Cidades

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Secretário de Bonito é preso por chefiar esquema que desviou R$ 4,3 milhões, aponta Gaeco

A ordem de prisão foi cumprida nesta terça-feira (7), após a deflagração da operação Águas Turvas, que coloca fim a pelo menos cinco anos em um esquema de fraudes em licitações

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O secretário municipal de Administração e Finanças de Bonito, Edilberto Cruz Gonçalves, conhecido como "Beto Caveira", de 46 anos, teve a prisão preventiva decretada, suspeito de liderar um esquema de corrupção e fraudes em licitações no município de Bonito, localizado a 259 quilômetros de Campo Grande.


A ordem de prisão partiu da juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, do Núcleo de Garantias, e foi cumprida nesta terça-feira (7), durante a operação denominada “Águas Turvas”, que faz alusão às águas cristalinas da região.

Além do secretário de Finanças do município, também foram presos o arquiteto e urbanista Carlos Henrique Sanches Corrêa, 45 anos, proprietário da empresa Sanches e Corrêa que atua como fiscal de finanças, e Luciene Cíntia Pazette, responsável pelo setor de licitações e contratos.

Um empresário, que até o momento não foi identificado e é apontado como o quarto integrante da quadrilha, também recebeu ordem de prisão, mas ainda não foi localizado. No esquema, ele é apontado como beneficiário direto dos contratos fraudulentos.

A operação foi deflagrada pela 1ª Promotoria de Justiça de Bonito, com apoio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)

Além de Bonito, a força-tarefa cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Terenos e Curitiba (PR), em endereços ligados aos suspeitos e às empresas envolvidas no esquema.

No início da tarde, a reportagem entrou em contato com a assessoria da Prefeitura Municipal de Bonito, que informou que vai aguardar o transcorrer dos fatos e, a princípio, não vai emitir nota oficial comentando o ocorrido.

Participação na gestão

A nomeação para assumir a Secretaria de Finanças do município ocorreu quando o prefeito Jusmail Rodrigues, em dezembro de 2020, anunciou a equipe que acompanharia sua gestão pelos próximos quatro anos.

Essa não é a primeira vez que “Beto Caveira” termina preso. No dia 6 de abril de 2024, o secretário de Finanças foi flagrado dirigindo embriagado pela rodovia MS-178. Na ocasião, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro e, além de apresentar fortes sinais de embriaguez, acabou detido por desacato.

Durante a audiência de custódia, Edilberto Cruz Gonçalves pagou fiança no valor de três salários mínimos, que, à época, correspondiam a R$ 4.236,00, e foi liberado com medidas cautelares, como a proibição de frequentar bares e de consumir bebida alcoólica em público.

Entre as medidas cautelares impostas pela juíza Paulline Simões de Souza durante a audiência de custódia por dirigir embriagado, o secretário ficou proibido de deixar Bonito por mais de 30 dias ou mudar de residência sem comunicar a Justiça.
 

Operação

O Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MPMS), após investigação por meio de investigação do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), deflagrou nesta terça-feira (7) a operação Águas Turvas, em Bonito, município conhecido como principal roteiro turístico de Mato Grosso do Sul. 

No total foram cumpridos quatro mandados de prisão, entre eles dentro da gestão do município, na Secretaria de Administração de Finanças, assim como 15 de busca e apreensão no município e em Campo Grande Terenos e Curitiba.

A investigação aponta que as fraudes estariam acontecendo desde 2021, ano em que Josmail Rodrigues assumiu o comando da prefeitura.  No último dia 21 de setembro ele trocou o PSDB pelo PL.

Batizada de “Operação Águas Turvas”, em contraste às águas cristalinas que fizeram de Bonito um dos maiores polos de turismo natural do mundo, atuou com base em decisão judicial proferida no bojo de procedimento que apura os crimes de organização criminosa, fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, dentre outros delitos correlatos.

A investigação constatou a existência de uma organização criminosa que atua fraudando, sistematicamente, licitações de obras e serviços de engenharia no Município de Bonito, desde 2021, assim como ocorria em Terenos, onde o prefeito chegou a ser preso no mês passado. 

De acordo com o Ministério Público "são inúmeras licitações fraudadas mediante simulação de concorrência e previsão de exigências específicas estipuladas para direcionar o objeto do certame às empresas pertencentes ao grupo criminoso". 

De acordo com o MP, "o papel dos agentes públicos, em conluio com os empresários, consistia em fornecer informações privilegiadas e organizar a fraude procedimental, com vistas ao sucesso do grupo criminoso, em contrapartida ao constante recebimento de vantagens indevidas. O valor dos contratos apurados até o momento atinge o valor de R$ 4.397.966,86."

** Colaborou Neri Kaspary

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16 dias internado

Morre segunda vítima de acidente envolvendo mureta na Gunter Hans

Daniel Moretti, de 26 anos, será velado nesta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande

15/12/2025 09h35

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo Reprodução Instagram

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Daniel Moretti Nogueira, de 26 anos, morreu na madrugada desta segunda-feira (15), no Hospital Santa Casa, após ficar 16 dias internado em estado gravíssimo.

Ele é o motorista do carro que se envolveu em um acidente grave, em 29 de novembro de 2025, na mureta da avenida Gunter Hans. Na ocasião, Ângelo Antônio Alvarenga Perez, de 23 anos, passageiro, faleceu no local do acidente.

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimoCarro ficou completamente destruído. Foto: divulgação

Conforme apurado pela reportagem, os jovens seguiam em um Peugeot 2008 na avenida Gunter Hans, sentido centro-bairro, por volta das 22 horas de 29 de novembro, quando colidiu violentamente contra a mureta do corredor de ônibus.

O motorista vinha em alta velocidade e freou quando viu a mureta, mas, não conseguiu evitar a colisão.

A lateral direita do veículo ficou destruída. Daniel Moretti era o motorista e foi socorrido em estado grave. Já Ângelo Alvarenga era o passageiro e morreu no local.

Quatro viaturas do Corpo de Bombeiros (CBMMS), duas da Polícia Militar (PMMS), uma da Polícia Civil (PCMS), uma da Polícia Científica e um carro funerário estiveram no local para socorrer as vítimas, isolar a área, recolher os vestígios do acidente, realizar a perícia e retirar o corpo, respectivamente.

Daniel Moretti será velado a partir das 10h desta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande.

O acidente repercutiu na imprensa campo-grandense e pôs em questão a inutilidade da mureta do corredor de ônibus da Gunter Hans, que está sem utilidade há anos devido a obra inacabada.

INADIMPLÊNCIA

Imasul divulga mais de 9 mil empresas inadimplentes por Lei da Logística Reversa

Fabricantes e importadoras que venderam produtos em 2022 e não implementaram sistema de acordo com a lei estão sujeitos a multas por crime ambiental

15/12/2025 09h32

Imasul divulga nome de 9 mil empresas inadimplentes devido a lei de logística reversa

Imasul divulga nome de 9 mil empresas inadimplentes devido a lei de logística reversa Divulgação: Governo do Estado

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Publicado no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul desta segunda-feira (15), o Instituto do Meio Ambiente do Estado, o Imasul, por meio de edição de suplemento, divulgou mais de 9 mil empresas que não cumpriram com a lei da logística reversa.

Segundo o documento, 9.130 comerciantes geraram embalagens descartáveis há 3 anos atrás, em 2022 e ainda não comprovaram a existência de um sistema de logística reversa, que é previsto obrigatoriedade na legislação de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), baseada na Lei nº 12.305 de 2010.

A lei a princípio estabelece para fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e também poder público, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, com foco principal na destinação correta de embalagens e resíduos pós-consumo.

Os produtos e, consequentemente, empresas sujeitas à logística reversa, são as que fabricam mercadorias de:

  • Agrotóxicos e embalagens;
  • Óleos lubrificantes, com resíduos e embalagens;
  • Pneus inservíveis – que estão no fim da vida útil;
  • Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e de mercúrio;
  • Baterias e pilhas;
  • Equipamentos eletroeletrônicos, que geram lixo eletrônico;
  • Medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, além das embalagens;
  • E embalagens de alimentos, bebidas, produtos de higiene, cosméticos, limpeza, entre outros.

Agora, as empresas citadas no documento são consideradas inadimplentes e estão sujeitas à multas e penalidades ambientais, com base no Decreto Federal nº 6.514/08 e na Lei Federal de Crimes Ambientais, que responsabilizam sobre crimes do tipo.

Entre as identificadas, aparecem empresas da área de saúde e medicamentos, como farmácias e clínicas odontológicas, além de empresas de eletrônicos, confeitarias, de decoração e papelaria, agrícolas e têxtil. Também estão na lista comércios de bebidas, alimentos e calçados.

Confira a lista divulgada no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul aqui.

* Saiba

Algumas grandes empresas contam com programas individuais que estabelecem sistemas de coleta das embalagens, como em comércio de cosméticos, com a devolução de frascos nas próprias unidades, ou também no comércio de bebidas com a criação de embalagens retornáveis, com reintrodução na cadeia produtiva.

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