Cidades

SEMÁFOROS APAGADOS

Sem licitação, Agetran renova contrato de R$ 51 mi para manutenção de semáforos

Mesmo com repasse milionário, campo-grandenses se deparam repetidamente com semáforos sem funcionamento na Capital

Continue lendo...

Pela terceira vez e sem licitação, a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) renovou o contrato com a empresa CONSÓRCIO CAM., responsável pela manutenção da sinalização semafórica de Campo Grande, no valor de R$ 51,8 milhões por ano. 

A renovação do contrato foi divulgada por meio do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), nesta sexta-feira (28), a qual foi efetivada antes da finalização do procedimento licitatório.

Conforme publicado, a renovação foi realizada junto a um reajuste com base no (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), com vigência para mais do contrato válida por mais 12 meses, contando a partir de 20 de abril deste ano. 

Desse modo, o reajuste foi de 5,36 %, e o valor anual repassado pelo município à empresa terceirizada passou de até R$ 49,1 milhões para R$ 51,8 milhões 

O contrato foi firmado inicialmente em abril de 2018, sendo renovado desde então, época em que seria pago o valor de R$ 31,7 milhões, passando a ser 51,8 milhões, ou seja, um aumento de 63,01% em 5 anos. 

Entretanto, no texto do Diário Oficial informado que o reajuste é realizado “com base no Índice do IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial), correspondente ao período, que é de 5,36 % (cinco vírgula trinta e seis por cento) em relação ao valor incial do Contrato Administrativo nº 05/2018/AGETRAN, de 20 de abril de 2018”. 

Calculando o valor do IPCA-E do período de 2018 a 2023, percebemos que, considerando apenas a inflação com reajuste, o aumento deste período todo deveria chegar a R$ 41,69 milhões, ou seja, uma diferença de R$ 10,11 milhões que não aparece justificado no Diário Oficial. 

Em contato com a Agetran, a reportagem do Correio do Estado foi informada de que o valor de cada contrato renovado não é necessariamente pago integralmente por ano.

“O reajuste consta em contrato que é o valor de IPCA. Por ser um valor estimado, não é pago anualmente”, disse a Agetran. 

A agência de transporte não especificou qual é o período referente ao pagamento desse montante e não deu retorno, até o fechamento deste texto, dando detalhes solicitados sobre como e o montante exato de recursos pagos de fato desde a assinatura do primeiro contrato, há cinco ano. 

Sinalização semafórica e problemas na Capital 

Considerando o valor alto de tal contrato, a reportagem do Correio do Estado busca mais detalhes e esclarecimentos sobre como esse dinheiro é aplicado, considerando, principalmente, os recorrentes problemas de funcionamento dos semáforos na Capital, principalmente em dias de chuva. 

Em reportagem de maio de 2022, a Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande informou que a Prefeitura da Capital registrou, à época, um prejuízo de mais de R$ 2 milhões por furtos de fios de eletricidade em locais públicos, bem como tampas de bueiros e grelhas de boca de lobo. 

Os recorrentes furtos de fios de semáforos são uma das justificativas que a prefeitura dá em relação ao não funcionamento da sinalização. Considerando que a prefeitura repassada valores de prejuízos próprios, concluímos que a empresa terceirizada para a manutenção não é responsável por repor a fiação. 

Sobre isso, também solicitamos informação da Agetran, e não recebemos retorno. O espaço continua aberto para qualquer posicionamento. 

Outro motivo que gera não funcionamento dos semáforos é a falta de energia. Em reportagem de  fevereiro de 2022, o então chefe da Divisão de Operação e Coordenação e Fiscalização de Trânsito da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Carlos Gomes Guarini Leite da Silva, já havia informado que é comum a falta de energia durante o período de chuvas.  

“Registramos um volume maior de demandas durante as chuvas. Por causa do tempo, alguns sinaleiros sofrem com a oscilação de energia, e nestes momentos os agentes atuam para ordenar o trânsito e auxiliar no fluxo”, afirmou à época. 

A questão então é: com repasse milionário à empresa terceirizada, não seria possível arrumar uma solução para esse problema, que afeta os campo-grandenses sempre que há uma chuva mais forte? Sobre isso, aguardamos um posicionamento da Agetran, que não respondeu mais à reportagem. 

Combate aos incêndios

Governo Federal destina R$ 514 milhões ao combate de incêndios florestais

O valor tem como objetivo combater os incêndios florestais na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, aeronaves e embarcações foram enviadas para o combate ao fogo nas áreas de queimadas severas.

19/09/2024 16h33

Governo federal enviou R$514 milhões para combate dos incêndios florestais

Governo federal enviou R$514 milhões para combate dos incêndios florestais Divulgação: Governo de MS

Continue Lendo...

O governo federal liberou, na tarde desta quinta-feira (19), o valor de R$ 514 milhões para combater os incêndios florestais na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal. O texto, publicado em edição extra do Diário Oficial da União na quarta-feira (18), faz parte das medidas coordenadas para enfrentar a emergência climática que vem afetando diversas regiões do país.

Deste total, aproximadamente R$ 154,75 milhões serão destinados às Forças Armadas para atuação na Amazônia Legal. Outros R$ 130 milhões serão repassados ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para ações de defesa civil e proteção, além de gestão de riscos e desastres. A medida provisória destina R$ 114,35 milhões ao Ministério do Meio Ambiente para ações de proteção e recuperação da biodiversidade, bem como combate ao desmatamento e incêndios.

Crise climática 

O país enfrenta há meses uma das piores secas já registradas em sua história. As chamas localizadas no Pantanal de Mato Grosso do Sul, na Amazônia, na região de Rondônia e no cerrado, próximo a Brasília, especificamente no Parque Nacional de Brasília, geraram críticas da imprensa pela demora do governo federal em atuar no combate ao fogo.

O cenário piorou ainda mais com a falta de chuva em Brasília (DF), que já dura mais de 110 dias, gerando pânico entre os moradores.

Em Mato Grosso do Sul, há menos de 15 dias, enfrentamos uma situação semelhante, com queimadas florestais no Pantanal e o ar insalubre que dificultou a vida dos sul-mato-grossenses.

As fumaças das queimadas na Amazônia, no cerrado, na Mata Atlântica e em outras regiões atingiram quase 75% das cidades brasileiras, do norte ao sul do país.

O caso repercutiu internacionalmente. Por isso, no início desta semana, mais de R$ 38,6 milhões foram destinados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para custeio das forças de segurança dos estados e do Distrito Federal nas operações de proteção aos biomas, incluindo o combate a incêndios em situações extremas.

O valor corresponde a um aumento de mais de 400% em relação ao ano de 2022, quando foram pagos R$ 9,4 milhões. Ao todo, somando o último efetivo enviado, são 312 bombeiros da Força Nacional atuando em 22 municípios da Amazônia Legal e no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Aproximadamente 20 municípios dos estados de Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Acre e Mato Grosso do Sul receberam brigadistas do Corpo de Bombeiros, além de viaturas e equipamentos especializados para o combate às chamas.

Contratação de brigadistas 

Apesar do clima mais ameno em Mato Grosso do Sul, a tendência é piorar ainda mais até o final de semana, com o retorno do calor e a pouca chuva que não molhou o solo, como os meteorologistas esperavam.

Devido ao risco de mais incêndios, o número de brigadistas do Ibama chegou a 2.255, sendo 1.116 indígenas. Estima-se que aproximadamente 18% dos brigadistas sejam quilombolas ou provenientes de regiões rurais, incluindo pessoas de áreas de reforma agrária e que possuem conhecimento das regiões de matas. A soma total dos brigadistas contratados pelo Ibama e ICMBio é de 3.245.

De acordo com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, o número recorde de brigadistas atua também em áreas sob responsabilidade dos governos estaduais e municipais.

"Em muitos estados estamos trabalhando junto com os bombeiros de governos locais, que têm efetivo muito maior. Uma 'estrutura de guerra' foi mobilizada nos últimos dias".

Aeronaves e embarcações 

Nesta luta contra as severas condições climáticas, no início desta semana, o Ministério do Meio Ambiente enviou 30 aeronaves do Governo Federal para regiões de queimadas severas. Esse total inclui nove aviões e 15 helicópteros do Ibama e ICMBio, além de dois aviões e quatro helicópteros das Forças Armadas. No Pantanal, 39 embarcações do governo estão atuando no bioma: 33 das Forças Armadas, cinco do Ibama e ICMBio, e uma da Polícia Federal.

 

Assine o Correio do Estado.

 

 

Susto

Cabine é arrancada em colisão entre caminhões na MS-338

Apesar das imagens assutadoras, o motorista de 39 anos, teve suspeita de fratura no joelho e ferimentos no rosto e foi encaminhado ao hospital e se encontra em observação.

19/09/2024 15h31

Acidente envolvendo dois caminhões na MS-338, no km 309 sentido Santa Rita do Pardo.

Acidente envolvendo dois caminhões na MS-338, no km 309 sentido Santa Rita do Pardo. Foto: Jornal Cenário MS

Continue Lendo...

Um motorista de 39 anos, que suspeita de fratura no joelho, levou um susto após o veículo que dirigia colidir com a traseira de um caminhão estacionado às margens da MS-338, próximo ao município de Santa Rita do Rio Pardo, a 419 quilômetros de Campo Grande. Ele foi encaminhado ao hospital e encontra-se em observação médica.

Conforme informações apuradas no local, uma das carretas envolvidas no acidente estava carregada de piso e o motorista de nacionalidade boliviana de 43 anos, teve que parar o veículo no acostamento do km-309 por causa de uma falha mecânica. 

"Como não havia sinalização no veículo parado, o motorista de 39 anos, que conduzia um caminhão boiadeiro logo atrás, foi surpreendido pelo caminhão estacionado no acostamento e colidiu violentamente com a traseira do veículo.

Com o impacto da colisão, a cabine foi arrancada e arrastada por alguns metros.

Com suspeita de fratura no joelho e ferimentos no rosto, o homem foi encaminhado ao hospital e encontra-se em observação.

O outro motorista, de nacionalidade boliviana e 43 anos, permaneceu no local até a chegada da Polícia Rodoviária Estadual (PRE).

Acidente envolvendo dois caminhões na MS-338, no km 309 sentido Santa Rita do Pardo. Fotos: Cenário MS

 

*Informações do site Cenário MS

 

Assine o Correio do Estado. 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).