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Longe de atingir meta, Adriane renova decreto do corte de gastos

Expectativa da prefeita de Campo Grande era economizar R$ 140 milhões, mas até agora as medidas, segundo ele, renderam economia de R$ 20 milhões

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Longe de atingir a meta de economizar os R$ 140 milhões previstos com a reforma administrativa e o decreto de corte de gastos publicado no começo de março, a prefeitura de Campo Grande prorrogou por mais três meses a medida que prevê arrocho e impediu reajuste salarial linear aos servidores municipais. 

Decreto estendendo o corte de gastos por mais 90 dias foi publicado no diário oficial desta segunda-feira (30) e diz que ele pode ser alterado “conforme a necessidade, oportunidade e conveniência da Administração Pública”. 

A previsão de economizar em torno de R$ 140 milhões com o decreto original e a reforma administrativa foi anunciada por Adriane Lopes durante coletiva realizada no dia 14 de março, uma semana depois da publicação do decreto original.

De acordo com a prefeita Adriane Lopes, até agora a prefeitura conseguiu economizar R$ 19 milhões na folha de pagamentos, apesar do aumento da ordem 27% no próprio salário e que beneficiou em torno de 500 integrantes da elite do funcionalismo municipal. 

Desde abril, o salário da prefeita, que serve como teto para o serviço público municipal,  passou de R$ 21,2 mil para R$ 26,9 mil. Em fevereiro do próximo ano sobe para R$ 31,9 e um ano depois, para R$ 35,4 mil. Enquanto isso, porém, a base do funcionalismo está há três anos sem reajuste e, com a renovação de decreto, a possibilidade de pôr fim ao congelamento acaba de vez. 

Além da redução dos R$ 19 milhões na folha de pagamento, a administração municipal também reduziu em quase R$ 1 milhão os gastos com locação de imóveis, conforme afirmou a prefeita no último sábado (28). De acordo com ela, “mais de cinco imóveis” teriam sido devolvidos nestes três meses de vigência do decreto de arrocho de gastos. 

CONTRADIÇÕES

Entre as medidas do decreto original, publicado no dia 7 de março, estava a exigência de renegociação de todos os contratos de empresas privadas com a administração pública, sob pena de os secretários serem punidos caso não obtivessem êxito.

Ao contrário disso, porém, uma série de contratos com empresas que atuam na manutenção da iluminação pública receberam reajustes no limite do permitido, de 25%. 

Quase uma semana depois de ter publicado decreto determinando a redução de 25% em gastos como água, luz e combustíveis, além de determinar a revisão de todos os contratos com prestadores de serviço, a prefeitura de Campo Grande reajustou seis contratos com empresas que fazem a manutenção da iluminação pública, o que garantiu a estas empresas um faturamento extra de R$ 5,44 milhões. 

Estes reajustes, publicados em edição extra do Diogrande do dia 12 de março, foi concedido menos de um ano depois da assinatura dos contratos. Quatro deles valem desde 26 de junho do ano passado e os outros dois, desde 2 de maio. 

Os aumentos variam entre 24,92% e 24,98%, próximo do limite máximo de 25% permitido pela legislação. A inflação oficial dos últimos 12 meses é de 5%, conforme dados divulgados à época peo IBGE.

Depois disso, em 19 de março, outros três contratos do mesmo setor foram reajustados com índices semelhantes, elevando em mais R$ 1,7 milhão os gastos anuais. Em todos os casos, os reajustes foram com datas retroativas, valendo a partir de fevereiro, evidenciando que o decreto do corte de gastos foi driblado.  

Mais recentemente, no dia 11 de junho, o décimo contrato do mesmo setor sofreu reajuste nas mesmas proporções, elevando em mais R$ 634 mil os gastos anuais com uma das empresas. 

E estes reajustes estão ocorrendo porque “sobra” dinheiro da iluminação pública.. Dados da Secretaria de Finanças (Sefin) mostram que, em 2024, a tarifa de iluminação pública aumentou em 28,2% na comparação com o ano anterior. 

Em 2023, os moradores de Campo Grande pagaram R$ 153,46 milhões à prefeitura de Campo Grande por meio da conta de energia elétrica, ante R$ 196,86 milhões pagos no ano passado. Menos da metade disso é repassado à Energisa.


 

Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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Cidades

Tribunal de Justiça aprova projeto com 300 cargos para assessores de confiança

Aprovado na LOA para 2026, TJMS terá orçamento avaliado em mais de R$ 1,4 bilhão, o que equivale a um aumento de 7,3% em relação ao valor atual

17/12/2025 17h30

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / TJMS

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovou, nesta quarta-feira (17), projeto que cria novos cargos em comissão de assessoria. De acordo com o órgão público, a medida busca enfrentar o aumento da demanda processual, reduzir atrasos e garantir melhores condições de trabalho às unidades judiciais, especialmente aquelas com maior acúmulo de processos.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 300 cargos para assessores comissionados, sendo 50 vagas para assessor de desembargador e 250 para assessoria vinculados a juizes de primeiro grau, divididos em 150 para a entrância especial, 75 para a segunda entrância e 25 para a primeira entrância, além de cargos de assessoramento jurídico-administrativo. 

Durante a discussão na sessão administrativa do Órgão Especial, foi destacado que o Judiciário estadual enfrenta dificuldades decorrentes da vacância de cargos e da elevada carga de trabalho em determinadas varas. Como alternativa, a administração propôs a ampliação do número de assessores, priorizando juízos mais sobrecarregados, de forma gradual e conforme a disponibilidade orçamentária.

A iniciativa da presidência do TJMS, sob o comando do desembargador Dorival Renato Pavan, será submetida à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, após os trâmites necessários, poderá ser implementada conforme as possibilidades financeiras do Tribunal.

Aumento na gastança

Em meio ao cenário de corte de gastos por conta da queda na arrecadação de tributos, o Governo do Estado publicou, na terça-feira (16), no Diário Oficial, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê aumento de gastos nos Poderes.

Enquanto os orçamentos dos respectivos setores aumentaram em 7,9%, a estimativa de crescimento geral de receitas do Executivo, responsável pelos repasses a estes órgãos públicos, teve acréscimo de apenas 2,9%. 

O Tribunal de Justiça, que terá mais 300 salários de assessores para pagar caso seja implementado o projeto, simplesmente acrescentou R$ 100 milhões ao orçamento de 2026, passando dos atuais R$ 1.364.912.200,00 para R$ 1.464.780.100,00, o que equivale a um acréscimo de 7,3%.

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