Cidades

CAMPO GRANDE

Educação revela reajustes em contratos um dia após aprovação do teto de gastos

Empresas foram todas contratadas em 05 de abril de 2024 pelo mesmo objeto, a aquisição de gêneros alimentícios "hortifrúti"

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Enquanto a Prefeitura busca alternativas para alcançar o dito equilíbrio fiscal em uma novela que se arrasta há tempos, a Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande (Semed) publicou quatro novos aditivos em contratos ligados à alimentação escolar um dia após a aprovação do novo teto de gastos. 

Todos esses contratos foram acrescidos dentro do limite, beirando 25 por cento (24,9%) de reajuste, com os seguintes aditivos para as empresas contratadas para o fornecimento de hortifrútis.

  • + R$370.501,47 | Empresa Irmãos Cardoso = de R$1.482.070,11 p/ R$ 1.852.571,58
  • + R$208.104,65 | S.E. de Oliveira Avila = de R$832,458,20 p/ R$1.040.562,85 
  • + R$197.477,33 | DJE Comercial de Alimentos e Serviços = de R$789.986,66 p/ R$ 987.463,99 
  • + R$302.997,92 | GRB Comércio Serviços e Transporte = de R$ 1.212.103,68 p/ R$1.515.101,60  

Importante apontar que a Rede Municipal de Ensino (Reme) de Campo Grande, no ano passado, contava com aproximadamente 111.378 alunos, que até o mês de junho de 2025 caíram para 111.255 matriculados.  

Conforme detalhado no Portal da Transparência da Capital, as quatro empresas que já estão anotando seus segundos aditivos, foram todas contratadas em 05 de abril de 2024 pelo mesmo objeto: "aquisição de gêneros alimentícios - hortifrúti".

Mesmo que esses reajustes datem como celebrados antes do final de junho, entre os dias 25 e 26 do mês passado, esses extratos só vieram à tona após o encaminhamento ainda ontem (08) do projeto com pacote de medidas para ajuste fiscal, que teve aprovação "relâmpago" na terça-feira na Câmara Municipal de Campo Grande. 

Novela do teto de gastos

Cabe lembrar que, neste 2025, a novela fiscal de Campo Grande começou com cortes radicais nos gastos e nomeações no início de março, por decreto da chefe do Executivo após ser pressionada por servidores que há três anos não eram contemplados por reajustes.

Inicialmente a medida previa uma espécie de moratória válida até o fim de junho, uma dilatação de prazo que afasta a possibilidade de conceder reposição salarial ao funcionalismo, cuja data-base é maio. 

Junto disso foi decretado corte de pelo menos 25% em gastos com água, luz, combustíveis, impressões e demais serviços de terceiros prestados por pessoa física e/ou jurídica, em uma ação que a prefeita classificou à época como "coisas caminhando como devem acontecer". 

Já ao fim de junho, e longe de atingir a meta de economizar R$ 140 milhões, Adriane Lopes prorrogou por mais 90 dias a medida de arrocho e, por consequência, impediu reajuste salarial linear aos servidores municipais. 

Nesse intervalo de três meses entre as datas, de acordo com Adriane Lopes, a prefeitura foi capaz de economizar R$ 19 milhões na folha de pagamentos, apesar de aumento de cerca de 27% no próprio salário, com um impacto de R$ 95 milhões, que beneficiou aproximadamente 500 integrantes da elite do funcionalismo público local. 

Teto para o serviço público municipal, desde abril o salário da prefeita passou de R$21,2 mil para R$26,9 mil. Já em fevereiro de 2026 subirá para R$31,9 e um ano depois, para R$35,4 mil. 

Além disso, houve redução de quase um milhão de reais nos gastos com locação de imóveis, segundo afirmou a prefeita durante agenda em 28 de junho. 

De acordo com Adriane, “mais de cinco imóveis” teriam sido devolvidos nestes três meses de vigência do decreto de arrocho de gastos. 

Ainda nessa última terça-feira, a prefeitura enviou três projetos de lei em um pacote para a Câmara Municipal, aprovado de forma relâmpago pelos vereadores, e você fica por dentro do que muda através do material publicado ontem (08) pelo Correio do Estado CLICANDO AQUI. 

Entre outras ações, como por exemplo a ideia de um leilão reverso de dívidas, basicamente as despesas do orçamento terão como teto a variação do IPCA do ano anterior, sendo no máximo igual às do ano de referência se acaso for registrada deflação. 

Por vários anos seguidos Campo Grande ultrapassou os tetos estabelecidos para os gastos com pessoal, com as finanças estando, na maior parte do tempo, no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal dentro dessa última década. 

Em resumo, todas as medidas atuais tem o intuito de melhorar o acesso de Campo Grande a crédito. 
 

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Fórum Criminal

Adriane doa terreno de R$ 13,4 milhões ao Tribunal de Justiça

Imóvel, de 5,5 mil metros quadrados, está localizado na esquina da rua Barão do Rio Branco com a Bahia, onde funciona o Batalhão de Trânsito

17/12/2025 19h00

Polícia de Trânsito será

Polícia de Trânsito será "despejada" do endereço onde funciona há cerca de duas décadas para dar lugar ao Fórum Criminal Gerson Oliveira

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A prefeitura de Campo Grande oficializou nesta quarta-feira (17) a doação de um terreno de 5,59 mil metros quadrados, avaliado em R$ 13.489.788,28, para o Governo do Estado. No local, esquina das ruas Barão do Rio Branco com a Bahia, será construído o Fórum Criminal. 

No terreno que ainda pertencia à prefeitura funciona, há cerca de duas décadas, o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, que terá de ser transferido para novo endereço assim que as obras começarem, possivelmente no próximo ano. O novo local ainda não foi definido.

O terreno, onde até o final do século passado estava instalado o Dersul (Agesul), tem 12,22 mil metros quadrados. E como somente parte foi doada, os orgãos da saúde municipal e estadual continuarão no mesmo endereço. 

A aprovação da doação terreno ocorreu no último dia 10, em meio à resistência de parte dos vereadores, já que entendiam que a prefeitura, em crise financeira, deveria vender o imóvel. Porém, a proposta da prefeita Adriane Lopes acabou obtendo o número de votos necessário para a doação.  

Conforme a previsão do Tribunal de Justiça, para o novo prédio serão transferidas as seis varas criminais e as duas do tribunal do júri. Entre as propostas está a construção de auditórios maiores para acomodar a platéia durante estes julgamentos. 

Até a conclusão da obra serão necessários em torno de R$ 100 milhões. Porém, no orçamento do próximo ano o Tribunal de Justiça destinou apenas R$ 1.635.000,00, valor que deve ser suficiente apenas para bancar os trabalhos iniciais de elaboração do projeto executivo do novo prédio, a não ser que o Executivo banque os custos da construção. 

A prioridade do TJ,  por enquanto, é a construção do anexo e refeitório do prédio do gabinete dos desembargadores. Para este projeto estão sendo destinados R$ 8,9 milhões na proposta orçamentária do próximo ano do TJMS.

Um dos argumentos utilizados pelo presidente do Tribunal,  Dorival Renato Pavan, é de que o prédio atual do fórum de Campo Grande, inaugurado no final de 2022, ficou pequeno para abrigar juízes, servidores, advogados e usuários dos serviços do Judiciário. 

Além disso, argumenta o magistrado, é necessário separar as varas cíveis das criminais para garantir maior seguranças às milhares de pessoas que diariamente entram e saem do prédio. 

Para aliviar esta suposta superlotação, já está sendo construído  o Fórum da Mulher, da Criança e do Idoso, ao lado da Casa da Mulher Brasileira, nas imediações do aeroporto internacional de Campo Grande. O investimento inicial é de R$ 10 milhões.

A construção do fórum atual se arrastou ao longo de nove anos, com alguns períodos de interrupção total  dos trabalhos. Ele tem 21,7 mil metros quadrados de área construída substituiu o fórum que antes funcionava na Fernando Corrêa da Costa. 

Conforme a previsão, o novo prédio terá menos da metade do tamano, da ordem de 11 mil metros quadrados. Porém, também não sairá do papel de um dia para o outro. A previsão é de que a obra se arraste por até cinco anos, se houver disponibilidade de recursos. 
 

Cidades

Em meio a greve, vereador sugere regulamentação de vans como transporte coletivo

Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a proposta que prevê as vans como uma alternativa para a população

17/12/2025 18h55

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

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Diante do paralisação dos ônibus que Campo Grande vive nos últimos dias, o Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul determinou a intervenção da Prefeitura Municipal na gestão do Consórcio Guaicurus. Com esse cenário, o vereador Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a regulamentação do uso de vans como alternativa de transporte. 

"Campo Grande não pode parar. Uma capital desse porte não pode ficar sem transporte coletivo nem por um único dia. O transporte de vans é uma alternativa que é sugerida com recorrência. E, agora, diante da emergência da greve, uma solução provisória para milhares de passageiros que dependem do ônibus, mas que não contam com o serviço neste momento", destacou o parlamentar.

Para o vereador, a medida judicial confirma que a crise no sistema não é pontual, mas resultado de falhas graves e recorrentes. 

"O que foi decidido mostra que o problema é estrutural e exige providências imediatas. A população não pode continuar sendo penalizada. Quando não é pelo alto preço da passagem ou pela má qualidade dos ônibus, o Consórcio provoca situações como uma greve. Além disso, de maneira recorrente, acusa a Prefeitura pelo não pagamento de repasses, mesmo quando a Prefeitura promove a isenção de impostos ou efetua o repasse. Sem falar no descaso com os próprios trabalhadores do Consórcio que alegam estar sem pagamento", afirmou.

Decisão da Justiça

A decisão determina que, em até 30 dias, o Município instaure um processo administrativo de intervenção no contrato com o Consórcio, além de nomear um interventor e apresentar um plano de ação com cronograma para a regularização da situação do Transporte Urbano, sob pena de multa diária de R$ 300 mil. 

A Tutela de Urgência foi deferida pelo juiz Eduardo Lacerda Trevisan, na ação ajuizada pelo advogado e ex-candidato a prefeito Luso Queiroz (PT) em desfavor da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), Agência Municipal de Transportes e Trânsito (Agetran), Consórcio Guaicurus SA e Município de Campo Grande. 

Outra alternativa

O vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) reforçou que, para melhorar o serviço, é necessário pensar em novos modelos de transporte público, além de novas formas de gestão que possam garantir um sistema mais ágil e eficiente.

Para ele, a implementação do VLT (veículo leve sobre trilho) poderia aliviar o trânsito, diminuir a poluição e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. 

Além disso, Ronilço sugeriu que o município busque novos recursos e parcerias para financiar melhorias no transporte coletivo, como a captação de investimentos por meio de instituições financeiras internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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