A Capital do Pantanal já vive os festejos de Momo, uma tradição enraizada na cultura de um povo que se esmera na preparação de suas agremiações para brilharem no desfile da Avenida General Rondon,
o ponto alto da exposição pública dessa monumental festa que empolga e emociona com o maravilhoso espetáculo.
Os hotéis, as pousadas e os barcos-hotéis já se preparam em um ritmo impressionante para receber os turistas que comparecem à cidade ano a ano e em número cada vez maior. Os meios de comunicação, as empresas de turismo e a corrente de foliões arrastam amigos e parentes para participar do melhor Carnaval do Centro-Oeste. Em uma ocasião como essa, o velho trem da NOB, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, faz muita falta.
Dirigentes e simpatizantes dos cordões carnavalescos, dos blocos e das escolas de samba se unem e formam grupos de trabalho com a participação ativa dos moradores dos bairros-sede das agremiações.
Nesses encontros, são discutidas a organização e a administração de todas as fases de preparação das agremiações, em que os mínimos detalhes não são deixados de lado. Tudo é levado muito a sério.
Porém, isso não acontece por acaso. Os corumbaenses sempre tiveram uma estreita ligação com os carnavalescos cariocas, gerando um intercâmbio muito positivo no aprimoramento das instituições, no tocante às fantasias, às baterias, aos sambas-enredo, entre outros.
Tudo começou com a construção da Base Fluvial de Ladário e a chegada dos militares da Marinha de Guerra que fixaram residência em Corumbá e em Ladário, incentivando e fortalecendo o nosso Carnaval.
Convém salientar que o profissionalismo é a mola mestra na administração do Carnaval de Corumbá. Tais agremiações são verdadeiras joias e relíquias, transmitidas de pais para filhos por várias gerações, sendo muito respeitadas pela população, que se orgulha e se motiva a participar desses festejos, os quais atraem multidões e contribuem para incrementar a economia da Cidade Branca.
A Cidade Branca não conta com nenhum deputado federal, e talvez, por estarmos saindo de um período eleitoral e entrando em outro ciclo, nossos políticos avaliem melhor a Capital do Pantanal. Junto ao município de Ladário, a região representa mais de 110 mil habitantes, portanto, merece um tratamento diferenciado.