Colunistas

Giba Um

"A cada dia que passa, o desafio tem sido enorme: resistir à perseguição, lidar com incertezas...

...e suportar humilhações. Não tem nada, nós vamos vencer. Deus é bom o tempo todo. O Brasil pertence ao Senhor Jesus", de Michelle Bolsonaro, numa isolada e suposta pré-campanha

Continue lendo...

Esta semana, o presidente Javier Milei, da Argentina, e sua irmã Karina Milei, ao lado de outras autoridades, saíram às ruas de Buenos Aires em carreata,  em meio a protestos e até arremesso de objetos e pedras. Devido à chuva de pedras, o presidente e a irmã deixaram o local.

Mais: nas redes sociais, em seis dias, menções sobre denúncias de corrupção supostamente cometidas pela irmã de Milei, totalizaram 1,7 milhão. . Detalhe: alvo de investigação judicial, Karina em meio às denúncias,  virou protagonista  de un "Karinagate" expressão favorita dos jornais.

Gigi não para

DA modelo e apresentadora Gigi Haddid está trabalhando em pleno vapor. Depois de pequena pausa  na carreira para se dedicar a maternidade  de Khai, de 4 anos, e para enfrentar a crise do fim do seu relacionamento com o cantor Zayn Malik, Gigi parece que quer recuperar o tempo e volta a estrelar várias campanhas publicitárias como por exemplo da Miu Miu e das Havaianas onde virou até embaixadora (e assinou uma coleção) e também estampar capas de revistas. Neste mês ela pode ser vista na V Magazine  e é garota-propaganda da Rabanne e tornou-se também embaixadora para sua icônica linha Million Gold For Her, além de estampar também a nova campanha  de outono de sua grife Guest In Residence junto com outros modelos.  Mais: em sua vida pessoal tudo parece fluir muito bem. Ela e o ator Bradley Cooper, juntos a cerca de dois anos tem  demonstrado um crescente alinhamento quanto ao futuro, e tudo indica que eles estariam discutindo a possibilidade de uma maior integração de suas rotinas, mas tudo sem pressão, deixando o processo seguir de maneira gradual e natural. Gigi e Bradley também estão aos poucos fazendo uma aproximação de seus filhos. Bradley é  pai de Lea, de 8 anos, de seu relacionamento com a modelo Irina Shayk. Apesarem de estarem praticamente juntos há algum tempo eles só assumiram o namoro publicamente em maio deste ano.

Radar da Embraer: fábrica na China

A Embraer está diante do desafio de encontrar uma posição no mercado internacional razoavelmente equidistante dos Estados Unidos e da China. É um equilíbrio que requer movimentos cuidadosos. De um lado, a companhia acena com investimentos de US$ 500 milhões na Flórida na tentativa de reverter a sobretaxa de 10% das importações de aviões imposta pelo governo Trump; de outro, matura a ideia de voltar a ter uma fábrica em território chinês. A Embraer tem mantido canais de interlocução junto a Pequim com o intuito de retomar a produção de aviões executivos no país asiático. O projeto aconteceria ao lado de um parceiro local. Foi assim entre 2002 e 2016, quando a companhia manteve a Harbin Embraer Aircraft Industry (HEAI), uma joint venture com a chinesa Avic para a fabricação dos jatos Legacy. É sintomático que, em abril, a empresa tenha criado o cargo de  diretor-geral e vice-presidente Senior de Vendas e Marketing de Aviação Comercial na China e contratado um executivo nativo para ocupá-lo, o ex-Airbus Patrick Peng.

1.500 unidades

Mais Embraer: chama a atenção que, neste ano, pela primeira vez, o país asiático tenha merecido uma análise individual no Marketing Outlook, relatório anual da Embraer com projeções para a demanda global por aeronaves comerciais no horizonte de 20 anos. Segundo o documento, as encomendas chinesas de jatos regionais nas próximas duas décadas devem chegar a 1.500 unidades. Outro dado: a estimativa é que, em 20 anos, a China será responsável por 39% do tráfego global de passageiros de até 150 lugares, superando EUA e Europa.

Natural aos 71 anos

A atriz e humorista Regina Casé, pode se orgulhar da sua boa forma, aos 71 anos. E é ainda melhor chegou à idade sem fazer nenhum procedimento que vive em moda e é usado por muitas mulheres quando chegam a uma certa idade. Em entrevista Regina revelou que dá preferência a produtos naturais, sem ter sido manuseado industrialmente. “ Procuro na minha rotina de beleza privilegiar coisas que sejam brasileiras, do meu estado, que não tenham viajado muito e que tenham sido feitas artesanalmente. Quando vai fazendo esse caminho, você vai chegando mais perto do simples e do bom". Fã de breu branco,  óleo de andiroba e priprioca e outros produtos garante que seu segredo é combinação de vários fatores, como o cuidado com a alimentação e o emocional. “Se você não tiver legal emocionalmente e o resto do seu corpo não estiver funcionando bem, o seu cabelo não tem como ficar bonito sozinho". Mais: revelou que Dezoito anos depois da cesárea da Benedita, resolveu  amenizar  a cicatriz com uma abdominoplastia, mas ficou pior, e por isso ficou traumatizada e por enquanto procura evitar qualquer outra intervenção cirúrgica por estética.

Dinheiro vivo

Segundo relatório da polícia Federal que aponta Jair e Eduardo Bolsonaro, além de Silas  Malafaia, como suspeitos de coação na ação penal do golpe, chama a atenção a grande  movimentação de dinheiro feita recentemente pelo ex-presidente. Entre janeiro e julho, Bolsonaro fez 40 saques em caixas eletrônicos  guichês, totalizando R$ 130,8 mil. Foi o equivalente a R$ 3.270 por dia em sete meses (mais de dois salários-mínimos).

Reclamações

No interior do condomínio Solar de Brasília  no bairro Jardim Botânico, em Brasília, onde Bolsonaro está sendo monitorado, muitos vizinhos estão reclamando da movimentação protagonizada por agentes à paisana. Policiais penais se revezam em frente à casa  onde o ex-presidente mora. Três policiais permanecem numa viatura descaracterizada em frente ao imóvel. A rua não foi interditada pela equipe de segurança do residencial. Quem entra no condomínio tem que se identificar. Já houve manifestação de apoiadores, logo dissolvida. Sempre há congestionamento de carros à entrada do condomínio, para residentes e visitantes.

Pérola

“A cada dia que passa, o desafio tem sido enorme: resistir à perseguição, lidar com incertezas e suportar humilhações. Não tem nada, nós vamos vencer. Deus é bom o tempo todo. O Brasil pertence ao Senhor Jesus", 

de Michelle Bolsonaro, numa isolada e suposta pré-campanha.

Flávio na vice

Depois de dizer, num evento no começo da semana, em São Paulo, promovido pelo grupo Esfera, que "Trump é a única saída que temos", Valdemar Costa Neto, presidente do PL, acompanha, com certo desespero, a recuperação de Lula nas pesquisas. Como Eduardo Bolsonaro está fora do jogo e Michelle corre por conta própria, Valdemar também  vê crescer o lobby pelo senador  Flávio Bolsonaro ser o vice na chapa de Tarcísio de Freitas ao Planalto. Valdemar aproveitou para exibir dado de uma pesquisa mostrando que o apoio de Bolsonaro valeria 30% dos votos: "Levaria qualquer um para o segundo turno".

Até Churchill

Ainda no evento da Esfera, o governador Tarcísio de Freitas adotou ares de pré-candidato à Presidência, driblou a cobrança de se afastar de Bolsonaro, citando outros personagens a seu  discurso: Javier Milei, Getúlio Vargas JK e até Churchill. No caso do britânico, foi direto "Quando o. O Reino Unido estava imerso na Segunda Guerra, Churchill perguntou "O que eles pensam de nós?" E o que nós pensamos de nós mesmos?". O discurso ao qual se  referia era o famoso "Nada tenho a oferecer senão sangue, trabalho, suor e lágrimas". Quem estava lá, considerou "uma postura presidencial".

Só com R$ 11 bilhões

O BNDES deve mudar seu estatuto e permitir que emissoras de TV tomem crédito para a compra de equipamentos necessários à TV 3.0, a chamada + DTV. E cogita bloquear anúncios de estatais na radiodifusão caso atrasem pagamentos ou deem calote ( caso de Correios, Caixa, Banco do Brasil e Petrobras, só para começo de conversa). Lula intercedeu pelas redes, que terão de levantar nada menos do que R$ 11 bilhões para modernizar seu parque industrial. As emissoras, do seu lado, já estão avisando que, sem esse crédito, a nova tecnologia fica só na conversa. Desde a implantação da TV digital, em 2007, a radiodifusão não pode tomar crédito no BNDES.

Olho na Ficha Limpa

O ex-governador do DF, José Roberto Arruda,  está  envolvido em uma manobra que prometeu a Valdemar Costa Neto disputar pelo PL uma vaga de deputado federal e garantiu ao PSD de Gilberto Kassab disputar pelo partido o Palácio do Buriti. As promessas têm o objetivo de engajar o PL e PSD na aprovação do afrouxamento da Lei da Ficha Limpa na qual está enquadrado. No Senado, há projeto que unifica em oito anos o prazo de inelegibilidade para políticos impedidos de se candidatar, E acena com a possibilidade de anistiar  políticos condenados da Lei da Ficha Limpa por crimes de corrupção.

Fortaleza vende SAP

Mudança de rota no Fortaleza: nos últimos dias, em conversas reservadas com fundos de investimento, Marcelo Paz, o todo-poderoso CEO do clube cearense, colocou sobre a mesa a possibilidade de vender até 70% da SAF. Desde o fim de 2023, quando da criação da empresa, Paz sempre bateu na tecla de que a oferta ao mercado se restringia a uma participação no capital de até 49%. No entanto, a realidade se impôs. Nenhum dos investidores sondados até o momento demonstrou interesse em colocar dinheiro na SAF para ser minoritário e consequentemente subordinado à diretoria do clube associativo. Ao mesmo tempo, Paz tem a pressão que vem dos gramados: o Fortaleza está na zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

Muitos donos

O SBT está tentando comprar os direitos de transmissão de "Xica da Silva", última novela de sucesso produzida pela extinta Rede  Manchete em 1996 e 1997. A emissora da família Abravanel já reprisou a novela, há duas décadas, levando Taís Araújo ao estrelato. O objetivo agora é disponibilizar a trama, de forma legal, no + SBT, sua plataforma de streaming. outra ideia é deixar a novela disponível para nova reprise na TV aberta. Problema maior: são muitos os donos dos direitos de "Xica da Silva". É necessário muito cuidado na compra.

Mistura Fina

O governo Lula liberou o pagamento de mais de R$ 200 milhões em emendas parlamentares para deputados e senadores que são titulares da CPI Mista criada para investigar a roubalheira do INSS. O dinheiro foi liberado quando a investigação foi instalada pelo Congresso. O levantamento considera que foi de fato pago, quando o fornecedor ou prestador de serviço recebeu efetivamente o dinheiro ou valor da emenda tido como "empenhado".

Ainda as emendas para titulares da CPI Mista: o empenho  equivale a um cheque ainda a ser descontado, mas serve para  políticos terem o que mostrar aos aliados da base eleitoral. Emendas pagas, entre 1 e 22 de agosto, passam de R$ 113,7 milhões. As empenhadas superam R$ 90,8 milhões. Coronel Fernanda (PI-MT), preponente da CPMI, não recebeu nada e nada foi empenhado e o governo pagou R$ 18,1 milhões para a tropa do PDT de Carlos Lupi (caiu quando o escândalo estourou), com três parlamentares na CPI Mista.

O ministro Alexandre de Moraes (STF) cogita em mandar Bolsonaro, se for condenado ainda em setembro, pelo Supremo, para Tremembé, também conhecido como "presídio dos famosos" porque recebe muitas celebridades nas celas. A propósito, na segunda-feira próxima, 1º de setembro, será lançado
o livro "Tremembé - Presídio de Famosos", do jornalista Ulisses Campbell, que reúne o  comportamento de figuras conhecidas que cumprem pena lá.

Algumas histórias coletadas por Campbell: Robinho aumentou o número de visitantes, faz tarefas  domésticas e se rivaliza com o empresário Thiago Brennand, que diz já ter servido nas Forças Armadas da Rússia (não é verdade); Elize Matsunada, que matou o marido, está em liberdade condicional e trabalha como motorista de aplicativo; e Roger Abdelmassih, condenado por estuprar 37 pacientes, fez amizade com Pimenta  Neves e o ex-senador Luiz Estevão. O trio recebeu os apelidos de "viúvas de elite" e "tias do chá".

In – Cabeceira de cama com enfeites pequenos
Out - Cabeceira de cama com enfeites pesados

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

Continue Lendo...

Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

In – Natal: coquetel de pêssego            
Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

Continue Lendo...

A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).