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Disparada de acidentes faz Campo Grande focar em fiscalização

Conforme dados da Agetran, neste mês, foram registradas 6 mortes nas vias urbanas de Campo Grande, além de 187 vítimas dos quase 500 sinistros ocorridos

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Com 10 mortes registradas este mês, sendo 6 dentro das vias urbanas, a Capital vive um aumento de acidentes graves. Por causa disso, a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) avalia que deve intensificar as medidas de fiscalização. Ontem, duas pessoas morreram em um acidente na rodovia BR-262, ainda dentro dos limites de Campo Grande.

De acordo com dados da Agetran, seis pessoas foram a óbito só nos primeiros 20 dias de maio no trânsito de Campo Grande, justamente no mês reservado à conscientização sobre os cuidados na direção de veículos.

Nas vias municipais foram contabilizadas seis mortes, contra quatro no mesmo período do ano passado, e mais quatro óbitos ocorreram ainda dentro do perímetro urbano da Capital, no Anel Viário.

E o aumento não é apenas do número de mortes, mas da quantidade de acidentes com vítimas também, já que, apenas neste mês, segundo dados da Agetran, 187 pessoas se feriram em colisões, número superior ao do ano passado, quando 169 se feriram em acidentes de trânsito no mesmo período.

Para o diretor de Trânsito da Agetran, Ciro Vieira, esse aumento é motivo de “grande preocupação” para o setor, que deve ampliar as medidas para evitar a escalada do número de acidentes.

“Vemos [esses dados] com grande preocupação, o que nos move a aumentar as medidas de fiscalização, educação para o trânsito e estudos e melhorias na engenharia de tráfego, além da integração com os demais órgãos do SNT [Sistema Nacional de Trânsito], para a atuação conjunta”, declarou Ciro Vieira.

De acordo com o diretor, as principais causas desses acidentes graves na Capital são o excesso de velocidade, o uso de celular, o avanço de sinal vermelho, o desrespeito à sinalização e os motoristas que conduzem veículos sem ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

“Motoristas que adotam uma condução defensiva, respeitam os limites de velocidade e mantêm a atenção constante no trânsito contribuem diretamente para a redução de acidentes e tornam o tráfego mais seguro para todos”, declarou Vieira.

Como mostrou matéria do Correio do Estado, de janeiro a abril deste ano, foram registrados 4.016 acidentes de trânsito, e 35% deles envolveram motociclistas (1.436). Do total de acidentes no período, 1.404 tiveram vítimas, com 17 mortes, e quase todas eram motociclistas.

Em comparação a 2024, houve um aumento de 3% nos acidentes, já que no mesmo período ocorreram 3.881 acidentes. Desse total, 1.391 tiveram vítimas e ocorreram 23 óbitos. 

Somando estes primeiros dias de maio, até ontem foram contabilizados 4.511 sinistros, que resultaram em 23 mortos no trânsito neste ano.

Segundo o diretor da Trânsito da Agetran, algumas medidas tomadas pelos condutores podem colaborar para a redução desses números.

“Respeitar os limites de velocidade, não usar o celular enquanto dirige ou caminha, usar cinto de segurança, inclusive no banco traseiro, atravessar sempre na faixa de pedestres, não dirigir sob efeito de álcool ou drogas, manter distância segura do veículo à frente e não conduzir veículos se não for habilitado”, disse.

ÚLTIMAS MORTES

Ontem, um casal ainda não identificado morreu em acidente entre uma caminhonete Toro e um caminhão, na BR-262, região do Indubrasil, em Campo Grande.

De acordo com informações apuradas pelo Correio do Estado, uma carreta e a Toro seguiam pelo mesmo sentido da pista, com o carreta na frente.

Em determinado momento, a carreta passou para a pista contrária para uma ultrapassagem proibida, e a Toro seguiu o veículo, também trocando de faixa para a ultrapassagem.

No entanto, como estava atrás, o motorista não tinha visão da pista à frente e, quando a carreta retornou para a faixa da esquerda, um caminhão vinha na pista contrária e o motorista da caminhonete não teve tempo de retornar e acabou batendo de frente.

Com o impacto, a frente da Toro ficou totalmente destruída e o casal morreu na hora. Os corpos ficaram presos nas ferragens.

No caminhão estavam o motorista e um auxiliar, que tiveram ferimentos inicialmente considerados leves. Ambos foram atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), sendo o motorista levado para uma unidade de saúde, enquanto o auxiliar recusou transporte.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o casal era morador de Terenos e estava retornando de Campo Grande para o município quando houve o acidente.

A caminhonete estava carregada com várias bebidas alcoólicas de diversas marcas e, segundo a PRF, tudo leva a crer que o casal tinha um comércio em Terenos e teria vindo à Capital para buscar mercadorias.

O trânsito no local ficou interditado e um congestionamento se formou no local. Os veículos só foram retirados após o trabalho da perícia. O caso é investigado pela Polícia Civil. 

*Colaboraram Glaucea Vaccari e Tamires Santana

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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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