Cidades

Situação Crítica

Campo Grande enfrenta névoa de fumaça de queimadas no país

Neste domingo (1º) de setembro, o céu da Capital amanheceu encoberto pela fumaça proveniente dos incêndios no Pantanal e na Amazônia

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A fumaça decorrente das queimadas no Pantanal,  Amazônia e de outros países como Paraguai e Bolívia encobriu o céu na manhã deste domingo (1°) em Campo Grande.

Neste primeiro dia de setembro, segundo o Clima Tempo, são esperadas temperaturas mínimas entre 20°C e 22°C e máximas de até 35°C na Capital.

Em conversa com a reportagem do Correio do Estado, o meteorologista Natálio Abraão explicou que o céu com aparência “nublada” é, na realidade, névoa seca em decorrência das queimadas.

O meteorologista alertou que o céu encoberto por fumaça continuará durante a semana e trará problemas para a aviação.

“Vai reduzir a visibilidade a menos de 5.000 metros e impedirá voos de aeronaves em voo visual, permitindo apenas voos por instrumentos. E [a névoa seca] continuará assim esta semana”, explicou Natalio.

reportagem entrou em contato com a assessoria da Aena Brasil, que informou que os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã seguem operando normalmente, sem qualquer interferência.

‘Calorão’ continua

Com previsão de chuva apenas para a segunda quinzena do mês, a onda de calor deve atingir Mato Grosso do Sul de 2 a 19 de setembro.

Conforme dados meteorológicos do Clima Tempo, uma massa de ar quente e seco irá atingir todo o país ainda na primeira semana de setembro.

A região Centro-Oeste apresentará níveis mais críticos, ao ponto de a análise climática indicar que Mato Grosso do Sul terá 5ºC acima da média histórica.

Previsão para Campo Grande

Durante a semana, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Campo Grande pode atingir a temperatura máxima de 38°C até o meio da semana.

Entre segunda e quinta-feira (2 e 5), a previsão indica sol e variação de névoa seca.

A segunda-feira (2) inicia com temperatura amena de 17°C e, com o decorrer do dia, atinge 33°C. Enquanto a umidade relativa do ar está prevista para 20%.

Na terça-feira (3), a umidade atingirá 15%, abaixo dos níveis de ambientes desérticos. A temperatura mínima será de 22°C, enquanto a máxima chegará a 37°C.

O ‘calorão’ ficará mais intenso na quarta-feira (4), sendo o dia mais quente da semana, quando as máximas poderão atingir 38°C e as mínimas serão de 22°C.

O Inmet emitiu um aviso de onda de calor com grau de severidade de perigo potencial para todo o Mato Grosso do Sul, entre os dias 3 e 5 de setembro. Além disso, também foi emitido um aviso de baixa umidade do ar.

Inmet emite dois alertas de perigo potencial para altas temperaturas e baixa umidade do ar

Instruções

Em situações de emergência a população pode contatar a Defesa Civil pelo telefone: 199.

Cuidados com Baixa Umidade do Ar

  1. Hidratação Adequada: Beba bastante água ao longo do dia para evitar a desidratação. A baixa umidade pode aumentar a perda de líquidos pelo corpo.

  2. Uso de Hidratantes: Aplique cremes e loções hidratantes na pele para prevenir ressecamento e rachaduras.

  3. Umidificadores: Utilize umidificadores em ambientes internos para manter a umidade do ar e reduzir a sensação de secura.

  4. Cuidados com os Olhos: Utilize colírios lubrificantes para evitar o ressecamento ocular.

  5. Proteção Respiratória: Evite inalar poeira e partículas. Se necessário, use máscaras que ajudem a filtrar o ar.

  6. Ventilação: Mantenha a ventilação adequada nos ambientes internos para garantir a circulação de ar fresco.

  7. Alimentação: Consuma alimentos ricos em água, como frutas e vegetais, para ajudar na hidratação do corpo.

  8. Evite Exposição Excessiva ao Sol: A exposição ao sol pode agravar os efeitos da baixa umidade. Use protetor solar e chapéus para proteção.

  9. Cuidados com Animais de Estimação: Garanta que seus animais também tenham acesso a água fresca e não sejam expostos ao calor excessivo.

  10. Consulta Médica: Se você tiver condições respiratórias ou de pele preexistentes, consulte um médico para orientações específicas.

Cuidados com baixa umidade do Ar

  1. Hidratação Adequada: Beba bastante água ao longo do dia para evitar a desidratação. A baixa umidade pode aumentar a perda de líquidos pelo corpo.

  2. Uso de Hidratantes: Aplique cremes e loções hidratantes na pele para prevenir ressecamento e rachaduras.

  3. Umidificadores: Utilize umidificadores em ambientes internos para manter a umidade do ar e reduzir a sensação de secura.

  4. Cuidados com os Olhos: Utilize colírios lubrificantes para evitar o ressecamento ocular.

  5. Proteção Respiratória: Evite inalar poeira e partículas. Se necessário, use máscaras que ajudem a filtrar o ar.

  6. Ventilação: Mantenha a ventilação adequada nos ambientes internos para garantir a circulação de ar fresco.

  7. Alimentação: Consuma alimentos ricos em água, como frutas e vegetais, para ajudar na hidratação do corpo.

  8. Evite Exposição Excessiva ao Sol: A exposição ao sol pode agravar os efeitos da baixa umidade. Use protetor solar e chapéus para proteção.

  9. Cuidados com Animais de Estimação: Garanta que seus animais também tenham acesso a água fresca e não sejam expostos ao calor excessivo.

  10. Consulta Médica: Se você tiver condições respiratórias ou de pele preexistentes, consulte um médico para orientações específicas.

Melhores horários para se exercitar 

  1. Manhã Cedo: Exercite-se entre as 6h e 8h da manhã, quando as temperaturas estão mais amenas e a umidade é relativamente mais alta.

  2. Final de Tarde: Outra boa opção é entre 17h e 19h, quando o calor começa a diminuir, e o sol está mais baixo.

  3. Evite o Meio-Dia: Não se exercite entre 11h e 15h, quando as temperaturas são geralmente mais altas e a exposição ao sol é mais intensa.

  4. Ambientes Climatizados: Se possível, faça exercícios em ambientes internos com ar-condicionado ou em academias climatizadas para evitar o calor extremo.

  5. Hidratação Constante: Beba água antes, durante e após o exercício para manter-se hidratado.

  6. Roupas Adequadas: Use roupas leves e de cores claras para ajudar na dissipação do calor e evitar o superaquecimento.

  7. Monitoramento da Temperatura: Verifique a temperatura e o índice de calor antes de iniciar a atividade física e ajuste seus horários conforme necessário.

  8. Escute Seu Corpo: Preste atenção aos sinais de exaustão e evite forçar-se em condições de calor intenso. Faça pausas regulares e procure sombra quando necessário.

** Colaborou Alanis Netto

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saúde

Apesar de repasses públicos, crise na Santa Casa continua

Hospital continua superlotado, pagamento de PJs e empresas fornecedoras de insumos está atraso e procedimentos hospitalares estão suspensos

08/04/2025 13h04

Hospital Santa Casa, o maior de MS

Hospital Santa Casa, o maior de MS MARCELO VICTOR/arquivo

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Hospital Santa Casa de Campo Grande, maior hospital de Mato Grosso do Sul, recebeu repasses milionários do Governo e Prefeitura, mas, ainda segue em crise financeira.

Em 24 de março de 2025, o hospital alegou níveis críticos de superlotação e que não admitiria novos pacientes, pressionando o poder público municipal e estadual.

A Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) repassa R$ 5 milhões mensais à instituição. Diante da pressão, na semana passada, anunciou que acrescentará mais R$ 1 milhão por mês. Com isso, o repasse mensal da Prefeitura à Santa Casa será de R$ 6 milhões.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), repassa R$ 9 milhões mensais à instituição. Com a pressão, cedeu mais R$ 25 milhões, que será pago em três parcelas até o mês de junho, com a primeira paga até 20 de abril.

Porém, mesmo com os novos repasses, a Santa Casa continua em crise:

  • Hospital está superlotado: hoje, terça-feira, 8 de abril de 2025, a ala verde tem capacidade para 7 pacientes, mas há 45 pessoas / ala vermelha tem capacidade para 6 pacientes, mas há 19 pessoas / existem 118 pacientes internados na ortopedia, sendo que 50 aguardam pela primeira cirurgia
  • Pagamentos de médicos PJ (pessoa jurídica) e de empresas fornecedoras de insumos estão atrasados. Vale ressaltar que o pagamento de CLT (Consolidação Leis do Trabalho), como enfermeiros, técnicos de enfermagem e limpeza estão em dia
  • Estão suspensos atendimentos ambulatoriais, cirurgias eletivas e transplantes renais das especialidades de ortopedia, cirurgia cardíaca e urologia. Os atendimentos de urgência e emergência funcionam normalmente
  • O hospital possui pacientes residentes, que são aqueles que ficam meses e meses internados, mais de 90 dias aguardando por procedimentos ou cirurgias que a instituição não pode arcar financeiramente. A média de pacientes residentes, em 2024, é de 4

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, o déficit mensal da instituição era de R$ 13,2 milhões, em dados apresentados pela instituição ao Ministério Público Estadual.

Conforme balanço de 2024, a Santa Casa alega faturamento de R$ 383,5 milhões, mas teve custos que somaram R$ 542,4 milhões.

De acordo com a diretoria da instituição, as soluções para o problema financeiro do hospital seriam:

  • Receber mais repasses financeiros do poder público – Sistema Único de Saúde (SUS) é subfinanciado, ou seja, o sistema não cobre toda a despesa de procedimentos
  • Reajustar a tabela SUS de repasses – tabela não é reajustada desde 2007 e os valores se tornaram ultrapassados
  • Rota de saída para paciente internado há muitos meses – hospitais precisam realocar pacientes internados há muito tempo
  • Expandir a linha privada (planos de saúde) para auxiliar a fonte de receita da instituição, subsidiar a ala SUS e amenizar o impacto financeiro que o hospital vem passando

De acordo com o diretor técnico da Santa Casa, William Lemos e diretora-presidente, Alir Terra, para sair da crise, o hospital precisa de dinheiro, financiamento e rota de saída de pacientes.

Hospital Santa Casa, o maior de MSColetiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (8) no Armazém Santa Casa. Foto: Marcelo Victor

“É necessário que haja um equilíbrio em relação à questão dessa tabela. A tabela foi aprovada em 2007, ela foi publicada em 2008, e de lá para cá, ela não teve um reajuste. Com relação às tabelas que nós recebemos que hoje dá uma quantidade de 2,6 tabelas, nós precisaríamos ter uma contratualização que chegasse a 4 tabelas pelos nossos cálculos. Nós precisamos de mais recursos. Esses recursos, por nossa parte, eles estão sendo viabilizados por meio de outros braços de negócio, como escola de saúde, como plano de saúde, como atendimento no particular, os regulados, que são via Unimed, e os não regulados, que são via CASSEMS e todos os outros planos de saúde. Essa é uma forma que nós temos de ajudar mais que essa área SUS seja mais atendida, com mais qualidade”, alegou a diretora-presidente durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (8) no Armazém Santa Casa.

“Nós tivemos em 2024 uma média de 4 pacientes residentes (pacientes que ficam mais de 90 dias no hospital), esses 4 pacientes deram um montante de 400 mil reais gastos pela santa casa, eles poderiam ter sido destinados para outra instituição. Nós precisamos de uma retaguarda para que esses pacientes não precisem ficar com um senhor com tumor cerebral de mais de 150 dias no hospital para alta”, pontuou o diretor técnico.

HOSPITAL SANTA CASA

Hospital Santa Casa de Campo Grande é o maior, mais importante e principal hospital de Mato Grosso do Sul.

Está localizado no quadrilátero das ruas 13 de Maio, Mato Grosso, Rui Barbosa e Eduardo Santos Pereira.

Atende 90% Sistema Único de Saúde (SUS) e 10% privado (planos de saúde: Santas Casa Saúde, Caixa, Correios, lojas macônicas, Cassems, Unimed, entre outros planos privados).

A entrada é da ala privada é pela avenida 13 de Maio e da ala SUS pela avenida Eduardo Santos Pereira.

Dos pacientes atendidos, 69% são de Campo Grande, 30% do interior e 1% de outros estados/países.

A Santa Casa de Campo Grande foi fundada em 1917. A construção do hospital começou em 1924 e foi concluída em 1928.

Atualmente, conta com a estrutura de:

  • Pronto Atendimento Adulto, Pediátrico e Obstétrico (SUS e convênio/particular)
  • 3 salas de estabilização (adulto, pediátrico e obstétrico)
  • 704 leitos operacionais, sendo 615 destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e 86 destinados aos convênios e particulares
  • 14 leitos Hospital DIA
  • 80 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Tipo III Adulto (SUS e convênio/particular)
  • 14 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Tipo III Pediátrica (SUS e convênio/particular)
  • 18 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Tipo III Neonatal (SUS e convênio/particular)
  • 11 leitos Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional (UCINCo) 
  • 04 leitos Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCINCa)

MATO GROSSO DO SUL

Estado indeniza em mais R$ 2,7 milhões empresa que apareceu na 'turn off'

Indenizações têm sido periódicas, com valores repetidos para além do pregão faturado de R$ 36,99 milhões por ano para aluguel de tomógrafos da rede de urgência e emergência de MS

08/04/2025 12h01

Em contrato para Rede Digital de Imagens Estadual, o MPMS apontava prática de sobrepreço da Health, que teria alugado todos os equipamentos e programas por lote ao invés de individualmente. 

Em contrato para Rede Digital de Imagens Estadual, o MPMS apontava prática de sobrepreço da Health, que teria alugado todos os equipamentos e programas por lote ao invés de individualmente.  Reprodução/Internet

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Pela edição de hoje (08) do Diário Oficial, o Governo do Estado trouxe à público mais uma parcela de indenização à empresa Health Brasil, que é envolvida em irregularidades desde que venceu licitação pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), aparecendo até entre a operação "Turn Off". 

Conforme extrato de termo de reconhecimento de dívida, publicado hoje no Diário Oficial do Estado, a indenização repete o montante de R$2.758.766,00 para a empresa Health Brasil Inteligência em Saúde Ltda., com assinatura que data da última sexta-feira (04). 

Essas indenizações têm sido periódicas, com os valores sendo repetidos para além do pregão faturado pela Health Brasil Inteligência em Saúde, de R$36,99 milhões por ano para aluguel de tomógrafos que atendem a rede de urgência e emergência do Estado. 

Em junho de 2024, por exemplo, diante da publicação do extrato de indenização de R$2,7 milhões referente ao mês de abril do ano passado, a Secretaria de Estado de Saúde foi questionada a respeito do assunto. 

Pela nota retorno, a SES foi categórica em resumir que "o pagamento do reconhecimento de dívida é referente ao contrato de prestação de serviços que a empresa teve com a pasta", sem acrescentar qualquer apontamento a respeito. 

Escândalos e irregularidades

Em atividade desde 2010, a Health venceu licitação de 2015 da locação de computadores e software para a implantação da Rede Digital de Imagens Estadual (REDIME), que passou a "amargar" a situação da empresa, inclusive com o Ministério Público de MS recomendando a não prorrogação, como bem abordou o Correio do Estado.

Antiga HBR Medical, a Health descreveu as primeiras operações "atendiam pontualmente os principais hospitais do Mato Grosso do Sul, por meio da locação de equipamentos e softwares de gestão de imagens", estendendo o serviço, com o passar do tempo, para cada vez mais para clínicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) locais e nas macrorregiões do Estado.

Ainda em 2021 até mesmo a continuidade de exames de raio-x e ultrassonografia, em unidades de Saúde da Campo Grande e no Hospital Regional do Estado, foi ameaçada, já que o fim de contrato colocou em risco a locação infraestrutura completa para implantação da Redime. 

Desde 2020 tanto a Pasta da Saúde quanto a Secretaria de Administração e Desburocratização (SAD) já haviam sido notificadas, pelo Ministério Público, quanto às irregularidades no processo de licitação. 

Entre essas irregularidades o MPMS apontava, por exemplo, uma prática de sobrepreço por parte da Health, que teria alugado todos os equipamentos e programas por lote ao invés de individualmente. 

Antes disso, porém, os autos da conhecida "Operação Turn Off" de combate a esquema de corrupção; fraude; lavagem de dinheiro, entre outros crimes - evidenciaram flagrante favorecimento para que a empresa Health Brasil Medical saísse vencedora do pregão de aluguel de equipamentos de imagem. 

Para que a empresa saísse vitoriosa do pregão eletrônico, os irmãos Coutinho - (Lucas e Sérgio, presos pela Turn Off) que não têm relação societária com a Health Brasil -, atuaram fortemente com o contato deles dentro da Secretaria de Estado Administração (SAD), Simone de Oliveira Ramires Castro.

Justamente esse possível esquema de corrupção afastou de uma licitação para alugar tomógrafo, à época, até mesmo a multinacional alemã Siemens, que impugnou vários itens do pregão, mas não teve suas solicitações atendidas e caiu fora da disputa.

Foi aberta também investigação criminal do contrato de quase R$37 milhões com a Health Brasil, instaurada em junho de 2023 e prorrogada em setembro do mesmo ano, após indícios de fraude em licitação. 

Investigada ao lado da Isomed e Isototal, a empresa "saiu ilesa" das buscas e apreensões feitas na época da operação, porém, ainda em dezembro os promotores de Justiça passaram a analisar os dados apontando para corrupção

 

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