Cidades

AMAMENTAÇÃO

Um litro de leite materno doado pode amamentar até 10 recém-nascidos

Em média, o bebê mama de 420ml a 720ml de leite materno por dia

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Um litro de leite materno doado pode amamentar até 10 recém-nascidos, de acordo com a enfermeira do Banco de Leite Humano do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), Nívea Lorena Torres. 

Recém-nascidos mamam, em média, de cinco a sete vezes por dia e bebem de 420 mililitros (ml) a 720ml de leite materno por dia. Um bebê recém-nascido mama, em média, de 30ml a 60ml de leite a cada mamada.

A quantidade de leite e mamadas variam conforme a idade, peso, tamanho e estado de saúde da criança. 

A quantia de leite em cada mamada aumenta a cada semana de vida do bebê. O pediatra é o profissional que deve determinar quantos ml de leite o bebê deverá tomar, bem como a frequência de mamadas ideal para cada um.

“Agosto dourado” é o mês de conscientização e incentivo sobre aleitamento materno. Mato Grosso do Sul, por meio da SES, prioriza o aleitamento materno exclusivo.

A amamentação é um direito da mãe e da criança garantido por lei, de acordo com o artigo 9º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Mães tem direito de amamentarem seus filhos, inclusive as privadas de liberdade. No trabalho ou em casa, também têm direito de amamentar.

Importância

De acordo com a Fundação das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o leite materno é o melhor alimento que um bebê pode ter.

O leite da mãe nutre, alimenta, fortalece e sustenta o bebê. A criança recebe nutrientes e hidratação necessária através da amamentação.

A amamentação auxilia no desenvolvimento físico, mental, cognitivo e emocional da criança.

Considerado o alimento mais completo para os bebês, o leite materno sacia a fome, contribui para a melhora nutricional, reduz a chance de obesidade, hipertensão e diabetes, diminui os riscos de infecções e promove vínculo entre a mãe e bebê.

A enfermeira do HRMS, Nívea Lorena, afirmou ao Correio do Estado que o leite materno é importante pois é um produto ‘espécie específico’.

“A quantidade de proteína, de água, de anticorpos, de carboidratos, tudo é produzido na medida exata que o bebê precisa. Então o bebê cresce saudável, ganha peso na medida certa, tem a imunidade certa, é mais barato pra família, mais seguro, mais higiene. Outra questão é o vínculo afetivo criado entre a mãe e o filho na hora que o bebê mama”, explicou.

O médico e ex-secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, afirmou ao Correio do Estado que o leite materno contém anticorpos que evitam doenças e substâncias que alimentam a criança.

“O leite contém substâncias que alimenta a criança completamente, além de conter anticorpos em grande quantidade que fortalece o sistema imunológico do bebê. Os anticorpos barram doenças infecto contagiosas que o bebê possa ter no futuro”, explicou.

É indicado que mães amamentem seus filhos até dois anos de idade, sendo os primeiros seis meses de vida exclusivos à amamentação. Águas, sucos, chás e alimentos não são indicados para bebês até o sexto mês de vida.

Imunidade

Mães vacinadas contra Covid-19 transmitem anticorpos do vírus SARS-CoV-2 para seus bebês por meio da amamentação.

A vacinação contra Covid-19 não é autorizada para recém-nascidos, bebês e crianças de 0 a 4 anos, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Mas meninos e meninas podem ser parcialmente imunizados por meio do leite materno da mulher que já tomou a vacina.

Segundo Resende, o leite da mulher vacinada contra Covid-19 é benéfico para a criança.

“Protege o bebê porque a transmissão se dá via leite materno com alta transmissão dos anticorpos que a mãe produz após tomar a vacina. Isso faz com que o sistema imunológico do bebê seja ativado contra o vírus”, explicou Resende em março de 2022.

Doação

Mães aptas a amamentarem e com sobra de leite, podem doar para outros bebês que a mãe não possui leite suficiente para amamentação. 

Segundo a enfermeira Nivea Lorena, o leite excedente de uma mãe alimenta bebês da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. 

“Quando o leite é doado de uma mãe para outro bebê, ele é um leite que é pasteurizado e ele se torna leite humano, sob um rigoroso controle de qualidade”, explicou. 

Doações de leite humano podem ser feitas nos Bancos de Leite da Santa Casa de Campo Grande, Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HUMAP-UFMS) e Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS). 

De acordo com Resende, doar leite materno é um ato de amor e solidariedade. 

“A mulher doando leite, ela vai estar dando alimento vital para outro bebê. É um sinal de amor e solidariedade. O leite é um alimento precioso para o bebê”, reiterou.

OPERAÇÃO

Carreta interceptada em MS derruba esquema de contrabando em MT

Operação Frota Fantasma foi deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (10) com quatro mandados de busca e apreensão

10/04/2025 12h00

Apreensão realizada em 2023 que resultou na deflagração da operação deste quinta-feira (10)

Apreensão realizada em 2023 que resultou na deflagração da operação deste quinta-feira (10) Foto: Divulgação/DOF

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Na manhã desta quinta-feira (10), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Frota Fantasma em Mato Grosso, que começou as investigações após uma apreensão em Rio Brilhante, município a 161 quilômetros de Campo Grande.

Segundo informações policiais, uma carreta carregada com mais de 450 mil maços de cigarros de origem estrangeira foi interceptada em 2023 no interior sul-mato-grossense. Ela foi realizada em abril daquele ano, na rodovia MS-145, próximo ao Assentamento Pana.

A carreta estava em alta velocidade e não respeitou a ordem de parada dos agentes. Na sequência, o condutor perdeu o controle e saiu da pista. Após isso, o suspeito abandonou o veículo e correu para fugir em uma mata às margens da rodovia e ele não foi localizado pelos policiais.

Foi registrado boletim de ocorrência contra o suspeito e a carga de R$ 2,7 milhões foi entregue para a Receita Federal de Ponta Porã.

Após esse fato, deu-se início às investigações, que revelaram que a ação fazia parte de um esquema, do qual o grupo enviava remessas de cigarros paraguaios para outros estados brasileiros, principalmente para Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás.

A operação deflagrada teve como alvo o núcleo responsável pelo transporte, logística e dissimulação legal, que ocultava o contrabando através de fretes de cargas lícitas. Introduzidos de maneira ilegal no Brasil, cerca de 1,35 milhão de maços de cigarros de origem estrangeira foram apreendidos.

Os envolvidos irão responder pelos crimes de contrabando e associação criminosa.

Diminuição

A diminuição de apreensões de cigarros contrabandeados em Mato Grosso do Sul pode estar atrelada à transferência de fábricas clandestinas do produto para o Brasil.

Em entrevista ao Correio do Estado, o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Mato Grosso do Sul, João Paulo Pinheiro Bueno, declarou que o crime de contrabando pode ter mudado sua atuação no País, o que possivelmente fez diminuir o número de apreensões anuais de cigarros nas rodovias.

“Antes o contrabando de cigarro era muito maior aqui no estado de Mato Grosso do Sul, hoje em dia reduziu bastante, não tem tanto como tinha antes. O que a gente entende desta mudança é que muitas dessas fábricas de cigarros passaram a atuar dentro do nosso país, e, possivelmente, é isso que está acontecendo [para as apreensões terem diminuído]”, informou.

De acordo com o superintendente da PRF, ainda não há indícios claros da instalação de fábricas clandestinas no Mato Grosso do Sul, mas em grandes centros, como Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, a fiscalização para desmantelar possíveis fábricas é muito difícil de ser feita.

Segundo dados da Receita Federal, de janeiro a dezembro de 2023, a Polícia Federal (PF) e a PRF apreenderam 27.090.650 de maços de cigarro contrabandeado em Mato Grosso do Sul, que gerariam um lucro total de R$ 135,7 milhões para os contrabandistas.

Já em 2024 os números apresentaram uma queda de 26% em relação aos registrados no ano anterior, e as forças policiais aprenderam no período 20.044.645 de maços contrabandeados, avaliados em R$ 102 milhões.

Neste ano, dados de janeiro e fevereiro mostram que já foram apreendidos 4.224.318 de maços no Estado, estimados em R$ 22.429.319,70.

Fronteira aberta

Em Mato Grosso do Sul, a comercialização de cigarros contrabandeados do Paraguai é muito mais comum que no restante do Brasil, por conta da fronteira com o país vizinho.

Esse cenário faz com que, de 10 maços vendidos no Estado, 7 sejam de marcas ilegais, o que resulta em uma perda bilionária aos cofres do governo do Estado, que não recolhe o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) desses produtos.

Estimativa feita pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), com base nos dados do Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), mostra que, nos últimos seis anos, R$ 2,7 bilhões deixaram de ser arrecadados em Mato Grosso do Sul em razão da venda ilegal de cigarros contrabandeados.

Só no ano passado, ainda de acordo com o FNCP, foram R$ 150 milhões perdidos em imposto que poderia ter sido cobrado.

Esse valor é alto porque o ICMS cobrado em Mato Grosso do Sul sobre o cigarro legal é de 30%. Essa política de impostos altos incidentes sobre esse tipo de produto é uma prática comum no País inteiro, como uma forma de desestimular que a população faça uso de um produto que comprovadamente faz mal à saúde.

Pelos dados do Ipec, no ano passado, 72% dos cigarros comercializados em todo o Estado tinham origem ilegal, porcentual que representa mais que o dobro do valor nacional, que foi de 32% em 2024.

Apesar de o valor ser alto, ele representa uma pequena queda em relação a 2023, quando esse mercado representava 74% das vendas de cigarro no Estado. E esse porcentual já chegou a ser de 85%, em 2019.

*Colaboraram Daiany Albuquerque Judson Marinho

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Acidente

Atacadista de Campo Grande é processado por queda de cliente

Consumidor quebrou a perna e ficou sem trabalhar por 11 meses após escorregar no piso molhado do estabelecimento

10/04/2025 10h30

Mercado não havia sinalizado que chão estava molhado

Mercado não havia sinalizado que chão estava molhado Reprodução / Vecteezy

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Um supermercado atacadista de Campo Grande foi condenado a pagar R$ 18 mil de indenização a um cliente que sofreu uma queda em suas dependências, após escorregar em um piso molhado sem sinalização.

A decisão foi mantida por unanimidade pela 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) e inclui R$ 10 mil por danos morais e R$ 8 mil por danos estéticos.

O acidente ocorreu durante uma compra rotineira, resultando na fratura da perna do cliente, que precisou passar por cirurgia e enfrentou um longo período de recuperação. Ele ficou afastado de suas atividades como vigilante noturno autônomo por cerca de 11 meses.

O consumidor recorreu da decisão de primeira instância, solicitando o aumento da indenização por danos morais para R$ 20 mil e a inclusão de valores referentes a lucros cessantes, mas os desembargadores rejeitaram o pedido.

Segundo o relator do caso, desembargador Luiz Tadeu Barbosa Silva, os valores arbitrados seguem os princípios de razoabilidade e proporcionalidade, considerando as circunstâncias do acidente e os prejuízos sofridos.

O pedido por lucros cessantes foi negado devido à ausência de provas documentais que comprovassem a atividade profissional e os rendimentos do autor no período em questão.

Ainda assim, o colegiado reconheceu falha no serviço prestado pelo supermercado e atribuiu responsabilidade objetiva ao estabelecimento com base no Código de Defesa do Consumidor. 

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