A Prefeitura de Rio Brilhante cancelou o show da cantora Ana Castela, que receberia R$ 760 mil para se apresentar no “Natal Brilhante”. O anúncio realizado pelo prefeito Lucas Foroni (MDB), que justificou o corte como parte de um esforço para equilibrar as contas públicas em meio à queda de arrecadação municipal. O evento chegaria a cerca de R$ 900 mil.
“Show era um desejo, estava contratado, traria muita gente, mas o mais sensato agora é cancelar. Neste momento, a prioridade é manter os serviços essenciais”, afirmou Foroni.
O prefeito do município de pouco mais de 37 mil habitantes explicou que, apesar das medidas de contenção adotadas desde o início do ano — como a redução de 80% das horas extras, corte de pessoal e economia mensal de R$ 700 mil no custeio da máquina pública — o município sofreu uma queda de arrecadação superior a R$ 1,5 milhão em relação a 2024.
Foroni comparou a situação com o orçamento doméstico: “Às vezes a gente quer fazer uma viagem no fim do ano e não pode. É preciso priorizar.”
A suspensão do show ocorre em meio a um debate nacional sobre gastos públicos com grandes cachês de artistas.
Além do cancelamento da atração em Rio Brilhante, a administração municipal anunciou que deixará de custear integralmente o transporte universitário até Dourados. A partir de agora, o subsídio será limitado a 50% do valor para estudantes do período noturno.
Conforme apurou o Metrópoles, No Mato Grosso, a Justiça de Mato Grosso deu 72 horas para a Prefeitura de Sapezal explicar o cachê de R$ 950 mil pago pelo show da cantora, marcado para 18 de setembro, nas comemorações do aniversário de 31 anos da cidade. A decisão foi tomada na última quarta-feira (27) após um relatório do Ministério Público apontar suspeita de sobrepreço na contratação.


