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Horário de verão: uma questão de bom senso

Por Wilson Pedroso, analista político e consultor eleitoral com MBA nas áreas de Gestão e Marketing

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A instituição do horário de verão pode representar uma economia de R$ 400 milhões, segundo estimativa do Ministério de Minas e Energia. E o alívio financeiro significativo é apenas uma de várias questões a serem avaliadas pelo governo federal no momento da decisão sobre a retomada ou não da medida. A definição é estratégica, com impactos nas esferas política e ambiental.

O horário de verão é adotado em diversas localidades ao redor do mundo com a missão de reduzir a pressão provocada pela alta demanda energética durante o horário de pico de consumo. No Brasil, a medida foi instituída pela primeira vez por Getúlio Vargas, em 1931. Na década de 1980, passou a ser implementada anualmente, até que, em 2019, Jair Bolsonaro colocou fim ao horário de verão no País.

Se for retomado em 2024, o horário diferenciado deve significar menores gastos de eletricidade para residências, estabelecimentos comerciais, indústrias e setor público, inclusive iluminação de vias. Também há outras vantagens, já que a luz do dia prolongada incentiva a economia, com maior fluxo nos estabelecimentos comerciais, e aumenta a sensação de segurança nas ruas.

O horário de verão ainda garante melhor aproveitamento da energia solar, limpa e renovável, ao mesmo tempo em que possibilita a redução do uso da eletricidade gerada pelas termelétricas, que, além de mais cara, é mais poluente. A meu ver, essa é a grande questão a ser avaliada nesse assunto do horário de verão. 

Diante do momento delicado que vivemos, de enfrentamento dos impactos da mudança do clima e do aquecimento global, o tema deve ser debatido do ponto de vista da sustentabilidade.

O Brasil tem registrado grandes períodos de estiagem, temperaturas elevadas, baixa umidade do ar e índices atípicos de queimadas. Portanto, poupar a produção de energia não é mais uma escolha, é uma questão de bom senso.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendam ao governo a instituição do horário de verão. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse não estar convencido sobre a necessidade da medida.

Silveira destacou que não há risco de uma crise energética no País e informou que pretende buscar “outros instrumentos” para embasar a definição. Felizmente, a decisão final não é dele.

Cláudio Humberto

"Um pacote de crueldades"

Senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) sobre o empenho do governo Lula em cortar o BPC

21/12/2024 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Relator de reforma recebeu emenda milionária

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) conseguiu um feito que inveja muitos no Congresso Nacional: conseguiu o pagamento de emenda milionária, R$67,1 milhões. É o parlamentar com maior valor pago em uma emenda individual. A grana supera algumas emendas de bancada, como os R$66,6 milhões para toda bancada de Minas Gerais destinar para assistência hospitalar e ambulatorial, ou os R$65,3 milhões que a bancada de Santa Catarina endereçou para atenção básica à saúde.

Vem mais

Outra emenda de Braga já está com valor empenhado pelo governo Lula, ou seja, reservado para pagamento: R$1,9 milhão.

Amigo do rei

O volume de emendas que consegue arrancar explica a relação de fidelidade de Braga a Lula e ao ministro Fernando Haddad.

Vale muito

Ano passado, o senador relatou a reforma tributária, que tanto interessou ao Planalto. Este ano, pegou a relatoria da regulamentação da reforma.

Rei da emenda

Um abismo separa Eduardo Braga da segunda colocada do ranking, a senadora Augusta Brito (CE), vice-líder do PT: R$37,1 milhões.

Pesquisa revela aversão dos brasileiros ao STF

Se os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) achavam que estavam “abafando”, a verdade nua e crua de pesquisa nacional, nesta sexta-feira (19) foi uma ducha de água gelada. Levantamento do instituto Poder Data em 196 municípios nos 26 Estados e no DF encontrou apenas 12% dos brasileiros fazendo avaliação positiva (ótimo/bom) dos ministros do STF, enquanto 43% a consideram negativa, na soma de “ruim” e “péssimo”. A desaprovação cresceu no período em que o STF assumiu papel político que não lhe compete, incluindo o viés “legislador”.

‘Golpe’, badernaço etc

O declino de reputação começou na posse de Lula e início da retaliação do STF aos acusados de “golpe” ou pelo badernaço de janeiro de 2023.

STF opera um milagre

A pesquisa detecta um milagre de união de contrários: 43% dos eleitores de Lula e 42% dos eleitores de Bolsonaro se unem na repulsa ao STF. 

Cartaz ladeira abaixo

O Poder Data fez pesquisa semelhante em junho de 2023, registrando agora aumento de 19 pontos na rejeição dos brasileiros ao STF.

Tirem a mão do meu bolso

O “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo aponta que em 2024, até esta sexta-feira (20), tomaram R$3,5 trilhões dos brasileiros em impostos federais, estaduais e municipais. Ainda restam 10 dias ao ano.

Na nossa conta

Apesar das viagens, festas de fim de ano e outras despesas, o Janjômetro, iniciativa do deputado estadual Guto Zacarias (União-SP), registra “apenas” R$63 milhões vinculados à primeira-dama.

Missão cumprida

Com a saída do ministro José Múcio (Defesa), o governo Lula perde seu melhor ministro. Quer dedicar mais tempo à família, como oficialmente se alega, e conquistou o direito de não mais se submeter a desaforos.

Devolução exigida

A Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores cobra do presidente Correios, Fabiano Santos, o estorno de parte do 13º salário confiscado dos funcionários:  retenção de 75% fere a legislação.

Siga o dinheiro

O deputado Evair de Melo (PP-ES) pediu ao TCU que apure possíveis irregularidades no contrato em que os Correios confessam dívida com o Postalis. Sobrou para os funcionários pagarem a fatura de R$7,5 bilhões.

Musk na Câmara

Viralizou no ‘X’ ideia do senador americano Rand Paul de transformar o empresário Elon Musk, futuro chefe do Departamento de Eficiência do governo Trump, em presidente da Câmara dos EUA. Pela lei, o cargo não precisa ser ocupado por um representante eleito.

Morte por inanição

O senador Cleitinho (Rep-MG) gastou sola de sapato para tentar criar uma CPI destinada a investigar desvio das emendas parlamentares. Até o meio da semana ele tinha zero assinaturas de apoio.

Menos um bilhão

Nos primeiros cálculos do Ministério da Fazenda, a “desidratação” imposta pelo Congresso ao pacote de Haddad terá impacto de R$1 bilhão nos cortes esperados. Pelo tamanho do problema, uma ninharia

Pensando bem...

...presidente de verdade não tira férias.

PODER SEM PUDOR

Cláudio Humberto

Censura na fonte

O comício de Leonel Brizola atraiu uma multidão, em Cruz Alta (RS). “De 10 a 12 mil pessoas”, exultou dr. Schmidt, médico e prefeito da cidade, da janela da prefeitura. Mas, de repente, naquela época pré-celular, ouviu uma jovem repórter ao telefone: “...um fracasso, no máximo 1.500 pessoas”. “Não faça isso, a senhora está mentindo. Tem várias vezes mais pessoas.” Ela desdenhou: “A notícia é minha, mando a que quero.” O prefeito surpreendeu. “Pois o telefone é meu – disse ele, arrancando-lhe o aparelho das mãos – e nele você não manda mentira.”

ARTIGOS

Planejamento assertivo das férias escolares: equilíbrio entre diversão e aprendizado

20/12/2024 07h45

Arquivo

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Buscar formas de incluir atividades educativas nas férias reflete uma tendência de balancear diversão e aprendizagem. Nesse cenário, é importante envolver as crianças na escolha do planejamento das férias, incentivando a sua autonomia, responsabilidade e criatividade, além de fortalecer o vínculo familiar.

Ao serem ouvidas, elas se sentem valorizadas e mais motivadas a participar das atividades escolhidas de maneira assertiva e engajada. Assim, abre-se espaço para o desenvolvimento de habilidades envoltas na tomada de decisão, fundamentais para seu crescimento emocional e cognitivo.

É claro que o formato das férias, assim como seu planejamento, também dependerá do orçamento familiar. Para a criança, na maioria das vezes, o real significado das férias é estar em família, independentemente do local, mas é importante envolvê-las no processo de organização para compreenderem que a família busca fazer o melhor com o que é possível e que isso não afetará a diversão.

Atividades como piqueniques, passeios no parque ou até sessões de cinema em casa podem render memórias valiosas sem pesar no bolso, mostrando que a diversão não depende necessariamente de grandes investimentos. Esse diálogo combinado com os filhos contribui para o desenvolvimento emocional saudável e equilibrado, assim como com o contentamento.

A tecnologia também pode ser uma ferramenta positiva nas férias, desde que usada com limites e supervisão. Aplicativos educativos, documentários e até jogos que estimulam habilidades cognitivas desenvolvem a criatividade e a aprendizagem, mas é importante garantir que o uso das telas seja equilibrado com atividades físicas e sociais. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o tempo de tela deve ser limitado a, no máximo, duas horas por dia para crianças de até 10 anos.

Fora das telas, algumas das atividades que as crianças podem realizar durante as férias incluem artes manuais, culinária, jardinagem com mini-hortas, escrita de histórias e teatro. Explorar novos hobbies, como fotografia ou música, também é interessante e benéfico. Para adolescentes, projetos de leitura e a criação de blogs ou diários são atividades que promovem reflexão e desenvolvimento de habilidades.

Além disso, tanto para crianças quanto para adolescentes, é interessante uma caminhada ecológica pela natureza, atividades de observação de plantas e animais ou ideias que incluam caça ao tesouro, que pode ser organizada em casa ou até mesmo na cidade, com pistas sobre história, cultura ou literatura, tornando o aprendizado uma verdadeira aventura. Essas atividades não apenas mantêm a mente ativa, mas também reforçam a autoconfiança e o interesse por novos conhecimentos.

Manter uma rotina flexível durante as férias é essencial, mas sem perder o senso de organização. Definir horários básicos de refeições e de sono, por exemplo, ajuda a estabelecer um ritmo diário que favorece o bem-estar. Além disso, pequenas responsabilidades, como ajudar nas tarefas domésticas, podem ser integradas à rotina de forma divertida, reforçando o senso de responsabilidade e participação.

Mas atenção: a falta de equilíbrio no planejamento pode ser o pior erro. Sobrecarregar as férias com muitas atividades ou deixar tempo em excesso para o descanso pode prejudicar o retorno ao ambiente escolar. Para uma volta às aulas tranquila, é preciso ajustar gradualmente a rotina de sono e alimentação na semana anterior ao início das aulas. Diálogos abertos sobre as expectativas para o novo período letivo também são essenciais para reduzir a ansiedade e promover um recomeço mais motivado.

Com um planejamento equilibrado, as férias escolares se transformam em uma oportunidade de aprendizagem, descanso e fortalecimento dos laços familiares, preparando as crianças para um retorno mais produtivo e integrado à rotina escolar.

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