Política

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Carlão quer empossar suplente e Lívio diz que posse só foi adiada

Afastamento de Claudinho Serra (PSDB) foi oficializado com pedido de licença por 120 dias publicado hoje em Diário Oficial e trouxe "abacaxi" para presidente da Casa de Leis

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Com o pedido de licença por cerca de quatro meses do vereador Claudinho Serra oficializado em Diário Oficial, o presidente da Câmara Municipal, Carlos Augusto Borges, tem um "abacaxi" nas mãos para resolver e, querendo empossar um suplente, espera retorno do Tribunal Regional Eleitoral sobre quem de fato deve assumir, com possibilidade de 4º na fila ocupar a cadeira, enquanto Dr. Lívio comenta que sua subida ao cargo foi apenas "adiada". 

Popularmente chamado Carlão, o chefe da Casa de Leis disse que entrou em contato com o presidente do TRE, desembargador Pascoal Leandro, pedindo que o Tribunal informe realmente quem é o suplente, pois, caso contrário, alegando que "não pode ficar parado", dará sequência à convocação do conhecido Delegado Wellington. 

Quanto ao trabalho que cabe à Câmara, Carlão disse que irá cumprir a decisão judicial e, diante da possível convocação do delegado Wellington pontuou que, caso entrem na Justiça para também derrubar essa posse, irá convocar um quinto e assim sucessivamente. 

Conforme o presidente, a sociedade tem cobrado "muito" para ser resolvida a questão ligada ao Claudinho Serra, e pontuou que convocou o suplente, mas foi categórico em apontar que o concorrente à vaga, Gian Sandim, é só o oitavo na lista de sucessão.

"Ele diz que tem o diploma de oitavo, não trocou de partido, só que ele não teve voto. O oitavo não tem mais voto que o primeiro. Então ele não pode ser suplente sem voto. Também não pode falar que o TRE não vai me responder uma coisa se não é desembargador nem juiz... ou ele está para frente demais, ou sabendo demais esse tal de Gian Sandim, que eu nem conheço e não tenho, nem intenção, nem vontade de conhecer", disse. 

Na manhã desta quinta-feira (16) o Diário Oficial de Campo Grande trouxe, na parte dedicada ao poder legislativo, o despacho do requerimento deferindo aprovando o pedido de licença de Claudinho Serra, com prazo de 120 dias a contar a partir de ontem (15).  

Abacaxi 

Como bem apontou o Correio do Estado, com o vereador por Campo Grande Claudinho Serra preso em 03 de abril, durante a  3ª fase da Operação Tromper, a Casa de Leis passou por momentos de pouca calmaria.

Um primeiro pedido de cassação do mandato de vereador foi protocolado na Câmara Municipal de Campo Grande, já em 29 de abril, uma vez que Claudinho vinha sendo apontado como chefe do esquema criminoso que fraudava licitações para desviar dinheiro público em Sidrolândia. 

Mais recente, Carlão começou a mover as peças para que o médico oftalmologista e ex-vereador, Lívio Viana de Oliveira Leite, volte à Câmara Municipal ocupando a cadeira parlamentar no lugar do tucano. 

Porém, a posse que estava agendada para hoje (16) foi suspensa graças às ações do oitavo suplente, Gian Sandim (PSDB), uma vez que o juiz da 54ª Zona Eleitoral de Campo Grande, Atílio César de Oliveira Júnior, atendeu parcialmente o mandado de segurança impetrado por ele. 

Para Carlão, "todo mundo sempre tem algumas coisas" a que responder, seja na Justiça ou trabalhista, e que sendo esse o caso de Claudinho, ele pediu para que o vereador tomasse uma decisão. 

"A questão do vereador, de tornozeleira ou não, ele é um cidadão. Mas para a imagem política é ruim, o cara filmado ali com o dispositivo fica ruim para o parlamento. Falei, Claudinho, você não pode prejudicar seus companheiros e tá fazendo por tabela", expôs. 

Ele ainda descreve um encontro com a liderança do partido de Claudinho, o ex-governador Reinaldo Azambuja, no último sábado, apontando que o nome do vereador foi citado e estudada, com o tucano, a possibilidade de renúncia do parlamentar. 

"Logo depois ele já pediu o afastamento. O Reinaldo falou que tem que conversar com o partido, por se tratar de uma decisão pessoal, e é mesmo, esse negócio de falar que vai renunciar, é certo orientar e explicar que toda política é um projeto que você não pode estragar por ego pessoal", finalizou. 

Dr. Livio chegando na Câmara MunicipalDr. Livio chegando na Câmara Municipal nesta quinta-feira (16) 

"Portas fechadas"

Lívio, apesar da suspensão momentânea, esteve na Câmara Municipal na manhã desta quinta (16) e, em conversa com a imprensa, foi objetivo em dizer que estava ali para tomar conhecimento da decisão, sinalizando o entendimento que sua posse foi apenas "adiada". 

Com vontade de voltar a legislar, ele destaca que não se sente lesado diante desse "direito de pedir e questionar". 

"Só acho que o Sandim não vai ser... se tiver que ser vai ser o delegado Wellington, que está filiado ao PSDB. Existem entendimentos de que a vaga é do suplente e outros de que a vaga é do partido. Isso vai depender do entendimento do juiz que for julgar isso".

Ele indica ainda a pré-candidatura pelo União Brasil, que diz ser a pedido de Rose Modesto, considerando embarcar em um projeto maduro de gestão para Campo Grande. 

"Entendo que a capital tem passado por algumas dificuldades, acúmulo de gestões complicadas que houve ao longo desses últimos anos. Minha atuação vai continuar sendo uma atuação sempre de cuidado e tô vindo pra pré-campanha firme e forte... estarei aqui, se Deus quiser", conclui.  


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Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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