Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"A política econômica atual está levando o País ao caos"

Deputado Rodrigo Valadares (União-SE), que vê incapacidade no controle da inflação

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Proteção de Lula a ditador explica vaias chilenas

Lula (PT) desafiou o nojo dos chilenos a qualquer forma de ditadura ao manter a visita após fazer pouco dos valores democráticos, apoiando o ditador enlouquecido da Venezuela. Chilenos são intolerantes a ditadura, após décadas sob o general Augusto Pinochet. Isso explica a demorada vaia. A repulsa é a qualquer ditadura, de direita ou de esquerda, por isso o anfitrião Gabriel Boric denunciou a fraude. Ontem, não escondeu seu desconforto quando Lula puxou papo cabuloso, tentando defender o ditador que expulsou diplomatas em razão da corajosa posição chilena.

Boric mandou bem

Fotos mostram Boric olhando para o alto, impaciente, enquanto Lula tentava defender apoio a Maduro contra suas convicções democrática.

Constrangimento

As vaias de chilenos e brasileiros a Lula coincidem com o agradecimento constrangedor do ditador pela passação de pano do petista à ditadura.

Ignorância da História

Lula ignora as lições chilenas: até o ditador Pinochet teve a dignidade de vazar após o plebiscito de 1990. Já seu ditador favorito optou por fraude.

Ditadura rastaquera

Encanta Lula o que enoja democratas: a ditadura que persegue, prende e mata. E censura: antes da eleição, fechou 47 rádios e 22 portais.

Recesso acaba, mas Congresso tem agenda livre

O recesso terminou dia 1º, como prevê a Constituição, mas deputados e senadores continuam longe de Brasília, local de trabalho, concentrados na única pauta política que verdadeiramente importa até outubro: as eleições. Extraoficialmente, haverá apenas duas semanas parlamentares de trabalho em agosto e outra em setembro. No Senado, são destaques a PEC do parcelamento de dívidas de municípios e a reforma tributária. Na Câmara, há previsão apenas de duas sessões para homenagens.

Concentra

Antes da eleição, a promessa no Congresso é de realizar “esforço concentrado” durante nove dias para votar projetos mais importantes.

Pauta fundamental

A Câmara irá homenagear os cem anos de nascimento de um ativista de esquerda. A pedido de deputados do PT, claro.

Linguiça cheia

Está marcada também para o plenário da Câmara uma homenagem à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pelos seus 25 anos.

Trabalho suspenso

Não há sessões deliberativas previstas na Câmara ou no Senado e as comissões estão paradas. Votações, nem pensar. A turma está mais focada nas eleições municipais e na sucessão nas mesas diretoras.

Prontidão israelense

Diante da ameaça de ataque do Irã, após a morte do terrorista palestino Ismail Hanyeh, Israel colocou em operação o maior hospital subterrâneo do mundo, o Rambam Health Care Campus, de Haifa, norte do país. São três andares subterrâneos com dois mil leitos para até oito mil pessoas.

Chama o Amorim

O chanceler decorativo Mauro Vieira estava ao lado de Lula, na ruidosa vaia de ontem (5), no Chile. Se expressão falasse, pareceria dizer algo como “Celso Amorim faz as suas presepadas e eu que pago o pato”.

País pequeno

Figura admirada no mercado, Pedro Cerize destacou no canal BM&C News o significado dos US$270 bilhões que tem em caixa a Berkshire, do megainvestidor Warren Buffet: quase toda reserva cambial brasileira.

Telepolítica

Viralizou a promessa do candidato do PRTB a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, durante a convenção partidária, revelando no debate os dois candidatos ele diz saber serem “cheirador[es] de cocaína”.

Desconstrução

Além de muito feios, salvo exceções, os uniformes do Brasil nos Jogos Olímpicos, encomendados na Riachuelo, tentam desconstruir a camisa canarinha. Era o verde e amarelo, agora predomina a ideologia. Até inventaram um azul-velório que nada tem a ver com a bandeira do Brasil.

Escola Taxad

Haddad deve ter inspirado anúncio das autoridades dos EUA de que os americanos resgatados em troca de prisioneiros com a Rússia devem taxas e multas à Receita Federal (IRS, lá) pelos anos de prisão.

Hexa ao contrário

No dia de ontem, marcado pelo derretimento nas bolsas de valores mundo afora, anotou também o 14º dia seguido de alta do Dólar em relação ao Real. O dólar “turismo” chegou fechou a quase R$5,96.

Pensando bem...

...já tem gente achando que o STF fixará 48 horas de prazo para que os chilenos expliquem as vaias a Lula.

 

PODER SEM PUDOR

Bananas intolerantes

Em 1968, corria o boato de que a ditadura iria endurecer. Presidia a Câmara o deputado mineiro José Bonifácio Lafayette de Andrada, o Zezinho Bonifácio, que anunciou: o Congresso permaneceria “em recesso por tempo ilimitado”. A oposição se revoltou com sua falta de empenho para evitar aquele ato de força. Em meio à confusão, o também mineiro Celso Passos (MDB) protesta ao microfone: “Seja mais Andrada e menos Zezinho, nobre deputado!” Zezinho se levantou, fechou a mão, levantou o braço bruscamente e deu diversas bananas em direção ao adversário. E foi embora.

Cláudio Humberto

"É preciso garantir o direito dos denunciantes e o direito de defesa"

Macaé Evaristo, convidada por Lula para assumir o Ministério dos Direitos Humanos

10/09/2024 07h00

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Impeachment é robusto, mas chances são pequenas

O impeachment de Alexandre de Moraes, protocolado ontem, foi definido como “robusto” e mobiliza a oposição, mas os senadores admitem a missão quase impossível de fazer o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, abrir o processo. Logo ele, que deixará a política para voltar a advogar junto aos tribunais superiores. Muitos torcem pelo impeachment como forma de dar uma chance à pacificação do País. “Se ele faz o que faz agora, imagine na presidência do tribunal”, adverte ministro do STJ.

Nuvens carregadas

Com o revezamento previsto, Moraes será vice-presidente de Edson Fachin a partir de 2025 e assumirá a presidência do STF em 2027.

Plano de longo prazo

Se Pacheco e nem seu provável sucessor Davi Alcolumbre autorizarem o processo, resta eleger uma maioria conservadora no Senado, em 2026.

Olha a saia justa

Pela lei, impeachment de ministro terá sessão presidida no Senado pelo chefe do próprio STF. É o desdobramento que a oposição quer evitar.

Janela em 2027

A avaliação na oposição é que a “chance do pedido” está nos seis meses entre a posse do novo Senado e posse de Moraes à frente do STF.

Risadas no churrasco de Lula foram de nervoso

Não tiveram conotação de deboche as risadas de ministros do STF e do governo, que compareceram ao churrasco oferecido pelo presidente Lula (PT) ao politburo, sábado (7). “Eles riram de nervoso”, contaram à coluna dois dos presentes, contrariando versões, digamos, convenientes. Estavam meio acabrunhados com a falta de povo no desfile de Brasília e já sabiam que a Avenida Paulista estava pintada de verde e amarelo, quando Lula lembrou as iminentes “homenagens” a Alexandre Moraes.

Clima de tensão

As risadas de nervosismo com o lembrete de Lula apenas refletiam a tensão com informações sobre a multidão se concentrando na Paulista.

Comparação

A preocupação política de Lula era com a inevitável comparação das arquibancadas vazias de Brasília com a Paulista cheia de gente.

Operação Disfarça

“Gênios” do PT plantaram relatos de “despreocupação” de Lula e ministros, na mídia amiga, com aquilo que, na verdade, os apavorava.

Uma lógica de poder

Obedecem uma lógica petista de poder os 920 casos de assédio sexual no primeiro ano do atual governo Lula registrados só em 2023, segundo dados da Controladoria Geral da União citados pelo jornal O Globo.

Esquerda que assedia

A maioria esquerdista que ocupa cargos de confiança, no governo Lula, são os principais acusados de assédio sexual, usando cargo de chefia para obter favores sexuais. Já são 557 só de janeiro a agosto de 2024.

Oferta de empregos

A fabricante de carros elétricos Tesla, de Elon Musk, oferece trabalho remoto, em qualquer parte do mundo, com salários que podem chegar a 270 mil dólares, cerca de R$1,5 milhão por ano. Ou R$128 mil mensais.

Diplomacia dos anúncios

Mais de um mês desde a expulsão do embaixador brasileiro na Nicarágua, o Brasil finalmente “reagiu”: anunciou que vai aderir a uma declaração de acusação contra a ditadura Ortega, amigo de Lula.

Censura providencial

O governo petista passou o fim de semana agradecendo a censura ao X: poucos tiveram acesso às imagens do fracasso de público no desfile que Lula comandou em Brasília, sábado (7), nem muito menos às imagens das multidões de protesto na Avenida Paulista e em outras capitais.

Cobrar é trabalho

O deputado Evair de Melo (PP-ES) garante que “agora vamos cobrar que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ande com o processo e nos dê a oportunidade de discutir este pedido de impeachment no plenário”.

O amor vencido

A 1ª Turma do STF rejeitou todos os 39 recursos do X/Twitter, Discord, Rumble e Locals no inquérito sobre suposta omissão de autoridades no 8 de janeiro. Alvos da ordem de bloqueio, as redes não são parte no processo, só os donos dos perfis. A decisão foi unânime.

Sempre as jóias

Após o Dia 7 com a Paulista lotada, a Advocacia-Geral da União, como é habitual no governo, tenta ressuscitar o caso das jóias após o TCU liberar o relógio de luxo de Lula e abrir chance de beneficiar Bolsonaro.

Pensando bem...

... pesquisas indicam que o verde e amarelo na Avenida Paulista defendiam as cores da Austrália.

 

PODER SEM PUDOR

Cair no governo dói

Competente assessor de imprensa do presidente Itamar Franco, Francisco Baker convocara os jornalistas para uma coletiva sobre a demissão do ministro da Fazenda, Gustavo Krause. Compareceram o ministro interino, Paulo Haddad, além do gaúcho Pedro Simon e o pernambucano Roberto Freire. A entrevista demorou tanto que Simon acabou cochilando. Despertado no final, ele se levantou ainda meio grogue e caiu no vão entre o pequeno palco e a parede, na sala de entrevistas do Planalto. Roberto Freire mostrou sua presença de espírito: “Assim não dá: já é a segunda queda do dia no governo!”

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ARTIGOS

Pare de encaixotar a inovação

09/09/2024 07h45

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“A lição sabemos de cor, só nos resta aprender”. Essa é uma frase da canção “Sol de Primavera”, do inspirador músico Beto Guedes. É com ela que começo essa reflexão.

Nossa sociedade ocidental é expert em lições. Pense em seus anos de escola e resgate as primeiras memórias na sala de aula. Fomos doutrinados como operários de respostas prontas, memorizadas e repetidas. Nosso ritual de passagem do ensino básico para o superior é medido por uma extensa prova de múltipla escolha: para cada enunciado em diferentes graus de dificuldade há uma só resposta.

Nossas organizações foram desenhadas com a mesma lógica. Divididas em caixinhas especializadas, com uma grande estrutura piramidal – a parte de cima habitada por seres “superiores”, “mais aptos ou inteligentes” (sic) e com mais poder que todos.

Essas mesmas empresas gritam agora aos seus profissionais que eles precisam ser inovadores. Muitas enviam alguns dos seus eleitos para caros e famosos cursos de inovação, na esperança de que voltem “inovadores”.

Mas vejam que paradoxal: não adianta nada a obsessão pela inovação se não inovarmos a maneira de inovar. Queremos formar culturas inovadoras com metodologias, controle, indicadores, réguas e planilhas. Isso não tem como funcionar, porque essa é a antítese da inovação!

Recentemente o CEO da Volvo disse que o principal atributo para o líder contemporâneo é a curiosidade.

“Queremos formar culturas inovadoras com metodologias, controle, indicadores, réguas e planilhas. Isso não tem como funcionar, porque essa é a antítese da inovação!”.

Gostei do que ouvi! Minha sugestão para os líderes é que parem de organizar, planejar e encaixotar a inovação. Ela só acontecerá em contextos abertos, onde todas as ideias são possíveis e bem-vindas, onde o erro é honrado como canal necessário para o novo, onde a segurança psicológica é a garantia de que as pessoas não serão julgadas ou discriminadas pelas suas ideias “estranhas”.

Aliás, não existe nenhuma inovação na história que tenha sido considerada “normal” ou esperada quando foi proposta. A inovação precisa de espaço e tempo.

Meu convite é para mudar nossos filtros internos e apreciar mais o vazio criativo do que a assertividade das respostas prontas. Só assim criaremos culturas inovadoras.

Não são as metodologias, as escolas e os cursos ou mesmo a tecnologia que nos salvarão da estagnação, mas uma mudança de mentalidade, de coração e de vontade. Só nessa abertura radical acessaremos o potencial inovador de nossa alma, que é infinito! Só assim poderemos esquecer a lição e, finalmente, aprender.

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