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Giba Um

"Houve um planejamento de golpe, mas não teve o golpe. No Brasil, a lei diz: "Se você planejar...

...um assassinato, mas não fez nada, não tentou, não é crime. O golpe não foi crime", de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, admitindo plano de golpe

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No Supremo Tribunal Federal, a aplicação de embargos infringentes é mais restrita, exigindo pelo menos dois votos divergentes pela absolvição de um réu em ação penal e não se aplica a decisões unânimes ou a aspectos secundários da decisão, como a dosimetria da pena.

Mais: o voto do ministro Luiz Fux pela improcedência total das acusações contra o ex-presidente não muda o desfecho, mas permite às defesas o ingresso de ao menos um recurso:  cursos embargos infringentes, que questionam condenações não unânimes. Errado: são precisos dois votos.

Falando de saúde feminina

Afastada da TV Aberta desde 2016, a atriz, que sempre é reconhecida como Serena de Alma Gêmea, Priscila Fantin, resolveu agora partir para o entretenimento.  Há poucos dias, estreou como apresentadora do Pod Cast Menos Pausa, que promete falar da saúde da mulher, principalmente de assuntos ainda considerados como tabus,  como climatério, perimenopausa, menopausa e pós-menopausa, com conversas reais, emocionantes e informativas, combinando ciência, sensibilidade e representatividade, que conta com a participação da nutricionista Vanessa Costa. Aos 42 anos, ela foi questionada se já estava na fase da menopausa e, de bate-pronto, respondeu: “Não, ainda não. Mas é justamente antes da menopausa que a gente precisa saber o que tá acontecendo com a gente.” E completa avisando que está na fase do climatério: “A informação é o primeiro passo para a cura. A partir do momento que você sabe o que está acontecendo com você, você sabe o que pode ser feito com aquilo ou não. Então, a partir do momento que entendi, eu comecei a usar ferramentas físicas, mentais, de suplementação, cessaram todos os desconfortos”. A atriz ainda fala da importância de ter um acompanhamento médico durante esses períodos. “Qualquer terapia de tratamento de reposição hormonal é extremamente individualizada. Não há um padrão, não se pode usar a mesma dosagem de nenhum hormônio entre uma mulher e outra. Todo mundo tem sintomas diferentes, condições físicas, emocionais, psicológicas, fisiológicas, da história familiar. Todo mundo é muito diferente nesse quesito, então é muito delicado”.

Eduardo quer detonar a candidatura de Tarcísio

O governador Tarcísio de Freitas recebeu autorização para nova visita a Bolsonaro em 29 de setembro. Será o segundo encontro entre ambos em pouco mais de um mês e o primeiro depois da condenação do ex-presidente pelo Supremo. Há ainda outra questão simbólica relevante: será também o primeiro contato presencial após a decisão de Tarcísio de sair do casulo, adotar uma postura afeita ao eleitor mais radical de Bolsonaro e praticamente lançar sua candidatura à Presidência da República durante as manifestações de Sete de Setembro. De lá para cá, o governador também chamou para si a missão de liderar a aprovação da proposta de anistia no Congresso. Nesta semana, cumprirá mais uma agenda de reuniões com lideranças partidárias em Brasília. Neste momento, todos os gestos entre criatura e criador são importantes para Tarcísio se referendar como candidato de Bolsonaro em 2026. O problema é vencer a resistência de Eduardo Bolsonaro, que não pode nem ouvir falar em Tarcísio e prepara-se para detonar sua candidatura ao Planalto. Acha que o lugar é dele.

Outro barco

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, tem repetido que está feito um acordo com Tarcísio: se for o candidato escolhido por Bolsonaro, deixa o Republicanos, seu partido, e filia-se no PL. Se isso acontecer, Eduardo está disposto a deixar o mesmo PL e se filiar a outra legenda, também querendo disputar o Planalto. Acha que conseguirá superar todos os obstáculos, começando por Alexandre de Moraes. Aos mais chegados, diz que Trump apoiaria sua candidatura no lugar de seu pai. O presidente norte-americano, contudo, nunca deixou transparecer qualquer sinal desse apoio.

Pink party

Comemorando quatro anos da WePink, amarca de cosméticos que tem como sócios  Virginia Fonseca,  Samara Pink, Thiago Stabile e Lucas Chaopeng,  uma super festa agitou a cidade de São Paulo, precisamente no bairro de Campo Belo, na noite de segunda-feira (15), com a presença de muitos convidados, na Casa Giardini. Os presentes puderam assistir aos shows de Ludmilla, Felipe Amorim e Belo. O evento também serviu de palco para a divulgação dos próximos passos da empresa que agora, além de cosméticos, investirá em linhas para pets, itens de casa e produtos voltados ao público infantil. Entre tantos convidados, grande parte estava com looks rosas. Estavampresentes entre tantos a cantora e ex-BBB Gabi Martins, a jornalista Regina Volpato, Gabriela Versiani e Murilo Huff, Moranguinho e Naldo e Gracianne Barbosa.

Fufuca em campo

Na semana passada, o ministro André Fufuca, do Esporte, participou da Caravana Federativa, no Maranhão. É uma espécie de mutirão de serviços do governo Lula junto a prefeitos e gestores municipais. Seu partido, o PP de Ciro Nogueira, quer expulsar Fufuca: ele não quer deixar o ministério do governo Lula. Pretende disputar o Senado em 2026 pelo Maranhão. Seu último discurso irritou Ciro: Fufuca diz que "Lula está fazendo uma revolução no país" e agradeceu "a força que o presidente Lula dá ao Ministério do Esporte (?)".

Candidato de Alcolumbre

Nos corredores do Senado, nesses dias, circulava a informação de que Carlos Jacques, conselheiro do Cade, seria confirmado como futuro presidente do órgão antitruste. Trata-se do candidato de Davi Alcolumbre, presidente da Casa, que tem conduzido diretamente as gestões junto ao governo pela indicação de Jacques. Se confirmada, a vitória de Alcolumbre significará a derrota dos ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da CGU, Vinicius Carvalho, apoiadores da indicação do também conselheiro Victor Oliveira Fernandes. O Planalto chegou a levar Alcolumbre a considerar a possibilidade de Jacques ser guardado para a cadeira de superintendente geral do Cade, que ficará vaga em 2026, mas foi rechaçada em segundos.

Pérola

"Houve um planejamento de golpe, mas não teve o golpe. No Brasil, a lei diz: "Se você planejar um assassinato, mas não fez nada, não tentou, não é crime. O golpe não foi crime",

de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, admitindo plano de golpe.

Emendas liberadas

Disparou para mais de R$ 10,3 bilhões o total de gastos com emendas parlamentares do governo Lula entre janeiro até dia 4 de setembro. Mesmo assim, ele não consegue melhorar sua relação no Congresso, apesar de ter conseguido manter trancado na gaveta projeto de anistia para presos do 8 de janeiro. No começo de julho, o total de gastos do governo com emendas parlamentares foi de apenas R$ 3,7 bilhões. O governo já pagou R$ 9 bilhões em emendas individuais, diz o Tesouro Nacional e R$ 1,33 bilhão em emendas de bancada.

Olho na cabeleira

A cabeleira do ministro Luiz Fux voltou a ser pauta nas redes sociais depois dele passar 13 horas lendo seu voto no julgamento de Bolsonaro. O volume e o cuidado dos fios chamaram a atenção dos internautas, que reacenderam a antiga dúvida: cabelo natural ou peruca? A resposta já foi revelada pelo próprio magistrado em 2012, um ano após sua indicação ao Supremo pela então presidente Dilma Rousseff, Fux admitiu ter recorrido a implantes capilares. Em comparação a fotos antigas com as atuais, evidencia-se significativo aumento da quantidade de cabelos. E a maioria acha que é peruca mesmo.

Apenas uma falta

A Assembleia Geral da ONU, prevista para a semana que vem em Nova York (dia 23), é tratada como uma das prioridades de Lula em sua agenda internacional. Em seus três mandatos como chefe do Executivo, o petista compareceu a todas as Assembleias, com exceção apenas da de 2010. Na ocasião, Lula mandou o então chanceler Celso Amorim no seu lugar porque estava focado na campanha presidencial para eleger Dilma Rousseff. A reunião também servirá para avançar nas negociações da COP30, que ocorrerá em novembro em Belém.

Vice da Faria Lima

Numa recente roda de figuras da Faria Lima com o governador Tarcísio de Freitas, quando se conversava sobre a possibilidade dele se candidatar ao Planalto, alguns se atreveram a sugerir o nome de outro governador para formar na vice. Nada menos do que o agora bolsonarista Romeu Bema, de Minas Gerais. Kles acham que seria o vice ideal porque "ele traria o eleitorado de Minas Gerais para a chapa, que seria imbatível".  Tarcísio não comentou: preferiu apenas ouvir.

Despertando
ciúmes 1

Quem entrou na frigideira do PT nas últimas semanas foi o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, que tentou algo para aliviar o tarifaço de 50% cobrado pelos EUA em cima dos produtos brasileiros. Alckmin está em alta entre ricaços do setor produtivo, já que circula entre Estados Unidos e Europa, costurando acordos para novos mercados e alívio para produtos como celulose, metais preciosos, combustíveis e fertilizantes. 

Despertando 
ciúmes 2

Na Casa Civil, Rui Costa, ofuscado pelas incursões de Alckmin, esperava ser o gerentão e sucessor de Lula, sofre com dor de cotovelo. Perto da Casa Civil, outro ofuscado é Fernando Haddad (Fazenda) - ele e Costa se detestam. Para não ficar atrás dos R$ 30 bilhões do "Brasil Soberano" de Alckmin, Costa turbinou o Novo PAC, que será de R$ 52,9 bilhões, no ano que vem.

Mistura Fina

Num passado não tão distante, o ministro Luiz Fux (STF) foi mais incisivo quando o então presidente Bolsonaro inflamou a população contra o Supremo em 7 de Setembro de 2021. Na ocasião, o Capitão disse que não cumpriria mais decisões do ministro Alexandre de Moraes. Fux, que presidiu a Corte, disse que "a atitude, além de representar atentado contra a democracia, configura crime de responsabilidade, a ser analisado pelo Congresso".

Ainda Fux: na semana passada, o ministro afirmou que o STF não tinha competência para julgar a trama golpista porque "os réus não tinham foro privilegiado". Ele votou de outra forma no Mensalão em 2012.  Há 13 anos, os ministros se debruçaram sobre pedido do advogado Márcio Thomaz Bastos de que seu cliente, o ex-executivo do Banco Rural José Roberto Salgado e outros réus sem foro, tivessem o processo desmembrado e enviado a instâncias inferiores. Foram nove votos contrários, incluindo o de Fux. 

Lembrado pela ministra Cármen Lúcia no início de seu voto, o gestor cultural Affonso Borges avalia que a menção dela ao poema "Que país é este?", de Affonso Romano de Sant'Anna, foi uma forma que Carmen encontrou de destacar as manifestações culturais em períodos de combate depois do golpe militar de 1964. A ministra disse que "Romano escreveu toda em sua obra durante a ditadura, é uma poesia de resistência".

"Que país é este?" é uma frase histórica na política nacional. Foi criada por Renato Russo em 1978 e depois celebrizada pelo Legião Urbana em 1987. Também usou Francelino Pereira, figura política conhecida em todo o país, que foi ministro durante a ditadura militar. Na época, outra frase bem caracterizava o que acontecia nos porões do governo verde-oliva: era "ten carcará voando na vertical". Naquela época, Antônio Ermírio de Moraes emendou: "O Brasil é o país dos safados".

A pena de 27 anos e 3 meses de Bolsonaro é superior à soma das penas aplicadas a Lula. Ele foi condenado na Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No caso do triplex do Guarujá, tive pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias, após três instâncias, e 17 anos, um mês e 10 dias no caso do sítio de Atibaia, após duas instâncias. Total: 26 anos. Iula passou 580 dias na prisão.

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Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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