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Subsídio para o transporte coletivo deve seguir, mas valor depende da tarifa técnica

Valor repassado ao Consórcio Guaicurus é referente às gratuidades concedidas a estudantes e pessoas com deficiência

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Implantado em 2022 como forma de compensar as supostas perdas alegadas pelo Consórcio Guaicurus, concessionária responsável pelo transporte coletivo de Campo Grande, o subsídio para as gratuidades concedidas pela prefeitura da Capital deve ser renovado mais uma vez, agora para o ano de 2024. O valor, porém, depende da tarifa técnica da passagem de ônibus, que ainda não foi definida.

Segundo o diretor-presidente da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), Odilon de Oliveira Júnior, a tendência é de que essa ajuda seja renovada para o próximo ano, a depender também da Câmara Municipal.

“O subsídio foi criado com a intenção de custear as gratuidades que são concedidas em Campo Grande, então, deve ser mantido, mas quem bate o martelo sobre isso é a prefeita [Adriane Lopes]. Lembrando que o projeto é submetido à Câmara Municipal, e são os vereadores que aprovam ou não esse repasse”, declarou Odilon.

Neste ano, o valor destinado ao Consórcio Guaicurus será de cerca de R$ 12 milhões pela prefeitura, por causa das gratuidades dos estudantes da Rede Municipal de Ensino (Reme) e de pessoas com deficiência e com câncer.

O governo do Estado também contribuirá, neste ano, com R$ 10 milhões, referentes aos alunos da Rede Estadual de Ensino (REE).

Em 2022, depois de entrar na Justiça para pedir que fosse cumprida a tarifa técnica (valor considerado ideal de acordo com cálculos de gastos da empresa), o Consórcio Guaicurus conseguiu acordar com a prefeitura um repasse de até R$ 1 milhão por mês como forma de subsídio. Mais tarde, em junho daquele ano, o governo do Estado também se comprometeu a ajudar com o repasse de R$ 7,5 milhões.

No ano passado, o Consórcio Guaicurus também recebeu um repasse do governo federal como forma de pagar pela gratuidade dos idosos. Foram destinados R$ 14,7 milhões para a concessionária.

TARIFA TÉCNICA

Reunião entre o Consórcio Guaicurus e os motoristas de ônibus hoje deve definir o porcentual de reajuste que a categoria terá. O valor desse aumento é o dado que falta para que a Agereg faça o cálculo da tarifa técnica do transporte coletivo.

Esse valor é o que norteia a Prefeitura de Campo Grande na concessão de reajuste da passagem para o consumidor comum e também o valor a ser repassado como forma de subsídio ao Consórcio Guaicurus.
Na reunião, além de representantes dos funcionários da concessionária de transporte coletivo e do próprio consórcio, a Agereg também deve participar, a convite da empresa.

De acordo com o diretor-presidente da agência, Odilon de Oliveira Júnior, esse é o único dado que falta para que a Agereg faça o cálculo da tarifa técnica e repasse para que o Executivo Municipal defina o valor do reajuste.

“A gente está aguardando o Consórcio informar o porcentual do reajuste dos funcionários, porque isso influencia o valor em que deve ficar a tarifa técnica, mas assim que tivermos esse porcentual faremos o cálculo e passaremos para aprovação no conselho e depois para a prefeita”, explicou.

O valor deverá ser definido, segundo garante Odilon, até o dia 12 de dezembro, que é quando ocorrerá a próxima reunião do Conselho de Regulação, o qual é formado por integrantes da Agereg, da prefeitura, do Consórcio Guaicurus e de outras entidades.

“Depois que o valor for aprovado no conselho, passamos para o Executivo. Acredito que, como neste ano está pacificado, não devemos ter muita demora para ser feita a divulgação do porcentual final. Espero que seja ainda neste ano, porque não queremos fazer em cima da hora”, afirmou o diretor-presidente.

Hoje, a tarifa do transporte coletivo está fixada em R$ 4,65, a segunda maior entre as capitais da Região Centro-Oeste, atrás apenas de Cuiabá (MT), onde a passagem de ônibus custa R$ 4,90.
Já a tarifa técnica, valor que é usado pela prefeitura e pelo governo para calcular o subsídio, está em R$ 5,80.

REAJUSTE

No fim do mês passado, a Justiça de Mato Grosso do Sul determinou que a prefeitura deve conceder o reajuste da tarifa de ônibus sempre no mês de outubro de cada ano. 

O Consórcio entrou na Justiça alegando que a prefeitura vem descumprindo o reajuste tarifário, que tem como data-base estabelecida em contrato o mês de outubro de cada ano. 

Diante de todas as alegações, a juíza Cíntia Xavier Letteriello deferiu parcialmente os pedidos de tutela provisória antecedentes, determinando que a prefeitura deve, no prazo de 15 dias, comprovar o reajustamento da tarifa, tendo o mês de outubro como data-base.

A prefeitura terá, ainda, o prazo de 30 dias para apresentar resposta.

Influenza

Mais uma morte confirmada por gripe em MS

O boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (19) registrou o óbito de um homem, natural de Corumbá

19/09/2024 18h48

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Conforme o Boletim Epidemiológico desta quinta-feira (19), um idoso de 71 anos é a nova vítima de influenza em Mato Grosso do Sul. Em 2024, o Estado acumula 78 óbitos por gripe.

Entre as causas de morte, estão:

  • 18 - Influenza A H1N1
  • 50 - Influenza A H3N2
  • 9 - Influenza A não subtipado
  • 1 - Influenza B


Neste boletim, destaca-se que apenas o idoso de 71 anos, natural de Corumbá, faleceu em 11 de setembro por Influenza A não subtipado. A vítima possuía comorbidades de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus.

Imunização

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta que a única forma de prevenção é manter o esquema vacinal atualizado.

“A vacinação contra a influenza é uma das medidas de prevenção mais eficazes para proteger contra essa doença e, principalmente, contra a evolução para complicações e óbitos. A vacinação também contribui para a redução da circulação viral na população, protegendo especialmente os indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.”

O perfil dos casos de influenza hospitalizados é composto por crianças de 1 a 9 anos, que correspondem a 20,9%; seguido por idosos com idade entre 80 e 98 anos, com 15,0%; e, em seguida, por aqueles com 60 a 69 anos, com 13,4%.

A faixa etária de 70 a 79 anos corresponde ao menor índice de internação entre os idosos, com 11,6%.

Divulgação SES

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Poluição

Fumaça tóxica de queimadas pode tomar céu de Campo Grande

Conforme a medição feita pela QualiAr, a condição do ar em Campo Grande caiu para moderada, e deve piorar com a chegada da fumaça das queimadas de outros estados

19/09/2024 18h00

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Depois de dias de refresco devido à frente fria que trouxe chuva a diversas regiões do Estado, o céu será, mais uma vez, encoberto por fumaça com poluentes nocivos à saúde incluindo a Capital.

No dia 1º de setembro a fumaça tomou o céu de Campo Grande, foram treze dias em que a poluição intensificou a ponto de a qualidade do ar ser apontada como a pior do ano.

Com o avanço da frente fria e a chuva no final da noite de domingo (15), o meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), Vinícius Sterling, explicou que os ventos vindos do sul empurraram a fumaça para a região mais ao norte, especificamente para os estados de Mato Grosso (MT) e Goiás (GO).

Divulgação Cemtec

É preciso ressaltar que, como não houve chuva na Amazônia (brasileira e boliviana) e em Mato Grosso - o estado que mais queima no país -, com a mudança de direção do vento, a fumaça tóxica das queimadas retorna para Mato Grosso do Sul.

No entanto, conforme o meteorologista ressaltou, é difícil cravar um cenário; as condições podem variar. Em uma estimativa favorável parte do Estado volta a receber chuva a partir de amanhã.

Poluição

Em conversa com o Correio do Estado, o professor e coordenador do Laboratório de Ciências Atmosféricas, Widinei Alves Fernandes, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, alertou que a qualidade do ar nesta quinta-feira (19) está moderada, e a tendência para os próximos dias é de piora.

“A qualidade do ar hoje está moderada, mas possivelmente ela vai piorar”, pontuou o professor.

Durante a semana, a condição do ar chegou a ficar boa. A mudança ocorre devido a várias regiões do país estarem em chamas e, é claro, ao Pantanal e à Amazônia.

Segundo o professor, ventos vindos do leste do estado de São Paulo, que registrou focos de incêndio em diversos municípios, também contribuem para a situação. “Vamos ter uma fumaça proveniente da Bolívia e da região noroeste do estado, está vindo da Amazônia. Então, haverá uma piora da qualidade do ar entre hoje e amanhã cedo.”

Índice

A qualidade do ar moderada está na medida 43, enquanto, para ser considerada como “boa”, precisa estar em 40. “Nesses próximos dias, possivelmente, vai ficar nessa condição moderada que estamos tendo, que estamos vendo hoje.”

O alerta para o perigo da poluição das queimadas está na presença do material particulado, que em altos índices pode causar diversas doenças, como câncer de pulmão.

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