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China fala em 'intimidação' dos EUA e diz que 'lutará até o fim'

"A ameaça dos EUA de aumentar as tarifas sobre a China é um erro em cima de um erro e mais uma vez expõe a natureza chantagista dos EUA", informou nota do govero chinês

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A China disse nesta terça-feira, 8, que "lutará até o fim" e tomará contramedidas contra os Estados Unidos para salvaguardar seus próprios interesses, depois que o presidente Donald Trump ameaçou impor uma tarifa adicional de 50% sobre as importações chinesas.

O Ministério do Comércio chinês disse que a imposição pelos EUA das "chamadas ‘tarifas recíprocas’" é "completamente infundada e é uma prática típica de intimidação unilateral".

Segunda maior economia do mundo, a China anunciou tarifas retaliatórias e o ministério deu a entender, em sua última declaração, que outras podem estar por vir.

"As contramedidas tomadas pela China têm como objetivo proteger sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento, além de manter a ordem normal do comércio internacional. Elas são completamente legítimas", disse o ministério.

"A ameaça dos EUA de aumentar as tarifas sobre a China é um erro em cima de um erro e mais uma vez expõe a natureza chantagista dos EUA. Se os EUA insistirem em seu próprio caminho, a China lutará até o fim", acrescentou.

Guerra comercial global

A ameaça de Trump na segunda-feira (7) de tarifas adicionais sobre a China levantou novas preocupações de que seu esforço para reequilibrar a economia global poderia intensificar uma guerra comercial financeiramente destrutiva. Os mercados de ações de Tóquio a Nova York ficaram mais instáveis com o agravamento da guerra tarifária.

A ameaça de Trump veio depois que a China disse que iria retaliar as tarifas americanas anunciadas por ele na semana passada. "Se a China não retirar seu aumento de 34% acima de seus abusos comerciais de longo prazo até amanhã, 8 de abril de 2025, os Estados Unidos imporão tarifas ADICIONAIS de 50% à China, a partir de 9 de abril", escreveu Trump no Truth Social. "Além disso, todas as negociações com a China referentes às reuniões solicitadas por eles conosco serão encerradas!", afirmou.

Se Trump implementar suas novas tarifas sobre os produtos chineses, elas chegariam a um total de 104%. Os novos impostos se somariam às tarifas de 20% anunciadas como punição pelo tráfico de fentanil e às tarifas separadas de 34% anunciadas na semana passada.

Isso não apenas poderia aumentar os preços para os consumidores americanos, mas também poderia dar à China um incentivo para inundar outros países com produtos mais baratos e buscar relações mais profundas com outros parceiros comerciais, especialmente a União Europeia.

Chineses se preocupam

Nas ruas de Pequim, as pessoas disseram achar difícil acompanhar todos os anúncios, mas expressaram sua crença na capacidade de seu país de enfrentar a tempestade. "Trump diz uma coisa hoje e outra amanhã. De qualquer forma, ele só quer benefícios, então pode dizer o que quiser", disse Wu Qi, de 37 anos, que trabalha na construção civil.

Outros foram menos otimistas. Paul Wang, de 30 anos, que vende acessórios de aço inoxidável, incluindo colares, pulseiras e tachas para a Europa, disse que o mercado europeu passou a ser mais importante depois das tarifas extras de 50% impostas pelos EUA e que ele estaria atento para ver quais outras empresas de seu ramo estariam competindo nesse espaço.

Jessi Huang e Yang Aijia, cujas empresas importam produtos químicos dos EUA, disseram que as tarifas, incluindo a possível retaliação chinesa, poderiam forçá-los a fechar as portas. "Seria muito difícil e muito provável que houvesse uma demissão, talvez até o fechamento", disse Huang. "Talvez eu não consiga encontrar outro emprego se for demitido."

China tem opções para retaliar

A China ainda tem uma série de opções para retaliar Washington, segundo especialistas, incluindo a suspensão da cooperação no combate ao fentanil, a imposição de cotas mais altas para produtos agrícolas e a perseguição ao comércio de serviços dos EUA na China, tais como finanças e escritórios de advocacia.

O déficit com a China em 2024 no comércio de bens e serviços estava entre US$ 263 bilhões e US$ 295 bilhões. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, pareceu não dar muita importância à conversa sobre o diálogo com o governo Trump

"Não acho que o que os EUA fizeram reflita uma disposição para um diálogo sincero. Se os EUA realmente quiserem se engajar no diálogo, devem adotar uma atitude de igualdade, respeito mútuo e benefício mútuo", disse Lin.

Em Hong Kong, onde as ações subiram ligeiramente nesta terça-feira, o chefe do Executivo John Lee criticou as últimas tarifas dos EUA como "intimidação", dizendo que o "comportamento implacável" prejudicou o comércio global e multilateral e trouxe grandes riscos e incertezas para o mundo.

Lee disse que a cidade vincularia sua economia ao desenvolvimento da China, assinaria mais acordos de livre comércio, atrairia mais empresas e capital estrangeiros para Hong Kong e apoiaria as empresas locais no enfrentamento do impacto das tarifas.

VATICANO

Papa Francisco faz nova aparição e surpreende fiéis; veja como foi

Francisco parou para abençoar um rosário e ofereceu doces a uma criança que o saudou

13/04/2025 22h00

Papa Francisco

Papa Francisco Foto: Arquivo

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Um papa Francisco convalescente saudou a multidão na Praça de São Pedro neste Domingo de Ramos, 13, desejando a mais de 20 mil fiéis um "bom Domingo de Ramos, uma boa Semana Santa", em outra sinalinização pública tranquilizadora de sua recuperação depois de uma pneumonia bilateral que colocou em risco sua vida

Muitos na multidão tentaram tocar as mãos ou as vestes do pontífice enquanto ele era levado em uma cadeira de rodas por uma rampa até o altar principal, onde ofereceu sua breve saudação em um microfone. O pontífice não estava usando uma cânula debaixo do nariz para oxigênio suplementar, como fez durante aparição semelhante no domingo passado, 6.

De volta à Basílica de São Pedro, de onde havia saído, Francisco parou para abençoar um rosário e ofereceu doces a uma criança que o saudou.

O pontífice de 88 anos passou mais de cinco semanas no Hospital Gemelli, em Roma, para o tratamento. Apesar da alta, ele continua debilitado pela doença e reduziu drasticamente suas atividades. Os médicos disseram que Francisco deveria permanecer em repouso por dois meses para sua recuperação. Neste período, os médicos lhe aconselharam a evitar multidões.

Embora Francisco esteja claramente ansioso para mostrar que está se sentindo melhor, ele não disse mais do que algumas palavras em público enquanto se recupera da grave crise respiratória que o acometeu.

O Vaticano disse que estava esperando para indicar que papel poderia ele desempenhar nos próximos eventos da Semana Santa que culminam no Domingo de Páscoa.

Essa segunda aparição na Praça de São Pedro diante de uma multidão, após a inesperada aparição pública do domingo passado, também emocionou os fiéis.

Na quinta-feira, 10, ele se encontrou ainda em privado com o rei Carlos III da Inglaterra e a rainha Camilla, e fez um passeio improvisado pela Basílica de São Pedro, parando para orar e agradecer a um par de restauradores por seu trabalho nas obras-primas da basílica.

No sábado, véspera da Semana Santa, Francisco foi à Basílica de Santa Maria Maior no centro de Roma para orar em particular diante de um ícone favorito da Virgem Maria, Salus Populi Romani A basílica, que ele geralmente visita antes e depois de suas viagens ao exterior, também foi sua primeira parada após sair do Gemelli no dia 23 de março.

Na bênção tradicional deste domingo, o pontífice agradeceu aos fiéi. "Neste momento de debilidade física, elas me ajudam a sentir ainda mais a proximidade, a compaixão e a ternura de Deus". Pela nona semana, incluindo sua hospitalização de cinco semanas que começou em 14 de fevereiro, a bênção foi divulgada por escrito.

O papa ofereceu orações por aqueles que sofrem no conflito no Sudão, que completa seu segundo aniversário na terça-feira, 8, e pelo Líbano, onde a guerra civil começou há 50 anos, bem como pela paz na Ucrânia, Oriente Médio, República Democrática do Congo, Myanmar e Sudão do Sul.

Em homilia preparada para o Domingo de Ramos e lida por um alto cardeal do Vaticano, Francisco instou os fiéis a carregarem a cruz "daqueles que sofrem ao nosso redor" para marcar o início da solene Semana Santa.

O cardeal Leonardo Sandri, vice-decano do Colégio de Cardeais, liderou as celebrações, encabeçando uma procissão de cardeais ao redor do obelisco central da praça carregando uma palma trançada de maneira ornamentada que lembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, quando as multidões acenaram ramos de palma em sua homenagem.

A recepção inicial contrasta com o sofrimento subsequente, que culmina com sua crucificação, que os cristãos comemoram na Sexta-feira Santa, seguido por sua ressurreição, celebrada no Domingo de Páscoa.

Mundo

Tesla pode ser beneficiada por isenção de produtos eletrônicos de alta tarifa a importado

Ontem, 11, a Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos publicou uma lista de manufaturados, que fazem parte da "Exclusão de Tarifa Recíproca para Produtos Específicos"

12/04/2025 21h00

Reprodução Redes Sociais

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A decisão do governo dos EUA de excluir smartphones e outros produtos eletrônicos importados de elevadas tarifas adotadas a mercadorias exportadas pela China e outros países poderá beneficiar a Tesla. Ontem, 11, a Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos publicou uma lista de manufaturados, que fazem parte da "Exclusão de Tarifa Recíproca para Produtos Específicos."

A lista inclui várias peças de semicondutores, telas planas e circuitos integrados, o que ajuda a Tesla, pois seus veículos elétricos têm telas sensíveis a toques e computadores. Muitas das telas planas são manufaturadas na Ásia, que foi alvo de tarifas pelo governo dos EUA. A TSMC e a Samsung, que produziram chips para a Tesla, têm grandes fábricas na China, Taiwan e Coreia do Sul.

A Tesla não respondeu imediatamente à solicitação da Dow Jones para comentar o assunto.

Nos EUA, produtos importados da Coreia do Sul estão sujeitos a uma taxa de 10% que poderá subir para 25% depois da pausa de 90 dias adotada pelo governo americano. Da mesma forma, a tarifa para Taiwan é de 10%, mas poderá aumentar para 32% em três meses A Casa Branca impôs tarifas de 145% sobre as importações da China.

Cerca de 25% das peças dos carros da Tesla vendidos nos EUA vêm do México, de acordo com dados da National Highway Traffic Safety Administration. Perto de 65% dos componentes dos automóveis da companhia são fabricados no Canadá e EUA. Antes da suspensão das tarifas recíprocas, estimativas feitas pela Dow Jones apontaram que os custos de veículos da montadora poderiam subir US$ 4 mil por unidade.

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