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Giba Um

"A decisão da Segunda Turma em 2021, que considerou Sérgio Moro suspeito para conduzir...

investigações da Lava Jato, foi um divisor de águas, o desnudamento de uma metodologia de subversão do sistema acusatório", de Gilmar Mendes (STF), recomendando a Luiz Fux que "esqueça a Lava Jato"

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O supermercado St. Marche (32 lojas e R$ 1,3 bilhão de faturamento em 2024) atravessou a tormenta: fechou um acordo com os credores para a renegociação de R$ 530 milhões em dívidas e saiu da recuperação judicial. O L. Catterton, acionista majoritário com 70%, volta-se agora para a venda em parte ou mesmo a totalidade das ações.

MAIS: é provável que o nome do comprador já esteja dentro de casa. O BTG Pactual pode assumir o controle do St. Marche. O banco de André Esteves detém cerca de R$ 280 milhões em créditos contra a rede de supermercados, por meio de um fundo. Olho vivo!

Pausa, por enquanto, não

Com seus 30 anos recém-completados (dia 3) e com 15 anos de carreira, a atriz Alice Wegmann desde pequena sabia o que queria. E no colégio não tinha uma turma era, por assim dizer, de várias. “Interagia com todos. Sentia vontade de conectar pessoas. O interesse pelo outro é base da minha profissão”. Antes de se tornar atriz, Alice quase se tornou ginasta artística. “Dos 3 aos 11 anos, passava quase sete horas por dia treinando, numa rotina entre as aulas no tradicional colégio e as acrobacias”. Alice disse que é de uma geração que corre do tédio. Fazendo uma referência  ao seu último personagem Solange Duprat, que era uma mulher super ligada na moda diz que é uma pessoa que gosta muito de roupas com longa durabilidade. “Sempre fui mais da atemporalidade. De comprar coisas que vou usar a vida inteira. Ou que depois posso passar adiante para que outras pessoas aproveitem”.  E quem pensa que Alice irá aproveitar para descansar, engana-se, ela tem muitos trabalhos engatilhados, mas que por enquanto não pode falar. Férias só em 2026, claro que se não surgir, outros trabalhos. Apesar de sempre estar em movimento, a atriz diz que agora consegue tirar algumas horas e até dias para relaxar. “Antigamente, não conseguia ficar quieta, olhando para o teto. Hoje em dia, adoro. Um dos meus hábitos favoritos é justamente o de não fazer nada. Acho importante ficar no vazio para pensar, enfrentar os medos, as angústias. Sem isso, a gente não cresce.” Se na vida profissional tudo vai bem, na vida amorosa as coisas também estão no mesmo caminho. Atualmente está namorando o empresário Luiz Guilherme Niemeyer. Um relacionamento discreto assim como sua vida particular.

TikTok estreia no Black Friday

O TikTok aproveitou o "Dia dos Solteiros" (11de novembro), data que, tradicionalmente, marca grandes promoções no varejo chinês, para iniciar uma operação-teste no Brasil. Mais que uma rodada de descontos, a ação funcionou como um ensaio técnico para o Black Friday, marcada para o fim do mês. Será a primeira Black Friday da rede social chinesa atuando com seu e-commerce no país. A TikTok Shop pretende testar, em escala real, suas ferramentas de compra e de pagamento, além de calibrar sistemas de logística, prazos de entrega e atendimento pós-venda. A meta é garantir que a infraestrutura suporte o alto volume de transações esperado no fim do mês. Nesse primeiro movimento, o TikTok Shop concentrará promoções em categorias de alto giro eletrônicos, moda e cosméticos - com cupons e transmissões ao vivo comandadas por influenciadores.

Termômetro

Ainda TikTok Shop: o desempenho dessa operação-piloto servirá como termômetro para ajustes na interface de checkout, integração com vendedores e algoritmos de recomendação. Desde o início de 2025, o TikTok vem intensificando presença no e-commerce brasileiro, em disputa com Shopee, Mercado Livre e Shein. A estratégia segue o modelo chinês de "shoppertainment", que mistura entretenimento e compras em tempo real. O ensaio técnico foi acompanhado por equipes de engenharia e dados da matriz asiática para monitorar cada etapa do fluxo de pedidos.

Miss metal

A imagem de uma miss sempre é ligada ao romantismo, ao clima calmo. Só que Ignacia Fernández,  de 27 anos que foi eleita Miss Chile, no domingo (9) desfez esse “mito”. Além de modelo ela também é vocalista da banda de death metal Decessus. Uma semana antes de ser coroada na semifinal do  concurso ela  surpreendeu os jurados e o público com uma performance arrasadora de death metal. “O metal tem sido parte fundamental de quem eu sou como pessoa e na minha vida: um refúgio, uma fonte de força e propósito. Poder expressá-lo no palco do Miss Mundo Chile foi uma oportunidade que valorizo muito. Foi uma ótima experiência quebrar barreiras na televisão aberta, inspirar, ser autêntica e mostrar que não precisamos temer os preconceitos alheios”. E claro, ao ser  consagrada campeã Ignacia agradeceu a oportunidade de  representar seu país: “Obrigada pelo reconhecimento mundial do meu canto, um pedacinho da minha alma que me inspira a continuar crescendo e sonhando alto. Vamos com tudo, Chile… rumo à coroa!”

Domínio familiar

Está nas redes sociais: a COP30 virou ativo para a família Barbalho. O governador Helder Barbalho, que se reelegeu com 70% dos votos, experimenta projeção nacional agora. A família já decidiu partir para uma dança de cadeiras nas eleições do ano que vem. O patriarca Jader Barbalho, 81 anos, promete se aposentar, mas o clã terá candidatos ao Senado, à Câmara e à Assembleia Legislativa. O único problema é convencer os eleitores que a COP30 deixará um legado permanente.

Pressão na Alemanha

Em carta enviada ao chanceler alemão, Friedrich Merz, 13 organizações ligadas à causa ambiental e humanitária pediram que o país anuncie um investimento de ao menos US$ 2,5 bilhões no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), ainda durante a COP30. A iniciativa é uma das apostas do governo brasileiro. O Planalto espera que a Alemanha siga os passos da Noruega, maior investimento até agora. A Alemanha anunciou apenas "apoio político" e prometeu "uma quantia significativa" - e não falou quanto e quando.

Pérola

“A decisão da Segunda Turma em 2021, que considerou Sérgio Moro suspeito para conduzir investigações da Lava Jato, foi um divisor de águas, o desnudamento de uma metodologia de subversão do sistema acusatório"

de Gilmar Mendes (STF), recomendando a Luiz Fux que "esqueça a Lava Jato". 

Blindar suspeito 1

O presidente da CPMI do INSS, Carlos Viana (Podemos-MG) protestou contra o Ministro do STF Gilmar Mendes, acusado de desdenhar do Congresso o habeas corpus usado para blindar Igor Delecrode, suspeito no roubo bilionário a aposentados. O relator Alfredo Gaspar (União-AL) disse que, aos 28 anos, Igor ficou milionário com dinheiro roubado. E atirou: "Para Gilmar e STF, o Congresso não vale absolutamente nada".

Blindar suspeito 2

Convocado para depor como testemunha, Igor Delecrode é acusado de participar do esquema que roubou R$ 1,4 bilhão de aposentados. E Gilmar disse que "a condição de investigado não pode ser artificialmente modificada para testemunha", o que o obrigaria a responder às perguntas. Já o senador Rogério Marinho (FL-RN) cobrou da Câmara que vote projeto do Senado impondo limites ao poder cada vez mais exacerbado do STF. Mais: Igor, o blindado do dia, e especialista em auditoria e controladoria, tem até pós-graduação. É o caso da raposa que sabe o que fazer no galinheiro. 

Já não pagam IR 1

O governo Lula não divulga o número exato de pessoas que serão beneficiadas de fato pela "isenção do imposto de renda até R$ 5 mil por mês". Especialistas fazem a conta: a projeção do governo e que existem 10 milhões de pessoas na faixa de renda (R$ 3.001 a R$ 5.000) e beneficiadas pelo projeto de Lula. Contudo, o governo não revela quantas já têm deduções suficientes para já possuírem a "isenção na prática". Tributaristas estimam que isso deve superar 80% do total. 

Já não pagam 2

Traduzindo: a maior parte dos que ganham até R$ 5 mil de forma efetiva não sentirão financeiramente a alteração. Deduções incluem contribuição previdenciária, dependentes, despesas médicas, odontológicas, planos de saúde, com instrução e outras. A taxa real em renda de R$ 5 mil, sem deduções, é 6,7% (R$ 335,15), segundo a Receita. Dois dependentes, por exemplo, deduzem R$ 379,18. Quem ganha R$ 5 mil/mês e paga pensão alimentícia de R$ 350 já tem, na prática, a isenção do IR: 100% da pensão é descontada do IR.

Quer ser governador

Alçado à relator da PL Antifacção do governo federal, o deputado Guilherme Derrite (PP) enfrentou polêmicas e uma disparada da letalidade policial desde que assumiu a Secretaria de Segurança de São Paulo, no início de 2023. Ao mesmo tempo, viu uma queda de 11,4% em crimes violentos com mortes e 20,8% em casos de roubos. Agora, aposta na projeção oferecida por Hugo Motta, presidente da Câmara, para se cacifar a uma vaga no Senado ou mesmo suceder Tarcísio de Freitas, caso ele decida disputar a Presidência em 2026.

"Papudinha"

Condenado a 27 anos e três meses de prisão, o ex-presidente Jair Bolsonaro deve cumprir o início da pena e, um batalhão da Polícia Militar no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília. É o cenário mais provável, caso o ministro Alexandre de Moraes (STF) negue a prisão domiciliar e determine que Bolsonaro vá para a cadeia. Conhecido como "Papudinha", o batalhão é uma área reservada a policiais militares presos considerada a mais apropriada em termos de infraestrutura para receber o ex-presidente. É onde ficou detido o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, também por ordens de Moraes, no âmbito das investigações do de Janeiro.

Mistura Fina

Santa Catarina começou a multar em um salário-mínimo quem for flagrado com maconha no estado. Em cinco dias, foram mais de 500 flagrantes. Joinville, que se orgulha de ser o "Texas brasileiro", foi a campeã de flagrantes. O governador Jorginho Mello (PL) avisa: "Lugar público não é local para ficar emaconhado". Ele também não gosta dessa história de se usar maconha em tratamento de saúde.
 
Estudo da Embrapa Territorial, apresentado em Belém na COP30,desfaz informações repetidas exaustivamente sobre a "destruição da Amazônia". O levantamento aponta que " está protegida, preservada ou conservada" 83,7% da vegetação nativa do Bioma Amazônia no Brasil. As áreas não-preservadas incluem a hidrografia ( todos os rios) que toma 1,7% da região e todas em terras produtivas. O agro, sempre criticado por Lula, o PT e ONGS brasileiras e estrangeiras consumiram apenas 14,1% de todas as terras da região.
 
Para cada hectare de uso agropecuário há quase seis (5,9) hectares de área destinada à proteção e preservação, aponta o estudo da Embrapa. Produtores rurais dedicam 27,4% dos imóveis à preservação , aponta estudo de Lucíola Magalhães, da Embrapa Territorial. O estudo da chefe-adjunta da Pesquisa mento ressalta: um terço da vegetação nativa está sob responsabilidade de imóveis rurais.

A Databricks, gigante norte-americana de dados e inteligência artificial avaliada em mais de US$ 100 bilhões, prepara novos movimentos no Brasil. A empresa trabalha com uma pré-seleção de cinco startups das áreas de processamento de dados e automação de IA. Ao menos um dos portes deverá ser anunciado ainda este ano. Em setembro, por meio da Databricks Ventures, seu braço de investimentos, o grupo norte-americano fez sua primeira operação no país.
 
Ainda a primeira operação no Brasil: a operação consistiu em injetar recursos na catarinense Indicium, que aplica ferramentas de analytics moderno, com integração de dados em tempo real. Com isso, o país entrou no seleto rol de países com investimentos do fundo de venture capital da Databricks, juntando-se ao Canadá, Israel, Holanda, China e, claro, aos Estados Unidos. O veículo tem participações em 29 startups, sendo 21 delas norte-americanas.

In – Caipirinha de acerola
Out – Batida de acerola

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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