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Congresso peruano destitui a presidente em meio a onda de criminalidade

Dina Boluarte já estava no lugar do presidente, preso desde dezembro de 2022, quando tentou dissolver o Congresso.

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O Congresso do Peru aprovou na noite da quinta-feira, 9, a destituição da presidente Dina Boluarte por "incapacidade moral permanente". A chefe do Executivo perdeu o apoio de partidos que a sustentavam em meio a uma crise agravada pelo aumento da criminalidade no país.

Boluarte, de 63 anos, assumiu o cargo em dezembro de 2022, após a destituição do então presidente Pedro Castillo, de quem era vice. Castillo foi removido do poder no mesmo dia em que tentou dissolver o Congresso e permanece preso preventivamente. Com a saída de Boluarte, a presidência deve ser assumida por José Jerí, presidente do Congresso.

Ao longo do dia, os partidos Força Popular, Aliança para o Progresso e Renovação Popular anunciaram apoio aos pedidos de destituição da presidente. À noite, quatro moções pela derrubada de Boluarte foram aprovadas. Antes da votação no Congresso, Boluarte disse que pretendia concluir o mandato, que vai até julho de 2026. As eleições gerais estão marcadas para abril.

A crise política se agravou após um ataque a tiros, na noite da quarta-feira, 8, contra a banda Agua Marina, que deixou cinco feridos e foi visto como mais um sinal do avanço da violência e da incapacidade do governo em contê-la. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast
 

RESERVA DE PETRÓLEO

Trump diz em rede social que espaço aéreo da Venezuela está fechado

Esse tipo de declaração se constitui um ato hostil, unilateral e arbitrário, incompatível com os princípios mais elementares do Direito Internacional, disse governo venezuelano

29/11/2025 21h30

Anúncio foi feito nas redes sociais de Trump e pegou de surpresa até mesmo integrantes de seu governo

Anúncio foi feito nas redes sociais de Trump e pegou de surpresa até mesmo integrantes de seu governo

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o espaço aéreo da Venezuela deve ser considerado “fechado em sua totalidade” por companhias aéreas. A declaração foi dada a Truth Social, rede social criada pelo próprio Trump. “O espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela está fechado em sua totalidade”, postou e estendeu o aviso a traficantes de drogas e de pessoas.

Segundo a agência Reuters, autoridades norte-americanas ficaram surpresas com o anúncio de Trump e não tinham conhecimento de nenhuma operação militar dos EUA em andamento para impor o fechamento do espaço aéreo venezuelano.

Horas depois, o governo da Venezuela se manifestou em comunicado, condenando a afirmação de Trump. Em nota, classificou os comentários de Trump de “ameaça colonialista” contra a soberania do país e incompatível com o direito internacional. Chamou a atitude de Trump de “ilegal e injustificada” contra o povo da Venezuela.

“Esse tipo de declaração se constitui um ato hostil, unilateral e arbitrário, incompatível com os princípios mais elementares do Direito Internacional e que se insere em uma política permanente de agressão contra o nosso país, com pretensões coloniais sobre a nossa região da América Latina e Caribe, negando o Direito Internacional”, afirmou o governo venezuelano.

A escalada de Trump em ações e discursos contra a Venezuela do presidente Nicolás Maduro vem trazendo novos episódios nos últimos meses. Os Estados Unidos já posicionaram navios de guerra no Mar do Caribe, próximo ao país sul-americano, sob o pretexto de combater o tráfico internacional de drogas. Já abateram pequenas embarcações e provocaram mortes.

Há cerca de duas semanas, Trump disse que poderia iniciar conversas com Maduro, mas não deu detalhes. Na última sexta-feira (28), no entanto, afirmou que poderá ordenar ações terrestres contra os narcotraficantes que diz combater. Em resposta, Maduro pediu aos integrantes da Força Aérea que estejam em “alerta, prontos e dispostos” a defender os direitos da Venezuela.

RESERVA DE PETRÓLEO

Trump anuncia operações terrestres contra Venezuela "em breve"

Anúncio foi feito durante videoconferência para militares no Dia de Ação de Graças, uma data emblemática para os norte-americanos

28/11/2025 08h06

Donal Trump diz que intervenção seria para acabar com o narcotráfico e nem menciona as reservas de petróleo já confirmadas na Venezuela

Donal Trump diz que intervenção seria para acabar com o narcotráfico e nem menciona as reservas de petróleo já confirmadas na Venezuela

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (28) que operações militares terrestres contra supostos “traficantes venezuelanos” começarão “em breve”.

A ameaça ao país com uma das maiores reservas de petróleo do mundo foi feita durante discurso a militares estadunidenses no Dia de Ação de Graças em sua residência em Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida, em videoconferência com unidades militares, incluindo a 7ª Ala de Bombardeio da Força Aérea na Base Dyess.

“Estamos começando a detê-los por terra também. A terra é mais fácil, mas isso vai começar muito em breve. Nós os avisamos: parem de enviar veneno para nosso país”, disse Trump aos militares, comandados pelo Coronel Seth W. Spanier.

O presidente republicano afirmou que as ações navais já teriam reduzido em 85% a entrada de drogas por mar. “Vocês provavelmente notaram que as pessoas não querem mais fazer entregas por mar”, disse. Trump não forneceu detalhes operacionais sobre como seriam conduzidas as ações terrestres anunciadas.

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira (28), em Pequim, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, foi questionada por jornalista da Hubei Broadcasting sobre a classificação estadunidense do suposto “Cartel de Los Soles” como organização terrorista e as sanções impostas contra autoridades venezuelanas, incluindo o presidente Nicolás Maduro.

“A China sempre se opôs a sanções unilaterais sem a autorização do Conselho de Segurança da ONU e sem fundamento no direito internacional, opõe-se à interferência de forças externas nos assuntos internos da Venezuela sob qualquer pretexto e insta os Estados Unidos a suspenderem as sanções unilaterais ilegais e a tomarem mais medidas que contribuam para o desenvolvimento pacífico e estável da América Latina e do Caribe”, declarou Mao Ning.

A porta-voz chinesa reafirmou o posicionamento de Pequim em defesa da soberania venezuelana e do princípio de não-intervenção.

Escalada militar no Caribe

O governo estadunidense intensificou nos últimos meses sua presença militar no Caribe sob alegação de combate ao narcotráfico. Os ataques a embarcações já deixaram mais de 80 mortos na região desde o início das operações.

A administração Trump classificou em novembro como organização terrorista o suposto “Cartel de Los Soles“, que Washington afirma ser liderado pelo presidente venezuelano Nicolás Maduro.

A designação foi publicada no Registro Federal estadunidense pelo secretário de Estado, Marco Rubio, sem apresentar documentação que comprove a existência do grupo. A medida ampliou o escopo de sanções diplomáticas e atuação de agências de inteligência dos Estados Unidos.

O governo venezuelano rejeitou a classificação. Em comunicado divulgado pelo ministro de Relações Exteriores, Yván Gil, Caracas qualificou a designação como manobra para justificar uma intervenção no país. “A Venezuela rejeita de maneira categórica, firme e absoluta” a decisão do secretário Marco Rubio, afirmou o comunicado, definindo o suposto cartel como “inexistente”.

A operação militar no Caribe mobilizou oito navios e um submarino desde maio, quando o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Peter Hegseth, anunciou a “Operação Lança do Sul”. Os Estados Unidos também realizaram treinamentos militares em Trinidad e Tobago, arquipélago localizado a 10 quilômetros da costa venezuelana, provocando crise diplomática com Caracas.

O presidente venezuelano suspendeu acordos energéticos com o país e mobilizou as Forças Armadas venezuelanas, além de convocar alistamento na Milícia Nacional Bolivariana.

A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) emitiu declaração em sua 4ª Cúpula conjunta com a União Europeia, realizada em Santa Marta, na Colômbia, rechaçando “a ameaça ou uso da força” na região, sem mencionar diretamente os Estados Unidos. Segundo Kaja Kallas, vice-presidente da Comissão Europeia, não houve consenso entre os países para citar o governo Trump no documento.

O governo venezuelano estuda acionar o “estado de comoção exterior“, instrumento constitucional previsto no artigo 338 da Constituição de 1999 que permite ao presidente tomar medidas excepcionais para garantir a defesa territorial. A medida pode durar até 180 dias e autoriza restrições temporárias de garantias, exceto direitos fundamentais como vida, devido processo legal e proibição de tortura.

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