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GIBA UM

"Não se brinca com Deus, nem com seu povo. A campanha "Fé no Brasil!

tinha uma única intenção do Executivo: era angariar votos", de Michelle Bolsonaro contra Lula, que desistiu de conquistar o eleitorado pentecostal

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A Latam fechou parceria com a Sita, empresa especializada em soluções para despachos de bagagens, e está oferecendo a seus passageiros o serviço de compartilhamento da localização das malas via Airtag, da Apple.

Mais: se a bagagem não chegar ou se atrasar, o passageiro pode informar a companhia aérea exatamente onde ela está em questão de minutos para tentar agilizar a solução do problema. Inicialmente, só  vale para voos no Brasil e na América do Sul. 

Dando a volta por cima

No ano passado, os fãs de Ivete Sangalo ficaram desapontados com o cancelamento de sua tão aguardada turnê "A Festa", que marcaria uma celebração pelos 30 anos de sua carreira. O motivo do cancelamento deu origem a muitas especulações na mídia, mas a cantora, com sua energia contagiante e espírito resiliente, não deixou isso abalar seu ritmo. Mostrando porque é uma das maiores representantes da música brasileira, Ivete deu a volta por cima e agora anuncia sua nova turnê: "Ivete Clareou". Desta vez, o espetáculo promete destacar o samba. Além disso a apresentação de músicas inéditas sendo incorporadas ao repertório. Para lançar esse novo projeto com estilo, Ivete escolheu uma mansão no charmoso bairro de Santa Teresa, no Centro do Rio de Janeiro, oferecendo vistas deslumbrantes do Pão de Açúcar e da enseada de Botafogo. Foi lá que ela gravou o audiovisual que marca o início desse capítulo empolgante de sua carreira. A gravação contou com a presença de convidados ilustres como Jorge Aragão, Péricles, Belo, Arlindinho, Dilsinho e Maria Rita. Além disso, o evento foi prestigiado por nomes conhecidos como Fátima Bernardes, Guilhermina Guinle, Cris Vianna, Juliette Freire e Lore Improta entre outros. Quanto à turnê propriamente dita, os shows começam em outubro e prometem agitar diferentes cidades brasileiras. A abertura será em São Paulo, no Jockey Club, no dia 25 de outubro. Na sequência, Ivete se apresenta no Rio de Janeiro, na Marina da Glória, no dia 1º de novembro. Em novembro, a festa continua em Salvador no dia 30, no Wet Salvador, trazendo aquele toque especial à cidade natal da cantora. Para fechar o ano com chave de ouro, Porto Alegre receberá o grande show no Parque Harmonia, no dia 13 de dezembro. Com talento, força e determinação, Ivete prova mais uma vez porque permanece como uma das maiores artistas do Brasil. 

Próximo passo é romper relações

Analistas de plantão fazem avaliação do que aconteceu depois da queda da máscara do imperialismo trumpiano: o presidente americano precisou apelar para o falso argumento de que o Brasil perseguia Jair Bolsonaro que tentara dar um golpe idêntico ao dele em 6 de janeiro de 2021, com a invasão do Capitólio. No seu primeiro dia na Casa Branca, Trump perdoou cerca 1.600 pessoas já condenadas aguardando julgamento por crimes relacionados ao episódio. Qualquer semelhança com o pedido de anistia aos envolvidos em arruaças na praça dos Três Poderes não é mera coincidência. De lá para cá, o Brasil sofre uma série de ataques à sua soberania e à independência dos poderes com ataques ao STF e ameaças sob estímulo de um vendilhão da pátria que coloca sua família acima dos interesses da nação. Se o governo brasileiro expulsasse Gabriel Escobar, encarregado de negócios ou chamasse de volta a embaixadora em Washington, estaria fazendo Trump de vítima e ele imporia mais sanções equivalentes ao rompimento de relações diplomáticas ou mesmo rompê-las formalmente. Olho vivo com esforço. Mais provocações ameaças já estão na rampa de lançamento.

Aposta dobrada

O cancelamento da reunião de Haddad com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, decorre de diálogo inviável desde que Lula devolveu sem resposta à carta de Donald Trump. A Casa Branca aguarda pedido formal de desculpas. Carta semelhante a quase cem países resultou em negociações de alto nível com todos. Lula preferiu aproveitar eleitoralmente o episódio. E Trump dobrou a aposta: o acordo com o Brasil só passará com o livramento de Bolsonaro. Nos EUA, agora, até a imprensa vê no Brasil sob "ditadura judicial", conforme o Wall Street Journal divulgou no domingo passado (10).

Acima da polêmica

A atriz Sydney Sweeney, conhecida por seus papéis como Cassie Howard na série Euphoria (que atualmente está em pré-produção para a terceira temporada), Olivia Mossbacher em The White Lotus, Bea em Anyone but You e Julia Carpenter em Madame Web, iniciou sua carreira aos 13 anos e agora enfrenta uma polêmica envolvendo a marca americana American Eagle e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Trump elogiou a nova campanha publicitária estrelada pela atriz, gerando controvérsia. Apesar de ser filiada ao Partido Republicano, Sydney não possui uma ligação direta com o ex-presidente. Com uma carreira sólida no mundo do entretenimento, Sydney tem demonstrado seu compromisso com a arte, inclusive passando por transformações físicas para encarnar seus personagens. Um exemplo marcante foi quando ganhou 13 kg para interpretar Christy Martin, campeã mundial na categoria super meio-médio em 2009, em um filme sobre a vida da boxeadora. A atriz continua empenhada em mostrar seu talento e expandir sua trajetória no cinema. Seu próximo projeto, previsto para estrear em dezembro, é o filme The Housemaid (A Empregada), no qual protagonizará ao lado de Amanda Seyfried. A obra é uma adaptação feita por Rebecca Sonnenshine do romance de Freida McFadden.

Joaquim de volta

Grupo de empresários, que não aguentam mais a hipótese de ter nas urnas, em 2026, nomes da esquerda radical e da extrema direita, estão tentando se organizar para trazer de volta à cena o ex-ministro do Supremo, Joaquim Barbosa, figura de destaque, por várias razões, em seus tempos de Alta Corte, nas próximas eleições presidenciais. No passado, ele mesmo, já pensou nisso, e depois prefreiu a alegria de gorda aposentadoria. Também faz palestras e dá aulas especiais em universidades do exterior. Traduzindo: não quer nem saber. 

 



Vai virar ‘censura’

Tem tudo para dar em nada a representação contra deputados que ocuparam por quase 36 horas a Mesa Diretora da Câmara. Avançando na Corregedoria, o caso segue para o Conselho de Ética. No colegiado, o tema vira queda de braço com apoiadores de Bolsonaro. Dos atuais 20 membros do colegiado, a metade  se elegeu surfando na onda do ex-presidente em 2022. Seu partido, o PL, detém o maior número de indicados: 4. A suspensão deve virar advertência ou "censura". Membros do Conselho, sob reserva, dizem que dificilmente seria aprovada a suspensão do mandato por seis meses (e sem salário, claro).

Pérola

"Não se brinca com Deus, nem com seu povo. A campanha "Fé no Brasil! tinha uma única intenção do Executivo: era angariar votos", 

de Michelle Bolsonaro contra Lula, que desistiu de conquistar o eleitorado pentecostal.

Mais retaliações

O deputado Eduardo Bolsonaro, o Bananinha, disse ao britânico Financial Times que Trump tem "uma gama de possibilidades" para aumentar as retaliações ao ministro Alexandre de Moraes (STF). E isso inclui sancionar a mulher do magistrado de Moraes, Viviane Barci (ele acha que ela é " o braço financeiro” do ministro) e ampliar as restrições a aliados e outras autoridades, desde mais sanções até retirada de vistos e questões tarifárias. Em julho, Eduardo não se conformou com o bloqueio das contas bancárias de sua mulher, Heloísa Bolsonaro. Mais: Davi Alcolumbre e Gilmar Mendes poderão ser os próximos sancionados.

Três americanos

Três homens fazem a cabeça de Donald Trump sobre o Brasil e nenhum deles se chama Eduardo Bolsonaro, como preferem acreditar Alexandre de Moraes e Lula. O primeiro, Martin De Kuca, advogado de Trump, é o autor da ação que abriu caminho para a Lei Magnitsky contra Moraes. Outro, Jason Miller, conselheiro e braço direito de Trump, não esquece: chegando no Brasil em 2021 foi detido e interrogado por três horas pela Polícia Federal, a mando de Moraes. Ele já xingou o ministro do STF de "idiota". E Steve Bannon, amigo de Trump, admirador de Bolsonaro e, era ligado a Olavo de Carvalho.

Um pé lá, outro cá

A Loft pode ser considerada "a mais polarizada" das startups brasileiras. Na semana passada, Sandro Westphal, vice-presidente de alianças e parcerias estratégicas de proptech, tomou posse no Conselho Econômico e Social Sustentável, o Conselhão de Lula. Do outro lado da moeda, a empresa mantém, já há algum tempo, laços razoavelmente estreitos, com o governo de Donald Trump. Nesse caso, o elo é a gestora norte-americana Andree-neen Horowitz, acionista da Loft. Ben Horowitz, um dos sócios, apoiou a campanha de Trump e a indicação de nomes notadamente para a DOGE, Departamento de Eficiência Governamental, que foi comandado por Elon Musk. Agora, quer entrar nos EUA.

“Cova financeira”

Para Nikolas Ferreira (PL-MG), "Moraes está cavando a própria cova financeira e da família e quer arrastar o STF junto com ele". E emenda: "Ministros, soltem logo a mão desse cara. Que ele renuncie ou seja impichado ". Já Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro, defendeu a atuação da bancada do Congresso, que obstruiu os trabalhos: "Motivo de orgulho", disse. E ainda pediu: "Anistia já". O que nunca sairá, apostam até oposicionista.

"Falência múltipla"

O filho João de Fausto Silva publicou indireta nas redes sociais depois que o cardiologista Elisário Júnior afirmou que o apresentador tinha "chances mínimas" de sobreviver e estava em "falência múltipla de órgãos". O médico não integra a equipe responsável pelo tratamento e as declarações desagradaram a família. Faustão está bem, segundo João, e sua recuperação é lenta. Fausto Silva já se submeteu a quatro transplantes.

Viúva sem herança

Barbara (Babi) Cruz, viúva de Arlindo Cruz, poderá ficar sem a herança do marido: teve relacionamento extraconjugal enquanto ele estava doente e ainda era casada oficialmente com o cantor. Nessa época, o casal permanecia unido apenas no papel. A divisão de R$ 20 milhões a R$ 30 milhões deveria ser dividida entre Babi e três filhos de Arlindo (ela tinha um faturamento mensal de R$ 1 milhão por direitos de músicas e outras fontes). A revelação reacendeu debates sobre limites de um casamento quando não existe mais convivência como casal e o assunto voltou aos holofotes.

Mistura Fina

A defesa da deputada Carla Zambelli vai citar diversos problemas de saúde para tentar convencer a Justiça italiana a libertá-la da prisão. Ela deve afirmar que trata há anos de doenças como fibromialgia, que acarreta dores generalizadas pelo corpo e a faz tomar morfina periodicamente, além de depressão. A defesa quer que ela aguarde decisão da extradição em liberdade ou em prisão domiciliar. O processo deve continuar até o final do ano e Carla não quer voltar ao Brasil. 

Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma, que tem mais de um milhão de clientes ativos e 15 mil itens à venda no site, além de 1,5 mil empregados, está preso por corrupção como integrante de esquema de pagamento de propinas a funcionários da Secretária da Fazenda de São Paulo. Com 53 anos de idade, está em seu sétimo casamento: uniu-se oficialmente em 2024 com Sai Pinjan, capital da Tailândia (os dois já estavam juntos há oito anos). Me tem 10 filhos de diversos casamentos e já faturou R$ 800 milhões por ano com medicamentos, vitaminas, higiene e beleza.
 
Ainda Sidney de Oliveira: em maio deste ano, ele virou alvo de um inquérito aberto em 2023 por sonegação fiscal lavagem de dinheiro e assinou acordo com o Gaeco no qual se comprometeu a pagar quatro multas milionárias aplicadas pelo não pagamento de impostos no prazo de dois anos e submeter a Ultrafarma a um programa de compliance. Antes de ser preso, confessou o crime e fez acordo de R$ 32 milhões dias antes da operação do Ministério Público do Estado de São Paulo.

A Pague Menos, um dos maiores grupos do varejo farmacêutico do país, está passando por um momento de inflexão estratégica. Depois de anos em forte expansão, a prioridade agora é reduzir o  nível de alavancagem, ou seja, frear a expansão da rede de lojas para se concentrar no equilíbrio financeiro. O total de inaugurações neste ano  deverá girar em torno de 50 lojas. Entre junho de 2024 a junho deste ano, a Pague Menos já reduziu sua relação dívida líquida/Ebitda de 3,4 vezes para  2,6 vezes. O índice, contudo, está ainda acima do patamar considerado confortável pela direção da empresa.

In – Cinema: Os Enforcados
Out – Cinema: C.I.C. - Central de Inteligência Cearense

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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