Suspensa há 26 dias e agora de volta, a licitação dos radares de Campo Grande tem, no mínimo, quatro empresas interessadas.
No Portal da Transparência da Prefeitura, consta que quatro empresas pediram esclarecimentos da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) acerca de alguns tópicos do edital, todas com sede fora do estado. Confira o nome delas e de onde são:
- Mobilis Tecnologia S.A. - Pinhais (PR)
- Grupo Splice - Votorantim (SP)
- Bless Processamento de Dados Ltda - São Paulo (SP)
- CLD (Construtora, Laços Detetores e Eletrônica Ltda) - São Bernardo do Campo (SP)
Além delas, um homem identificado como Andrei Martins, também entrou com pedido de esclarecimento, mas sem localização encontrada. Ele teria pedido " inclusão de solução específica denominada de 'Equipamento de monitoramento de ruído' como item acessório da presente Concorrência", mas foi negado pela pasta responsável
Lançada no dia 12 de maio com a disputa de preços marcada para dia 27 de maio, a licitação foi suspensa para "análise e resposta dos pedidos de esclarecimentos referentes ao certame", segundo divulgado pela própria prefeitura, com as empresas mencionadas acima.
Agora, no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) desta segunda-feira (16), foi publicado o aviso de primeiro adendo, alertando que, até às 07h59 do dia 03 de julho, terá o recebimento de propostas para o edital. Às 08h do mesmo dia, inicia-se o leilão, do qual vencerá aquela empresa que oferecer o menor preço.
De acordo com o edital de licitação, a empresa vencedora do pregão eletrônico seria responsável pela "instalação, monitoramento e manutenção dos equipamentos registradores de infrações, incluindo o fornecimento de plataforma de gestão de dados, central de monitoramento, sistema de análise e inteligência de imagens veiculares e o sistema de processamento de imagens e infrações de trânsito".
Lembrando que, o valor máximo da licitação é de R$ 50.255.742,97, sob duração de 24 meses, ou seja, um valor mensal de R$ 2.093.989,29. Em comparação com o antigo acordo, haverá uma redução de mais de 16%, já que vencerá aquele com menor preço oferecido.
Atualmente, a empresa responsável pelo gerenciamento dos equipamentos é o Consórcio Cidade Morena, entretanto, o prazo de validade do contrato, que já havia sido prorrogado, venceu em setembro do ano passado e não foi publicada renovação do acordo. Mesmo assim, os equipamentos continuam em operação.
Equipamentos
Ainda, neste novo contrato, 85 câmeras modelo Pan-Tilt-Zoom (PTZ) de videomonitoramento estão inclusas. Na planilha orçamentária, divulgada pela pasta, cada câmera sairá por R$ 646,31, cerca de R$ 55 mil pelos 85 PTZ-HDTV.
Ao todo, serão 1520 locações, cada uma custando R$ 525,65, ou seja, com valor total de R$ 798.988,00. Já as manutenções estão previstas por R$ 3.495.422,40. Somando tudo, as câmeras de videomonitoramento custarão R$ 4.349.346,75, que corresponde a quase 9% do contrato. Confira todos os equipamentos garantidos no edital:

Fonte: Agetran
RADAR
Radar fixo é um equipamento eletrônico que tem como finalidade detectar o excesso de velocidade dos veículos em diversas vias, simultaneamente, conforme a necessidade do órgão contratante.
As lombadas eletrônicas funcionam a partir de sensores, devidamente espaçados e colocados na via, que determinam a velocidade dos veículos.
Já o radar misto é capaz de flagrar avanço de sinal vermelho, parada sobre faixa de pedestre e conversão proibida. Os radares são automáticos e capazes de capturar a quantidade de faixas existentes na via.
Quando o veículo é flagrado, pelo equipamento eletrônico, cometendo algum tipo de infração, a imagem da placa é capturada e validada por um agente de trânsito. Após a validação, a autuação é encaminhada para o Detran, que identifica os dados do proprietário.
A partir de então, a infração segue para impressão, é encaminhada aos Correios e entregue na casa do condutor.
*Colaboraram Daiany Albuquerque e Naiara Camargo
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