Enquanto o proprietário da fábrica clandestina, flagrada em funcionamento irregularmente, permaneceu em silêncio durante o interrogatório, uma funcionária contou que era responsável pela elaboração da bebida.
O caso veio à tona, como acompanhou o Correio do Estado, quando a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), durante fiscalização em uma fábrica de Terenos, flagrou funcionárias lavando garrafas de bebidas com detergente para posterior reutilização.
O delegado Wilton Vilas Boas relatou que o proprietário, que terminou preso durante a ação nesta quinta-feira (6), não falou no interrogatório. Já a funcionária contou que trabalhava na fábrica há mais de um ano.
A mulher disse que havia sido contratada como auxiliar de serviços gerais, mas teria ficado como responsável pela produção das bebidas.
No local, segundo o delegado, foram encontrados insumos para a preparação, como essências, açúcar, suco de uva e ácido cítrico, entre outros, além de comprovação de que as aquisições haviam ocorrido recentemente.
A equipe também localizou oito garrafas de bebidas com data de fabricação de 16 de setembro de 2025, a mesma indicada na memória da máquina de impressão do prazo de validade. Todos os fatos foram apontados pela perícia.
Restrição de funcionamento
Segundo informações dos fiscais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a fábrica estava com as atividades de produção suspensas desde março de 2023, sendo proibido qualquer tipo de fabricação de bebidas no local.
No momento da batida, em ação conjunta com a Decon, a polícia flagrou quatro funcionárias lavando garrafas de bebidas recicladas e colocando nova rotulagem no espaço, que fica na Estrada Colônia Nova, em Terenos.
A operação consistia na lavagem e reaproveitamento de garrafas, bem como na colocação de novos rótulos, como o da garrafa encontrada no local, com o indicativo de que se tratava de “Vodka Shirlof – 900 ml – SH – 36% vol.”
Além disso, a fábrica apresentava vestígios de que estaria produzindo e envasando bebidas, já que foram encontrados vários rolos de rótulos de produtos referentes às seguintes bebidas: Vodka Shirlof, Coquetel Alcoólico Shirlof Blueberry e Gin Shirlof.
A fábrica foi novamente interditada e o proprietário autuado por foi autuado em flagrante por crime contra as relações de consumo
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