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Giba Um

"Ele não é o imperador do mundo e eu não tomo decisões com raiva de quem quer que seja...

...Quando os Estados Unidos quiserem negociar, estamos prontos", de Lula, em Nova York, que agora espera um telefonema de Trump

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O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do Republicanos, avalia que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, filiado ao mesmo partido, é candidato à reeleição em 2026 e não à Presidência da República. Tarcísio  de tem projetos de longo prazo, com obras que demandam quatro a seis anos para conclusão.

Mais: Tarcísio também precisa se consolidar no cargo atual para almejar voos maiores. Costa Filho se declara lulista, é contra a anistia dos envolvidos em atos golpistas, mas é favorável a uma revisão de penas. Ele planeja disputar o Senado por Pernambuco, em chapa com o governador João Campos (PSB).

Quase psicóloga

Quem é nascido antes dos anos 80 deve se lembrar muito bem dos grupos musicais infantis que faziam sucesso nesta época (hoje a geração não sabe o que era bom), entre tantos, o Trem da Alegria, que embalava as festas de aniversário com músicas como "Uni, Duni, Tê", "É de Chocolate", "Piuí Abacaxi", entre outros. O trio inicial era formado por Patricia Marx, Luciano Nassyn e Juninho Bill. Com a reexibição da novela “A viagem”, muitos entraram no clima da nostalgia e cantaram a música "Quando Chove", na voz de Patrícia Marx, que foi o tema da personagem Diná (Christiane Torloni). Por conta disso, o nome da cantora voltou a circular, mesmo que ela nunca tenha parado. Em entrevista, Patrícia garante que: “A música boa é atemporal mesmo, não tem como negar. Em algum momento ela vai tocar e as pessoas vão se sentir bem, tocadas de um jeito diferente de cantar do que as coisas de hoje em dia”. Hoje com 51 anos, está concluindo sua faculdade de Psicologia e se diz muito realizada: “Estou apaixonada, estagio só ano que vem, estou empolgada com o curso, sempre tive muito envolvimento com esse assunto. Meu primeiro livro de Freud comprei com 16 anos, estou realizada, plena e ocupada”. Apesar dos estudos, Patricia se prepara para lançar seu 16º trabalho de carreira solo, "Nos dias de hoje esteja tranquilo", no dia 3 de outubro. Apesar de se declarar não nostálgica, seu novo projeto é uma reunião de sucesso de Ivan Lins e outras inspirações. “Provas, trabalhos em grupo, lançamento e pretendo fazer uma turnê. Também tem participação de Seu Jorge no quarto single do álbum. Reuni músicas mais emblemáticas do Ivan Lins e me inspirei no filme 'Ainda Estou Aqui.' Depois que assisti, tive a ideia de fazer esse disco, de resgatar essas mensagens do Ivan. Tem música da década de 70, muito atuais, e de 80 e 90 também”.

Brasil e México vs. mega-tarifa

O governo e grandes grupos da cadeia de proteína animal encontraram no quintal dos Estados Unidos uma rota de escape para mitigar o impacto da tarifa de 50% imposta por Donald Trump à carne brasileira. Uma comitiva do Serviço Nacional de Sanidad, Inocuidad y Calidad Agroalimentaria, instância do governo do México responsável por autorizar a importação de alimentos, chegou ao Brasil para iniciar uma inspeção técnica em diversos frigoríficos. Hoje, 35 unidades de abate têm permissão para exportar carne bovina para o mercado mexicano. No Ministério da Agricultura, a expectativa é que o órgão fitossanitário do México inicie o processo de homologação de até 14 estabelecimentos durante a visita ao Brasil. Com isso, esses frigoríficos deverão ser autorizados a embarcar carne bovina para o mercado mexicano ainda este ano. O aumento das exportações de carne bovina para o México é o primeiro e expressivo resultado prático de uma visita de uma comitiva do governo brasileiro, liderada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento Geraldo Alckmin e pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, à capital mexicana no mês passado.

Fúria tributária

Não por coincidência, estão sentadas à mesa duas nações vítimas da fúria tributária de Trump. Se o Brasil levou uma tarifa de 50% sobre mais da metade da sua pauta de exportação para os EUA, o México tem de digerir a alíquota extra de 25% sobre todos os produtos vendidos para o vizinho do norte, à exceção de petróleo e energia. O estreitamento das relações comerciais entre os dois países, a começar pela agenda do agronegócio, desponta como um movimento de defesa de ataque no tarifaço trumpista. É uma estrada de mão dupla.

Hoje é dia de pizza

Sabe aquela velha frase que diz: “Vida que segue”, foi bem isso que Zilu Godoi fez. Após pouco mais de 10 anos de separação do cantor Zezé Di Camargo, após 32 anos de casado, mãe de três filho  (Wanessa, 42 anos; Camila, 39 e Igor, 31), em 2019 foi morar nos Estados Unidos, onde resolveu tocar sua vida. Em 2024, voltou ao Brasil e foi candidata a vereadora, mas só conseguiu 4.579 e não foi eleita. De volta aos EUA, trocou seu apartamento em Miami por uma mansão em Orlando, projetada por sua nora, Amabylle Eiroa, casada com Igor Camargo. Agora resolveu empreender por lá. Acaba de firmar parceria com a marca brasileira Cuca Libre, um restaurante especializado em pizza brasileira fundada em 1989 em Belo Horizonte pelo empresário Jackson Costa. A nova unidade do restaurante em Orlando marca a expansão rede gastronômica  nas terras norte-americanas, que já possui outra unidade em Nova Jersey.

Quase pronto

O STF vai publicar logo o acórdão do julgamento que definiu novas regras para a responsabilização das redes sociais por conteúdo postado. O ministro Dias Toffoli, relator de uma das ações, é o responsável pelo texto, que está na fase de revisão final. Toffoli, a propósito, é o ministro com menor estoque de processos no gabinete. Tem 814 casos em ttramitação e 204 esperando decisão final.

Mais juízes

Outra investida do governo americano foi o cancelamento de vistos de entrada nos EUA de autoridades brasileiras, como o ministro da. Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, mais o ex-advogado-geral da União José Levi, ministro do STJ Benedito Gonçalves e atuais e ex-integrantes do gabinete de Moraes no TSE e STF, casos dos juízes Airton Vieira, Marco Antonio Martin Vargas e Rafael Henrique Janela Tamais Rocha e da chefe de gabinete Cristina Yukiko Kusahara. Messias publicou artigo no The New York Times reclamando de falta de diálogo na gestão Trump, e Benedito Gonçalves foi relator da ação do TSE que tornou Bolsonaro inelegível.

Pérola

"Ele não é o imperador do mundo e eu não tomo decisões com raiva de quem quer que seja. Quando os Estados Unidos quiserem negociar, estamos prontos",

de Lula, em Nova York, que agora espera um telefonema de Trump.

Pedindo anistia

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro publicou uma foto de Lula usando uma camiseta onde se lê a palavra "anistia". A imagem, tirada pelo fotógrafo Lugo Koyama em abril de 1979, mostra o então sindicalista distribuindo panfletos a favor da anistia durante o regime militar. A Lei da Anistia, aprovada naquele ano, perdoou crimes políticos cometidos por guerrilheiros de esquerda e opositores do regime, além de permitir retorno de exilados e beneficiar militares. O perdão alcançou cerca de 4,6 mil pessoas.

Memória

Se passar, a PEC da Blindagem revogará a "PEC do Fim da Impunidade Parlamentar", como foi chamada a medida aprovada há 24 anos com apoio de todos os partidos. Em discursos em 6 de novembro de 2001, deputados da esquerda à direita saudaram o momento histórico, fruto de pressão da sociedade. "Nos preocupa muito que, em vez de imunidade, se extrapole para a própria impunidade", disse o então líder do PFL (atual União Brasil), Inocêncio Oliveira. A emenda acabou com a necessidade do Congresso autorizar investigações e processos judiciais. Teve 412 votos a favor e apenas 9 contra.

Do PT a Doria

Com tons de deboche e principalmente a escolha pelo silêncio quando questionado sobre José Dirceu, o advogado Nelson Willians, segundo analistas, tem muito a explicar. Ao menos desde 2016, ele injeta doações em campanhas de políticos. A primeira (R$ 10 mil) foi para João Dória, que disputou a prefeitura de São Paulo e, em 2018, repetiu doações a tucanos (R$ 20 mil) para Antônio Anastasia (hoje PSD), R$ 10 mil e  Rogério Marinho, hoje no PL (outros R$ 10 mil). Marco Bertaiolli (PSD) levou R$ 5 mil e o petista Emídio de Souza, o mesmo valor. Como ficou calado, a CPMI mira agora em seu escritório e em sua mulher e sócia, Anne Caroline Willians Vieira Rodrigues.

Olho no nióbio

Os planos da mineradora St. George Mining para o Brasil está envolto em mistério. Não se sabe se os australianos pretendem investir a longo prazo na produção de minério no país ou se seu objetivo é empacotar um portfólio de ativos para vendê-lo logo (as especulações apontam para a segunda hipótese). Mais do que isso: os olhares se voltam na direção da Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia. A empresa dos Moreira Salles é tida como forte candidata à compra das reservas da St. George Mining no país. Especialmente depois da empresa australiana ter anunciado a descoberta de nióbio na área de seu Projeto Araxá, em Minas Gerais (a empresa dos Moreira Salles tem 80% da produção global de nióbio).

Novo jogo no tabuleiro

Ainda o tarifaço trumpista: no sentido inverso, o México discute contrapartidas como compensação ao aumento das compras de carne brasileira. O Brasil deve ampliar importações de atum daquele país. Há discussões também envolvendo a abertura do mercado brasileiro a frutas, como pêssego, e aspargos mexicanos. É o novo jogo no tabuleiro das relações internacionais. Ao corroer os canais multilaterais, a política de Trump empurra um número cada vez maior de países a costurar seus próprios arranjos bilaterais.

Crescimento de 80%

No caso da carne bovina, o Brasil já vinha em uma escalada nas exportações para o México. De janeiro a julho de 2025, os embarques totalizaram 67.659 toneladas, quase três vezes o volume registrado no mesmo período de 2024, ou seja: média de 9,5 mil toneladas por mês. Com a entrada em vigor das draconianas tarifas norte-americanas  há houve um aumento em agosto, cerca de 12 mil toneladas. Com o acordo costurado e homologação dos novos frigoríficos, a estimativa é que as exportações de carne bovina para o México cresçam 80% em 2026.

Mistura Fina

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou ao STF denúncia contra Eduardo Bolsonaro e o blogueiro bolsonarista Paulo Figueiredo pelo crime de coação à Justiça, devido à atuação dos dois nos EUA em busca de sanções ao Brasil pelo julgamento de Bolsonaro. Gonet tem vídeos comprobatórios. A dupla pode ganhar 6 anos e oito meses de prisão se forem condenados por coação em processo.

Está no Tribunal de Contas da União (TCU) um pedido de auditoria nas viagens de pessoas sem cargo público no governo federal. O pente-fino, solicitado pelo deputado Rodrigo da Zaeli (PL-MT), destaca, por exemplo, a disparada de 213% na gastança com diárias e passagens de "colaboradores eventuais" nos dois primeiros anos da gestão Lula, chegando a R$ 392,6 milhões. Em 2021-2022, mesmo com o gasto já corrigido pela inflação, o valor fica abaixo, R$ 125,1 milhões.

Na representação, Rodrigo da Zaeli cita passagens de R$ 237 mil pagas para a primeira-dama. Rosangela da Silva, a Janja, que não ocupa cargo público. Se incluir servidores, a fatura fica ainda mais salgada. O primeiro biênio de Lula custou ao país R$ 4,5 bilhões só em viagens. Entre 2021 e 2022, os gastos com passagens no governo federal foram de R$ 54,6 milhões. Em 2023 e 2024, disparou para R$ 200,9 milhões.

Pai de ideias consideradas surrealistas, para dizer o mínimo, como substituir a Uber pelos Correios, que voltou ao déficit bilionário na gestão Lula, o ministro Luiz Marinho (Trabalho) enfiou o governo em nova enrascada. Ameaça mudar o prazo de reembolso aos estabelecimentos dos valores gastos com o vale-alimentação pelos trabalhadores. Hoje, esse reembolso é feito em 30 dias úteis, prazo compatível com a liquidação e pagamento legais realizados pelos municípios. Marinho quer reduzir para dois dias úteis.

A Confederação Nacional dos Municípios entrou na jogada contra o ministro. Alega que ninguém foi ouvido e cobra diálogo prévio. Marinho quer empurrar a mudança goela abaixo e a toque de caixa. Tenta colocar o novo prazo ainda em setembro. A CNM diz que a ideia maluca compõe "disfuncionalidades a prejuízos significativos" para 2.500 municípios, cerca de 4,5 milhões de servidores. Como o ministro não ajuda, os prefeitos pediram ajuda aos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).

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Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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