Colunistas

Giba Um

"A agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável. Essa ingerência conta com o...

auxílio de uma extrema direita subserviente. Falsos patriotas promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade", de Lula, na Assembleia Geral da ONU

Continue lendo...

A Motiva, antiga CCR, abriu negociações com o governo de São Paulo para estender o contrato de concessão da linha 4-Amarela. A prorrogação antecipada seria uma contrapartida às obras de concessão do ramal até Taboão da Serra, um projeto de 3,3 quilômetros orçado em R$ 3,4 bilhões.

Mais:  parte desse valor será coberto por um financiamento do Banco Mundial. Ainda não está definido quem pagará o que, mas a maior parte deverá sair do caixa da Motiva. O contrato atual se encerra em 2040 e o novo aditivo poderá esticar a concessão até 2060.

9 vezes Taylor

No próximo dia 3 será lançado oficialmente o 12º álbum de estúdio da cantora Taylor Swift, batizado de “The Life of a Showgirl”. Swift que contará com 12 faixas, incluindo uma parceria com Sabrina Carpenter. O primeiro single,  que também terá o lançamento do clipe feito no mesmo dia se chama “The Fate of Ophelia”, inspirada na personagem de “Hamlet”, peça teatral de William Shakespeare.   Mais: será edição limitada de um "vinil perolado rosa opaco e amarelo-claro com brilho dourado", uma capa dupla personalizada, um grande pôster frente e verso, um poema escrito por Swift e fotos inéditas. E as novidades não param por aí. Este novo trabalho tem nada menos do que 9 modelos de capas em fotos feitas pelos fotógrafos Mert Alas & Marcus Piggott.  “Eles são dois dos meus fotógrafos favoritos”. Super empolgada com o projeto Taylor, fala: “Realmente dediquei bastante tempo pensando em como poderia criar o melhor produto em vinil, a melhor embalagem e a melhor experiência em CD que eles pudessem ter. Por isso, os CDs vêm todos com photocard. Já os vinis trazem um poema exclusivo em cada um, além de muito mais imagens do que havíamos planejado colocar”. E completou: “A ideia era que o álbum transmitisse uma sensação de luxo, como uma referência ao glamour que uma showgirl leva ao palco. Enquanto isso, no camarim, na troca rápida de figurino, tudo é diferente — talvez seja só impressão minha, não sei. É algo do qual tenho muito orgulho. Levou bastante tempo, exigiu concentração e organização”.

Há outra "PEC da Blindagem" 

Grandes distribuidoras de combustíveis Raízen e Ultra/Ipiranga - preparam-se para um cabo de guerra com a Câmara dos Deputados. O setor já identificou que terá de redobrar a pressão para evitar o esquartejamento do projeto de lei 125/2022, mais conhecido como "PL do Devedor Contumaz". Líderes do Centrão trabalham para desidratar ou mesmo rejeitar o PL, já aprovado no Senado. Entre as empresas do setor, a manobra dos parlamentares já é tratada como uma espécie de "PEC da Blindagem" para sonegadores e fraudadores que atuam no mercado dos combustíveis. Ou seja: um salvo conduto para concorrência desleal e atividades criminosas na distribuição dos combustíveis. O projeto de lei estabelece punições para pessoas jurídicas que deixem de recolher tributos de forma recorrente, numa clara utilização na inadimplência fiscal como estratégia de negócio ou instrumento vinculado a crimes financeiros. O mercado de derivados de petróleo ocupa uma posição de centralidade na proposta, dado o volume de sonegação de impostos e de empresas de fachada criadas para lavagem de dinheiro.

Ameaçado de evaporar

O texto aprovado no Senado dá poderes à ANP para exigir das distribuidoras a comprovação da origem de seus recursos e definir valores do capital social obrigatório para as empresas que atuam no setor. Todo esse aparato de fiscalização e controle previsto na "PL do Devedor Contumaz" está ameaçado de evaporar na Câmara. Estima-se que a sonegação no setor de combustíveis chegue a R$ 14 bilhões por ano. E as fraudes e adulterações impõe às distribuidoras perdas da ordem de R$ 15 bilhões. Não é de hoje que interesses insondáveis  têm exercido poder de pressão em Brasília contra a "PL do Devedor Contumaz".

Filha de peixe

Aos 16 anos, Rafa Justus, filha da apresentadora Ticiane Pinheiro e do empresário Roberto Justus, mostrou que tem o talento dos pais. Ela acaba de ganhar seu primeiro prêmio: Melhor TikToker, eleita por um júri especial, na 24ª edição do Prêmio Jovem Brasileiro. Rafa recebeu a premiação das mãos de sua própria mãe. A jovem influenciadora também chamou a atenção pelo seu estilo com um look moderno, um vestido tubinho branco, pouco acima dos joelhos e mangas longas, e, completando o visual, meia-calça e sapatos pretos. “Fico muito feliz com esse reconhecimento e com todas as mensagens de apoio. É só o começo de uma caminhada que quero trilhar com muito amor e dedicação”. Apesar da dedicação ao seu lado de influenciadora, Rafa já confessou que pretende fazer uma faculdade de Psicologia.

Novo ministro

Lula já avisou assessores próximos e dirigentes do PT que, em sua volta, anunciará o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, em substituição a Márcio Macedo, que vinha sendo fritado há meses por conta de mau desempenho num 1º de Maio. O sucesso das manifestações contra a PEC da Blindagem e o projeto de lei da anistia, domingo passado (21), deram projeção a Boulos, que ajudou a convocá-las e participou da organização. Ter Boulos na interlocução com os movimentos sociais é visto como potencial ativo para o governo.

"Milagre americano"

As sanções do governo norte-americano a ministros de Lula serviram, segundo analistas de plantão, ao menos para forçar o presidente brasileiro a fazer algo inédito: reduzir despesas de viagens ao exterior sempre excessivamente luxuosas. Ele e sua mulher Janja estão hospedados na residência do embaixador Sérgio Danese, representante permanente do Brasil na ONU. Mais: quando Lula chegou a Nova York um grupo de brasileiros trataram de recepcioná-lo com gritos ofensivos e seguranças tentavam intimidá-los gravando seus rostos em vídeos - o que não adiantou nada. Alguns ironizavam batizando a cena de um verdadeiro "milagre americano".

Pérola

"A agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável. Essa ingerência conta com o auxílio de uma extrema direita subserviente. Falsos patriotas promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade",

 de Lula, na Assembleia Geral da ONU.

Até o comandante

O Exército detectou a ação de lobby bolsonarista nos Estados Unidos para que o general Tomás Paiva seja sancionado pelo Departamento de Estado com a cassação de seu visto, a exemplo do que Trump fez com outras autoridades brasileiras. E vê por trás da iniciativa o blogueiro Paulo Figueiredo, desafeto público do general. Oficialmente, o comando do Exército decidiu não se manifestar. Figueiredo e Dudu Bananinha usaram suas relações com o governo americano para ameaçar ministros do STF durante processo que culminou com a condenação de Bolsonaro a 27 anos de prisão. Há quem acredita que Figueiredo espalha que o militar supostamente é amigo do ministro Alexandre de Moraes.

Relaxamento de sanções

As lideranças bolsonaristas encararam um "alerta" depois de Trump ter dito que sentiu uma afinidade recíproca por Lula e acham que o episódio, regado a elogios em mínimo de tempo, possa provocar relaxamento das sanções impostas a ministros do STF durante as negociações pelas tarifas impostas aos produtos brasileiros. Sabem que Trump tem potencial para promover um armistício nas sanções individuais a autoridades brasileiras, como cancelamento de vistos e uso da Lei Magnitsky, que vitimou mais o ministro Alexandre de Moraes e sua mulher Viviane, mais uma empresa do casal e dos filhos. 

Pente-fino na estatal

O rombo de mais de R$ 4 bilhões nas contas dos Correios, só no primeiro semestre deste ano, parou na Procuradoria-Geral da República. A ação é parte da ofensiva do deputado Evair de Melo (PP-ES), que ainda acionou o Tribunal de Contas da União para passar um pente-fino nas contas da estatal. O parlamentar compara, por exemplo, o déficit de todo 2024, R$ 2,6 bilhões, com os R$ 4,4 bilhões em seis meses, além de quase sete vezes o prejuízo registrado em 2023. Todo esse prejuízo aconteceu na gestão de Fabiano Silva dos Santos, indicado pelo grupo Prerrogativa, que já deixou o comando dos Correios.

Reforma de R$ 770 mil

O Tribunal de Contas de União (TCU) aprovou o uso de R$ 770 mil em recursos públicos para reformar apartamento funcional na Asa Sul, em Brasília, que será ocupado pelo ministro Antônio Anastasia. As obras começaram em julho e devem terminar em dezembro. A reforma inclui marcenaria de alto padrão, novos pisos, rodapés, porcelanato e substituição das instalações hidráulicas e de gás. Só os móveis planejados custam R$ 90 mil. O governo paga reformas estruturais e o ocupante despesas como energia, gás, condomínio e pequenas manutenções.

Conectação de três

Ainda a outra "PEC da Blindagem": no Senado, onde o projeto do ex-presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) dormitou por quase três anos, havia resistências à proposta. Só foi aprovado na esteira do clamor criado pela Operação Carbono Oculto, que revelou o setor de combustíveis como um dos principais eixos de lavagem de dinheiro do PCC. O alarido que precipitou a votação no Senado é o mesmo que está multiplicando anticorpos para barrar o projeto na Câmara. Não é coincidência que a Operação Carbono Oculto, a aprovação da "PEC da Blindagem", que deve ser derrubada no Senado, e a articulação dos deputados para barrar o "PL do Devedor Contumaz" praticamente se sobreponham. Há uma lógica de autopreservação de três fatos.

Sair da confusão

Thomas Shannon, ex-embaixador dos EUA no Brasil e ex-subsecretário de Estado para o Hemisfério Ocidental, hoje no setor privado, acha que "desde o começo, tive a opinião de que Trump se enganou ao se aliar com Eduardo Bolsonaro". E emendou: "Ele nunca admitirá que errou, mas buscará uma solução para sair dessa confusão. Nos últimos tempos, muitas vozes falaram ao presidente sobre esse erro". Shannon aconselha Lula a chegar preparado para a reunião, "sabendo que se Trump o maltratar, isso terá enorme impacto negativo no mundo. Mas todo cuidado é pouco, logação dos novos frigoríficos, a estimativa é que as exportações de carne bovina para o México cresçam 80% em 2026.

Mistura Fina

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) negou que Eduardo Bolsonaro assumisse a liderança da minoria da Casa, o que facilitaria sua vida (e seu mandato) nos EUA, o que permitirá que a deputada federal Carol de Toni (PL-SC) volte ao posto (ou que outro nome seja indicado). No mesmo dia, Eduardo se surpreende com os acenos de Trump a Lula em Nova York, mas não assumiu o episódio, preferindo dizer que "era uma estratégia calculada do presidente americano” - e, indiscutivelmente, não era

Dados do portal Corte Aberta, do STF, revelam que o processo em que Bolsonaro e mais sete aliados foram condenados pela trama golpista teve o 22º julgamento mais rápido entre 788 ações penais concluídas pelo Supremo - do recebimento da denúncia até a condenação ou absolvição. O caso foi julgado em 153 dias. Alvo de queixas das defesas dos réus, a duração foi menor que as de 97% das ações julgadas. A mais longa delas durou 4.122 dias, de 2003 a 2014.

Custaram R$ 737,62 as meias e o cinto que Janja comprou para o maridão na conhecida loja J.Vrew, em Nova York, que supostamente esqueceu de colocar na mala. A J.Crew é uma antiga loja que trabalha com moda masculina, feminina e infantil, foi fundada em 1947 e tem entre seus clientes habituais a ex-primeira-dama Michelle Obama.
 
Com crescimento exponencial, os carros elétricos passaram de 1% de participação no mercado brasileiro em 2023 para 3% no ano passado. O domínio é da chinesa BYD, que chegou a construir uma fábrica na Bahia. Contudo, especialistas da área acham que esse boom chegou ao limite. E avaliam que os elétricos puros não cheguem a 4% de participação neste ano, patamar que será mantido. Os híbridos, que respondem por 6% do mercado, compensam essa perda de apetite pelos 100% elétricos.pediram ajuda aos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).

In – Licor de doce de leite

Out – Licor Crème Brûlée

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

Continue Lendo...

Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

In – Natal: coquetel de pêssego            
Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

Continue Lendo...

A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).