Economia

COMBUSTÍVEL

Preço da gasolina cai, mas diesel ainda é mais barato em Campo Grande

Valor da gasolina varia de R$ 5,04 a R$ 5,35 e o do diesel de R$ 4,84 a R$ 5,29

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Pesquisa realizada pelo Correio do Estado, em 20 postos de combustíveis de Campo Grande, aponta que o preço da gasolina caiu em todos os postos. Mas, mesmo assim, o diesel ainda está mais barato do que a gasolina.

Dos 20 postos de combustíveis percorridos pela reportagem:

  • 19 reduziram o preço da gasolina e um manteve

  • 11 reduziram o preço do diesel, 7 mantiveram e 1 aumentou 

  • 17 comercializam a gasolina mais cara que o diesel

  • 2 comercializam o diesel mais caro que a gasolina

* O Posto Acácia, localizado na 26 de Agosto x Calógeras, vende apenas gasolina e etanol, diesel não.

* os preços desta quinta-feira, 20 de julho, foram comparados com os preços de 3 de julho.

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, o diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), Edson Lazarotto, afirmou que a queda no valor se deve, unicamente, a decisão de proprietários de postos de combustíveis em baixar o preço, pois não houve nenhuma redução anunciada pela Petrobras nos últimos dias. 

"Entendo que por sermos mercado livre o revendedor tanto pode subir como baixar , depende das condições de mercado é da concorrência. Não ocorreu nada de redução [por parte da Petrobras]", detalhou Lazarotto.

Em 20 de julho, o valor da gasolina varia de R$ 5,04 a R$ 5,35 e o do diesel de R$ 4,84 a R$ 5,29. Em 3 de julho, o preço da gasolina variava de R$ 5,19 a R$ 5,59 e o do diesel de R$ 4,87 R$ 5,29.

Veja a tabela de preços:

POSTO

ENDREÇO

GASOLINA – 3 DE JULHO

DIESEL – 3 DE JULHO

GASOLINA - 20 DE JULHO

DIESEL - 20 DE JULHO

Posto Kátia Locatelli

Calógeras x Costa e Silva (próximo ao cemitério)

R$ 5,31

R$ 4,87

R$ 5,17

R$ 4,87

Posto Sem Limite

Costa e Silva

R$ 5,31

R$ 4,89

R$ 5,19

R$ 4,89

Posto Morenão

Costa e Silva

R$ 5,31

R$ 4,99

R$ 5,09

R$ 4,89

Posto Vitória

Costa e Silva

R$ 5,29

R$ 4,99

R$ 5,17

R$ 4,87

Posto Modelo

Costa e Silva

R$ 5,29

R$ 4,99

R$ 5,17

R$ 4,89

Posto Rui Barbosa

Rui Barbosa x Hélio de Castro Maia

R$ 5,30

R$ 4,99

R$ 5,15

R$ 4,88

Auto Posto APN - Posto Nossa Senhora Aparecida

Rui Barbosa x João Pedro de Souza

R$ 5,19

R$ 4,95

R$ 5,07

R$ 4,88

Posto Alloy

14 de Julho x Fernando Correa da Costa

R$ 5,19

R$ 4,95

R$ 5,04

R$ 4,90

Posto Acácia

26 de agosto x Rui Barbosa

R$ 5,26

-

R$ 5,04

-

Posto Shell

Afonso Pena x Arthur Jorge

R$ 5,39

R$ 4,99

R$ 5,19

R$ 4,99

Posto Tereré

Afonso Pena próximo ao shopping

R$ 5,59

R$ 5,19

R$ 5,35

R$ 5,11

Posto Taurus

Altos da avenida Afonso Pena

R$ 5,35

R$ 5,29

R$ 5,19

R$ 5,29

Posto Atem

Mato Grosso x Canandrina

R$ 5,29

R$ 4,99

R$ 5,07

R$ 4,79

Posto Katia Locatelli

Mato Grosso

R$ 5,34

R$ 5,09

R$ 5,09

R$ 4,99

Posto Katia Locatelli Ipiranga

Mato Grosso

R$ 5,34

R$ 4,94

R$ 5,07

R$ 4,94

Posto Jaqueline Locatelli

Mato Grosso

R$ 5,34

R$ 5,07

R$ 5,09

R$ 4,98

Posto Tork Oill

Mato Grosso

R$ 5,39

R$ 4,94

R$ 5,27

R$ 4,84

Posto 2017

Calógeras x Maracaju

R$ 5,26

R$ 4,89

R$ 5,04

R$ 4,89

Posto Taurus

26 de agosto x Calógeras

R$ 5,39

R$ 5,29

R$ 5,19

R$ 5,29

Posto Ipiranga

26 de agosto x Calógeras

R$ 5,19

R$ 4,95

R$ 5,19

R$ 4,99

* A pesquisa foi realizada das 9h às 10h de 20 de julho de 2023, em 20 postos de combustíveis espalhados por diversos bairros de Campo Grande. O tipo de combustível pesquisado foi COMUM, com pagamento À VISTA.

REDUÇÃO EM TRIPLO

  • Terceira redução – em junho

Em 30 de junho de 2023, a Petrobras anunciou redução de R$ 0,14 no litro da gasolina. Em Mato Grosso do Sul, a redução nas bombas é de R$ 0,10, de acordo com o diretor-executivo do Sinpetro, Edson Lazarotto.

  • Segunda redução - em junho

Em 15 de junho de 2023, a Petrobras anunciou redução de R$ 0,13 no litro da gasolina. Não houve redução no preço do diesel.

De acordo com o diretor-executivo do Sinpetro-MS, Edson Lazarotto, a redução nas bombas é de R$ 0,09 em Mato Grosso do Sul. Foram duas reduções no mês de junho de 2023.

  • Primeira redução - em maio

Em 16 de maio de 2023, a Petrobras anunciou queda de R$ 0,40 no litro da gasolina e de R$ 0,44 por litro do óleo diesel.

Com isso, a previsão do Sinpetro-MS era de que o preço do litro da gasolina caísse R$ 0,29 e o diesel R$ 0,39.

AUMENTO EM DOBRO

  • Segundo aumento – em julho

Em 1º de julho de 2023, impostos federais, como PIS e Cofins, voltaram a ser cobrados. Com isso, o preço do litro da gasolina ficou R$ 0,34 mais caro nas bombas.

  • Primeiro aumento – em junho

Em 1º de junho de 2023, o preço da gasolina subiu em decorrência da mudança no modelo de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que foi unificado em todos os estados brasileiros.

Com a mudança adotada por todos os estados, Mato Grosso do Sul passou a cobrar R$ 1,22 de ICMS por litro do combustível. Portanto, o aumento foi de R$ 0,30, por litro, ao consumidor sul-mato-grossense.

De acordo com pesquisa realizada pelo Correio do Estado, foi exatamente o que aconteceu. A gasolina ficou entre R$ 0,05 e R$ 0,40, por litro, mais cara nos postos da Capital.

Em contrapartida, o valor do litro do diesel caiu ou permaneceu o mesmo. Não houve aumento. Com isso, o preço do diesel caiu entre R$ 0,01 e R$ 0,50, por litro, em Campo Grande.

Após o aumento, o diesel ficou mais barato do que a gasolina. Com isso, o etanol voltou a compensar.

BRASIL

Inflação de alimentos deve voltar ao positivo, com estiagem e queimadas

Cenário contrasta com os últimos dois anos, quando a inflação de alimentos consumidos em casa fechou setembro com deflação

15/09/2024 20h00

 última alta registrada para a abertura do nono mês do ano foi em 2021 (1,19%)

última alta registrada para a abertura do nono mês do ano foi em 2021 (1,19%) Marcelo Victor/Correio do Estado

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Clima seco e queimadas em boa parte do País devem prejudicar a produção de itens como carne bovina, cana-de-açúcar e frutas; e levar a inflação da alimentação no domicílio, medida pelo IPCA, para o terreno positivo já no mês de setembro, após quedas em julho e agosto, projetam economistas consultados pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

Esse cenário contrasta com os últimos dois anos, quando a inflação de alimentos consumidos em casa fechou setembro com deflação (de 1,02% em 2023 e de 0,86% em 2022).

Cabe apontar que a última alta registrada para a abertura do nono mês do ano foi em 2021 (1,19%), mas em um contexto de disparada dos preços como reflexo da pandemia.

A pressão na oferta de alguns alimentos devido ao clima seco se soma aos impactos da mudança de bandeira tarifária na energia elétrica, que já levou o mercado a revisar para cima as projeções para a inflação do mês.

Economista da LCA Consultores e especialista em inflação, Fabio Romão projeta alta de 0,17% para a alimentação no domicílio no IPCA de setembro.

Ainda que modesta, Romão destaca que essa variação contrasta com o recuo de 1,10% esperado para a abertura no IPCA de agosto, que será divulgado nesta terça-feira, e também com o padrão sazonal da alimentação no domicílio para os meses de setembro.

"A mediana da variação da alimentação no domicílio nos meses de setembro dos últimos dez anos [de 2014 a 2023] é de queda de 0,33%. A taxa esperada para setembro agora não é alta, mas é muito diferente da mediana", acrescenta Romão, que atrela o cenário aos impactos do clima seco e a falta de chuvas das últimas semanas.

Entre os principais vetores de pressão para esta leitura, o economista enumera as frutas, derivados do leite, café, bebidas não alcoólicas e feijão.

A produção da cana-de-açúcar, acrescenta Romão, também tende a ser prejudicada com o clima seco e as queimadas, especialmente no Estado de São Paulo, mas o impacto no IPCA deve ficar mais para frente. "Pensando no timing da safra, deve ter impacto no começo de 2025", estima.

Romão espera que a alimentação no domicílio encerre o ano de 2024 com alta de 5,6%, após um recuo de 0,52% no acumulado de 2023.

A projeção chegou a rodar na casa de 4,5% e foi sendo ajustada, à medida que os impactos do clima seco deste ano eram incorporados ao cenário, observa o economista.

A pressão nos alimentos, acrescenta, também contribuiu para a revisão altista na projeção da LCA para o IPCA como um todo deste ano, que era de 4,2% há dois meses e hoje está em 4,4%.

Seca

A Warren Investimentos também tem em seu cenário-base o retorno da alimentação no domicílio para o nível positivo na passagem do IPCA de agosto para o de setembro (-0,95% para 0,05%).

A estrategista de inflação da casa, Andréa Ângelo, cita que o clima seco tende a prejudicar a oferta de alguns itens in natura, mas, para ela, o principal problema causado pela falta de chuvas deve aparecer no preço da carne bovina.

"Tivemos um primeiro semestre com um 'super abate' de bovinos e, agora, por causa da seca, as pastagens estão muito ruins. O boi demora mais para engordar, então a oferta de animais para abate diminui", detalha a economista.

Em relação aos problemas com a cana-de-açúcar, Ângelo aponta que as queimadas em algumas regiões produtoras fizeram com que a produção tivesse de ser direcionada mais para o etanol do que para o açúcar, interferindo na quantidade ofertada de cada item.

"Então deve haver um repique [no preço] do açúcar, mas queda no preço do etanol. No curto prazo, para o IPCA como um todo, isso não é ruim", salienta Ângelo.

Na balança

Assim, dada a pressão adicional sobre o preço da carne bovina e a manutenção da variação de alguns itens in natura ainda em nível elevado por conta da estiagem, a Warren adicionou, por ora, um impacto altista de 0,07 ponto porcentual à estimativa da casa para o IPCA de 2024, que hoje é de 4,5%, no teto da meta para este ano. Para a alimentação no domicílio, a projeção é de alta de 5,94% em 2024.

Já o economista da Quantitas João Fernandes avalia que o efeito das queimadas e da atual estiagem sobre a inflação de alimentos ainda é incerto.

Por ora, pontua, itens como café e açúcar já sentem impactos mais expressivos nos preços, mas, assim como Ângelo, Fernandes chama a atenção para os efeitos sobre a cotação do boi gordo com vencimento em outubro de 2024, que já subiu cerca de 6% desde o início de agosto.

"A cotação [do boi gordo] tem andado também, mas é um pouco difícil isolar o quanto é efeito das queimadas e o quanto é efeito do ciclo de abate de fêmeas", analisa Fernandes. "Ali reside um risco importante a se monitorar", diz.

Para ele, caso o risco se concretize, a maior parte do impacto no IPCA de setembro deve ser absorvida pela carne bovina. "Tem um peso muito grande", afirma.

O economista prevê que a alimentação no domicílio deverá avançar a 0,44% em setembro, após queda de 1,51% em julho e perspectiva de recuo também para agosto. A projeção da Quantitas é de alta de 5% para a inflação da alimentação no domicílio neste ano.

Para o IPCA como um todo, Fernandes estima alta de 4,2% em 2024. Apesar da recente pressão nos alimentos já incorporada ao cenário, ele cita que há perspectiva de um impacto baixista vindo do etanol, justamente pelo aumento da moagem da cana, devido às secas.

Há, porém, um risco de alta para esse item a partir do primeiro trimestre de 2025, ressalta.

 

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REPASSE DE ROYALTIES

Arrecadação com mineração em MS cresce 95% em 8 meses

Extração de ferro e manganês no interior do Estado foram responsáveis por "engordar" a Cota-parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) embolsada pelo Estado na divisão de recursos

15/09/2024 15h34

Mesmo com produção constante, exportação de mineração caiu em MS mas empresas seguem em busca de mão de obra.

Mesmo com produção constante, exportação de mineração caiu em MS mas empresas seguem em busca de mão de obra. Reprodução/LHG

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Valores referentes à chamada cota-parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) de MS - ou seja, quanto o Estado arrecada com a mineração - mostram um crescimento de 95% do quanto Mato Grosso do Sul embolsou com a atividade em oito meses.

Em números absolutos, em janeiro de 2024 - diante da distribuição nacional referente a dezembro, dos R$ 487.785.640,59 aos estados e municípios produtores minerais -, a cota de mato Grosso do Sul foi pouco mais de meio milhão (R$ 514.183,01). 

Já os números divulgados na última semana, pela Agência Nacional de Mineração (ANM), mostram que a exploração mineral rendeu R$ 1.007.079,70 em royalties  à Mato Grosso do Sul no mês de agosto, valor a ser embolsado agora em setembro. 

Porém, apesar do desempenho, o ranking da distribuição da CFEM por Estados permanece intacto, onde Mato Grosso do Sul segue ocupando a sétima colocação, atrás de: 

  • Minas Gerais
  • Pará
  • Goiás
  • Bahia
  • Mato Grosso
  • São Paulo

Diferenças

Quanto à arrecadação, em agosto, a exploração mineral rendeu R$ 43.126.678,74 à Minas Gerais, que ocupa a primeira colocação do ranking, com a diferença de R$ 1.922.650,74 para o Pará, que vem logo na segunda colocação. 

Da segunda para terceira colocação já há um "abismo" de diferença entre os valores de mais de R$ 41 milhões em royalties recebidos pelo Pará e os R$ 2.527.878,52 de cota-parte de Goiás, valores mais próximos da realidade sul-mato-grossense. 

Raio-x da mineração

Ainda na virada para 2024, o Governo do Estado já via com bons olhos e a sétima colocação do CFEM no Brasil, graças principalmente ao desempenho crescente da extração de ferro e manganês. 

Desde janeiro, inclusive, a empresa do Grupo J&F (LHG Mining) - antiga MCR (Mineração Corumbaense Reunida), que possui duas minas em operação no interior do Estado -, aparece com bom desempenho, sendo a primeira em arrecadação à época, frisa o Governo do Estado de MS. 

O setor apresenta franco crescimento e inclusive busca mão de obra, já que a empresa até mesmo abriu 100 vagas no início da semana, para interessados em morar e trabalhar em Corumbá, das quais restavam apenas 20 passado o intervalo de quatro dias. 

Em Mato Grosso do Sul, principalmente a Cidade Branca é quem puxa os bons resultados do Estado, sendo o primeiro sul-mato-grossense a aparecer no ranking detalhado dos valores distribuídos. 

Enquanto as dezoito primeiras colocações nessa listagem ficam por conta de municípios dos dois principais Estados exploradores da atividade (Pará e Minas Gerais), Corumbá - segundo a cota-parte de agosto/setembro - embolsando R$ 3.266.984,13 em royalties. 

Entretanto, como bem abordou recentemente o Correio do Estado, a exportação de minério caiu mesmo com a produção constante, segundo dados da Carta de Conjuntura do Setor Externo, elaborada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

Isso porque, enquanto  4,5 milhões de toneladas de minério de ferro foram enviadas ao mercado externo no ano passado, os dados de 2024 apontam para 3,008 milhões de toneladas (US$ 204 milhões) de janeiro a agosto. 

 

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