Colunistas

Giba Um

"Eu serei candidato para que? Para falar do Bolsa Família? É preciso pensar num país maior...

Se for reeleito, poderei ficar no cargo até os 85 anos de idade. Tenho disposição para mais umas cinco reeleições", de Lula, em nova projeção para o futuro.

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No capítulo final da novela “Vale Tudo”, na sexta-feira, 17, onde Odete Roitman (Debora Bloch) surpreendeu a todos ao ressurgir viva, obteve uma média parcial de 29,17 pontos, conforme dados preliminares divulgados. Número que foi bom tendo em vista que a audiência dos 173 capítulos teve média de 23.5 pontos.

MAIS:   mesmo assim ficou muito aquém do que a emissora havia previsto. Só para efeito de conhecimento a média de Vale tudo foi a terceira pior do horário, ficando apenas na frente de Mania de Você (21,2) e Um Lugar ao Sol (22,3). A versão original em 1989, só para efeito de comparação marcou 86 pontos.

Escolhendo o sucessor

O limite para a desincompatibilização de cargo, marcado para o dia 2 de abril de 2026, ainda parece longe. Contudo, o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que se afastará do posto para concorrer ao Senado, já está se empenhando para que seu sucessor seja Tomé França, que atualmente ocupa o cargo de secretário-executivo da pasta. França foi designado para essa função há apenas dois meses, por recomendação direta de Costa Filho. Nos círculos políticos de Brasília, comenta-se que o ministro já o promoveu para a posição, pavimentando o caminho para que ele o suceda no próximo ano. Assim como Costa Filho, França é natural de Pernambuco e está vinculado ao partido Republicanos, do qual o ministro faz parte. Ele já exerceu outras funções, como Secretário de Saneamento na gestão da Prefeitura do Recife e Secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado de Pernambuco.

Ajuda de Mendonça

Uma parte da bancada evangélica fez um pedido ao ministro André Mendonça, do STF para que ele intervenha em favor de Jorge Messias no Senado. Tanto Mendonça quanto Messias são membros da religião evangélica.  O atual titular da Advocacia-Geral da União deve ser indicado  para o cargo que ficou vago após a aposentadoria de Luis Roberto Barroso. Para que o indicado pelo presidente Lula obtenha a aprovação e possa assumir o cargo de ministro, é necessário que 41 senadores votem a favor no plenário. Uma pesquisa realizada pelo governo indica que Messias precisaria de cerca de 50 votos positivos para assumir o posto de ministro do STF. Esse grupo da bancada evangélica, que mantém boas relações com ambos os ministros, decidiu contatar Mendonça na esperança de amenizar a resistência ao nome de Messias entre os senadores de perfil conservador. Quando Mendonça foi indicado pelo então presidente Jair Bolsonaro  para o cargo de ministro do STF, houve uma intensa mobilização a favor dele no Senado. O ministro conseguiu 47 votos a favor, superando em seis o mínimo necessário.

Oposição

Ainda sobre a indicação de Jorge Messias: por outro lado, os principais opositores na base de apoio a Messias estão no PSD e no União Brasil, que estão respaldando a candidatura do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que também possui aliados entre os ministros do STF. Entretanto, o governo considera que há possibilidade de aliviar as tensões, especialmente com um possível indicativo do presidente de que Pacheco poderia ser nomeado para uma futura vaga, caso Lula seja reeleito. Na oposição, o governo federal acredita que pode conquistar votos no Podemos e no Republicanos, principalmente devido ao perfil evangélico de Messias, que recebe apoio de parte da bancada evangélica.

Substituição

O presidente Lula teve uma reunião com o secretário-geral da Presidência, Márcio Macêdo. Há quem garanta que essa reunião formalizou a saída de Macêdo do cargo, que será substituído pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP). Lula já informou a diversos interlocutores que a mudança está decidida. Antes disso, Boulos participará de um evento do lançamento do  Reforma Casa Brasil, direcionada a famílias com uma renda mensal de até R$ 9.600, onde Lula revelará a liberação de R$ 40 bilhões em créditos para a reforma de habitações populares e de famílias de classe média. Boulos teve um papel fundamental na elaboração do projeto, que foi desenvolvido com base em um compromisso de campanha que ele assumiu ao se candidatar à prefeitura de São Paulo em 2024. Macêdo, por sua vez,  deverá concorrer a uma vaga como deputado federal por Sergipe em 2026.

É para assustar

Na sexta o Baile de Halloween da Sephora, cujo tema foi “A Máquina do Tempo”, fazendo referência às diferentes percepções de beleza ao longo dos séculos, milhares de celebridades arrasaram nos figurinos. O evento (um dos mais aguardados do ano) aconteceu  no WTC Gran Hotel, em São Paulo e entre  as celebridades que compareceram algumas estavam irreconhecíveis. Neste ano, a  apresentadora Sabrina Sato, mais uma vez madrinha do evento, decidiu se inspirar na figura de Madame dos Exageros. O show ficou por conta de João Gomes e Agnes Nunes, Bianca Andrade, famosa pela sua marca Boca Rosa, ficou encarregada das entrevistas e dos conteúdos exclusivos para as plataformas sociais da Sephora. Ela impressionou com um visual marcante em tributo a Elke Maravilha.  Tati Machado incorporou a 'força da fênix' com um traje inspirado na criatura mitológica e foi altamente elogiada assim como a modelo e ex-participante do Big Brother Brasil, Flávia Vianna,  que apareceu de forma surpreendente, tendo se inspirado no filme "A Substância" (2024), protagonizado por Demi Moore e Cris Vianna  que brilhou com uma fantasia que se baseou no famoso videoclipe "Thriller" de Michael Jackson. Anitta participou da clássica celebração e saiu um pouco do tema  e se tornou um tópico nas redes sociais, não apenas pela sua apresentação, mas também pela escolha do figurino. A artista apareceu vestida como Labubu, um personagem que se tornou um verdadeiro sucesso entre os colecionadores;  

Brasil e Emirados Árabes: recuperação de pastagem

O governo do Brasil está em diálogo com os Emirados Árabes para criar uma possível colaboração visando a recuperação e a transformação de terrenos de pastagens degradadas. Essas conversas estão sendo conduzidas em conjunto pelo Itamaraty e pelo Ministério da Agricultura comandado por Carlos Fávaro. Os fundos necessários poderiam ser provenientes do Abu Dhabi Fund for Development (ADFD), um fundo soberano que gerencia ativos que somam cerca de  US$18 bilhões. Este fundo é conhecido por apoiar projetos de infraestrutura e do agronegócio em nações em desenvolvimento. Em essência, ele funciona como uma ferramenta para atender aos interesses econômicos dos Emirados Árabes no exterior. No contexto brasileiro, o foco central é assegurar o fornecimento de alimentos. A liberação dos recursos destinados à recuperação das pastagens no Brasil estaria condicionada a uma garantia de fornecimento de grãos. Vale ressaltar que o governo brasileiro também está buscando uma parceria semelhante com a China, igualmente voltada para o fornecimento de produtos agrícolas. Todos os parceiros que possuam autonomia são convidados a participar, uma vez que o Ministério da Agricultura possui metas bastante ambiciosas. A meta é recuperar, nos próximos 20 anos, cerca de 40 milhões de hectares de áreas degradadas no Brasil, o que exigiria investimentos da ordem de R$ 320 bilhões.

Ricos vs. fome

Em sua participação no Fórum Mundial da Alimentação, em Roma, na semana passada, o presidente Lula teve uma ideia para acabar com a fome no mundo. Ressaltando a saída do Brasil do Mapa da Fome, anunciada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), não deixou por menos e comparou: “A fome é irmã da guerra”. E falou sobre conflitos armados, barreira protecionistas para países ricos, desorganização de cadeias de insumos e alimentos e, claro, garantiu que o país governado pelo PT é um exemplo mundial de superação política e moral. E sugeriu a cobrança de um “imposto global” de 2% em cima dos “super ricos”. Para Lula, bastariam US$ 315 bilhões para que todos os famintos do planeta conseguissem fazer três refeições por dia. Muitos aplausos e a ideia não saiu do discurso. 

Malhou em dobro

Na quarta-feira (15), Daiane Sodré, 32 anos realizou um sonho: esteve presente no desfile do Victoria's Secret Fashion Show. A modelo baiana, fez sua primeira aparição no evento da marca de lingerie, que é um símbolo no universo da moda, ao lado de nomes icônicos do setor, como as brasileiras Adriana Lima e Alessandra Ambrósio, além das irmãs Bella e Gigi Hadid e da influenciadora do Rio de Janeiro, Gaby Moura, que também fez sua estreia no VSFS. "Era um sonho que eu nutria desde que comecei minha carreira e poder realizar é realmente incrível. Foi tudo perfeito, maravilhoso. Claro que dá um frio na barriga, mas me preparei muito para que tudo corresse bem. Superou todas as minhas expectativas" Sodré contou que mesmo antes do desfile a agenda fica bastante cheia: fazem ensaios, provam os trajes e, claro, cuidam da beleza.  

A modelo conta que antes da apresentação, praticou uma série de treinos rigorosos e intensos para mostrar uma forma físico e um corpo supersarado. "Passei a malhar duas vezes ao dia e fiz mais massagens linfáticas. Sempre mantenho meu dia a dia cuidando da mente e do corpo, porque valorizo muito o bem-estar; também pratico ioga e meditação para manter a mente em equilíbrio". 

Pedindo ajuda

O governo Lula recebeu um pedido do Ministério das Relações Exteriores para um crédito adicional superior a R$ 350 milhões, destinado a garantir a operação do Itamaraty nos meses de novembro e dezembro. O chanceler Mauro Vieira solicitou formalmente esse crédito por meio de um ofício dirigindo-se aos ministros Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento) e Fernando Haddad (Fazenda). No ofício, Vieira enfatiza a "necessidade urgente" de liberar os recursos, apontando que o orçamento atual do ministério é insuficiente para honrar os compromissos até o final de outubro. Sem esse apoio financeiro, o Itamaraty enfrentaria dificuldades para cumprir suas obrigações trabalhistas com funcionários locais no exterior, além de ter problemas em arcar com os pagamentos de aluguéis de propriedades oficiais e com os auxílios-moradia dos servidores enviados para fora do país. 

Acima do teto 1

Uma pesquisa realizada pela entidade Transparência Brasil, aponta que 98% dos 11,7 mil integrantes do Ministério Público receberam remunerações que ultrapassaram o teto constitucional no ano de 2024. Os dados se referem a promotores e procuradores de Justiça em 25 estados, tanto em nível estadual quanto federal. Atualmente, o teto constitucional é estabelecido em R$ 46.366,19 mensais, um valor que corresponde aos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal e determina o limite máximo para o setor público. Embora benefícios como o 13º salário e o adicional de férias não tenham sido considerados na análise, o estudo revela que o descumprimento do teto é bastante frequente. Segundo a Transparência Brasil, mais de R$ 2,3 bilhões foram pagos acima do limite constitucional no ano passado. Desse total, cerca de 77% dos membros do MP ultrapassaram o teto legal em mais de R$ 100 mil cada um.

Acima do teto 2

Ainda  os recebimentos acima do teto: os chamados "penduricalhos", que são benefícios associados ao acúmulo de funções, como licença-compensatória, gratificações por exercício cumulativo e acúmulo de acervo, resultaram em desembolsos de R$ 687,4 milhões. Além disso, o relatório aponta uma preocupação adicional com a falta de transparência: os contracheques de 2024 não esclareciam de forma clara a natureza de R$ 1,4 bilhão pagos. Em dez estados, todos os membros do Ministério Público receberam quantias que excederam o limite: Alagoas, Mato Grosso, Goiás, Amazonas, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia e Acre. Nos estados do Amapá, Pernambuco, Sergipe e Espírito Santo, houve apenas um membro que não superou o teto. 

Mistura Fina

Depois de ter gabado da expressão “Do lado do povo brasileiro” quando deveria ser  “ao lado do povo brasileiro”, Sidônio Palmeira também festeja ter trocado a expressão “Governo federal” para “Governo do Brasil” nas peças de publicidade oficial. Falhou na memória: a inovação já aparecia na propaganda do governo Fernando Collor. Foi adotada pela primeira vez em 1990. 
 
O governo Lula,  já gastou mais de R$ 1,35 bilhão em passagens aéreas, com uma parte significativa desse valor destinada a diárias pagas a servidores. Até o dia 10 de outubro, os gastos com diárias somaram R$819,5 milhões, enquanto as passagens aéreas alcançaram R$526,4 milhões, totalizando assim R$1,3 bilhão. Despesas classificadas como "outros gastos" (que incluem reembolsos, taxas de agenciamento, seguros, entre outros) chegaram a R$6,9 milhões este ano. Não estão contabilizados nesse valor os custos com viagens do vice-presidente, da primeira-dama e do próprio presidente. 
 
As despesas com viagens internacionais do governo Lula somaram R$186 milhões, correspondendo a 14% do total gasto em viagens neste ano até agora. O governo Lula estava gastando cerca de R$ 1 milhão por dia em transporte durante os meses de janeiro e fevereiro. Até o mês de outubro, esse valor médio subiu para R$ 4,7 milhões diários. Nos dez primeiros dias deste mês, a administração do PT utilizou mais de R$ 70 milhões em deslocamentos, conforme dados do Portal da Transparência.

Marco Rubio encontrou Mauro Vieira por apenas 15 minutos, demonstrando o desdém do secretário de Estado em relação ao governo Lula, que enfrenta acusações de desrespeitar direitos humanos, censurar e perseguir opositores. A situação será difícil. Esse é o indicativo mais claro de que o curto encontro entre Marco Rubio e Mauro Vieira não trouxe boas perspectivas. Jornalistas não puderam fazer perguntas na "coletiva" do ministro brasileiro. 

In - Molho de manjericão

Out - Molho chipotle

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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