Não existem mais filas nas portas das agências do INSS. Hoje, são virtuais e quilométricas. Alcançam nada menos do que 5 milhões de processos em análise que já estouraram o prazo de 45 dias para que fossem resolvidas.
Mais: além da injustiça com o trabalhador que fica esperando, o atraso provoca juros para o Estado que desembolsará mais dinheiro quando o benefício começar a ser pago. Detalhe: não há solução à vista.
“Nós não tínhamos hoje outra pessoa em condições de fazer a disputa pela presidência da Câmara. E não tinha um outro partido que tivesse uma liderança e que disputaria a Câmara”,
de GLEISI HOFFMANN // sobre o apoio do PT a Arthur Lira para presidência da Câmara no ano que vem.
In – Suco de melancia, limão e hortelã
Out – Suco de melancia, canela e mel

Estou preparada
A atriz, modelo, escritora, ativista e empresária Jane Fonda, completará 85 anos no dia 21, continua trabalhando muito apesar da idade e do tratamento contra um Linfoma não-Hodgkin, que descobriu em setembro,. Hoje acontece uma corrida para chamar a atenção do presidente dos Estados Unidos e do Congresso norte-americano para a crise climática e ainda falará da carreira. Entre tantos assuntos ela falará sobre o filme 80 for Brady (ainda sem tradução em português), onde quatro amigas (Jane, Lily Tomlin , Rita Moreno e Sally Field) e superfãs de Tom Brady (que também participa do filme) decidem fazer uma viagem ao Super Bowl para assistir ao primeiro e único jogo de Tom Brady. De quebra Jane Fonda ainda é a garota-propaganda da marca H&M Move que embarcou na missão de democratizar a roupa esportiva. Mai : em recente entrevista a atriz revelou que está preparada para morrer. “Não tenho muito mais tempo por aqui. Quando você chegar à minha idade, é melhor estar ciente da quantidade de tempo que te resta em oposição à sua frente. Quero dizer , isso é apenas realista. Estou pronta. Tive uma ótima vida. Não que eu queira morrer, mas estou ciente de que será mais cedo ou mais tarde”.
A ordem é atrapalhar
Se Valdemar Costa Neto não topasse protagonizar a farsa das urnas suspeitas no segundo turno, os bolsonaristas mais fanáticos do PL abandonariam a legenda. Como o tamanho da bancada determina quanto cada partido receberá dos fundos partidário e eleitoral, Valdemar tentou segurar os adoradores do presidente até que fossem contados a favor do PL na divisão da dinheirama. É menos complicado do que parece mesmo com a rejeição da ação e a super multa. Inconformado com o resultado, Jair Bolsonaro chamou Valdemar ao Alvorada e não deixou por menos: o PL deverá atrapalhar a aprovação da PEC que garantirá o pagamento do Bolsa Família. Ou seja, a ordem é não deixar que Lula possa pagar o Bolsa Família aos pobres brasileiros. No final do jantar, com a finalidade estreita de conservá-los sob seu comando, o anfitrião prometeu aos parlamentares apoiadores que o presidente “vai querer atender o pessoal que está na rua que ele adora e que adora Bolsonaro”. E garantiu: “Bolsonaro é homem. Pode ter certeza de que ele não vai deixar vocês na mão”. Detalhe: o próprio Bolsonaro já disse a Valdemar que não vai falar com o pessoal dos protestos – tem medo de ser acusado por “crime de incentivo contra a democracia”.

Maneira leve
A modelo Schynaider Moura, 34 anos, c está dividindo seu tempo, com o trabalho, a faculdade de Turismo e o namorado João Guilherme Silva, filho de Fausto Silva e 16 anos mais jovem. Sobre a diferença de idade ela diz: “Encaro o preconceito de uma maneira leve. As pessoas têm o direito de ter suas próprias opiniões, então não me abala. Meu relacionamento está ótimo”. Mãe de três meninas, Anne, de 13 anos, Elle, de 9, e Gioe, de 7 fruto do relacionamento com Mário Bernardo Garnero, ela garante que aceitação das filhas sobre o relacionamento com João foi tranquilo e que ela foi mais resistente do que as meninas. Mais: por enquanto não está nos seus planos ter outro filho, mas que não descarta a possibilidade e que ama “ser mãe e o futuro a Deus pertence”.
Nenhuma
Ainda no jantar que Valdemar Costa Neto ofereceu, esta semana, aos parlamentares do PL, com direito a presença de Jair Bolsonaro: à certa altura, o presidente teve uma conversa rápida – e ríspida – com a deputada Carla Zambelli (SP) sobre os atos organizados contra ele. Aí, a parlamentar pediu orientações para serem transmitidas aos participantes dos protestos. Gesticulando, Bolsonaro respondeu à Zambelli que não tinha nenhuma mensagem para passar. A deputada reclamava que, nas ruas, cada grupo agia por sua conta.

Memória
Se Rui Costa for confirmado para a Casa Civil evoca o perfil de Dilma Rousseff no comando da Pasta: um gestor de confiança, não reconhecido pelo traquejo político. Era exatamente o contrário de José Dirceu, líder políticos da primeira gestão lulista (cotada para suceder Lula) que, devido ao mensalão, renunciou em 2005. Sua derrocada abriu caminho para Antônio Palocci, que deixou o governo (escândalo do caseiro) menos de um ano depois. Aí, Lula colocou Dilma em campo, logo odiada pela classe política.
Vacinas vencidas
A equipe de transição já tem informações sobre uma quantidade de 13 milhões de doses da vacina contra covid-19 (e as informações não foram do ministro Marcelo Queiroga, da Saúde) podem ser descartadas pelo governo federal em razão da validade. A maior parte vence no início de 2023 e não poderia ser usada numa campanha que Lula pretendia fazer logo no início de seu governo. O Ministério da Saúde não informa se o fim da validade ameaça mais vacinas, alegando sigilo do banco de dados. Hoje, a estimativa de prejuízo das 13 milhões de doses poderia causar é de R$ 2 bilhões.
VERBA RETIDA
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, quer entrar na justiça para garantir a liberação de verbas para bancar o esquema de segurança na posse de Lula. A Polícia Federal não dispõe de recursos para arcar com as custas da operação. Falta dinheiro até para pagar a estadia dos agentes em Brasília, responsáveis pela proteção de autoridades nacionais e estrangeiras. O PT tem informações de que é o presidente Jair Bolsonaro que está retendo as verbas que poderiam ser liberadas para o esquema de segurança da posse.
Economia de papel
Entre os integrantes do grupo de transição do governo voltado para a área econômica, há uma insólita discussão: partindo de que a política econômica do novo governo não terá “um posto de combustível”, o que ainda está no bojo do Ministério da Economia deverá virar três ministérios: Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio. Aí, um bloco acha que o nome Economia deveria permanecer em vez de Fazenda. Alegam que poderia se fazer economia de papel timbrado até o grande logotipo (com letras metálicas) num dos lados do prédio.
CONSELHO
Inspirado no Council of Economics Advisers, da Casa Branca, o presidente eleito também quer criar um conselho de economistas com o objetivo de analisar os desdobramentos da política econômica e recomendar rumos ao governo, mas em outro formato. O norte-americano funciona como uma espécie de agência governamental, com três integrantes escolhidos pelo presidente e aprovados pelo Senado. Seria consultivo, sem exigir dedicação integral. Cotados: Pedro Malan, Pérsio Arida, Armínio Fraga, Edmar Bacha e outros.
Acordo e Vaia
O PL de Jair Bolsonaro selou acordo para apoiar Arthur Lira à presidência da Câmara e, em troca, o deputado federal do PP dará apoio à candidatura de Rogério Marinho (PL-RN) na disputa pela presidência do Senado contra Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O acordo foi feito e anunciado por Valdemar Costa Neto no jantar, em Brasília, aos parlamentares do PL. Lira, quando chegou foi vaiado por apoiadores de Bolsonaro, que o chamaram de “omisso” e “covarde” em função da aproximação com Lula.
“Apaixonado”
Quando o nome de José Mucio Monteiro foi citado para assumir o Ministério da Defesa, aliados chegados de Bolsonaro lembraram o discurso feito pelo então deputado na cerimônia de despedida do velho amigo do TCU. Trecho: “Zé Mucio, me permite, sou apaixonado por você. Gosto muito de V.Exa. dos momentos bons, épicos na Câmara e também dos maus momentos. V.Exa. é como vinho cada vez melhor”. Agora, alguns chegaram a lembrar quando o então ministro Carlos Lupi disse “Eu te amo” em público (outro sentido) para a presidente Dilma Rousseff, há tempos.
VIROU GOZAÇÃO
O deputado federal Eduardo Bolsonaro, o filho “03” do presidente, que foi assistir ao jogo do Brasil no Catar, com sua mulher Heloísa (e supostamente, até alguns amigos), disse que, no meio da Copa, levou pen drives para que as autoridades de lá conhecessem “a situação do Brasil”. Tirou até foto ao lado de Tamin bin Hamad bin Kahlifa al-Thani, líder do Catar (eles não conseguiram se entender, nem em inglês). A desculpa virou gozação até nas redes sociais de apoiadores de Bolsonaro.
MISTURA FINA
DEPOIS de Rui Costa ser cogitado para a Casa Civil do governo Lula e da escolha do governador reeleito Eduardo Leite no Rio Grande do Sul para ser o próximo presidente do PSDB, aposta-se que a atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann deverá ganhar novo posto. Seu mandato na presidência da sigla petista termina em 2023 e estatutos da legenda não permitem comandar o partido e ao mesmo tempo ocupar um cargo executivo num governo.
GILBERTO Kassab, dono do PSD, mantém um pé na canoa do governo Lula e outro no futuro governo de Tarcísio de Freitas, em São Paulo. Tem diálogo com o presidente eleito (e quer dois ministérios) e garantiu o melhor lugar no caminhão de Tarcísio, o de Secretário do Governo. E tem ajuda de dois correligionários: Guilherme Afif Domingos e Felício Ramuth, futuro vice-governador paulista.
O BLOCO que cuida do meio ambiente no grupo de transição do governo defende a criação de uma força nacional ambiental e o aumento do número de fiscais do Ibama que atuam em campo. No caso da força, o modelo é o das equipes que reforçam a segurança pública em estados em crise, composta por policiais militares cedidos pelos governadores.
OS mais chegados em Lula apostam que a indicação de Fernando Haddad para a Fazenda é tão certa quanto a de Flávio Dino (PSB-MA) para a Justiça. Haddad tem boas relações com Pérsio árida, que gostaria de ter como conselheiro o economista e um dos pais do Plano Real que já disse e repetiu que não tem a menor intenção de assumir qualquer cargo no governo Lula.
OUTRA de Eduardo Bolsonaro, o filho “03” do presidente: ele está sendo acusado de fazer propaganda nas redes sociais, ao lado de sua mulher Heloísa, que recomenda a seus seguidores um suplemento matinal vendido por uma marca nacional. A empresa citada diz que não houve quaisquer pagamentos.
O PRESIDENTE da Colômbia, Gustavo Petro, está convidando o futuro presidente do Brasil Lula a participar das negociações para um acordo de paz com o Exército de Liberação Nacional. Petro está retomando as tratativas com a organização guerrilheira colombiana, suspensas há quatro anos. Em sua juventude, o próprio Petro participou de grupo similar, o extinto M19. Venezuela, Cuba e Noruega já participaram do processo de diálogo.
O SAFRA fechou acordo para assumir o controle do Conglomerado Financeiro Alfa, que detém o Banco Alfa, fundado por Aloisio Faria, numa operação de R$ 1,03 bilhão. O Safra National Bank of New York e o Banco Safra são instituições independentes entre si que fazem parte do grupo J.Safra, conglomerado de capital fechado formado por empresas da Família Safra, que também inclui o J.Safra Sarasin, na Suíça e que soma uma base de ativos de US$ 300 bilhões.