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Giba Um

"A minha vontade era pedir para arrancar a bandeira. Esse pessoal não tem noção nenhuma...

Eu fiquei indignado quando vi aquela bandeira. Posso te falar a verdade? Pensei que era uma "armação da esquerda, de Silas Malafaia, sobre a bandeira americana na manifestação Bolsonarista de domingo (7) na Avenida Paulista

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Levantamento da Associação Brasileira de Medicina de Emergência revelou que 45 mil pacientes deram entrada em pronto-socorro da rede pública do país com sintomas de envenenamento nos últimos dez anos, de 2015 a 2024. Uma média de 12,6 por dia.

Mais: ou se preferir um caso de envenenamento a cada duas horas. E 1.480 deles morreram. Cerca de 7% dos casos registrados nas bases oficiais resultaram de situações decorrentes de intoxicação proposital causada por terceiros.

Sexy sem esforço

A cantora espanhola Rosalía continua em alta, mas não só nas paradas musicais como também no mundo publicitário. Em julho foi nomeada embaixadora global da New Balance e agora é o rosto da campanha de roupas íntimas da Calvin Klein onde apresentas as peças Icon Cotton Modal, Heritage Cotton e Perfectly Fit em cliques surpreendentes feitos por Carlijn Jacobs, onde posou até com uma cobra píton albina. Como em muitas campanhas de roupas íntimas da CK, Rosalía exibe um visual sexy sem esforço algum.  "A lingerie Calvin Klein tem sido um elemento básico no meu guarda-roupa durante anos. Adoro a marca e é uma honra estar na campanha”. Apesar de amar moda, Rosalía diz que não tem um estilo definido. “Eu realmente amo moda. Talvez meus looks de trabalho sejam mais expansivos e poderosos, por assim dizer, mas no meu dia a dia, também é algo que eu seleciono e com o qual me divirto. Não acredito muito em fórmulas, mas tenho preferências, e agora estou me divertindo muito usando saias”. A nova campanha para a temporada de outono vem acompanhada de diversas fotografias e um vídeo, intitulado Rosalía Turns It Up (algo como "Rosalía dá tudo de si"), no qual, com poses sensuais e provocativas com as quais a artista aquece o ambiente, opta pelo minimalismo, tendo o preto e o branco como cores predominantes da proposta estética. Rosalía vem se firmando como um dos nomes mais influentes da moda atual. Ela já estrelou campanhas para Skims, MAC Cosmetics, Acne Studios e Dior. Mais: a cantora não para ela também deve aparecer na terceira temporada de Euphoria, da HBO e embora não tenha confirmado, tudo indica seu quarto álbum de estúdio será lançado em breve.

Minerais críticos: corrida de cobiça

Há um amplo arco de cobiça em torno dos minerais críticos do Brasil. Além da ofensiva internacional, que vai de Donald Trump a Pequim, passando pelos grandes grupos do setor, também no front doméstico cresce a pressão por uma fatia maior da riqueza. Prefeitos de municípios mineradores notadamente de Minas Gerais e Pará, estados que concentram mais de 70% da produção mineral brasileira - estão se articulando em Brasília com o objetivo de aumentar as alíquotas da CFEM (Compensação Financeira pelos Recursos Minerais). O movimento mira, sobretudo, na elevação das taxas que incidem sobre minérios estratégicos, como níquel e cobre e terras raras. Todos querem uma lasca dessa pedra preciosa.  Os prefeitos vislumbram, desde já, a oportunidade de aumentar a arrecadação diante das promessas do governo de estímulo à produção de minerais críticos - o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, acena com o anúncio de uma política nacional para o segmento até novembro. E municípios cobram o incremento das alíquotas da CFEM como forma de mitigar perdas causadas pela reforma tributária. 

Super-prejuízo

Ainda minerais críticos: prefeitos usam como escudo da Universidade de Minas Gerais apontando um prejuízo superior a R$ 20 bilhões para o universo de 2.100 municípios mineradores do país. Há um projeto de lei em tramitação na Câmara propondo aumento de alíquotas de CFERM. No caso de níquel e cobre, o projeto prevê aumento de taxas de 2% para 5%. Tomando-se como base apenas a produção atual, o aumento das alíquotas geraria uma arrecadação adicional da ordem de R$ 10 bilhões, dos quais R$ 6 bilhões repartidos entre municípios mineradores.

Ensaio provocante

A modelo brasileira Narah Baptista que ganhou notoriedade por namorar o ator frances Vicent Cassel, que é 29 anos mais velho acaba de publicar um ensaio em suas redes sociais para lá de provocante. Esbanha profundos decotes e ousados topless escondendo os seios. Mais: sobre o relacionamento de Narah e Cassel, eles estão juntos há 3 anos e já são pais de Caetano, de oito meses. Narah, contratada da agência Elite Models, levou seu charme e talento ao Miss Austrália 2020, onde garantiu um lugar entre as 15 finalistas. Durante sua jornada no concurso, ela compartilhou um sonho especial: alcançar uma carreira como atriz, mostrando que sua paixão vai muito além das passarelas. O ator tem três filhas: Deva, de 20 anos, e Léonie, de 14, ambas nascidas de seu casamento com a atriz italiana Monica Bellucci; e Amazonie, de 5 anos, fruto de seu segundo casamento com a modelo francesa Tina Kunakey.

Mordomia aérea

Regalia das mais cobiçadas por autoridades em Brasília, os voos em jatinhos da FAB se aproximam este ano das 800 decolagens levando o bloco da mordomia. Entre 1º de janeiro e 3 de setembro, foram 793 viagens para levar ministros de Lula, presidente da Câmara dos Deputados, Senado e Supremo Tribunal Federal. A rigor, ministros do STF não poderiam desfrutar da benesse mas deram um jeitinho de liberar. Oficialmente, ministros do Supremo voaram 19 vezes e no topo da regalia estão Fernando Haddad (Fazenda) com 87 voos e Hugo Motta, presidente da Câmara, 85. Luís Roberto Barroso (STF)viajou 82 vezes nas asas da FAB.

Palavra final

Celso de Mello, ministro aposentado do STF e veterano jurista, diz que "anistia aos golpistas é afronta à Constituição". E argumenta que "o Supremo já firmou jurisprudência de que atos sucessivos de clemência, como graça, indulto e anistia, são plenamente suscetíveis de controle jurisdicional e que o Congresso não pode a transgredir a separação de Poderes nem beneficiar quem atentou contra o Estado". E mais: "No caso específico, a proposição legislativa incide em algumas transgressões à Constituição, especialmente porque visa beneficiar quem atentou contra o Estado Democrático de Direito e porque busca converter o congresso em anômalo órgão revisional de decisões do STF".

Pérola

"A minha vontade era pedir para arrancar a bandeira. Esse pessoal não tem noção nenhuma. Eu fiquei indignado quando vi aquela bandeira. Posso te falar a verdade? Pensei que era uma "armação da esquerda,

de Silas Malafaia, sobre a bandeira americana na manifestação Bolsonarista de domingo (7) na Avenida Paulista.

R$ 300 milhões este ano 1

Lula custa mais caro sempre que aumenta a reprovação de seu governo, usando dinheiro público para comprar popularidade. Depois das pesquisas revelarem sua reprovação de 53%, mesmo com o tarifaço, o presidente passou a mão em R$ 5 bilhões do contribuinte para comprar simpatias com botijões de gás. Depois de gastos de R$ 285 bilhões em 2024, o Chefe do Governo continua torrando sem controle e pode chegar a R$ 300 bilhões este ano. Especialistas do Instituto Fiscal Independente do Senado apostam que a  gastança levará o Brasil ao colapso já em 2027.

R$ 300 bilhões este ano 2

O governo Lula faz  crescer a dívida pública 0,7% ao mês, como em julho, levando-a  R$ 7,9 trilhões e o presidente não parece preocupado (problema do sucessor). Até os técnicos responsáveis do governo alertaram que, em 2027, ano do colapso, já não haverá dinheiro para serviços básicos. Em vez de adotar políticas de estímulo à economia, o mesmo Lula persegue a R$ 300 bilhões de gastos bancados por endividamento crescente.

Bondades ao turismo rural

O governo prepara um pacote de estímulo ao turismo rural, com a concessão de financiamento público. Uma parte dos recursos virá do Fungetur - Fundo Geral do Turismo, gerido pelo próprio Ministério do Turismo. As discussões passam também pela criação de linhas de crédito específicas pela Caixa Econômica, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia. O incentivo pode beneficiar cerca de 1,2 milhão de imoveis rurais já destinadas a atividades turísticas, mais de 80% delas de propriedade familiar. Agora, uma portaria regulamenta a Lei Geral do Turismo e permite aos agricultores familiares e produtores rurais o registro no Cadastro dos Prestadores de Serviços Turísticos.

Gravar vídeos, não

Com a esperada condenação de Bolsonaro, governistas defendem a imposição de mordaça ao ex-presidente para impedir até de gravar vídeos de apoio à campanha presidencial de 2026. Especialistas encontram espaço para o veto e para a autorização. Juristas acham que, ainda que esteja preso, Bolsonaro estaria autorizado por lei a exercer o direito de voto e à manifestação política, o que inclui indicar candidaturas. A liberdade de manifestação só seria proibida em caso de apologia ao crime. A situação seria decidida apenas pelo juízo penal, ou seja, Alexandre de Moraes.

Camisa desprezada 1

Enquanto a Secretaria de Comunicação de Lula usa dinheiro do contribuinte em campanhas milionárias, tentando associar a Seleção Brasileira ao governo petista, o próprio presidente ignora a camisa amarela, nem mesmo em pose para o Instagram. A última postagem do petista com a amarela foi em 5 de dezembro de 2022, quando o Brasil enfrentou a Coreia do Sul. Em 24 de julho de 2023, jogo da seleção feminina, Lula evitou a camisa amarela, posando com roupa de treino azul escuro. 

Camisa desprezada 2

De lá para cá, Lula publicou fotos com peças brancas, tons de azul, jeans e até sem camisa, mas nada de amarelo ou verde-amarelo. É o vermelho que domina o guarda-roupas de Lula. Se nunca enverga o amarelo da Seleção, já vestiu a camisa vermelha do PT em 60 situações e publicações. Artistas do tipo Fafá de Belém e Maria Bethânia evitam o amarelo ou o neutro com Lula. Preferem peças vermelhas para agradar o ídolo. Nos últimos anos, à propósito, camisas amarelas ou verde-amarelas têm sido quase exclusivas dos bolsonaristas.

Mistura Fina

Líder do PL, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL) negou a existência de "ala" (e elas existem mesmo) do partido a favor de retirar Bolsonaro no projeto de anistia. Ele garante que o partido votará "100% pela anistia". Por outro lado, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocou "empresários" a participarem da pressão sobre o Congresso no projeto de anistia. "O mínimo é Jair Bolsonaro estar nas urnas em 2026, o mínimo". Davi Alcolumbre, presidente do Senado, quer Bolsonaro fora da anistia.

Na reta final de julgamento da trama golpista pelo STF, Bolsonaro pede autorização à Corte para realizar um procedimento médico no próximo domingo (14). A data pretendida é dois dias depois da sentença. O código indicado para o procedimento é "exérese e sutura de hemangioma, linfangioma ou nevus", cirurgia para remover lesões da pele, Os motivos e indicados foram um nevo melanocítico do tronco (uma pinta) e uma neoplasia de comportamento incerto,um tumor que pode ser definido como benigno ou maligno.

Para quem tem a memória curta: num comício de 2021, na Avenida Paulista, a um ano e quatro meses do fim de mandato, Bolsonaro deixou claro que não pretendia deixar o poder em caso de derrota nas urnas. "Só Deus me tira de lá". As investigações da PF mostraram que não era mero arroubo impensado. Já tinha um plano de fuga traçado, "se por ventura lhe faltasse apoio armado, com que contava". A escalada autoritária iria até a tentativas de golpe e à invasão dos três poderes em janeiro de 2023.

O Itaú Unibanco, maior banco privado do país, acaba de demitir (o volume é estimado pelo Sindicato dos Bancários) cerca de mil funcionários de uma penada só. Os profissionais afastados exerciam trabalho remoto em período de quatro horas ou mais de suposta ociosidade. Este ano, o Itaú já havia cortado 518 postos de trabalho, reduzindo seu corpo de trabalho a 85.775. No último semestre, o banco obteve lucro superior a R$ 22,6 bilhões, consolidando-se como o maior banco do país em ativos.

In –   Livro: O Segredo Final

Out -  Livro: A verdade sobre a mentir

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"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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