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"Ele não tem sítio, não tem triplex, não tem joias luxuosas, não tem contas no exterior"

de DELTAN DALLAGNOL // deputado, contra o afastamento do juiz Marcelo Bretas, no Rio, debaixo de denúncias

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“Ele não tem sítio, não tem triplex, não tem joias luxuosas, não tem contas no exterior, não tem dinheiro escondido na cueca”,

de DELTAN DALLAGNOL // deputado, contra o afastamento do juiz Marcelo Bretas, no Rio, debaixo de denúncias.

Pesquisa do Instituto Paraná acaba de fazer uma pesquisa sobre a disputa da prefeitura de São Paulo em 2024 que traz Guilherme Boulos (PSOL) na frente com 26,3% contra 24% de José Luis Datena (PSC) em segundo.

Mais: depois, em sequência, Rodrigo Garcia (PSDB), 8,5%; Ricardo Nunes (MDB), 7,9%; Ricardo Salles (PL), 4,8%; Tabata Amaral (PSB), 3,9%; Kim Kataguiri (União), 3,3% e Vinicius Poit (Novo), 1,6%.

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Pix internacional

O lançamento de um Pix internacional, ideia do presidente Roberto Campos Neto, do Banco Central, no Mercosul, é pura música nos ouvidos de Lula como qualquer manifestação favorável ao fortalecimento do bloco sul-americano com o protagonismo do Brasil.

E significaria um aceno de Campos Neto para uma trégua com o Planalto e o próprio ministro da Economia, Fernando Haddad (os dois apoiam a moeda comum no Mercosul). O prazo estimado para a implantação do novo sistema é de dois anos, praticamente o prazo de saída do presidente do BC. Detalhe (irônico): nos corredores da instituição a suposta moeda comum vem sendo chamada de “sur real”.

Fertilizantes

A Petrobras quer voltar a ser um instrumento de Estado para a redução do déficit de fertilizantes no Brasil. A nova diretoria já trabalha num cronograma para a reabertura de fábricas e retomada de projetos paralisados por Bolsonaro. De cara, o foco é em três fábricas: uma em Três Lagoas (MS), outra em Uberaba (MG) e mais uma em Araucária (PR). Hoje, as importações de fertilizantes respondem por cerca de 85% do consumo total do Brasil. As três fábricas podem reduzir esse índice próximo de dez pontos percentuais.

Salário igual

O presidente Lula deverá apresentar no próximo Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, projeto de lei para garantir a igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função. Essa era uma promessa da campanha para a atual ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB-MS), depois do apoio da ex-senadora no segundo turno.

Há quem antecipe que não será uma batalha fácil de vencer na Câmara: muitos parlamentares acham que a medida pressiona o empresariado que tratará de diferenciar missões (mesmo próximas) entre seus futuros contratados.

Dois anos

Hoje, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê que homens e mulheres na mesma função recebam salários iguais. O texto considera “trabalho de igual valor” a função executada “com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica” desde que tenham mais de quatro anos de diferença do início da prestação do serviço para o empregador e dois anos de diferença de tempo na função. Atualmente, há muitas nuances na legislação, que dificultam a igualdade salarial.

Dividido

Valdemar Costa Neto, dono do PL, partido de Jair Bolsonaro, está enfrentando uma crescente divisão entre os parlamentares da legenda. Uma parte se mantém fiel ao ex-presidente, mesmo reclamando do tempo que ele está fora do Brasil e não cuidando de seus aliados; outra parte, já começa a arrumar as malas em direção a outras agremiações, em busca de habituais generosidades que poderiam ganhar se bandeando para os lados do governo Lula – e esses não escondem suas pretensões. Valdemar tenta segurar esse segundo bloco que não consegue levar suas promessas a sério.

Na casa da inspiração

A jornalista e apresentadora Talitha Morete, 38 anos, faz grande sucesso no comando do É de Casa e a substituta de Ana Maria Braga na apresentação do Mais Você, na ausência dela. Em entrevista ela contou que a loira é uma de suas inspirações e que desde pequena sonhava em ser apresentadora. “Ana Maria Braga é, sem dúvida alguma, uma grande inspiração.

Ela faz aquilo com muita simplicidade e isso me encanta. Também gosto muito da espontaneidade da Oprah. As duas são mulheres admiráveis”. Talitha também é sócia de uma loja de semi joias chamada Migha ao lado da designer de moda Cristal de Carvalho. Atualmente solteira Morete garante que acredita no amor. “Acredito no amor, acho que vou ter essa sorte de, de fato, encontrar alguém. Nunca quis namorar só para falar que estou comprometida.

Para eu namorar alguém, essa pessoa tem que ser muito legal, muito incrível, e tem que vir pra somar, pra agregar. Senão, a minha vida é maravilhosa, tá tudo certo comigo e realmente prefiro ficar sozinha. Até hoje, em todos os relacionamentos que eu tive, nunca quis morar com alguém e amo a minha liberdade”.

Novos rounds contra Haddad

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) venceu, com a reoneração dos combustíveis, o primeiro round do caminho que traçou para retomar o crescimento, reduzir as desconfianças e acertar uma queda constante e consistente dos juros com respaldo do Congresso.

Ninguém se atreve a imaginar que Haddad tenha sossego na realização do minipacote de arrecadação apresentado no começo do governo, novo marco fiscal e reforma tributária. No episódio dos combustíveis, até Gleisi Hoffmann, presidente do PT, que vinha metralhando o ministro, acabou recuando e aprovando a medida.

Nos bastidores, Haddad tem um grande aliado: é o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, que não faz parte do fogo amigo contra ele e começa a atuar ao lado da equipe econômica contra petistas radicais.

Visual novo

A modelo, socialite, influenciadora, empresária, socialite e estilista Kim Kardashian foi anunciada mais uma vez como garota-propaganda da grife italiana Dolce & Gabbana.

Na campanha Kim aparece loira em fotos sensuais em preto e branco feitas pelos fotógrafos Mert Alaş e Marcus Piggott. De acordo com um comunicado à imprensa, as roupas e acessórios que Kardashian veste nas fotos são “uma reinterpretação singular dos arquivos Dolce & Gabbana dos anos 1990 e 2000, aos quais pertencem as mesmas roupas lendárias que tantas vezes inspiraram Kim ao longo de sua vida e carreira”.

No desfile da grife na Semana de Moda de Milão a modelo apareceu com os longos fios pretos repicados e franja. Fofoqueiros de plantão dizem que o novo visual era apenas uma lace (peruca com o acabamento um pouco mais natural).

Devassa

A Controladoria Geral da União e o TCU querem uma devassa maior nos gastos do governo Bolsonaro com as populações indígenas.

O governo Lula quer destrinchar todas as cifras envolvidas no segmento, em busca de provas para criminalizar Bolsonaro pela situação de vulnerabilidade dos povos indígenas e municiar o STF. Quer também devassar resultado da destinação de verbas em outros territórios.

Entram nesse rol os Ministérios da Saúde, Família, Desenvolvimento Social e Funasa e deverá sobrar até para o ex-vice-presidente Hamilton Mourão, hoje senador (ex-Conselho Nacional da Amazônia Legal).

Xandão em alta

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, sentiu-se aliviado e até estufou o peito. O futuro presidente do Superior Tribunal Militar, Francisco Joseli Parente Camelo, que assume no próximo dia 16, apoiou a decisão de Moraes de que cabe à Corte julgar os militares envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. E ainda reforçou, dizendo que “não há afronta na decisão de Moraes” e que “as decisões do STF devem ser cumpridas e respeitadas”. Um outro ministro do Supremo brincou: “Ninguém segura o Xandão”.

Dívidas com editoras

A Americanas deve R$ 71,87 milhões para cerca de 100 editoras de livros, de acordo com a lista de credores que a varejista entregou à Justiça ao pedir recuperação judicial.

Os valores variam de R$ 75 mil e R$ 7,68 milhões. A maior credora da Americanas entre as editoras é a Catavento com esses R$ 7,68 milhões, seguida pela Intrínseca (5,9 milhões a receber) e pela Companhia das Letras, com R$ 5,3 milhões. A Panini aparece em quarto, com R$ 5 milhões a receber. Quase 90% da dívida está concentrada em 20 editoras.

Pequenos credores

A fraude da Americanas fragiliza 15.615 credores, empregados e fornecedores. As maiores vítimas são os micros e pequenos empresários que tem a receber até R$ 20 mil.

São 5.879 créditos totalizando R$ 118 milhões devidos aos pequenos credores. Eles representam 38% do total de vítimas da fraude. Em 2022, a Americanas faturou R$ 5,2 bilhões em suas duas mil lojas com produtos de fornecedores em novembro (Black Friday) e Natal.

Mistura fina

A UNIÃO Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), presidida por Jade Beatriz, acaba de lançar uma campanha nacional em defesa da merenda escolar e pela segurança alimentar da juventude. Ela lembra que, em alguns estados, como Pará, muitas escolas não têm nada a oferecer. Em outros, como Ceará, há avanços, principalmente na qualidade e planejamento da merenda. Para a Ubes, é urgente o reajuste de 34% na merenda, vetado “de forma desumana por Jair Bolsonaro”.

O EX-presidente Jair Bolsonaro está nos Estados Unidos desde o final de dezembro de 2022 e tem pelo menos sete pedidos de investigação em andamento. O ministro da Justiça, Flávio Dino, poderá estabelecer que a Polícia Federal determine ao Judiciário providências de “cooperação jurídica internacional” se Bolsonaro não comparecer nos inquéritos em que é investigado. Os pedidos de investigação contra o ex-presidente foram encaminhados pela ministra Cármen Lúcia (STF) para a primeira instância. Entre as solicitações, 5 foram protocoladas por causa das declarações de Bolsonaro durante o 7 de Setembro de 2021.

A AEGEA Saneamento, que arrematou a Corsan, estuda caminhos para injetar recursos na empresa de saneamento gaúcha. Uma das ideias é um novo financiamento do IPC, braço do Banco Mundial para iniciativa privada. Em 2021, a Corsan obteve da agência de fomento um empréstimo de R$ 300 milhões. De lá para cá, a necessidade de funding da empresa aumentou muito. O plano de investimentos da Corsan gira em torno de R$ 16 bilhões em dez anos.

O SETOR de entrega de comida pronta via aplicativos perdeu empresas importantes, embora a receita desse mercado tenha dobrado nos últimos três anos, chegando a R$ 3,3 bilhões em 2022. Atrair novas empresas e manter as atuais, em ambiente de justa competição (leia-se: novas regras do Cade para o iFood) é o que se espera nesse mercado. Mesmo assim, aplicativos de menor porte estão preocupados: acham que o iFood encontrará outras maneiras de acordos especiais.

A ENTRESSAFRA no segmento de venture capital vai se alastrando. A chinesa Didi está revendo seus investimentos no Brasil. A ordem é pisar no freio e reduzir os aportes no país, seja em novos negócios ou nas companhias em carteira. O recuo já se reflete nas empresas investidas. No mês passado, a startup de transporte urbano 99 fez uma série de demissões. Pelo tamanho dos investimentos, a inapetência dos chineses é mais um sinal de alerta no mercado de venture capital no Brasil: a Didi já aportou mais de US$ 300 milhões em empresas brasileiras.

OUTRA pesquisa do Instituto Paraná aponta que 69% dos eleitores da cidade de São Paulo não sabem o nome do atual prefeito (Ricardo Nunes).

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"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

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Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

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Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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