Cidades

ALÍVIO MOMENTÂNEO

Área queimada no Pantanal de MS tem avanços 'tímidos' há uma semana

Evolução diária apresenta índices abaixo de 100 hectares devastados pelo fogo no bioma desde o último dia 07

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Na parte sul-mato-grossense do bioma pantaneiro, as evoluções diárias da área queimada mantém índices positivos há uma semana, com os medidores não passando da casa de 100 hectares desde o último dia 07 de julho, muito distante do pico de 23 de junho, por exemplo, quando 40.400 ha foram consumidos pelos incêndios no Pantanal. 

Boletim mais recente da operação Pantanal aponta que um foco ativo na microrregião Paraguai (próximo ao Maracangalha) continua sob ação de controle e rescaldo, sendo que os municípios de Coxim e Miranda não veem fogo surgindo em novos pontos, ou recomeçando em algum local extinto, desde sábado (13). 

Monitoramento feito pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia (Lasa UFRJ) filtrado apenas pelo estado de Mato Grosso do Sul, mostra que após leve crescente entre os dias dois e quatro deste mês, os índices acumulados de área queimada despencaram. 

Se após o recorde de 40.400 hectares de avanço diário, em 23 de junho, o último pico registrado era de 04 de julho, quando 13.075 ha foram consumidos pelo fogo, a área queimada entre os dias 07 e 14 deste mês pode ser considerada irrisória: 

  •   07/07| 25 ha/dia
  •   08/07| 50 ha/dia
  •   09/07|  0 ha/dia
  •   10/07| 25 ha/dia
  •   11/07| 25 ha/dia
  •   12/07| 50 ha/dia
  •   13/07|  0 ha/dia
  •   14/07| 75 ha/dia

Com o acumulado anual de área queimada até então beirando aproximadamente 594 mil hectares do Pantanal sul-mato-grossense - que tem 9 milhões de hectares, ou 65% do bioma total no Estado -estima-se que 6,09% da vegetação pantaneira de MS foi consumida pelo fogo.

Trégua, por enquanto

Ainda que a chegada da frente fria tenha colaborado com o trabalho dos brigadistas e do avião cargueiro KC390 da Força Aérea Brasileira (FAB) - que tem feito chover no Pantanal -, a previsão do tempo mostra que essa semana pode trazer de volta as condições favoráveis aos incêndios. 

Isso porque, como bem aponta o Governo do Estado em boletim climatológico, a umidade relativa do ar que tem ficado em torno de 53% com 90% de máxima - segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) -, deve atingir entre 10% e 30% nessa semana. 

Aliada a essa baixa umidade relativa do ar, os termômetros também devem subir, saindo da casa atual entre 10 a 20 °C e apresentar uma elevação gradativa, com máximas que chegam a 34°C. 

Durante essa "trégua" momentânea, como esclarece chefe de operações do Sistema de Comando de Incidentes (SCI) em Corumbá, coronel Claudiney da Silva Quintana, as guarnições foram substituídas no início da semana passada, mantendo o monitoramento nas 13 bases avançadas. 

Como ele explica, a permanência dos brigadistas pelas localidades facilita o trabalho de prevenção e monitoramento, seja in loco ou contando com a tecnologia do sobrevoo por drones.

"Estamos aproveitando esse momento agora para a manutenção nos nossos equipamentos e veículos, que sofreram com os combates intensos e exigiram muito de suas capacidades técnicas", conclui o coronel. 

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PARALISAÇÃO DOS ÔNIBUS

Audiência termina sem conciliação e greve dos ônibus continua em Campo Grande

Motoristas ficaram indignados com a decisão judicial, a qual determina que 70% da frota volte a funcionar em horários de pico.

16/12/2025 19h22

Muitos motoristas do Consórcio Guaicurus compareceram à audiência no Tribunal Regional do Trabalho

Muitos motoristas do Consórcio Guaicurus compareceram à audiência no Tribunal Regional do Trabalho Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Motoristas do transporte coletivo urbano de Campo Grande lotaram o plenário do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, na tarde desta terça-feira (16), para acompanhar a audiência que debateu sobre a greve que paralisou os ônibus desde segunda-feira (14).

A audiência terminou sem conciliação e possibilidades entre o Consórcio Guaicurus, Município de Campo Grande e os profissionais da categoria. No entanto, o desembargador César Palumbo Fernandes determinou que 70% da frota voltasse a funcionar nos horários de pico.

"Não pode existir greve de 100% dos serviços essenciais. A determinação judicial deve ser cumprida. Amanhã, no primeiro período, a categoria vai estar trabalhando. Amanhã, pela manhã, o sindicato vai garantir que haja no período compreendido entre 6h e 8h30, 70% da frota funcionando. De 8h30 a 17h, 50% da frota atendendo a população. Entre as 17h e as 20h, 70% da frota. E após, 50% da frota no horário normal.", disse o desembargador.

Além disso, a multa, caso os ônibus não voltem a circular na manhã de quarta-feira (17), imposta ao Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande, aumentou de R$ 100 mil para R$ 200 mil por dia de descumprimento da decisão.

Apenas metade da folha salarial de novembro foi paga, sendo que a outra parte não tem previsão de pagamento. Ao todo, a dívida em aberto chega a R$ 1,3 milhão líquidos a serem repassados aos trabalhadores.

Diante da decisão do desembargador, os profissionais da categoria se indignaram, levantaram e saíram da audiência. Demétrio Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STCU-CG), disse que a greve está mantida por decisão dos próprios motoristas.

"A gente tá muito chateado com a Justiça do Trabalho por entender que quem paga a conta é sempre o trabalhador. No nosso entendimento, 70% ele simplesmente acabou com a greve. Infelizmente, vai continuar parado. Não é o que a gente quer, a população tá sofrendo muito, vai para três dias sem ônibus em Campo Grande, mas o trabalhador também precisa receber, todo mundo que trabalha precisa receber seus vencimentos", concluiu Demétrio Freitas.

O que disse o Município?

Na audiência, representando a Prefeitura de Campo Grande, a procuradora-geral do Município Cecília Saad afirmou que os repasses foram feitos pelo Executivo e, devidamente, depositados na conta do Consórcio Guaicurus.  De acordo com a representante, o valor destinado, na última sexta-feira (12), foi de R$  3.074.148,73.

Ela também relatou que, em junho/julho de 2024, foi publicado no Diário Oficial do Estado, que o governo se comprometeu em repassar quatro parcelas em torno de R$ 3 milhões, sendo duas no ano de 2025, e a terceira e a quarta em janeiro e fevereiro de 2026, respectivamente.

Diante destas afirmações, ela solicitou ao juiz o prazo de 24 horas para juntar a documentação e comprovar o pagamento ao Consórcio, o qual foi aceito pela autoridade.

Consórcio afirma que não tem dinheiro

Temis de Oliveira, presidente do Consórcio Guaicurus, confirmou o recebimento por parte da Prefeitura, mas alega que há outras pendências a serem pagas além da folha salarial, como os gastos com manutenção, diesel, mecânico, etc.  

"Hoje, o consórcio não tem caixa para pagar a parcela de 50% de novembro. Desses R$ 3 milhões (recebidos), haviam recursos que eram devidos de meses passados e a gente tinha outros compromissos".

"Sem aporte de alguma dessas verbas (cerca de R$ 4 milhões a serem recebidas pelo Consórcio), não temos mais saúde financeira, crédito nos bancos para poder buscar e resolver esses acordes", disse o prsidente Temis de Oliveira. Ele complementa: "Nós vamos procurar conversar com a Prefeitura para receber o que nós temos a receber ainda e negociar, negociar o tempo inteiro".

O presidente do Consórcio Guaicurus lembra que há o cumprimento do quarto termo aditivo do contrato, que precisa ser apurado mensalmente e um valor a ser recebido, algo que não ocorre desde 2022.

"Tem uma obrigação da AGEREG para, ao final de cada mês, fazer a apuração da diferença da tarifa pública para a tarifa técnica ou tarifa de remuneração e a prefeitura buscar os meios para pagar. Isso não tem sido pago desde 2022. Nós buscamos o recebimento dessas verbas também".

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ALERTA

OMS emite alerta sobre falsificação de medicamento usado no tratamento do câncer de mama

De acordo com a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa

16/12/2025 19h00

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado Divulgação

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre a circulação de versões falsificadas do medicamento palbociclibe, comercializado sob o nome Ibrance.

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado.

De acordo com a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa.

Ao todo, nove lotes do produto foram relatados à organização em novembro deste ano, com registros na Costa do Marfim, Egito, Líbano, Líbia e Turquia.

Segundo o comunicado, os produtos falsificados foram oferecidos aos consumidores por meio de plataformas online e também encontrados em farmácias dessas regiões.

Fabricado pela Pfizer, o Ibrance tem alto custo. No Brasil, conforme dados da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a menor dosagem do medicamento pode chegar a R$ 10.182.

Lotes falsificados

Os lotes confirmados como falsificados são: FS5173, GS4328, LV1850 e TS2190.

Já os lotes considerados suspeitos, ou seja, possivelmente falsificados, são: GK2981, GR6491, GT5817, HJ8710 e HJ8715.

A OMS classifica esses medicamentos como falsificados por apresentarem, de forma enganosa, informações sobre identidade, composição e origem.

Testes realizados pela Pfizer indicaram que as amostras analisadas não continham nenhum princípio ativo farmacêutico.

Além disso, foram identificadas discrepâncias nas embalagens. Alguns produtos falsificados chegaram a utilizar números de lote legítimos, mas apresentavam anomalias na embalagem, na serialização e na impressão das cápsulas.

Riscos e recomendações

De acordo com a OMS, o uso de medicamentos falsificados, como no caso do Ibrance, pode resultar em falha no tratamento, progressão descontrolada do câncer e aumento do risco de morte devido à ausência de efeito terapêutico.

A organização orienta que profissionais de saúde comuniquem quaisquer reações adversas inesperadas, ausência de resposta ao tratamento ou defeitos de qualidade às autoridades regulatórias nacionais ou aos sistemas locais de farmacovigilância. Em caso de identificação de lotes suspeitos ou falsificados, a recomendação é notificar a OMS.
 

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