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"Não posso ofertar crédito em auxílio para uma pessoa se alimentar. Isso tem de ser anulado"

De Rita Serrano, presidente da Caixa, afirmando que o banco não vai aderir às novas regras do consignado do Bolsa Família

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O bilionário Bill Gates comprou uma participação minoritária na gigante holandesa de bebidas Heineken.

Investiu 848,2 milhões de euros (R$ 4,6 bilhões) para adquirir 3,76% dos papéis da companhia.

A Heineken é a segunda maior cervejaria do mundo.

Mais: fica atrás apenas da AB InBev, que tem entre seus acionistas os também bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.

As ações eram da Femsa, mexicana que está vendendo sua participação na companhia.

“Não posso ofertar crédito em auxílio para uma pessoa se alimentar. Isso tem de ser anulado”,

de RITA SERRANO // presidente da Caixa, afirmando que o banco não vai aderir às novas regras do consignado do Bolsa Família.

In -  Cílios postiços cruzados

Out  -  Cílios postiços volumosos

Mulher versátil

Não é à toa que Gisele Bündchen, é uma das modelos mais requisitadas, que já esteve entre as mais bem paga do mundo e se tornou a 16ª mulher mais rica do setor de entretenimento.

Na capa e recheio da Vogue Itália a Uber modelo chega a sua 142ª capa de Vogue por todo mundo, mostrando uma versatilidade impressionante e que na primeira olhada é quase irreconhecível.

Segundo os designers Domenico Dolce e Stefano Gabbana ela é única.

“Gisele é única, extraordinariamente bela e espontânea, tem um caráter explosivo; seu sorriso tem uma alegria, sua energia é contagiante. Ela sempre foi uma grande profissional: no set ela era hilária, vê-la nos bastidores era uma alegria”.

No ensaio da revista italiana ela é imortalizada por diversos tipos de cabelo, que segundo a própria modelo é um de seus pontos fortes.

Numa visão meia distorcida de suas madeixas ela aparece em cinco estilos diferentes todos planejados pelo hair artist Ali Pirzadeh (nascido no Irã, com formação de beleza em Estocolmo (Suécia), mas que mora há anos em Londres).

Na primeira versão ela aparece com cabelos com efeito molhado e sobrancelhas finas vermelhas. Em outras três versões ela aparece de perucas ruiva, loira e castanha.

E na última parte com seus cabelos naturais, com delineado gatinho alongado e com as mesmas sobrancelhas finas.

Mudança na Globo

Telespectadores mais atentos estão colecionando mudanças no recheio da programação da Globo, especialmente no conteúdo racial e até mesmo evangélico.

O que já acontece em comerciais, a emissora tem reforçado a presença de figuras negras no jornalismo, entretenimento e novelas.

Entrou no ar Vai na fé, onde personagens evangélicos e suas igrejas ganham maior espaço.

Em Travessia, a protagonista é negra, tem romance com dois brancos. Há uma executiva negra e uma doméstica branca.

No É de Casa, tem duas apresentadoras brancas, uma negra e um apresentador igualmente negro.

No Encontro, o segundo apresentador é negro. N

as transmissões de carnaval, duas negras: Aline Midlej (São Paulo) e Maju Coutinho (Rio).

Mais: o que era quase impossível nas relações entre Globo e Record, agora se concretiza.

As duas emissoras estão numa fase de troca de novelas: a Globo dá para exibição uma de suas vitoriosas novelas do passado, a Record coloca no ar e oferece uma de suas novelas religiosas para ser apresentada na Globoplay.

É o início de um acordo que pode ganhar mais capítulos.

Ainda na novela das 19h, a protagonista é Sheron Mennezes, primeira mocinha negra do horário – e muito elogiada.

Garotas da Fendi

A modelo e estilista Sasha Meneghel e a cantora e apresentadora Iza tem algo em comum agora: ambas são embaixadoras da grife italiana Fendi, no Brasil.

E as duas se encontraram para a apresentação de nova coleção da marca, no primeiro dia da semana de moda de Milão, com direito a cadeira na primeira fila.

Pela primeira vez em Milão e participando de uma semana de moda internacional a cantora não escondeu a empolgação.

“Estou em Milão para minha primeira semana de moda. Nunca estive aqui, estou muito feliz. Estou como embaixadora da Fendi com a maravilhosa Sasha”.

Iza aproveitou sua passagem pela cidade italiana para passear e conhecer vários pontos turísticos, acompanhado também por Sasha.

Novos rumos

A cúpula da Globo admite que sua grade de programação é hoje, propositalmente, ocupada em grande parte por profissionais negros em todos os departamentos.

A emissora aposta que um país com cerca de 215 milhões de pessoas e 56% de sua população negra deve dar maior espaço a seu volume majoritário de etnia.

E igualmente se abrir para evangélicos (historicamente, a família Marinho só admitia catolicismo) e com cuidado ao LGBT (o Brasil é conservador).

E esses novos rumos estão sendo implantados – e com muita naturalidade.

Atração especial

A primeira-dama Rosângela da Silva, convidada para desfilar na Marquês de Sapucaí, como boa candidata a política, acabou aceitando.

Aproximando-se a data do combinado, apareceu um cancelamento por motivos médicos: Janja estava com um problema num de seus olhos, tratado e eliminado a ponto dela ir assistir o carnaval de Salvador, no camarote de Flora e Gilberto Gil.

Janja e Lula estavam hospedados na base naval de Aratu e deveriam frequentar a praia de Inema, a última ao sul da capital.

Questão de honra

O ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) determinou que a PF entre na investigação sobre o assassinato de Marielle Franco (vai completar cinco anos).

Elucidar o crime é “uma questão de honra” para o novo governo que já deu à sua irmã Anielle Franco o cargo de ministra da Igualdade Racial.

Uma lei de 2002 permite a participação da PF em casos de repercussão internacional, sem chances de resistências do STJ, do MP estadual e do governo de Cláudio Castro.

No comando, estará o delegado Leandro Alamada, catedrático no caso Marielle.

REAPROXIMAÇÃO

O presidente Lula pretende iniciar oficialmente o processo de reaproximação do Brasil com o continente africano.

A viagem para Angola, Moçambique e África do Sul, prevista para maio, vai representar uma retomada nas relações com a região, desprezada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

As intenções de Lula ficaram claras nos primeiros dias de governo, quando o Ministério das Relações Exteriores anunciou uma reestruturação que evidencia a prioridade que pretende dar ao continente.

‘“Tomou nota”

O presidente Lula está satisfeito: o vice-chanceler russo Mikhail Galuzin disse que Moscou “tomou nota” das declarações do petista sobre a busca de uma saída para o conflito negociada por “países neutros” e elogia a posição do Brasil de se recusar a fornecer munições à Ucrânia.

Agora, além de viagens programadas para China e África, Lula também quer encontrar  com o presidente Volodymyr Zelensky em seu país (como fez Joe Biden, quase na base da  surpresa).

QUASE TRADIÇÃO 1

Não é apenas Rui Costa (Casa Civil) que batalha pela escolha de sua mulher Aline Peixoto, enfermeira, para o Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia.

Tribunais de contas tem abrigado políticos quase tradicionalmente.

Levantamento da Transparência Brasil revelou que, em 2016, 80% dos 233 conselheiros de tribunais de contas ocuparam, antes da nomeação, cargos eletivos ou de destaque em administração pública.

Mais: 23% deles sofreram processos ou punição da Justiça e 31% eram parentes de outros políticos.

Quase tradição 2

Ainda o abrigo de políticos nos tribunais de contas do país: a Universidade Federal de Pernambuco mostrou que, dos 186 conselheiros de todos os TCEs, 85 eram ex-deputados estaduais e distritais, 5 foram deputados federais, 29 eram ex-secretários estaduais, 13 ocuparam outros cargos estaduais e 40 tinham ou tiveram pendências estaduais.

Para quem não sabe: conselheiros dos TCEs equivalem aos desembargadores da Justiça estadual e os ministros do TCU são comparados aos ministros do STF (sem vínculo com  o Judiciário).

Entrando em campo

A Paramount promete entrar pesado na disputa dos direitos de transmissão no Brasil.

A plataforma de streaming norte-americana já iniciou conversas para exibir o Campeonato Brasileiro a partir de 2025 (o contrato atualmente em vigor termina no ano que vem).

A Paramount já deu seu cartão de visitas ao comprar os direitos da Libertadores e da Sul-Americana para serviço de streaming.

Esse mercado vive um frenesi, parte alimentado pela criação de duas ligas simultânea: a Livra, com 18 clubes e a Liga Forte Futebol do Brasil (LFF), com 26 integrantes.

TAMBÉM ENXOVAIS

Depois de vender cosméticos para um amigo maquiador nas redes sociais, a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro reapareceu em loja de enxovais em Goiânia, escolhendo produtos para sua nova casa.

Não aconselhou ninguém a comprar, mas exibiu diversos produtos e saiu de lá com sacolas mais que recheadas, para alegria da proprietária da loja.

Michelle, para quem não sabe, tem 5,8 milhões de seguidores, embora agora esteja economizando postagens nas redes sociais – a conselho do maridão.

MISTURA FINA

  • CRISTIANO Zanin, advogado de Lula, está bem cotado para o lugar de Ricardo Lewandowski no STF, mas há grupo de petistas que acham que ele não poderia julgar novos casos do presidente porque o defendeu na Lava Jato – e não é tão próximo à cúpula da legenda. Agora, o grupo Prerrogativas, formada por juristas ligadas ao PT estão defendendo a indicação de Manoel Carlos de Almeida Neto, também o favorito do próprio Lewandowski.
  • O AMAPÁ do líder de Lula no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede), do ministro do Desenvolvimento Regional e ex-governador Waldez Góes (PDT) e do atual governador amapaense Clésio Luis (SD) é a pior unidade da federação no quesito vacinação: só 68% da população recebeu uma dose contra a covid. O ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União) também é do Amapá e deu o maior valor per capita do auxílio para o estado na pandemia. Amapá recebeu R$ 733 por habitante; São Paulo levou R$ 280 por habitante.
  • OS governadores Tarcísio de Freitas (SP), Cláudio Castro (RJ), Helder Barbalho (PA) e Renato Casagrande (ES) estão entre os palestrantes do próximo evento do Lide, nos dias 20 e 21 de abril, em Londres. A ideia é que eles possam mostrar aos investidores europeus a nova etapa da vida democrática e econômica do Brasil, depois das eleições. E apresentarão oportunidades econômicas de seus respectivos estados. Em seu curto tempo de governador, João Doria usou dessa mesma tática, porém sem maiores resultados.
  • BOLSONARISTAS mais fervorosos estão chamando a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), uma das mais chegadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, de “traíra”, devido à entrevista que ela deu condenando o afastamento do Capitão de seus seguidores. E dizendo que não é hora de defendê-lo, mas “é hora de atacar Lula”. Bolsonaro teria dito que Carla fez um acordo com o ministro Alexandre de Moraes (TSE/STF) que teria lhe salvado da cadeia. O ex-presidente garante que não falou nada.
  • CARLA Zambelli até acha que Jair Bolsonaro pode tê-la chamado, entre chegados, de “traíra”, mas fica na dela. Os mesmos bolsonaristas que andaram disparando contra a parlamentar resolveram chamá-la também de “nova Joice Hasselmann”, que também se elegeu por conta de Bolsonaro, se virou contra ele, e não se reelegeu. Detalhe: Zambelli teve de volta suas redes sociais – e até mesmo suas armas, desde que todas registradas.
  • O FUNDO Mubadala tem fome de Brasil. De um lado, não desistiu da compra das operações do Burger King no país; de outro, tem feito sondagens para uma aquisição na International Meat Company (IMC). A holding reúne 14 bandeiras no mercado de fast food, entre as quais Pizza Hut, KFC e Viena. A principal acionista da IMC é a UV Gestora e entre os acionistas, está Carlos Wizard, fundador da escola de idiomas de mesmo nome.

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

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Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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