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GIBA UM

"Acabou o complexo de vira-lata. Não somos inferiores a ninguém."

do presidente eleito LULA // avisando que no seu governo nada será privatizado.

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Até agora, estão confirmadas as presenças de 17 chefes de Estado na posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O número baterá o recorde da posse de Lula para seu primeiro mandato em 2002. 

Mais: na posse de Jair Bolsonaro, em 2019, vieram ao todo 10 chefes do Estado. Os Estados Unidos deverão ser representados pela vice-presidente Kamala Harris. Nicolás Maduro, queria vier, mas está proibido de entrar no Brasil.

“Acabou o complexo de vira-lata. Não somos inferiores a ninguém. Vai acabar as privatizações nesse país”, 

do presidente eleito LULA // avisando que no seu governo nada será privatizado.

In – Macacão feminino com alça
Out – Macacão feminino tomara-que-caia

Fotos:Reprodução

Esbanjando sensualidade

A super modelo e empresária Alessandra Ambrósio, 41 anos, mostrou toda a sua sensualidade na nova campanha da Jacquie Aiche Jewelry (que foi criada por influências da mistura das etnias dos pais egípcios e americanos). A design também tem influências do Oriente Médio de ouro martelado, amuletos e imagens de deusas e por isso sentiu a necessidade de criar  correntes corporais e pulseiras de dedo que trazem uma sensação de extravagância com um toque de rebeldia. Em alguns cliques da campanha a modelo aparece usando conjunto de lingerie da Gucci que muitos chegaram a confundir até o tema da campanha. Na semana passada ela e outras modelos brasileiras desfilaram na Qatar Fashion United. Sobre sua carreira é direta: “Não esperava que a modelagem fosse durar, mas aqui estou fazendo e amando. Isso me fez sentir que posso abraçar meu visual em todas as fases da minha vida”. E falando propriamente sobre moda: “Acho que devemos abordar a moda com um senso de diversão e alegria. Dessa forma, podemos experimentar a aparência e ver como se sente”. 

“Coisas erradas”

No último fim de semana, Valdemar Costa Neto, dono do PL, conversou muito com o ainda presidente Jair Bolsonaro (falaram sobre casa a ser alugada e escritório de dois andares adiado). Valdemar não viu grande mudança no comportamento do Capitão, que não sabe o que fazer ou que atitude tomar em relação a seus seguidores e mesmo em relação a seu futuro político. Na semana passada, Valdemar divulgou um vídeo para a militância comentando que  Alexandre de Moraes havia mantido a multa de R$ 22,5 milhões aplicadas pelo TSE ao PL. No vídeo, ele pediu que os manifestantes sigam mobilizados, desde que não façam “coisas erradas”. Muitos seguidores associaram a recomendação ao vandalismo praticado por bolsonaristas no dia da diplomação de Lula.

Um trio diferente

Como em todas as épocas festivas,  grandes grifes e magazines costumam investir em publicidade voltada para a data. Se aproximando do Natal a Riachuelo uniu três grandes personalidades femininas para mostrar sua coleção para Natal e Ano Novo: Rafa Kalimann, Sabrina Sato e GKay. “Nesta campanha conseguimos ver essas mulheres super poderosas, que estão sempre super bem produzidas, num outro patamar, falando de coisas do dia a dia e da vida delas. Foi legal trazer um pouco dessa realidade delas”, falou Thaís Castro, Head de Marketing da loja. E completa: “Para além do humor, a campanha reforça nosso ecossistema que reúne moda, lifestyle, produtos e serviços financeiros. Hoje nossos clientes possuem uma experiência de consumo cada vez mais completa”.

Almanaque

A Granja do Torto, outra residência oficial da Presidência que estava ocupada por Paulo Guedes, estará agora  à disposição de Lula. O local tinha uma predileção do petista em seus dois primeiros governos, ao lado de Marisa Letícia. Era lá que o casal promovia  churrascos dominicais com aliados e uma famosa festa  de São João, onde os dois protagonizavam um casamento caipira. Também era lá que Lula, ao lado do amigo Sigmaringa Seixas, caçava um pato para o almoço dominical.

Olho na Amazônia

O ex-diretor da Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Ricardo Galvão, que integrava a equipe de transição do governo, poderá assumir o Conselho da Amazônia. Sua indicação tem o apoio da ex-ministra e deputada federal Marina Silva, provável candidata ao Ministério do Meio Ambiente. Galvão foi demitido do comando do Inpe por Jair Bolsonaro por divulgar dados do desmatamento da Amazônia.

Refém, não

Malgrado ele tenha desmentido, até agora o presidente da Câmara, Arthur Lira, acha que a decisão do STF de considerar inconstitucional o orçamento secreto, teria tido devido a interferência do presidente eleito. Lira teria considerado fazer de Lula um refém dele, aumentando até suas exigências que inclui dois ministérios e nada menos do que 150 nomeações em diversos órgãos para filiados do PP. Em algumas circunstâncias, Lira foi avisado por figuras mais veteranas da política que Lula era um exímio negociador – e desde seus tempos de sindicalismo.

NOVO TRATADO

O ex-ministro Paulo Bernardo, que retornou à cena política nacional depois de longo período, deverá mesmo assumir a presidência da Itaipu Binacional. A escolha do futuro número um da Itaipu tem ainda mais importância no mosaico de cargos da área de energia devido a uma circunstância especial. No próximo ano, Brasil e Paraguai terão de negociar o novo tratado de Itaipu – o atual em vigor desde 1973, expira no mês de abril de 2023.

Caixa seco

No final do governo Bolsonaro, o Ministério do Desenvolvimento Regional pediu ao Ministério da Economia uma verba extra de R$ 21 milhões, em caráter de urgência. O dinheiro é para manter ativa, até o fim do mês, a Operação Carro-Pipa, que atende populações rurais atingidas pela seca e estiagem. O caixa secou. Sem a liberação do dinheiro, o Ministério não conseguirá contratar novos carros pipas e pagar dívidas pendentes. O serviço já foi parcelado em algumas cidades por falta de pagamento.

REFUNDAÇÃO

O novo chanceler, Mauro Vieira, anunciará até março o regresso do Brasil à Unasul (União das Nações Sul-americanas). O futuro governo Lula trabalhará pelo revigoramento da organização que quase entrou em hibernação desde 2019, por conta de Jair Bolsonaro que determinou a saída do Brasil do bloco. A Unasul já teve 12 nações; hoje, são apenas quatro – Bolívia, Venezuela, Guiana e Suriname. Vieira acha que a refundação da Unasul dará voz à América do Sul.

Mesma música

O Ministério Público Eleitoral, pediu a revogação do diploma do governador Claudio Castro, do Rio, mas ele não parece estar preocupado com o futuro. Dia desses, com jornalistas, ele voltou a negar as acusações – e resolveu exibir seus dotes de cantor, recitando É preciso saber viver, de Roberto e Erasmo Carlos. Era a música favorita de seu antecessor Sérgio Cabral, que acaba de deixar a cadeia onde ficou seis anos e entrará em prisão domiciliar, com tornozeleira.

Outro canal 1

No jantar que ofereceu em sua casa ao vice-presidente da Record, Antônio Guerreiro, o animador Fausto Silva respondeu ao convite da emissora para um programa dominical desde que recebesse um fixo de R$ 5 milhões, mais R$ 100 mil para cada um dos diretores da atração. Guerreiro foi a Portugal falar com Edir Macedo, que mandou oferecer outra proposta: R$ 1 milhão fixo mensal, mais cachês de todos os merchandising e R$ 60 mil para os diretores, o que não foi aceito.

OUTRO CANAL 2

Quase ao mesmo tempo, a Band que apresenta o programa de Fausto Silva de segunda a sexta-feira, modificou o contrato do animador reduzindo seu fixo de R$ 3,5 milhões mensais para R$ 2,5 milhões – e a grade seria mantida no ano que vem. Numa nota, a Band disse que o programa representa 50% de seu faturamento, o que muita gente não levou a sério. A programação de publicidade caiu desde sua estreia e a Band ainda tem a Fórmula 1 (grande faturamento).

MISTURA FINA

quem diga que a decisão de Gilmar Mendes, que surpreendeu congressistas, pode representar uma espécie de aliança com Lula. Anulou o papel do Legislativo na retirada do Bolsa Família do Teto de Gastos e autorizou que despesas ocorram apenas por crédito extraordinário. De quebra, o STF declarou inconstitucional o orçamento secreto. Mais: livrou o vice Geraldo Alckmin de ação penal por recebimento de propina.

NAS redes sociais, nas últimas horas, depois da decisão (apertada) do Supremo sobre o orçamento secreto, multiplicavam-se comentários e até charges onde, com muito humor, internautas colocavam Lula dizendo para Arthur Lira “Não se desespere, tudo tem solução”. A dose de humor, contudo, estava numa charge onde Lula aparecia fantasiado de Chapolin Colorado falando a Lira: “Não contavam com minha astúcia”.

FUTURO ministro da Fazenda, Fernando Haddad disse que há espaço para estímulo da economia pelo lado monetário e que existem condições de queda das taxas de juro. Aí, a tensão reduziu. No duro, revelou o medo que Haddad tem de que Roberto Campos Neto deixe a presidência do Banco Central. Ele leva a sério sua missão e nunca cedeu nem mesmo a Paulo Guedes, que o colocou lá. Traduzindo: o BC é independente até que Campos Neto jogue a toalha. Nesse caso, Haddad poderia escolher outro – que seria dominado por ele.

ENTRE os vilões nos custos do setor aéreo, o querosene de aviação é o pior. De janeiro até o início do mês, o combustível derivado do petróleo subiu 49,6%. O insumo responde por cerca de 40% dos custos das empresas aéreas. No mesmo período, o preço das passagens no país avançou 22,4%, de acordo com o IBGE. Os aeronautas em greve querem recomposição dos salários e aumento real de 5%.

O EX-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral cumprirá o resto de suas penas de prisão, que somam 390 anos, em um apartamento de 80 metros quadrados entre Copacabana e Arpoador. É bem menos do que os 400 metros quadrados do apartamento onde foi preso, em 2016, no Leblon, mas é bem mais do que os oito metros quadrados de sua cela no Batalhão Especial Prisional, em Niterói. O apartamento onde morará tem vista para o mar.

ESTÁ confirmado: o trio de articuladores do governo Lula será formado pelo deputado Alexandre Padilha (PT-SP) no comando da Secretaria do Governo, pelo deputado José Guimarães (PT-CE) na liderança do governo na Câmara dos deputados e pelo senador Jaques Wagner (PT-BA). Falta definir o futuro líder do governo no Congresso, cargo que surgiu nos tempos de Tancredo Neves e o primeiro do novo posto foi FHC.

O PRESIDENTE eleito Lula pretende que Aloizio Mercadante, ex-ministro (criticado) de Dilma Rousseff, comande um banco de fomento, o BNDES, que emprega 2,5 mil pessoas com média salarial de R$ 31 mil (diretoria muito mais).
 

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

In – Natal: coquetel de pêssego            
Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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