, o brasileiro não conseguiu nenhum break point, o que acabou levando a disputa para o tie-break. No desempate, Fonseca abriu 4/0, esbanjando solidez em seus golpes. Rublev não esboçou reação e o brasileiro aproveitou o primeiro de cinco set points para fechar em 7/1.

Fonseca levou o ritmo do tie-break para o segundo set. E passeou em quadra nos três primeiros games. No segundo, obteve a primeira quebra de saque da partida. E quase repetiu o feito no quarto game, quando Rublev suou para manter seu serviço. Disparando bolas vencedoras de diferentes cantos da quadra, o brasileiro encaminhou o segundo set até com certa tranquilidade.

O terceiro set contou com mais oscilações de ambos os tenistas. Pela primeira vez na partida, Fonseca baixou o ritmo no início. Acabou, assim, perdendo o saque pela primeira vez, no quarto game. Rublev abriu 3/1 e parecia esboçar reação. O brasileiro, contudo, reagiu prontamente e devolveu a quebra logo no game seguinte.

A partir do 4/4 no placar, os dois tenistas passaram a protagonizar uma batalha franca, com bons momentos de ambos os lados. O duelo precisou ser decidido no tie-break, quando Fonseca começou na frente e aproveitou o nervosismo de Rublev, que chegou a jogar a raquete no chão num momento de fúria, para encaminhar o histórico triunfo em sua carreira para a festa da torcida brasileira presente na segunda quadra mais importante do complexo.

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