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"Não é possível que não se lembrem de tantos nomes de mulheres importantes que estão no direito"

de CÁRMEN LÚCIA // ministra do STF, torcendo para que Lula indique uma mulher para o lugar de Rosa Weber.

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“Não é possível que não se lembrem de tantos nomes de mulheres importantes que estão no direito e que podem ser lembrados como possibilidades pelo presidente”,

de CÁRMEN LÚCIA // ministra do STF, torcendo para que Lula indique uma mulher para o lugar de Rosa Weber.

Novo rounds

A cada dia, surgem novas revelações que praticamente comprovam que o ex-presidente sempre esteve a par de todas as investidas de seus auxiliares para recuperar as joias dadas pela generosidade saudita. Agora, sabe-se que outro estojo de joias dado pelos árabes entrou no Brasil na bagagem do ex-ministro Bento Albuquerque, sem ter sido declarado à Receita Federal, como manda a lei. Ficaram um ano guardadas no Ministério de Minas e Energia até serem levadas a Bolsonaro em 29 de dezembro de 2022.

O ex-presidente as incorporou a seu acervo pessoal. Sabe-se também que o tenente-coronel Mauro Cid, tentou recuperar o primeiro estojo de 3 milhões de euros, usando papelaria da Presidência da República.

Apreensão omitida

Em carta enviada ao príncipe da Arábia Saudita, Abudulaziz bin Salman Al Saud, datada de 22 de novembro de 2021, o então ministro Bento Albuquerque omitiu a apreensão das joias oferecidas a Bolsonaro e à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Ele afirma que os presentes recebidos do regime saudita foram incorporados ao acervo brasileiro “de acordo com a legislação nacional e o código de conduta da administração pública”. A primeira caixa ficou na Receita Federal e a segunda ficou com o ministro até o final do ano passado, quando foi entregue a Bolsonaro.

Contraofensiva

O clã Bolsonaro quer contra-atacar o escândalo das joias. O ex-presidente e seus filhos pretendem lançar um pedido de auditoria de bens ofertados a Lula durante seus dois primeiros mandatos.

Parlamentares aliados, sob comando de Valdemar Costa Neto, já foram acionados para requisitar formalmente no Congresso uma devassa dos presentes recebidos pelo petista de outros chefes de governo entre 2003 e 2010.

A ideia é de Carlos Bolsonaro, que quer inflamar a militância em torno da investigação nas redes sociais.

Troca do BC

A meta da inflação deverá ser alterada na reunião do Conselho Monetário, provavelmente em junho. Há dúvidas se será expandida para 4% ou 4,5% ou se permanece nos 3%, que seriam diferidos para o fim do atual governo. Lula teria quase quatro anos para alcançar o atual target por ora na corda bamba. Não haveria, portanto, meta de inflação anual. Seria o sinal para que o Banco Central baixasse os juros e Roberto Campos Neto jogasse a toalha – está tudo acertado para que André Lara Resende assuma a presidência do BC.

Lembrando música

A cantora e atriz Sandy, que apesar da aparência completou 40 anos em janeiro e de visual novo aderindo ao mega hair, fala de seus projetos para turnê NósVozEles 2023 e eventos como convidada (dia 20 de maio no Coolritiba, e dos dias 13 a 16 de julho no Navio ChX.

Nesta nova etapa diz que está inaugurando uma fase mais confiante, madura e dona de sua própria história. E brinca lembrando uma música: “Me sinto velha para ser jovem, definitivamente. Estou muito feliz, achando que é uma idade muito poderosa”.

Mas ponderando “Dá um medinho porque parece que a vida passa muito rápido e quando a gente vê já está com 40, chegando perto da metade da vida, mas é uma vida bem vivida, então tem essa comemoração também, de tudo que eu fiz até aqui.

Me sinto dona da minha história, acho que isso é muito legal”. E completa: “É uma fase de saber mais quem eu sou, saber qual é meu caminho. A gente nunca sabe tudo 100% porque é uma construção. Eu me sinto bem encaminhada nessa minha construção”.

E garante que não gosta de fazer planos de longo prazo: “Eu não faço planos para muito longo prazo, estou sempre planejando e fazendo, planejando e fazendo. Busco realizar o que está por aqui, e tenho realizado muitas coisas, então isso me deixa muito feliz”.

Crescer o PIB é a ordem maior

O presidente Lula está obsessivo com a aquisição de um crescimento mínimo do PIB, em 2023, ou seja, o índice maior ao alcançado por Jair Bolsonaro em 2022, logo após dois anos de pandemia. A marca é difícil, mas não é impossível.

Ele sabe que o ex-presidente está guardando munição para sua volta quando retomar a “campanha eleitoral”, que nunca findou e usará dados do PIB contra o novo governo. Analistas reconhecem que, artificialismo ou não, Bolsonaro conseguiu bons números em quase todos os quesitos macroeconômicos mesmo com a pandemia.

Para sair do corner imposto pelo antecessor em relação ao crescimento da economia, Lula quer engajar o governo inteiro. Simone Tebet, por decisão do presidente, está organizando uma espécie de cartilha para os ministros. O objetivo é que cada um saiba o impacto de suas atividades no PIB.

Nova biografia

Depois de se curar de um câncer de pulmão a cantora Rita Lee, 75 anos, resolveu escrever uma nova autobiografia batizada de Outra Autobiografia, que é uma brincadeira com seu primeiro livro e já está em pré-venda e será lançada no próximo dia 22 de maio (dia de santa Rita de Cássia).

E comenta que não imaginava os rumos que sua vida iria tomar a ponto de escrever uma nova publicação: “Rita Lee: Uma autobiografia, o livro marcava, de certo modo, uma despedida da persona ritalee, aquela dos palcos, uma vez que tinha me aposentado dos shows. Achei que nada mais tão digno pudesse acontecer em minha vidinha besta. Mas é aquela velha história: enquanto a gente faz planos e acha que sabe de alguma coisa, Deus dá uma risadinha sarcástica”.

E ainda conta com uma fala de Phantom, o “fantasminha” que dialoga com a cantora no primeiro livro, “Rita pode ter tido de tudo, menos uma “vidinha besta”.

Quem salvou

Lula ouviu ministros próximos para aferir o desgaste de manter Juscelino Filho no Ministério das Comunicações, mas teve peso maior a posição de Janja, para quem o pior caminho seria validar a interferência de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, nas decisões. Janja quer ver Gleisi bem longe. No fim de tudo, a cobrança pública da dirigente petista, que defendia a demissão, garantiu o emprego do enrolado ministro.

Na CCJ

O agora senador Sérgio Moro (União-PR) fará parte do CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) do Senado.

A Comissão é a mais importante da casa, porque analisa a constitucionalidade de projetos de lei e também é responsável por avaliar as indicações para novos ministros do STF. E neste ano Lula irá indicar dois novos ministros para o Supremo que irão substituir Ricardo Lewandowski e Rosa Weber que irão se aposentar. Mais: Moro fará parte também das Comissões de Segurança Pública (CSP) e de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC).

Mais híbridos

A Stellantis (leia-se Fiat e Peugeot) quer produzir seu primeiro modelo híbrido no Brasil em 2025. O grupo deverá anunciar a revisão de seu plano de investimento no país, com um aumento considerável em relação ao último orçamento – de R$ 16 bilhões para o período entre 2015 e 2025. A Stellantis quer fechar um colar de parcerias com universidades, centro de pesquisa e indústria de auto peças com o objetivo de nacionalizar o maior volume possível dos componentes dos futuros veículos movidos tanto a motor de combustão quanto elétrico.

Operação de Guerra

Há uma movimentação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para a transferência temporária de servidores de outras esferas da corte para a 4ª Vara Empresarial, comandada pelo Juiz Paulo Assed Estegan. O objetivo é dar conta do processo de recuperação judicial da Americanas. Só de credores são quase mil pessoas físicas e jurídicas.

Desde já, uma das maiores preocupações é o trabalho coordenado com a Justiça norte-americana – vários bancos credores já sinalizaram que vão entrar com ações contra a rede varejista em Nova York.

Mistura fina

A RECEITA federal vai colocar uma lupa sobre as SAFs (Sociedade Anônima de Futebol) e de onde surgem os recursos, tanto capital externo quanto nacional. A tendência é que, nos próximos meses, haja uma circulação frenética de divisas no futebol. Nesse momento, mais de duas dezenas de clubes brasileiros já estão se preparando para montar ou vender suas SAFs.

O FILHO “04” de Jair Bolsonaro, Jair Renan ganhou cargo comissionado no Senado Federal, passando a integrar o gabinete do senador Jorge Seif (PL-SC), ex-secretário de Aquicultura e Pesca de Bolsonaro. Ele terá direito a um salário de R$ 7.642,84 mais outros benefícios como vale-alimentação, portanto a renda do filho do ex-presidente poderá chegar a R$ 9,5 mil.

O NOVO governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou em entrevista a Globo News que é muito grato ao ex-presidente Jair Bolsonaro e reafirmou que nunca foi bolsonarista raiz. “Se tornou um grande amigo, eu devo muito ao presidente.

Ele me deu uma oportunidade que eu nunca imaginei que eu teria: virei ministro de Estado. Sempre prestigiou muito o meu trabalho, me lançou”. E conclui: “O presidente, quando me escolheu para ser o candidato dele aqui em São Paulo, percebeu qual seria o perfil que comunicasse melhor com o que o paulista esperava”.

AINDA Tarcísio: ele garante que tem um perfil moderado. “Tenho um perfil moderado, um perfil mais ao centro, talvez fosse o mais adequado para aquela eleição, mesmo num ambiente polarizado. Estou seguindo a mesma linha que segui no Ministério da Infraestrutura e que segui na vida toda. Uma linha técnica, uma linha pragmática, uma linha orientada ao resultado”.

A PRIMEIRA-dama Rosângela da Silva, foi ao Senado em homenagem ao Dia Internacional da Mulher e para receber o diploma Bertha Lutz. Em seu discurso ela afirmou que tem sido vítima de muitas fake news e até mais que o presidente da República.

E aproveitou para criticar a sub-representação feminina no Congresso. “Cada uma das mulheres aqui sabe as dificuldades do dia a dia da política. Tenho sido o principal alvo de mentiras, ataques à honra e ameaças nas redes sociais. Até mais que o presidente. Sei que muitas de vocês também passam por isso. A mesma terrível experiência de ver seu nome, seu corpo e sua vida expostos de maneira mentirosa”.

A JBS negocia a compra do complexo industrial da Rio Branco Alimentos na cidade de Palmeiras de Goiás (GO), cuja planta tem capacidade para abate de 200 mil frangos/ dia.

Ou pouco mais de 70 milhões/ ano. Os irmãos batistas querem evitar que a unidade caia nas mãos da BRF e ampliar ainda mais sua posição de maior produtora e exportadora de frangos do mundo (mais de 4,4 bilhões de cabeças por ano). A Rio Branco Alimentos, do seu lado, tem como objetivo fazer caixa para reduzir o passivo. Sua dívida, hoje, é perto de R$ 1 bilhão.

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Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

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Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

In – Natal: coquetel de pêssego            
Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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